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segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Manuela: Neutralidade da internet foi um avanço e deve ser mantida

 
Segundo ela, a ação é um retrocesso e o Brasil deve resistir a tal medida. Ela também lembrou da importância do marco civil da internet.

Confira o vídeo:



Do Portal Vermelho

A luta pela universidade necessária

APUB Sindicato
 
 Diante do ataque atual, devemos escolher qual universidade queremos defender.


Como toda instituição, a universidade pública comporta vícios e virtudes. Pode ser local de mera repetição de saberes, reprodução de diferenças de classe e competição por posições ou recursos; porém, mais ainda, é lugar de criatividade, superação de desigualdades e rica colaboração científica e expressão artística.

Assim, diante do ataque atual, devemos escolher qual universidade queremos defender, qual pode ter uma função emancipadora e ser o lugar de produção de conhecimentos e formação cidadã. O desafio é enorme, pois mesmo defensores da ampliação de direitos nem sempre têm um projeto autêntico de universidade ou conhecem sua natureza específica. Não podemos apenas querer mais do mesmo; para servir a interesses mais elevados da ciência, da formação acadêmica e de nosso povo, a universidade tem que ser pensada para além de sua condição atual.

O discurso de ataque à universidade insiste que ela não é um bom negócio e que o Estado deve desobrigar-se do compromisso com seu financiamento, concentrando-se na educação básica. Ora, bom ou mau, a universidade simplesmente não pode ser um negócio. Ela tem uma dinâmica pela qual o aporte de recursos, caso destinados às suas atividades fins e bem controlados por instâncias autônomas, não se torna desperdício e, sem paradoxo, é também investimento na educação básica, que jamais poderá ter qualidade sem a pesquisa e o ensino de nível superior.

A muitos também parece absurdo conciliar excelência acadêmica e compromisso social. Mas esse é exatamente o cerne de um projeto de universidade necessária. Cabe-nos assim mostrar, com políticas e propostas, que uma inclusão efetiva eleva o nível de qualidade geral do sistema universitário e faz com que, enriquecido de povo, ele cresça no ensino, na pesquisa e na extensão, em novos talentos e conhecimentos.

Também é fundamental que os defensores da ampliação de direitos acreditem na importância da excelência acadêmica. Reacionários pensam ser o mérito um direito de classe, de raça ou de gênero, reduzindo a universidade a lugar de preservação de privilégios.

Para nós, ao contrário, o verdadeiro mérito prepondera, mas, não como um dado absoluto, e sempre anterior à universidade. A qualidade deve ser construída a cada dia, ao criarmos as melhores condições para a pesquisa científica e o ensino superior, mas também condições múltiplas para uma inclusão efetiva, aprofundando ações afirmativas, combatendo resquícios de discriminação institucionalizada e superando, enfim, as desigualdades pelo brilho mais forte e intenso de nossa gente. 



*Reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
*No Brasil de Fato

Flávio Dino mantém dianteira enquanto clã Sarney vê cenário adverso

  


De acordo com a Folha, o PT deverá apoiar Dino nas próximas eleições. “A decisão é do diretório, mas a tendência é apoiar Dino”, afirmou na matéria Rui Falcão, ex-presidente do PT. De acordo com a Folha, Roseana teria que reverter o apoio que Dino já tem, segundo o jornal, de 180 prefeitos de um total de 217 municípios do Maranhão.

Na sexta-feira (22), a TV Difusora divulgou mais uma pesquisa eleitoral com Flávio Dino liderando a corrida ao governo do Estado. O atual governador aparece com 60,13% dos votos enquanto Roseana Sarney soma 30,21%. “Agradeço o reconhecimento ao nosso trabalho sério, com esta ampla liderança em votos válidos”, afirmou Flávio Dino nas redes sociais. 

Saneamento básico e segurança pública

O Maranhão foi manchete nacional na Folha na quinta-feira (21) aparecendo como um dos estados que mais melhorou a condição das praias no período de 2016 e 2017. De um total de 21 praias (16 em São Luis) avaliadas, todas apresentaram 100% de aproveitamento em atingir boas condições no período de um ano. 

O forte investimento em saneamento básico e limpeza das praias e lagoas tem sido a marca da gestão de Flávio Dino. A segurança pública também tem olhar prioritário na gestão do atual governador. “A população ainda se lembra dos horrores de Pedrinhas”, afirmou durante balanço dos três anos de gestão.

