ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

2019: a luta que não termina - Por GILSON REIS

 
1968: o ano que não terminou”, famoso livro do jornalista Zuenir Ventura, começa com observação peculiar: “A nossa história começa com um réveillon e termina com algo parecido a umaressaca  ressaca de uma geração e de uma época”.

Se nos permitissem, seja a numerologia ou o atrevimento, substituir o um pelo dois, o nove pelo zero, e o seis pelo um, adiantando (ou seria atrasando?) relógios e calendários em 50 anos, as mesmas palavras — e o mesmíssimo subtítulo — poderiam bem servir para descrever 2018.

Tivemos marcos significativos no ano passado. O novo ano que não terminou foi aquele dos 30 anos da Constituição da República e dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, mas também dos 50 anos do Ato Institucional Número 5 (AI-5), e, infelizmente, chegamos ao seu suposto último dia mais próximos do retrocesso deste do que de todo o ideário daquelas.

Marcos de décadas cujos objetos se digladiaram desde o primeiro dia de janeiro, com o início de um ano eleitoral e a expectativa de pôr fim ao movimento golpista que se arrasta, crescente, até o mal-estar da ascensão de um projeto protofascista ao poder, exatamente um ano depois.

Nesse confronto, a Constituição de 1988, símbolo de todo o processo de luta pela redemocratização do país, foi particularmente atacada. A cidadania e o pluralismo político, garantidos em seu Artigo 1°, sofrem. A construção de uma sociedade livre, justa e solidária, a erradicação da pobreza, da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais, assim como a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação, assegurados no Artigo 3° como objetivos fundamentais da República, são alvos de afrontas.

A liberdade de manifestação do pensamento e a livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, estabelecidas no Artigo 5°, são censuradas. Os direitos sociais à educação, à saúde, à alimentação, ao trabalho,à moradia, ao transporte, ao lazer, à segurança, à previdência social, à proteçãàmaternidade e à infância, à assistência aos desamparados, determinados no Artigo 6°, são vilipendiados.

A educação como direito de todos e dever do Estado e da família,com vistas ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, tal qual expresso no Artigo 205, é bombardeada. A liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber,juntamente com o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, princípios do ensino presentes no Artigo 206, é perseguida.

Se os escombros de 2018 persistem, 2019 nos impõe que a luta também prossiga. Mais uma vez, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino — Contee tem compromissos coletivos voltados para as grandes batalhas que já estão em pauta e para as que estão por vir, a fim de que as três décadas da nossa Carta Cidadã, celebradas neste ano, não tenham sido vãs. Se os danos da eleição de um projeto político extremamente nocivo são imensuráveis, nossa tarefa para 2019 é enfrentá-los e combatê-los. Pela educação, pelos trabalhadores, pela luta sindical, pela ordem democrática, pela liberdade.

Gilson Reis é coordenador-geral da Contee.

Os artigos publicados na seção “Opinião Classista” não refletem necessariamente a opinião da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e são de responsabilidade de cada autor.

Desvalorização: acordos impõem cortes de até 20% nos salários

 http://portalctb.org.br/site/images/stores/2018/salario-minimo.png
 Por Joanne Mota

Dados do Salariômetro da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que, em 2017, foram fechados 149 acordos para reduzir o salário e a jornada de profissionais. Neste ano, até novembro, o total é de 55.

Os acordos de redução salarial fechados entre sindicatos e empresas resultaram em uma queda média de 20,4% no valor do salário dos trabalhadores neste ano, ante 18,5% no ano passado.

O Salariômetro aponta ainda que o reajuste médio nas remunerações foi de 2,9% neste ano, o que mostra aumentos salariais abaixo da inflação medida pelo  Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que ficou em torno de 4%, em média, em 2018. 

Portal CTB - Com informações da Folha de São Paulo

Dino sobre bloco parlamentar: Não há cizânia com PT

http://www.vermelho.org.br/admin/arquivos/biblioteca/18abr2016---flavio-dino-pcdob-ma-governador-do-maranhao-1461029273575_615x300128109.jpg
Durante entrevista ao site Brasil 247, o governador Flávio Dino (PCdoB) enterrou a tese vendida por parte da mídia nacional de que o bloco de oposição formado entre PSB, PDT e PCdoB supostamente dividiria a esquerda brasileira e isolaria o PT no Parlamento.

Dino negou que haja alguma “cizânia” ou “sectarismo” entre partidos da esquerda com a formação do bloco e destacou a importância do Partido dos Trabalhadores, que ele chamou de “maior partido da esquerda brasileira”.

“Não enxergamos nisso nenhuma divisão do campo da esquerda. Nós já tivemos bloco parlamentar, PDT, PCdoB, PSB em outros momentos, fizemos isso nos anos de 2007 e 2008 e o PT tinha outro bloco parlamentar. O PT tinha outros blocos dos quais ele fazia parte. Cada partido tem a sua autonomia. E vamos continuar firmes e em aliança com o PT”, esclareceu.

Dino complementou dizendo que ele e seu grupo têm “muito respeito pelo PT” e que devem atuar “juntos com o PT”, mas ressalta que os partidos do bloco “merecem ter sua identidade reconhecida e respeitada”.

Blog do Jorge Vieira
Portal Vermelho