Daiana
assume a presidência do colegiado (Foto: Christiane Peres/PCdoB na Câmara)
A deputada federal Daiana Santos
(PCdoB-RS) foi eleita, nesta quarta-feira (6) à noite, presidente da Comissão
de Direitos Humanos, Minorias e Igualdade Racial da Câmara dos Deputados.
Trata-se da primeira parlamentar LGBT
a assumir a direção de um colegiado no parlamento brasileiro.
A deputada, que está no seu primeiro
mandato, elege como prioridades as lutas contra o racismo, pelos direitos das
mulheres e pelos direitos LGBTs.
“Estamos aqui para trabalhar de forma
ativa para que políticas públicas cheguem a todos os cantos do país. Quero
garantir que tenhamos articulação com todos os setores da sociedade”, assegura.
Ele prevê um ano de muito trabalho
por conta das pautas que tramitam na Casa e está consciente dos desafios que
terá na direção do colegiado.
Entre os projetos que podem passar
pela comissão presidida pela deputada gaúcha está o projeto que proíbe o
casamento homoafetivo.
“Estar à frente de uma das comissões
mais importantes da Câmara, me enche de orgulho e também me dá a dimensão do
reconhecimento do meu trabalho”, afirma.
Sobre o fato de ser a primeira
deputada LGBT a assumir o cargo, Daiana atribui essa condição ao trabalho
coletivo daqueles que acreditaram em um corpo feminino, negro, lésbico e
periférico para lhe representarem.
Perfil
Daiana Santos é educadora social,
sanitarista formada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e
está no primeiro mandato de deputada federal. Antes, foi vereadora em Porto
Alegre. Daiana é a primeira congressista negra e lésbica eleita pelo RS.
Durante a pandemia, idealizou e
coordenou o Fundo das Mulheres de Porto Alegre, projeto social que atende
mulheres em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Atua na promoção da
saúde da população negra, com experiência na atenção básica e no acolhimento de
pessoas em situação de rua.
O que faz a
comissão
Criada em 1995, a Comissão de
Direitos Humanos tem diversas atribuições, como: receber, avaliar e investigar
denúncias relativas a ameaça ou violação de direitos humanos; fiscalizar e
acompanhar de programas governamentais relativos à proteção dos direitos
humanos; preservar e proteger as culturas populares e étnicas do país; entre
outras.
Em 2023, a expressão “igualdade
racial” foi incluída explicitamente no nome do colegiado, reforçando a
importância do tema.
Com informações da
Agência Câmara e assessoria da parlamentar.
Fonte: ´PCdoB Nacional
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