ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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CAMPANHA MOVIMENTO 65

domingo, 4 de setembro de 2022

Pesquisa Ipespe para presidente: Lula tem 44%; Bolsonaro, 35%

Foto divulgação
Pesquisa Ipespe/Abrapel para as eleições presidenciais de 2022, divulgada neste sábado (3), traz o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 44% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 35%. O primeiro turno das eleições está marcado para 2 de outubro.

A nova pesquisa, segundo o Ipespe, se trata de um termômetro com base na repercussão das comunicações das campanhas dos candidatos ao cargo de presidente.

No levantamento anterior, publicado em 31 de agosto, Lula aparecia com 43%, e Bolsonaro, com 35%, variando dentro da margem de erro.

Depois aparecem Ciro Gomes (PDT), com 9%, e Simone Tebet (MDB), com 5%. Em seguida, estão Felipe D’Avila (Novo) com 1%, e Soraya Thronicke (União Brasil), com 1%.

Outros seis candidatos incluídos na pesquisa foram citados pelos entrevistados, mas não chegaram a 1%: Pablo Marçal (Pros), Sofia Manzano (PCB), Vera Lúcia (PSTU) e Leonardo Péricles (UP), José Maria Eymael (DC) e Roberto Jefferson (PTB).

Os que dizem que irão votar em branco, anular ou deixar de votar somam 3%. Os que não souberam ou preferiram não responder são 2%.

Mil e cem pessoas foram entrevistadas por telefone entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais. O levantamento tem 95,45% de confiança.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-09344/2022.

Veja abaixo os resultados.

Primeiro turno

Intenção de voto estimulada para presidente

  • Lula (PT) — 44%
  • Bolsonaro (PL) — 35%
  • Ciro Gomes (PDT) — 9%
  • Simone Tebet (MDB) — 5%
  • Felipe D’Avila (Novo) — 1%
  • Soraya Thronicke (União Brasil) — 1%
  • Pablo Marçal (Pros) – 0%
  • Sofia Manzano (PCB) — 0%
  • Roberto Jefferson (PTB) – 0%
  • Vera Lúcia (PSTU) — 0%
  • Leonardo Péricles (UP) — 0%
  • José Maria Eymael (DC) — 0%
  • Branco/Nulo/Não vai votar – 3%
  • Não sabe/Não respondeu – 2%

Segundo turno

O Ipespe/Abrapel também simulou um cenário de segundo turno entre Lula e Bolsonaro. Em relação à pesquisa anterior, de agosto, o petista manteve os 53%, assim como o atual presidente que manteve os 38%.

Intenção de voto estimulada para presidente

  • Lula (PT) — 53%
  • Bolsonaro (PL) — 38%
  • Branco/Nulo/Não vai votar/Não sabe/Não respondeu – 9%

Fonte: cnnbrasil

Com Potiguar Notícias

Bancada do PCdoB votou 100% a favor dos trabalhadores, indica o DIAP - Por guiomar2

 

O Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) lançou a plataforma digital “Quem foi Quem” que mostra como votaram os congressistas em projetos e medidas de interesse social e dos trabalhadores.

A finalidade é revelar como os deputados federais e senadores da atual legislatura se posicionaram como forma de estímulo à participação política e ao voto consciente. Neste ponto a bancada do PCdoB se destaca, pois votou 100% a favor das pautas em benefício dos trabalhadores.

Pela plataforma é possível verificar as estatísticas dos 32 partidos políticos, os votos dos parlamentares e ver como ficou a votação de cada assunto de interesse do mundo trabalhista.

Para chegar na relação, o Diap utilizou os seguintes critérios:

1) a importância da matéria sob os pontos de vistas político, econômico e/ou social;

2) o registro nominal do voto de cada parlamentar, excetuando as de forma simbólica quando não há registro do voto por tratarem de matérias consensuais ou em função de manobras regimentais;

3) o grau de disputa entre oposição e situação, exigindo-se em cada votação uma oposição superior a 20% da Casa do Congresso, no caso da Câmara com divergência superior a 100 votos;

4) o aspecto temporal das propostas de leis submetidas para votação pelos parlamentares com vigência permanente ou temporária das políticas públicas;

5) a clareza do dispositivo votado em relação ao objetivo pretendido, de modo a não deixar margens para dúvidas sobre o conteúdo da votação.

