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quarta-feira, 19 de junho de 2019

Nota das Centrais Sindicais sobre a MP 871/2019

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Fonte: Portal da CTB

Política Sergio Moro não responde perguntas e se esconde nas ações da Lava jato


Sergio Moro durante depoimento na Comisão de Constituição e Justiça do Senado
Sergio Moro durante depoimento na Comissão de Constituição e Justiça do Senado
O ministro da Justiça, Sergio Moro, deixou claro sua linha de conduta no depoimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, nesta quarta-feira (19). O ex-juiz tem evitado responder diretamente as perguntas sobre sua parcialidade no julgamento do ex-presidente Lula, revelada nas conversas com o procurador Deltan Dellagnol, e em todo momento ressaltou os feitos da operação Lava Jato.

Por Iram Alfaia

Sergio Moro também tentou desqualificar a todo o momento o Intercept Brasil, alegando a forma criminosa como foram obtidas as conversas. Esse roteiro, feito com treinamento ou não, chegou a irritar alguns senadores como Fabiano Contarato (Rede-ES), que foi eleito tendo como bandeira a defesa da Lava jato.

O parlamentar questionou o ex-juiz se houve quebra do princípio da isonomia no julgamento de Lula e ainda se ele havia conversado com a defesa do ex-presidente como conversou com os acusadores.

“Senador, eu sei que não é essa sua intenção, mas me espanta falar em mérito da operação Lava Jato, que nós temos que preservar os esforços anticorrupção, mas, pelo que eu entendi da sua fala, o senhor defende a anulação de tudo então, todas as condenações, todas as denúncias, devolver o dinheiro para Renato Duque, Paulo Roberto Costa”, respondeu Moro.

“O que eu estou questionando, e não estou entrando nem no mérito do diálogo, é que houve a quebra do princípio da imparcialidade quando o juiz, que tem que ser imparcial, manteve contato por inúmeras vezes com aquele que tem interesse cem por cento numa eventual sentença condenatória transitada em julgado. É isso só que eu estou questionando. Então, não ponha palavras na minha boca”, devolveu o senador.

O senador Weverton Rocha (PDT) também foi direto na pergunta: “No sistema processual penal acusatório, não deveria o juiz manter-se equidistante das partes? É comum ou normal o magistrado sugerir o modo como o órgão acusador deve se desincumbir das diligências investigativas?”.

“É difícil comentar conteúdo sem ter a memória exata. Por exemplo, se diz lá: ´Olha, operação, operação(...)´ Isso são decisões já deferidas. Juiz defere prisão, busca e apreensão. São várias operações no âmbito da Operação Lava Jato, e é normal uma discussão de logística”, respondeu.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) também atacou a linha de depoimento do ministro. “Em primeiro lugar, não está em discussão aqui o combate à corrupção e nem é propriedade de nenhum governo e de nenhuma pessoa em particular a defesa do combate à corrupção”, lembrou antes de fazer questionamentos.

"O que está em discussão aqui é se Vossa Excelência cometeu ou não o crime da imparcialidade, da seletividade. O que está em discussão aqui é se Vossa Excelência coordenou um conluio em nome do estado para perseguir em favor dos seus interesses políticos”, lembrou.

Num tom mais pesado, o senador Humberto Costa (PE), líder do PT naquela Casa, sugeriu o ex-juiz pedir demissão do cargo de ministro.

“Vossa Excelência, intencionalmente ou não, enganou milhões de brasileiros, tenha a humildade, primeiro, de pedir a sua demissão do Ministério da Justiça. Não cabe uma pessoa com as acusações graves como essas ser o chefe da Polícia Federal. E, segundo, peça desculpa ao povo brasileiro”, afirmou o senador.

“Senador, desculpe-me. As afirmações são bastante ofensivas. Eu vou declinar de responder”, respondeu Moro.

Fonte: Portal Vermelho

Política Flávio Dino critica Moro: juiz imparcial não pensa em "melindres"

FHC é personagem das novas denúncias do The Intercept Brasil
O governador Flávio Dino (PCdoB-MA) acusou o ministro da Justiça Sergio Moro de ter agido de modo parcial, na magistratura, em favor do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Em 2017, na condição de juiz federal, Moro repreendeu a Operação Lava Jato por abrir investigação contra FHC por denúncia de “caixa 2” numa das campanhas eleitorais do PSDB. O fato veio à tona na noite desta terça-feira (18) em novo capítulo da série que vem sendo publicada pelo site jornalístico The Intercept Brasil. 

“Tem alguma coisa mesmo seria do FHC? O que vi na TV pareceu muito fraco?”, escreveu Moro para o procurador Deltan Dallagnol em uma mensagem no aplicativo Telegram. Dallagnol reconheceu a fragilidade de sua investigação, mas afirmou que era preciso reforçar “imparcialidade” da força-tarefa da Lava Jato. Moro, então, adverte o procurador: “Ah, não sei. Acho questionável pois melindra alguém cujo apoio é importante”.

A postura irregular de Moro – uma afronta ao Estado Democrático de Direito – foi recriminada nesta quarta-feira (19) por Flávio Dino, que também é ex-juiz federal. Segundo Dino, “um juiz, quando conduz um processo com imparcialidade, não pensa em ‘apoios’ e ‘melindres’. Pensa apenas na Constituição e na Lei”.

The Intercept também revelou que procuradores da Lava Jato planejaram acobertar as menções a FHC nas delações premiadas obtidas pela operação. O tucano foi citado por detaltores como Pedro Corrêa e Néstor Cerveró.

Fonte: Portal Vermelho