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quinta-feira, 17 de março de 2016

Direita brasileira não quer perder seus privilégios, diz ex-presidente uruguaio Mujica

A ofensiva contra Luiz Inácio Lula da Silva e o governo de Dilma Rousseff reflete os anseios de uma elite que não quer perder seus interesses. A análise é do ex-presidente do Uruguai, José "Pepe" Mujica. “A direita perdeu toda a racionalidade. Não quer entender que, comendo um pouco menos, ainda assim segue comendo muito, não quer Lula e o PT porque rechaça a necessidade de repartir, ainda que seja um pouco”, diz.
Em entrevista ao jornal argentino Página 12, Mujica aprovou a escolha de Lula para a chefia da Casa Civil. Para ele, a decisão de Dilma foi acertada. “Lula no governo é algo positivo, é um líder muito importante, oxalá vá bem, mas não será fácil”. Um dos desafios, diz, será mudar a política econômica. “Sei que em sua cabeça ele pensa que há de se colocar em marcha um plano brutal de crédito para os mais endividados e a classe média”, diz.
Nesta quinta-feira (17/03), a presidente Dilma deu posse a Lula como ministro-chefe da Casa Civil. Em todo o país, manifestantes realizam protestos contra e a favor do governo.
Mujica acredita ainda que há interesses pesados na ofensiva contra o governo de Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores. “Não posso dizer se é esse ou aquele grupo que está jogando, mas digo que há gente que está interessada em tirar Lula da carreira política, e da carreira para as eleições”.
Além de lutar contra a direita, outro desafio do governo será buscar o apoio dos brasileiros que não foi para as ruas. “É verdade que os que pagam o pato da crise não são os que vão gritar contra Dilma e contra Lula, é o povo pobre. É preciso trabalhar por esse povo”.
Mujica também entende que a situação do Brasil influencia toda a região, que pode ser “contagiada” pela onda conservadora e que pede a derrubada de governos democráticos.
Para o ex-presidente uruguaio, é hora de os países sul-americanos mostrarem sua solidariedade. “É preciso estender uma mão para o Brasil desde fora, desde os países irmãos temos que rodeá-lo para que a legalidade democrática não caia”.
Questionado se é otimista ou pessimista a respeito do cenário brasileiro, Mujica afirma sentir uma certa “amargura”, especialmente em relação ao grande número de jovens que não vivenciaram a ditadura militar. Diz que a juventude não tem ideia do que significa uma ditadura e das consequências de um possível golpe militar. “Quando há ditadura a imprensa não escreve essas coisas. Não há liberdade de imprensa quando tiram os governos democráticos do poder, é isso que tem que se colocar na cabeça dos jovens brasileiros nesses dias”, diz.
A atuação do Judiciário também é alvo de críticas de Mujica. Ele entende que, no caso de Lula, há um esforço “incomum” para encontrar algo que o comprometa nas investigações da Operação Lava Jato. “Dá a impressão de um certo vedetismo jurídico no Brasil”. Diz. “Há gente na Justiça que cria denúncias muito chamativas para aparecerem nos meios de comunicação e fazer seus negócios”, diz.
Opera Mundi 
C/ Portal da CTB NACIONAL

OAB/RJ pede respeito à legalidade em investigações da Lava Jato

Diante dos acontecimentos políticos desta quarta-feira, dia 16, a OAB/RJ publicou nota oficial reiterando a necessidade de respeito à legalidade nas investigações da Operação Lava Jato. Segundo o texto, é fundamental que o Poder Judiciário aja estritamente de acordo com a Constituição. "A serenidade deve prevalecer sobre a paixão política, de modo que as instituições sejam preservadas", diz um trecho.
Leia a íntegra:
No momento em que conversas privadas da atual presidente da República e suprema mandatária da nação, Dilma Rousseff, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva são alvos de grampo por parte de um juiz de primeira instância, com divulgação seletiva em órgãos da imprensa, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção do Estado do Rio de Janeiro (OAB/RJ), vem a público manifestar sua preocupação com a preservação da legalidade e dos pressupostos do Estado Democrático de Direito. O procedimento do magistrado, típico dos estados policiais, coloca em risco a soberania nacional e deve ser repudiado, como seria em qualquer República democrática do mundo.
É fundamental que o Poder Judiciário, sobretudo no atual cenário de forte acirramento de ânimos, aja estritamente de acordo com a Constituição e não se deixe contaminar por paixões ideológicas. A serenidade deve prevalecer sobre a paixão política, de modo que as instituições sejam preservadas. A democracia foi reconquistada no país após muita luta, e não pode ser colocada em risco por ações voluntaristas de quem quer que seja. Os fins não justificam os meios.
Rio de Janeiro, 16 de março de 2016
OAB/RJ
Rede Brasil Atual 
C/ Portal da CTB Nacional

Juiz que suspendeu posse de Lula participou de manifestação anti-Dilma


Lauro Jardim destaca que o juiz Itagiba Cata Preta Neto, da 4ª Vara Federal do Distrito Federal, que suspendeu há pouco a posse de Lula, acabou de retirar do ar sua página no Facebook.
Entre as páginas que Cata Preta curtia, uma do Movimento Brasil Livre, um dos mais ativos pró-impeachment, e outra do próprio Lula. Cata Preta tinha 1.025 amigos, se dizia flamenguista e era um ativo divulgador de notícias sobre os protestos contra corrupção. Ele participou de atos contra Dilma Rousseff.
Fonte: Robson Pires