Acesse a plataforma — www.quemfoiquem.org.br — e confira as votações que se deram no Congresso ao longo desta legislatura pelas quais os deputados do PCdoB sempre estiveram ao lado dos trabalhadores.

(MS).

Fonte: https://pcdob.org.br

INTERNACIONAL: Dante Ledesma: “Bolsonaro nega a Humanidade” - por Leonardo Wexell Severo

 

“Para esse governo e sua corja, a fraternidade não existe”, denunciou o cantor e compositor brasileiro-argentino.

“Bolsonaro é a negação da Humanidade. Para esse governo e sua corja, a fraternidade não existe, a Amazônia deve ser entregue, o índio é lixo e o abandono de crianças uma constante. Por isso precisamos de uma grande frente pela Pátria”, afirmou o renomado cantor e compositor brasileiro-argentino, Dante Ramón Ledesma, em entrevista exclusiva.

Durante visita a São Carlos-SP, ao lado de amigos, um dos ícones da música nativista gaúcha e latino-americana fez ecoar, nesta quinta-feira (1º), composições magistrais de sua autoria com parceiros como Humberto Gabbi Zanata e Mario Eleú Silva, ao lado de canções imortalizadas pelo uruguaio Daniel Viglietti, pelos argentinos Atahualpa Yupanqui e Mercedes Sosa e pelo cubano Pablo Milanés.

Após ter um primo-irmão “desaparecido” e uma amiga queimada e torturada pela ditadura argentina, o sociólogo formado pela Universidade de Córdoba – tendo prestado durante nove anos assistência a menores infratores – decidiu viver no Rio Grande do Sul no final dos anos 70 e naturalizar-se brasileiro. Trazia na bagagem o fato de ter vencido na categoria juvenil o Festival de Cosquín – o mais importante de música folclórica argentina – com a canção Memória del Che, em homenagem a Ernesto Guevara de la Serna. “Quando se abram as portas do país americano, seremos todos irmãos com uma mesma liberdade”, exaltava a canção.

Em 1982 houve a Guerra das Malvinas, com a Argentina confrontando a Inglaterra e exigindo sua soberania sobre as Ilhas, ocupadas desde 1833 pelo império britânico. E Dante bradou: “há uma gaivota ferida no Atlântico/ há mais de um século cativa de um pirata europeu/ sonha ser livre um dia e olha triste o continente/ quer voar até ele, mas suas asas não podem/ tem cravado no peito um selo estrangeiro/ e escuta calada um hino que não é seu de seu povo/ Imagina-se voando, livre como há pouco tempo/ em que a abriram as portas, mas a fecharam de novo/ Ainda está aberta a ferida, que tua tristeza deixou a meu povo/ todo o continente grita, a esperança de teu sonho/ livre voarás Malvinas sob o azul e branco de teu céu”.

Agora era preciso sobreviver no Brasil. Exímio vendedor da enciclopédia Delta Larrousse, bem bastante precioso na época, foi enviado de Porto Alegre para Alegrete, na fronteira Oeste, onde conquistava bons resultados econômicos vinculando suas vendas a apresentações artísticas cada vez mais concorridas. Abraçado pela Sociedade de Engenharia local, dirigida por Alcione Conde Severo, Ascânio Villaverde Moura e Antônio Carlos Schmidt rapidamente virou símbolo de resistência à ditadura do general Figueiredo. E veio o Projeto Cantar, organizado pelos principais grêmios estudantis da cidade, liderados pelo Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8) – data da caída em combate do Che. Ali interpretou “Para não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré, às vésperas das decisivas eleições de 1982, contribuindo para a vitória da oposição na cidade.

