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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

Após dois anos, Flip volta às ruas de Paraty nesta quarta (23) - por Bárbara Luz

Maria Firmina expressou através de sua obra o pensamento progressista e a militância por uma sociedade justa e antirracista | Imagem: Arte de Antônio Hauaji/ MultiRio sobre selo comemorativo da Academia Maranhense.

Festa Literária Internacional 2022 homenageará a autora maranhense Maria Firmina dos Reis, pioneira na literatura antiescravista no Brasil; confira a programação

A 20ª edição da tradicional Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro, começa na próxima quarta-feira (23), de forma presencial. Inspirada pelo desejo de ver o invisível, em 2022 a Flip homenageia a autora negra Maria Firmina dos Reis, considerada a primeira romancista brasileira.

Segundo a organização, “o legado da autora é o de uma insistente vigilância sobre os valores humanos, capaz de situar, no centro do debate contemporâneo, a educação e a imaginação, mas também a educação para a imaginação. Trata-se de visibilizar quem trabalha pela palavra e por um ambiente cultural e educacional mais acolhedor, seja nas margens ou nos centros econômicos do país.”

Autora do livro ‘Úrsula’, romance publicado em 1859 e que inaugura, no Brasil, com genialidade, a linhagem da literatura abolicionista, a maranhense foi escolhida, tanto pela relevância e qualidade de sua produção em diversos gêneros, como pelo fato de que por bastante tempo ela ficou à margem da história canônica da literatura brasileira. Maria Firmina inspira uma nova geração de autoras negras brasileiras, que buscam ter cada vez mais voz.

Leia também: José Carlos Ruy: A importância de Maria Firmina na literatura

Após dois anos de edições virtuais pelas restrições impostas pela pandemia de Covid-19, a Flip 2022 começa às 20 horas de quarta (23) e termina no domingo (27) de maneira presencial.  Serão cinco dias de atividades que incluem mesas-redondas, apresentações musicais, oficinas, sessões de filmes, saraus e jogos. Há ainda programações paralelas, com estandes de editoras e autores, comercialização de livros e um evento chamado Flipinha (voltado para crianças).

Ainda está prevista a participação de autores como: Cida Pedrosa, Cidinha da Silva, Lenora de Barros, Lázaro Ramos, Geovani Martins, Cristhiano Aguiar, Ricardo Aleixo, Bernardo Carvalho e Luiz Maurício Azevedo.

Leia também: Flip volta a Paraty com lançamento de Araras Vermelhas, de Cida Pedrosa

Presenças internacionais

Entre as presenças internacionais figuram as argentinas Camila Sosa Villada e Cecilia Pavón; a cubana Teresa Cárdenas; as francesas Nastassja Martin e a ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura, Annie Ernaux; das norte-americanas Saidiya Hartman e Ladee Hubbard; da portuguesa Alice Neto e do chileno Benjamin Labatut.

Confira a programação completa aqui.

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com informações de agências

Fonte: https://vermelho.org.br


Bolsonaro usa PGR para impedir investigação de dados da CPI da Covid - por André Cintra

Procuradoria ainda enviou ao STF um pedido para o arquivamento dos autos da CPI, mas a Corte ainda não se pronunciou.

Com uma ajudinha da PGR (Procuradoria-Geral da República), o presidente Jair Bolsonaro conseguiu travar a investigação de denúncias da CPI da Covid contra o governo. Há três meses, a PGR barra o acesso da Polícia Federal a dados da Comissão Parlamentar de Inquérito, que foi realizada no Senado em 2021.

“Os responsáveis pela apuração já pediram o compartilhamento do material por duas vezes. A solicitação foi feita em 19 de agosto, reiterada em 4 de outubro”, detalha a Folha de S.Paulo nesta segunda-feira (21). “O caso tramita na PGR sob a responsabilidade da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo”.

A Procuradoria ainda enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal), neste mês, um pedido para o arquivamento dos autos, mas a Corte ainda não se pronunciou. Uma das diretrizes da gestão bolsonarista, após a derrota do presidente para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022, é justamente dar fim ao máximo de ações e processos contra Bolsonaro. Na CPI da Covid, ele foi acusado de “incitação ao crime”, por estimular a população brasileira “a se aglomerar, a não usar máscara e a não se vacinar”.

Com o relatório da CPI em mãos, o procurador-geral da República, Augusto Aras, encaminhou dez procedimentos ao STF sobre denúncias que envolviam autoridades com prerrogativa de foro. Bolsonaro também é denunciado por crimes de charlatanismo, prevaricação, emprego irregular de verbas ou rendas públicas, epidemia com resultado de morte e infração de medida sanitária preventiva.

Fonte: https://vermelho.org.br