ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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domingo, 8 de março de 2020

Luciana: Prestes, compromisso com o Brasil e fonte de esperança

Ontem, 7 de março, 30 anos da morte do líder revolucionário

Neste 7 de março de 2020, completam-se 30 anos da morte de Luís Carlos Prestes. Uma das mais destacadas lideranças dos comunistas brasileiros, foi também uma das mais importantes lideranças populares da história brasileira do século 20. Seu nome e seu legado estão ligados às causas do povo e do país desde os movimentos que, na década de 1920, enfrentaram a chamada República Velha, oligárquica e antidemocrática.

Por Luciana Santos*

Egresso de escolas militares, liderou um dos mais marcantes movimentos cívicos brasileiros, a Coluna Prestes, que percorreu o país defendendo um regime firmado em bases democráticas, como uma nova Constituição, reformas políticas e sociais, e o voto secreto. Em outubro de 1924, no posto de capitão no Batalhão Ferroviário de Santo Ângelo (RS), liderou a revolta tenentista na região das Missões, ponto de partida da Coluna Prestes no Sul.

Exilado na Bolívia e na Argentina, leu obras marxistas, deixadas com ele pelo então dirigente do Partido Comunista do Brasil (PCB) Astrojildo Pereira, e ingressou no Partido em 1934, pelas mãos da Internacional Comunista. Depois da Insurreição de 1935, ficou preso por nove anos. Prestes foi o líder da segunda geração de dirigentes comunistas; trouxe para o PCB prestígio e autoridade, dentro e fora do país.

O período em que esteve à frente do Partido, ao lado de camaradas como João Amazonas, Maurício Grabois, Pedro Pomar, Diógenes Arruda Câmara e Carlos Marighella, foi um dos mais profícuos em termos de lutas democráticas. Na memorável campanha pela Assembleia Nacional Constituinte e pelo candidato do PCB a presidente da República, Yeddo Fiúza, iniciada em meados de 1945, sua voz voltou a ser ouvida em todo o país.

Como senador, na Constituinte e depois dela até a cassação dos mandados comunistas em 1948, liderou batalhas épicas em defesa da democracia, da soberania nacional e dos direitos do povo. Na clandestinidade, voltou a enfrentar os algozes da democracia e chegou à resistência a mais um regime ditatorial, a ditadura militar de 1964, com um dos seus principais opositores. Obrigado a se exilar com a família na União Soviética, voltou para participar com destaques das lutas que levaram à redemocratização do país.

No dia 16 de maio de 2013, o Senado da República homenageou Prestes, restituindo simbolicamente o seu mandato cassado em 1948, por iniciativa do senador Inácio Arruda (PCdoB-CE). Na solenidade, diversas lideranças comunistas prestaram homenagem à sua memória. Dona Maria Prestes, sua viúva e também histórica militante comunista, representou Prestes no evento.

Luis Carlos Prestes morreu no seu posto de combate. Nunca deixou cair a bandeira das lutas democráticas e populares. Nunca deixou de defender o socialismo com convicção. Homenagear a sua memória e o seu legado, nessas circunstâncias em que o Brasil vem sendo governado pela extrema direita, com grave retrocessos democrático e sérias ameaças à soberania nacional e aos direitos do povo, além de ser um dever histórico mostra um exemplo a ser seguido pelas novas gerações de brasileiros democratas e patriotas.

Mais do que nunca, o país precisa de ânimo e perspectiva, inspirados em exemplos como a vida do Cavaleiro da Esperança, fonte inesgotável de energia e exemplo de fidelidade inquebrantável ao Brasil e de amor e de compromisso com o povo brasileiro.

*Luciana Santos é presidenta do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e vice-governadora de Pernambuco.

