ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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CAMPANHA MOVIMENTO 65

domingo, 5 de junho de 2016

Com bom humor, cientistas se mobilizam contra o fim do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Diversas manifestações em prol da volta do MCTI – fundido por Temer à pasta das Comunicações – aconteceram neste final de semana e várias outras estão marcadas para acontecer em todo o país; principais entidades da área já assinaram manifesto de repúdio ao governo interino
Por Redação
A comunidade científica brasileira, pesquisadores e população no geral iniciaram, na semana passada, uma série de mobilizações contra a extinção do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) promovida pelo presidente interino Michel Temer. Em meio ao seu desmonte ministerial, o governo interino fundiu a pasta ao ministério das Comunicações – atitude que, para entidades ligadas à área, representa um retrocesso.
“A junção dessas atividades díspares em um único ministério enfraqueceria o setor de ciência, tecnologia e inovação que, em outros países, ganha importância em uma economia mundial crescentemente baseada no conhecimento e é considerado o motor do desenvolvimento. Europa, Estados Unidos, China, Coréia do Sul são alguns exemplos de países que, em época de crise, aumentam os investimentos em  P&D [pesquisa e desenvolvimento], pois consideram que essa é a melhor maneira de construir uma saída sustentável da crise”, diz um manifesto pela volta do ministério, divulgado há duas semanas, assinado por entidades como Academia Brasileira de Ciências (ABC) e pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Mobilização de cientistas em Natal (RN). Foto: Eloisa Klein

Na última quinta-feira (2), centenas de pessoas tomaram as ruas de Natal (RN) no “1º Ato pela Ciência Brasileira”. No sábado (4), foi a vez da comunidade científica carioca de se mobilizar contra a extinção da pasta no ato “Ciência na Praça”, realizada no Largo do Machado (RJ). Na manifestação, prevaleceu o bom humor para criticar as decisões do governo interino.

Mobilização no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)
Mobilização no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

Outras manifestações ligadas ao tema estão marcadas para acontecer nos próximos dias. Neste domingo (5), paulistanos se manifestarão no vão livre do Masp, na avenida Paulista, no ato “Marcha pela Ciência”. Cariocas voltarão às ruas na segunda-feira (6), seguidos por manifestantes de Porto Alegre (RS), na terça-feira (7), e Belo Horizonte (MG), na quarta-feira (8).
A mobilização também está forte nas redes sociais. Com as hashtags #VoltaMCTI e #FicaMCTI, internautas postam artigos sobre a importância do ministério e dão informações sobre as mobilizações que estão em curso.
Até o momento, Temer não sinalizou qualquer possibilidade de recuo com relação à decisão, diferentemente do que aconteceu com o Ministério da Cultura, que resolveu retomar após a pressão de manifestantes – que seguem realizando ocupações por não concordarem com a composição do novo ministério.
Fonte: Revista Fórum

Ficha suja, Temer está inelegível por oito anos e não cabe qualquer possibilidade de recurso