Virada a página, restaram elementos dentro da Polícia Federal (PF), que decidiram perseguir o cantautor “Castelhano”. “Me pegaram e disseram: veja o que está fazendo aqui alguém de fora… Por casualidade é Tupamaro [grupo guerrilheiro marxista-leninista uruguaio]? Mostre a mão esquerda. Queriam ver a estrela que aqueles militantes carregavam tatuada suavemente”. Felizmente, recordou, as coisas haviam mudado no Brasil e “uma hora depois fui avisado por amigos que o novo chefe da Federal já tinha determinado que os dois agentes que me abordaram fossem demitidos”. “A partir de agora não vão mais incomodar o Castelhano”, me informaram.

Logo foi apresentado por Alcione ao médico e compositor Mario Eleú Silva, de Rosário do Sul, que buscava um intérprete para a música Orelhano. Na voz do argentino, em 1984, Orelhano se tornou um dos maiores clássicos nativistas do Estado, fato que o próprio Dante considera como “ter ganho um prêmio da loteria”. Na sua exitosa carreira artística constam duas dezenas de CDs e nove discos de ouro, tendo mais de três milhões de cópias vendidas, e milhares de espetáculos em toda a América Latina e Europa.

Memória histórica

Para o músico, que integrou desde cedo a ONG Carismáticos, de origem católica, devemos valorizar a história sagrada do continente como nossa maior riqueza, para podermos avançar com solidariedade, serenidade e constância e “assim sustentarmos nossas convicções de irmandade entre os povos”. Por isso, acredita que este é o momento de recordar “quem durante a pandemia ironizou as pessoas e pediu um dólar por vacina [lembrando a propina no Ministério de Saúde]” como uma das muitas corrupções deste governo.

Dante aponta que o período Bolsonaro faz lembrar os tempos mais sombrios das ditaduras do continente. “Assim que assumiram recebi uma ligação me pedindo para evitar palavras com temas sociais, que falassem de fome, da falta de pão… Foi então que respondi: agora é que mais vou cantar. O problema é que no Rio Grande Sul, afora João Almeida Neto, outros anularam o seu repertório para serem convidados para cantar. A Rede Brasil Sul (RBS) faz de tudo para controlar o que se fala e nos corta espaço”. Entre outros exemplos de tentativa de intimidação citou o ocorrido na cidade de Vacaria: “ali tinha gente na primeira fila do show para gravar e filmar tudo que eu dizia”.

Mas há questões mais graves, aponta, como o recente assassinato de um menino em São Gabriel, que desapareceu após ser abordado por policiais militares, com o seu corpo encontrado posteriormente submerso em um açude. Ou do militante do Partido dos Trabalhadores (PT) assassinado em Foz do Iguaçu por um delinquente bolsonarista.

“Recordemos De Ricardo Salles”

Frequentador do Pantanal mato-grossense, o cantor também eleva o tom contra as queimadas patrocinadas pelos que querem sua devastação, e denuncia elementos como o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, envolvido no contrabando ilegal de madeira para os Estados Unidos e para a Europa. “Desde o governo de Juan Domingo Perón na Argentina [em meados dos anos 40] já se falava do interesse estrangeiro pela Amazônia. Com Ricardo Salles foram levadas milhares de toras de árvores de 50, de 70 anos, riqueza que pertence à Pátria, à Terra e à Humanidade. Da mesma forma que tucanos e outras aves foram levados em gaiolas, sem falar do nosso minério”, condenou.

Profundamente identificado com o trabalho do campo, Dante foi finalista do Festival Acordes Cataratas de Foz do Iguaçu, em 1991, com a música “A Vitória do Trigo”: “Não precisa ser herói/ Para lutar pela terra/ Porque quando a fome dói/ Qualquer homem entra em guerra/ É preciso ter cuidado/ Para evitar essa luta/ Pois cada pai é um soldado/ Quando é o pão que se disputa/ Se somos todos irmãos/ Se todos somos amigos/ Basta um pedaço de chão/ Para a vitória do trigo/ Basta um pedaço de terra/ Para a semente ser pão/ Enquanto a fome faz guerra/ A paz espera no chão”. Conforme o Wikipedia, essa canção é considerada em seis países da Europa a mais representativa para as famílias sem-terra latino-americanas.

