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segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Procuradoria da República aperta cerco contra cúpula do PMDB

Temer e Padilha (ao fundo)
Temer e Padilha (ao fundo)


de Padilha e Moreira Franco, a análise da PGR também encontrou arquivos originais com programações de pagamentos para os ex-deputados do PMDB Eduardo Cunha, Henrique Alves e o ex-ministro Geddel Vieira. Estes três últimos estão presos. 

Na próxima quarta-feira (25), o plenário da Câmara dos deputados avalia se autoriza que o Supremo Tribunal Federal (STF) processe o presidente e os ministros acima citados.

Temer, Moreira Franco e Padilha foram denunciados por formação de quadrilha e obstrução de justiça após serem apontados como operadores de recursos feitos pela empreiteira ao PMDB. 

De acordo com a PGR, autora da denúncia, o objetivo da cúpula seria a arrecadação de R$ 587 milhões de reais de pagamento de propina. 

O conteúdo divulgado pelo jornal paulista se baseia em relatórios escritos entre 27 de julho e 8 de setembro por perito criminal da Secretaria de Pesquisa e Análise, órgão técnico da PGR. 

“Os nomes dos dois peemedebistas ( Padilha e Geddel) estavam em uma planilha no sistema da Odebrecht que os associa aos codinomes "Fodão" e "Babel", respectivamente”, completa trecho da matéria que ressalta logo abaixo que “Segundo os relatórios, eles estavam identificados por codinomes que, para serem vinculados às pessoas, dependem dos depoimentos”. 

A Folha reitera logo depois: “A existência deles, porém, não comprova a efetiva entrega do dinheiro aos políticos”.

A reportagem da Folha afirma que a Procuradoria descartou fraudes na criação dos arquivos. Trecho da matéria ainda afirma: “Para investigadores, a importância dos arquivos reside no fato de mostrar que foram criados e modificados na época dos repasses delatados, e não forjados recentemente”.

Os deputados começam a quarta-feira analisando o parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) que é contrário à autorização. Para ser autorizada a investigação contra Temer e ministros é necessário que pelo menos 342 deputados digam não ao relatório da CCJ elaborado pelo deputado tucano Bonifácio Andrada (pSDB-MG).



Do Portal Vermelho com informações da Folha de S.Paulo

Oposição aposta em pressão popular para aprovar investigação de Temer


“Sabíamos que na CCJ era um jogo de cartas marcadas, com muitas trocas de cartas, inclusive. Isso significa que o desgaste, a repercussão da opinião pública e a pressão nos deputados têm levado a essa diminuição da capacidade de resistência de Temer. Somado a isso, comenta-se também da diminuição da sua capacidade de responder às exigências desta base de apoio que foi construída sobre o fisiologismo. Mas para virarmos o jogo no Plenário, a pressão popular precisa ser intensa. Este é o verdadeiro fator de desequilíbrio destas forças retrógradas que tomaram conta do país sem o respaldo do voto popular”, alerta a líder comunista, Alice Portugal (BA).

Para que a Câmara autorize o prosseguimento da denúncia contra Temer, pelo menos 342 deputados terão que ser favoráveis à ideia. Na primeira denúncia, Temer garantiu sua “salvação” a base de liberação de emendas, edição de medidas provisórias beneficiando ruralistas, negociação de cargos. Desta vez, a munição foi a mesma, mas com menor intensidade e com rachas entre aliados.

Para o líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini (SP), a correlação de forças vem mudando gradativamente. “A situação vem lentamente mudando de forma desfavorável ao governo, que tem encontrado dificuldade de manter coesão na sua base. Já começa a se constituir um novo movimento dentro da base do governo colocando em risco a sobrevivência do Temer. A própria desavença com Maia é um indicativo. Não sabemos se teremos votos suficientes, mas tudo indica que esta denúncia será diferente”, avalia o parlamentar. 

Painel da Transparência

Na última semana, um painel com as possibilidades de votação da denúncia foi lançado na Câmara. A ideia era expor a posição dos 513 parlamentares. Até agora, no entanto, a adesão foi pequena, com menos de 200 parlamentares expondo sua opinião, sendo que desses, a maioria quer a investigação de Temer.


A participação cresceu um pouco após a votação na CCJ, que foi classificada pelo líder do PSol, Glauber Braga (RJ), de “nojenta”. No entanto, de acordo com o parlamentar, a ideia é que a pressão popular faça, inclusive, com que os deputados mostrem de que lado estão. 

“A gente quer que os deputados digam claramente se estão querendo blindar o Temer, se estão em cima do muro ou se querem investigar o Temer. Na CCJ, a turma do Planalto conseguiu blindá-lo mais uma vez, mas no Plenário pode ser diferente. Mas para a gente virar esse jogo, só com muita pressão popular”, disse.


O painel fica disponível todos os dias em um dos corredores centrais da Câmara para que os deputados colem sua foto na indicação de voto desejada. Apenas 47 parlamentares tiveram coragem até o momento de declarar voto favorável à salvação do peemedebista.

 Do PCdoB na Câmara