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sábado, 13 de janeiro de 2018

Esquerda deve se aproximar da nova classe trabalhadora, diz Chauí

É importante desconstruir as ideologias neoliberais baseadas na supervalorização do empreendedorismo como alternativa ao emprego
É importante desconstruir as ideologias neoliberais baseadas na supervalorização do empreendedorismo como alternativa ao emprego


“Não sabemos o que pensam as pessoas que estão voltando à condição de miséria. Em São Paulo, o grau de exclusão atingiu uma situação alucinante, com desempregados morando nas ruas com suas famílias, o que não se via nem durante a ditadura e nem no governo de Fernando Collor. Ao mesmo tempo, em um contexto neoliberal, surgem uma nova classe trabalhadora totalmente precarizada e mais miséria. Não temos a dimensão de seus valores e percepção política e eleitoral”, disse Chauí nesta sexta-feira (12), em entrevista aos blogueiros Wellington Calasans e Romulus Maya, do Duplo Expresso.

A filósofa considera essa distância da esquerda um “problema gravíssimo”. “Tenho estudado o assunto e não vejo as esquerdas pensando nisso”, disse, ressaltando considerar que a vitória de João Doria (PSDB), para prefeito de São Paulo, não é uma simples vitória da abstenção.

“Há o grande risco de envolvimento dessa nova classe trabalhadora no processo de despolitização, da crença de que a política é corrupta e que você precisa é de um gestor. A mídia vem construindo imagens para nomes com chances de vir a ser candidatos à Presidência da República. Lula é apresentado como messiânico, populista, salvador; Bolsonaro como o nome da segurança e da ordem, e Geraldo Alckmin como o grande gestor. Nenhuma dessas imagens é política”, disse.

Ela destacou que esse diálogo é importante para o debate sobre caminhos para a desconstrução de ideologias neoliberais baseadas na supervalorização do empreendedorismo como alternativa ao emprego, ao desmonte e privatização do estado com perda de direitos.


Fonte: RBA

Um em cada três brasileiros tem alguém na família que perdeu o emprego

Foram entrevistadas 2.810 pessoas das classes A, B e C de 11 capitais brasileiras e interior dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro
Foram entrevistadas 2.810 pessoas das classes A, B e C de 11 capitais brasileiras e interior dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro


Foram entrevistadas 2.810 pessoas das classes A, B e C de 11 capitais brasileiras e interior dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Desemprego

No final de 2017, o país encerrou o ano com 12.292 vagas a menos, aprofundando ainda mais a crise em todo o país. As infformações são do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho.

Cresce a precarização

Os dados do Caged ainda apontaram que a modalidade "trabalho intermitente" (no qual o empregado não tem horário fixo e recebe apenas pelas horas trabalhadas) avançou. Foram criadas 3.067.

Na modalidade de trabalho parcial, foram criados 231 postos. Os números da categoria do teletrabalho, em que o empregado não precisa trabalhar na empresa, não foram divulgados.


Fonte: CTB, Joanne Mota