Flávio Dino foi considerado o governador brasileiro mais atuante no twitter. “Estar na liderança desse ranking do Twitter significa transparência administrativa em tempo integral, por intermédio das redes sociais, caminho rápido e direto para a relação com a população”, afirmou.

Por outro lado, Dino tenta através das redes sociais driblar o monopólio da Comunicação que está concentrada nas mãos da família Sarney.



Do Portal Vermelho com informações da Folha de S.Paulo

Sob controle da Boeing, destino da Embraer é o da FNM

 
 


Em 1942 o governo do presidente Getúlio Vargas, sob a inspiração do então coronel Guedes Muniz, criou a Fabrica Nacional de Motores – FNM (FeNeMê) em Xerém, distrito de Duque de Caxias no Rio de Janeiro. A idéia era produzir motores de aviação para viabilizar a nascente indústria aeronáutica que era obrigada a importar os motores e com a guerra prolongada tornara-se artigo raro e caro.

A aliança entre Vargas e Roosevelt permitiu a viabilização da fábrica, juntamente com a Companhia Siderúrgica Nacional em troca da instalação de uma base em Natal, no Rio Grande do Norte.

Os primeiros motores produzidos pela FNM foram uma versão dos motores radiais Curtiss-Wright R-975 e equiparam um avião Vultee em 1946. É importante lembrar que o Brasil contava à época com a fábrica de aviões em Lagoa Santa, Minas Gerais onde foram montados os T 6, a Fábrica do Galeão, no Rio de Janeiro, que produziu os bombardeios bimotores Fock-Wulf B 52 e uma industria privada, a Companhia Aeronáutica Paulista, que produziu os famosos Paulistinhas. Portanto, produzir motores era essencial para a capacidade do país se defender e garantir sua soberania, especialmente num cenário internacional como da segunda guerra mundial.

Findo o conflito, nosso aliado tem grande sobra de material de guerra inclusive motores de aviação. Por outro lado, Getúlio Vargas já havia caído e com ele sua política nacionalista. O novo governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, de inspiração liberal eleito em 1946, optou por abandonar o esforço em dominar a produção de motores de aviação e comprar a preços módicos o estoque norte-americano.

Morreu aí a FNM produtora de motores de aeronaves. Hoje os aviões produzidos no Brasil importam seus motores de fábricas inglesas ou norte-americanas.

Mas as primorosas instalações da FNM em Duque de Caxias não foram fechadas. Guedes Muniz iniciou a produção de bens de consumo, máquinas agrícolas e finalmente caminhões. Primeiro fez uma associação com a Isotta Fraschini e posteriormente com a Alfa Romeo para a produção de caminhões pesados no Brasil.

Aos poucos se tornou uma marca reconhecida em todos os cantos do país com caminhões adaptados às condições brasileiras e dominaram nossas estradas nas décadas de 1950 à 1970.

Além dos caminhões pesados, a fábrica produzia ônibus e em 1960 lançou um automóvel sedã bastante avançado, o FNM 2000 JK em homenagem ao presidente Juscelino Kubitschek. Era uma autêntica marca nacional – apelidada pelo povo de FeNeMê.

Apesar do fracasso inicial com a produção de motores aeronáuticos, por decisão governamental alinhada aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos, a FNM firmou-se como um símbolo da industrialização brasileira concebida no ciclo Vargas – com forte ação do Estado: Petrobras, Companhia Siderúrgica Nacional, FNM e Vale do Rio Doce.

Veio o golpe militar de 1964 e colocou uma pá de cal na marca brasileira de automóveis, caminhões e ônibus. Em 1968, em negociação secreta, o governo de Costa e Silva transferiu o controle da FNM para a italiana Alfa Romeo – até então parceira tecnológica da empresa. A marca desapareceu em uma década.

Nunca mais o Brasil conseguiu consolidar uma marca própria competitiva no ramo automobilístico, apesar do esforço de gente como João Gurgel, Agrale e das fábricas de esportivos e utilitários. Hoje o mercado brasileiro é dividido entre multinacionais de várias origens – norte americanas, suecas, alemãs, japonesas, francesas, coreanas, francesas, chinesas....

O Brasil detém uma das três grandes indústrias de aviões do ocidente, até agora, fruto de uma visão cuja origem é a velha política nacionalista de Getúlio Vargas, implantada com o Brigadeiro Montenegro criado do CTA e ITA que permitiu a constituição do grupo de trabalho que resultou na produção do Bandeirante e da Embraer.

Se vingar esse negócio teremos mais uma FNM.

Luiz Carlos de Lima é Professor, ex-secretário de educação de São José dos Campos 



Portal GGN