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sábado, 21 de novembro de 2015

O Brasil é negro e mestiço


Foto: Divulgação - Portal Vermelho
A imagem hegemônica de um Brasil branco derrete e, cada vez mais, os brasileiros assumem sua própria autoimagem de mestiços ou negros, como mostram os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2014 divulgados na sexta-feira passada (13): 53% dos brasileiros se declararam pardos ou negros, e 45,5% se disseram brancos. 

Este número cresce desde 2007 quando a PNAD registrou o reencontro dos brasileiros com sua própria autoimagem: naquele ano 50% se declararam pardos ou negros, superando pela primeira vez, num censo oficial realizado no período republicano, o número dos que se consideraram brancos, que foi ligeiramente inferior: 49,2%. 

O show de horrores das estatísticas permanece e mostra a extrema desigualdade imposta aos negros e mestiços no Brasil: eles ocupam as piores posições em termos de renda, emprego, moradia, saúde, anos de estudo, violência etc...

Mesmo assim, o reconhecimento de sua cor pelos brasileiros tem um significado positivo. Os brasileiros vão se reencontrando com suas raízes, sua origem, sua história, e reafirmam sua enorme contribuição à civilização: a afirmação de que todos os homens são iguais. 

O sonho racista da elite que tentou forjar uma autoimagem “branca”, “europeia”, vai sendo depositado na lata de lixo dos delírios de classe. E quem o rejeita é justamente aquela que o poeta chamou “esta gente bronzeada” que mostra o seu valor. 

É significativo que o reencontro dos brasileiros com sua própria autoimagem ocorra nestes anos de afirmação da democracia no Brasil, período também em que a luta de classes se acentua. A melhora, embora pequena, da renda dos mais pobres (que são sobretudo pardos e negros), maior acesso à educação e às universidades, maior conhecimento da história do povo brasileiro, da escravidão e da África – tudo isso reforça a e valoriza a autoimagem dos brasileiros, que não é loura de olhos azuis como sonham os racistas. 

O Brasil é negro e mestiço, seu povo resultou da intensa mistura de gentes que ocorreu por aqui e que, mesmo tendo sido extremamente violenta, formou nossa gente que aponta para o futuro da humanidade e da civilização: o reconhecimento radical da igualdade entre todos os seres humanos.

Fonte: Portal Vermelho

Leci Brandão: desrespeito com religiões afro está ligado com o racismo

  

Nesta sexta-feira, dia 20 de novembro, comemora-se o Dia da Consciência…. Data tida como um momento para reflexão sobre os inúmeros problemas sociais que a população negra, mesmo sendo a maioria no Brasil, ainda sofre 127 anos após o fim da escravidão.


Mas refletir isto somente durante o penúltimo mês do ano é muito pouco, avalia a deputada estadual pelo PCdoB Leci Brandão.

A sambista, reconhecidamente um dos principais nomes da cultura nacional, explica que dentre as inúmeras questões que atingem a população afro-brasileira, o preconceito contra as religiões de matriz africana tem sido um dos pontos que mais machucam ….

Ouça a entrevista de Leci Brandão na íntegra:


Leci


Tayguara Ribeiro, do Portal Vermelho

BRASIL: Percentual de jovens negros no ensino médio dobra em 13 anos


Mais da metade dos brasileiros de 15 a 17 anos que se autodeclaram pretos ou pardos estavam no ensino médio (51%) em 2014, segundo levantamento feito pelo Instituto Unibanco com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada na semana passada.

Em 2001, esse percentual era de 25%. No mesmo período, a proporção de jovens brancos no ensino médio cresceu 14 pontos percentuais – chegando a 65%.

Em 2001, mais da metade (53%) dos alunos negros de 15 a 17 anos ainda estava estudando na primeira etapa da educação básica, ou seja, estavam atrasados em relação ao que era esperado para a sua faixa etária. Na última Pnad, o percentual caiu 21 pontos e hoje a proporção de jovens negros ainda atrasados no fundamental é de um terço (32%) - entre os brancos, esse percentual é de 22%.

No total da população de 15 a 17 anos sem estudar, 19% já completaram o ensino médio. Na população branca, esse percentual é de 28%, superior ao verificado entre os negros (15%).

Ainda de acordo com o levantamento, 57% dos negros que estão fora da escola não completaram o ensino fundamental. Entre os brancos, o percentual de jovens de 15 a 17 anos fora da escola é de 43%. 


Fonte: Agência Brasil
C/ Portal Vermelho