Recordando contribuições anti-imperialistas e integracionistas como a do professor Humberto Gabbi Zanata e de Francisco Alves com a música América Latina, Dante declama: “Talvez um dia, não mais existam aramados/ E nem cancelas nos limites da fronteira/ Talvez um dia, milhões de vozes se erguerão/ Numa só voz, desde o mar as cordilheiras/ A mão do índio, explorado, aniquilado/ Do camponês, mãos calejadas, e sem-terra/ Do peão rude que humilde anda changueando/ E dos jovens, que sem saber morrem nas guerras/ América Latina, Latina América/ Amada América, de sangue e suor”. E emociona: “Talvez um dia, o gemido das masmorras/ E o suor dos operários e mineiros/ Vão se unir à voz dos fracos e oprimidos/ E as cicatrizes de tantos guerrilheiros/ Talvez um dia, o silêncio dos covardes/ Nos desperte da inconsciência deste sono/ E o grito do Sepé na voz do povo/ Vai nos lembrar que esta terra ainda tem dono/ E as sesmarias, de campos e riquezas/ Que se concentram nas mãos de pouca gente/ Serão lavradas pelo arado da justiça/ De norte a sul, no Latino Continente”.

Com voz e olhares firmes e cativantes, Dante se despediu da aniversariante Maria Lucia Saran Azevedo com um sorriso: “Venceremos, sem perder a ternura jamais!”.

Fonte:https://vermelho.org.br

14 estados garantem vantagem de Lula sobre Bolsonaro; veja quais são !

por André Cintra

Hoje, há empate técnico entre Lula e Bolsonaro em seis estados . Já o atual presidente lidera em seis unidades federativas.

Na maioria dos estados brasileiros, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera a disputa à sucessão de Jair Bolsonaro (PL) no Planalto. O “mapa dos votos”, divulgado neste sábado (3) pelo O Globo, mostra que, na comparação do desempenho dos principais candidatos em 26 unidades federativas do País, Lula se sai melhor na maioria. Apenas o Pará não está na contabilidade.

O jornal carioca cruzou dados das três últimas pesquisas Ipec contratadas pela TV Globo. Conforme o levantamento, o petista está à frente em 14 estados, incluindo os nove do Nordeste, em especial o Piauí (onde ele tem 69% das intenções de voto) e o Maranhão (66%). Lula também sobressai em São Paulo, Minas Gerais, Amazonas, Rio Grande do Sul e Tocantins.

Hoje, há empate técnico entre Lula e Bolsonaro em seis estados – com destaque para o Rio de Janeiro, terceiro maior colégio eleitoral do Brasil. Já o atual presidente lidera no Distrito Federal, em Santa Catarina, no Mato Grosso e em três unidades federativas da região Norte – Acre, Rondônia e Roraima.

A terceira via, até aqui, só alcança algum destaque nos estados de seus candidatos. O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) tem 14% no Ceará, onde empata com Bolsonaro dentro da margem de erro. Já Simone Tebet (MDB) obtém sua melhor pontuação (8%) no Mato Grosso do Sul, estado do qual é senadora.

Para Mayra Goulart, professora de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (PPGCS), a elevada rejeição ao governo Jair Bolsonaro ajuda a explicar as pesquisas nos estados. O caso mais inusitado é o de São Paulo, onde Lula foi o mais votado apenas em 2002.

“Na eleição presidencial, o PT não fica à frente em São Paulo há muitos anos, porque lá o antipetismo é muito forte. Em estados onde se tem uma concentração relevante de camadas com renda alta e média, o desgaste de Bolsonaro com lideranças da direita acaba fazendo diferença”, afirma Mayra. “Há ainda um desembarque do lavajatismo da base de apoio de Bolsonaro após a pandemia.”

Fonte: https://vermelho.org.br