Decisão foi entregue a 2ª Zona Eleitoral na última quinta-feira (2) e aponta condenação do presidente interino em doações de campanha acima do permitido pela lei
Por Matheus Moreira
Em documento oficial publicado nesta quinta-feira (2) às 13h40, consta pedido de sigilo dos autos pelo presidente interino Michel Temer. O relatório aponta a condenação e prevê pagamento de multa e confirma a sugestão, de maio desse ano, do Tribunal Regional Eleitoral, que o torna inelegível por oito anos. De acordo com o documento, não cabe qualquer possibilidade de recurso, uma vez que o processo transitou em julgado. Ou seja, a decisão é definitiva.
O texto afirma ainda que Temer apresentou defesa e que assumiu ter excedido o valor teto das doações. Os autos confirmam a ilegalidade do ato e apontam que o presidente pediu segredo de Justiça para os documentos, e teve o requerimento negado, de maneira que está em sigilo, apenas, a declaração de imposto de renda.
Inelegibilidade
O presidente não poderá se candidatar a qualquer cargo durante oito anos com base na Lei Complementar nº 64, de maio de 1990, Artigo 1º, linha D, referentes à Redação dada pela Lei Complementar nº 135, de 2010: “os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes”.
Condenação
Michel Temer foi condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral a pagar multa no valor de 5 vezes o excedido na doação de campanha, cujo limite equivale a 10% do declarado. Neste caso, Temer prestou contas de R$ 839.924,46 e doou para campanhas eleitorais R$100.000,00. Além disso, o presidente interino, ao ser condenado, está oficialmente inelegível pelos próximos oito anos.
Leia o auto na íntegra:
Vistos.
Trata-se de Representação Eleitoral ajuizada pelo MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL DE SÃO PAULO em face de MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA, devidamente qualificado nos autos, com fundamento no artigo 23, parágrafo 1°, inciso I, da Lei n° 9.504/97 e artigo 25, parágrafo 4°, inciso II, da Resolução n° 23.406/2014, do Tribunal Superior Eleitoral, na forma do artigo 22 da Lei Complementar n° 64/90, uma vez que, supostamente, doou recursos acima do limite legal a candidatos durante as eleições de 2014.
Recebida a Representação, foi determinada, às fls. 19/20, a quebra do sigilo fiscal do Representado para que a Receita Federal do Brasil (RFB) apresentasse o valor total em termos de rendimento ou faturamento referente ao ano-exercício de 2013, bem como o valor total de doações realizadas às campanhas eleitorais no ano de 2014.
Sobrevieram as informações da RFB, segundo as quais, o Representado declarou rendimento de R$ 839.924,46 (oitocentos e trinta e nove mil, novecentos e vinte e quatro reais e quarenta e seis centavos) no ano-calendário de 2013, sendo que doou R$ 100.000,00 (cem mil reais).
Conclusos os autos, restou indeferido o pedido de segredo de justiça, com a ressalva da manutenção do sigilo dos documentos protegidos por sigilo fiscal, os quais foram desentranhados e acondicionados em envelopes lacrados.
Notificado, o Representado apresentou defesa, através da qual, em apertada síntese, reconheceu que doou valores em patamar superior ao permitido pela lei.
Eis o relatório.
Fundamento e Decido.
A representação em análise é medida destinada a apurar a ocorrência de doação de recursos de campanha acima do limite estabelecido na lei eleitoral. Como é sabido, o limite trazido pelo ordenamento eleitoral tem por escopo impedir a interferência abusiva do poder econômico.
No curso da instrução processual, verificou-se que a doação efetuada pelo representado está além do limite legal estabelecido pelo artigo 25, I, da Resolução TSE nº 23.406/2014.
Não havendo necessidade de dilação probatória e, nos termos do artigo 330, I, do Código de Processo Civil, a presente Representação comporta julgamento antecipado da lide.
Dessa forma, ao levar em consideração que a própria defesa declarou como verdadeiras as informações, bem como todo o conjunto probatório dos autos, fica demonstrada a ilegalidade da doação efetuada pelo representado.
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE, com fundamento no artigo 23, parágrafo 3°, da Lei n° 9.504/97 a presente Representação Eleitoral proposta pelo MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL em face de MICHEL MIGUEL ELIAS TEMER LULIA, para impor ao Representado o pagamento da multa no valor equivalente a 5 (cinco) vezes o valor do excesso, ou seja, R$ 16.007,55 (dezesseis mil e sete reais e cinquenta e cinco centavos), a ser paga com correção monetária pelos índices adotados para cálculos judiciais, mais juros de mora pela taxa de um por cento (1%) ao mês contados da notificação para pagamento.
P.R.I.
Foto: Lula Marques/Agência PT
Fonte: Revista Fórum

Conselho de Ética decide futuro de Cunha nesta terça em meio a troca de membros

Na expectativa da sessão de discussão e votação do parecer que pode resultar na perda do mandato de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), marcada para esta terça-feira (7), o Conselho de Ética da Câmara chega a etapa final do processo com pelo menos oito mudanças na composição. As trocas que alteraram vagas de alguns dos 21 integrantes foram feitas estrategicamente, segundo adversários do peemedebista, para beneficiá-lo com pena mais branda.
Paulinho da Força (SD-SP) chegou a substituir o titular Wladmir Costa (SD-PA) dias antes da votação do relatório que, por 11 votos a 10, garantiu a continuidade do processo. A proposta era engrossar o apoio a Cunha mas, depois da batalha perdida, a vaga voltou a ser ocupada por Costa.
Nesta votação, também votaram a favor do processo contra Cunha, além do relator do caso, Marcos Rogério (DEM-RO), os deputados Júlio Delgado (PSB-MG), Léo de Brito (PT-AC), Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), Paulo Azi (DEM-BA), Sandro Alex (PSD-PR), Zé Geraldo (PT-PA) e Rossoni (PSDB-PR), que não está exercendo o mandato.
Fonte Robson Pires

Lava jato: é a vez de grandes nomes e números do PSDB e PMDB

Pelo andar da carruagem, a partir de agosto, a documentação da Lava Jato explodirá grão-senhores do PSDB e do PMDB nas investigações.

Até lá, pingarão vazamentos, mas a partir do mês fatídico virão nomes e, sobretudo, números. Grandes nomes e grandes números.

Quem está preocupado deve tomar tranquilizantes e esperar pelo inevitável.
Na prospecção das arcas operadas pela rede do doutor Sérgio Machado chegou-se a um fundo de investimentos que administrava US$ 450 milhões.


Na sua carteira, havia um negócio imobiliário de US$ 170 milhões em Berlim.

Fonte: Robson Pires