Bolsonaro faz novo acordo para evitar derrota no Congresso

Luis Macedo/Agência Câmara
Por: Iram Alfaia
Na queda de braço pelo controle do orçamento impositivo, o capitão reformado teve que abrir mão de bloquear recursos das instituições de pesquisa, ciência e tecnologia.
Depois de enviar ao parlamento Projetos de Lei do Congresso Nacional (PLNs) para disciplinar o uso de emendas impositivas, o governo Bolsonaro abriu mão de contingenciar recursos para a área de ciência e tecnologia a fim de manter o veto à lei orçamentária que tira do controle do relator da Comissão Mista de Orçamento R$ 30,1 bilhões das emendas.
O veto 52 tratava tanto da lei orçamentária quanto do contingenciamento de recursos das instituições de pesquisa, o que provocou duas votações separadas, seguindo orientação de destaque apresentado pelo PCdoB.
Como o veto foi mantido por 398 votos a 2, a matéria ficou isenta de ser avaliada pelo Senado. Já a derrubada do veto que contingenciava recursos das instituições de pesquisa contou com o voto de 282 deputados contra 67.
No Senado, 50 parlamentares votaram também contra o veto, nove a mais do que o necessário.

Portanto, os recursos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) não poderão ser contingenciados em 2020.
Críticas a Bolsonaro
A sessão desta quarta-feira (4) do Congresso foi uma continuação da votação de terça-feira, quando o tom dos discursos foi de críticas severas ao presidente por apoiar manifestação contra o Congresso e o STF (Supremo Tribunal Federal).
Os parlamentares fizeram questão de pontuar que Bolsonaro negociava com o Congresso e para o público acenava com demagogia.
Nas redes sociais, ele fez um comentário com o qual negou qualquer negociação em cima dos R$ 30 bilhões.
Porém, os Projetos de Llei do Congresso Nacional (PLNs) que enviou ao Congresso fizeram a seguinte repartição dos recursos: R$ 15 bilhões para o Executivo, R$ 10 bilhões à Câmara e R$ 5 bilhões ao controle do Senado.

Caso não fizesse o acordo, por exemplo, deputados do chamado Centrão estavam dispostos a abrir processo contra o seu filho Eduardo Bolsonaro por quebra de decoro parlamentar.
Nesta quarta, as críticas à postura de Bolsonaro vieram de partidos da esquerda, do centro e da centro-direita.
Obstrução
Por causa da postura autoritária e antidemocrática, partidos como PCdoB, PT e PSOL anunciaram obstrução.
“O PCdoB quer evitar que o Governo repita em 2020 o que fez em 2019, cortando R$ 3,5 milhões do Bolsa Família, exatamente das pessoas mais pobres. Nós não podemos concordar com que o governo fique com o orçamento dos mais pobres e os recursos não cheguem nos seus bolsos”, disse a líder do partido, deputada Perpétua Almeida (AC).

No tocante à derrubada do veto da ciência e tecnologia, a deputada disse que “em nome da ciência, da tecnologia, do estudo e dos avanços nacionais, o PCdoB não poderia concordar que se tirassem recursos do orçamento”.
A líder da Minoria na Câmara, deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), afirmou que a votação estava se dando num absoluto confronto do governo com a democracia.
“Este Congresso precisaria reagir à altura. Não podemos votar diante de um passa-moleque dado por este Governo ao Congresso Nacional. Lamentavelmente, esse acordo que vai sendo construído mostra um acocoramento do Congresso diante da pressão e da chantagem deste governo. Lamento profundamente o acordo que vai sendo construído”, argumentou.

Março das Mulheres: saiba onde serão realizadas as manifestações

Foto: Ravena Rosa/Agência Brasil
Protestos estão marcados para acontecer de norte a sul do país, das capitais às cidades menores; confira a agenda completa.
Por Caroline Oliveira, no Brasil de Fato
No próximo domingo (8), Dia Internacional de Luta das Mulheres, centenas de manifestações se espalharão pelas ruas do Brasil para denunciar a desigualdade de gênero e os retrocessos encampados contra as mulheres brasileiras.
Já são centenas de protestos marcados em todas as regiões do país, desde Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, até Santa Luzia do Pará. 
Nalu Faria, psicóloga e coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, afirma que o 8 de março se tornou o principal dia de mobilização das mulheres não só no Brasil, mas no mundo inteiro.
É quando diversos setores de movimentos de mulheres, como as trabalhadoras sindicalistas, camponesas e mulheres negras buscam se unir para denunciar os retrocessos, ainda que dentro de suas especificidades. 
“A gente busca sempre que seja um momento que a gente não separe as chamadas agendas feministas das agendas de outras lutas. Pelo contrário, a gente sempre trabalha com a ideia de atuar por uma perspectiva feminista em uma luta pela transformação do mundo. E claro que isso coloca especificidade nas bandeiras, mas nossas lutas vão nesse sentido de transformação do mundo”, afirma Faria. 
A psicóloga ressalta que a pauta conservadora do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) é uma das questões centrais das manifestações neste ano. “É um governo de direita, conservador, contra os trabalhadores, as mulheres, os negros e os indígenas”, diz.
No início do mês de março, o governo brasileiro foi citado em um relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre países onde a religião é utilizada por governos como uma justificativa para dificultar o acesso de mulheres e meninas à educação sexual.
Desde o começo de sua gestão, Bolsonaro modificou a política externa e de direitos humanos a fim de priorizar valores religiosos em detrimento dos direitos femininos. 

Confira a agenda das manifestações em março deste ano:

Sudeste

São Paulo (SP) 

Os atos serão realizados, na parte da tarde, nos seguintes locais: Escadaria do Theatro Municipal, Praça Ramos de Azevedo e Pátio do Colégio, no dia 5;  Praça da Sé, dia 6; em frente ao Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, no dia 8.

Belo Horizonte (MG) 

Ocupação Pátria Livre, dia 8 às 19h.

Vitória (ES) 

Em frente à Defensoria Pública e no Parque Moscoso, no dia 6 às 15h.

Rio de Janeiro (RJ) 

Praça da Candelária, dia 9, às 17h.
Nordeste

Natal (RN)

Praça das Flores, dia 8, às 8h.

Teresina (PI)

Praça da Liberdade, dia 8, às 8h.

Aracaju (SE)

Arcos da Orla, dia 8, às 9h.

Salvador (BA)

Cristo da Barra, dia 8, às 9h.

Fortaleza (CE)

Centro Dragão do Mar, dia 5, às 13h.

Recife (PE)

Praça Treze de Maio, dia 9, às 13h.

Maceió (AL)

Iate Clube, na praia de Pajuçara, dia 8, às 14h.

São Luís (MA)

Praça Deodoro, dia 9, às 15h.

João Pessoa (PB)

Busto de Tambaú, dia 8 às, 15h.

São Luís (MA)

Praça Deodoro, dia 8, às 15h.
Norte

Palmas (TO)

Feira da Aureny, dia 8, às 7h.

Boa Vista (RR)

Anfiteatro do Mini-terminal, dia 8, às 18h.

Belém (PA)

Praça Waldemar Henrique, dia 8, às 9h.

Macapá (AP)

Praça Veiga Cabral, dia 8, às 15h.

Manaus (AM)

Largo São Sebastião, dia 6, às 16h.
Centro-Oeste

Goiânia (GO)

Faculdade de Educação, no setor Leste Universitário, dia 7h, às 15h.

Cuiabá, (MT)

Praça Ulysses Guimarães, dia 8, às 16h.

Brasília (DF)

Pavilhão do Parque da Cidade, dia 8, às 7h.
Sul

Curitiba (PR)

Teatro Paiol, dia 8, às 8h. Parolin, dia 8, às 9h.

Porto Alegre (RS)

Orla do Gasômetro, dia 8, às 10h. Esquina Democrática, dia 9, às 10h. 

Florianópolis (SC)

Cabeceira da Ponte Hercílio Luz, dia 8, 12h
Fonte: Revista Fórum

Poemas para o Dia da Mulher - 8 de março

Poemas dia da Mulher

Poesias para o dia da mulher, 8 de março. Uma seleção com os mais belos poemas sobre o dia internacional da mulher, homenagens em forma de versos.