ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65
CAMPANHA MOVIMENTO 65

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Desigualdades raciais e de gênero se mantêm no país, segundo estudo

 
Marcelo Camargo/Fotos Públicas

Carla Lima é a primeira da família a concluir o ensino superior. Ela, assim como muitas mulheres negras, considera que ainda tem que trabalhar a mais para provar a competência e se manter na profissão que escolheu."Esse acúmulo de trabalho, essa [necessidade] de mostrar eficiência, e dizer: 'eu cheguei lá por mérito', isso é muito dolorido", afirma a advogada. "Tem o quanto abandonamos de nossa vida pessoal, social e afetiva", destacou, sugerindo que nem todas as pessoas tem oportunidades iguais.


O relatório elaborado pelo Grupo de Estudos Disciplinar da Ação Afirmativa (GEMAA), do IESP, mostra que, apesar do desenvolvimento econômico dos últimos anos, as desigualdades não diminuíram e dificultam a vida dos brasileiros. O documento analisou os números de 2011 a 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, pessoas pretas e pardas (chamadas negras pelo próprio IBGE), quando somadas, são maioria entre os brasileiros, 55% da população. No entanto, em relação aos rendimentos desse grupo, à escolaridade e às classes sociais, estão em desvantagem quando comparadas às pessoas brancas, no topo dos indicadores.

As mulheres negras, em geral, estão sempre nos mais baixos patamares. O rendimento delas era o menor da pesquisa, R$ 800, enquanto as mulheres brancas obtinham, por mês, R$ 1.496. Já homens brancos alcançaram quase o dobro do rendimento médio das pretas e pardas, R$ 1.559.

No quesito educação, as desigualdades permanecem, mostrando que o caso da advogada Carla Lima é exceção. O estudo do GEMAA afirma que entre as raças, não há mobilidade social. Ou seja, é muito difícil para uma pessoa negra ascender socialmente e melhorar de vida ou se manter lá.

"Pretos e pardos que nascem, ou melhor, que estão no alto, que têm os melhores empregos, têm mais dificuldade de manter esse status social, tendem a cair mais do que os brancos que nascem nessa condição", explicou o cientista político João Feres Júnior, que é coordenador do GEMAA e do levantamento com base na PNAD. Ele também afirmou que os negros que nascem pobres têm mais dificuldade de subir para as ocupações mais altas ou médias do que os brancos que nascem pobres.

A pesquisa alerta que, em tempos de crise, a tendência é que as desigualdades se aprofundem, como é o caso do desemprego. A falta de trabalho já atinge de maneira mais severa a população preta, depois a parda e, por fim, a branca. "A tendência histórica em sociedades marcadas pela desigualdade, como a nossa, é de as elites perderem menos em tempos de crise e ganharem mais em tempos de bonança", conclui o documento, defendendo a manutenção de políticas públicas específicas para negros. 


Fonte: Agência Brasil 

A luta pela Visibilidade Lésbica no Brasil: de suas raízes até hoje

"Um dia sem lésbicas é como um dia sem sol"
"Um dia sem lésbicas é como um dia sem sol"


A pesquisa, elaborada pela professora e doutora Cláudia Freitas de Oliveira, conta um pouco da trajetória da luta pela visibilidade lésbica no Brasil. Segundo ela, a problemática da lesbianidade na história do Brasil está vinculada a sua invisibilidade, o que provoca consequências tanto históricas quanto sociais e políticas. “Apesar do tema da homossexualidade ter encontrado espaço no meio acadêmico brasileiro durante as últimas décadas, o foco da atenção produzida por pesquisadores situa-se predominantemente relativo à questão masculina”. 

A demora na colocação da mulher como foco de estudos, para ela, está diretamente relacionada com os traços de uma cultura misógina cujos traços se mantém na contemporaneidade. 

O Brasil Colonial e o discurso da igreja

A autora traz alguns dados interessantes: durante a visitação do Santo Oficio, de 1591 a 1595, foram registrados 130 casos de homossexualidade com a abertura de processos contra o crime de sodomia. Destes, 101 cometidos por homens e 29 por mulheres. “A maioria dos teólogos, mesmo quando admitia que também as mulheres podiam ‘unir-se torpemente umas com as outras’, escusava-se de examinar a matéria em detalhe (..) afinal, se as mulheres não tinham pênis, como poderiam praticar a sodomia? ”, vê-se, pela fala do historiador Ronaldo Vainfas presente no estudo, como o sexo entre duas mulheres já não era visto com importância digna de matéria de estudo. 

A historiadora Minisa Napolitano reitera, em sua fala: “fazia-se distinção entre dois tipos de sodomia, a própria, praticada por homem com homem ou homem com mulher e a sodomia imprópria, praticada entre duas mulheres”. A prática da lesbianidade teria deixado de ser tratada como crime e foi retirada da categoria de sodomia somente em 1646, passando a ser vista como pecado. 

Claudia Freitas faz a observação de que na tradição misógina da Igreja “sequer abriram-se numerosos processos contra as mulheres lésbicas porque seus atos não eram considerados a altura e não representavam a mesma gravidade dos crimes e pecados cometidos pelos homens”. A autora reflete sobre o peso da invisibilidade histórica, para além da difamação e do preconceito: “uma das consequências do desinteresse da igreja pelas lésbicas foi sua grande invisibilidade enquanto sujeitos históricos, mesmo que adjetivadas pejorativamente e consideradas pecadoras ou criminosas”. 

Essa falta de interesse pela relação entre mulheres influenciou, inclusive, em indefinições quanto a conceituação de seus atos. “A sexualidade lésbica não existia, nem mesmo as lésbicas, terminologicamente falando. Essa palavra não foi usada habitualmente até o século 19”. 

Contudo, mesmo minimizadas, as relações entre mulheres existiam e adentravam, ainda que pouco, nos discursos eclesiásticos. As lésbicas eram muitas vezes narradas como pessoas de sexualidade indefinida, já que, se as mulheres invertessem a conduta que lhes era socialmente exigida, “agindo como homens” aos olhos da sociedade, eram logo tratadas na crônica popular como “machos”. 

A autora critica a tentativa de Vainfas de apresentar explicações dos motivos pelos quais uma mulher mantinha relações com outra mulher na época colonial. Entre elas, constaram “brincadeiras pueris”, como forma de manter a “honra de sua virgindade” e para compensar a decepção de casamentos. “A documentação histórica e a narrativa do historiador parece, resistir à ideia de que as relações entre mulheres se davam pela simples motivação de que elas sentiam desejos entre si”, critica. 

No final do século 16, o escritor francês Pierre Bourdeille teria dito que “algumas mulheres relacionavam-se entre si para não perder a arte de fazer amor com homens, porque esse exercício não passava de uma aprendizagem para alcançar o amor maior dos homens”. 

A autora, diante dessas afirmações estreitamente ligadas ao machismo e ao falocentrismo (convicção na qual o falo representa valor significativo fundamental, baseada na superioridade masculina), destaca a resistência em admitir a possibilidade de mulheres procurarem outras mulheres para manter relação homoerótica, momentânea ou duradoura, pela única motivação de quererem vivenciar essas relações. 

Por fim, ressalta uma ironia: “se os processos não tivessem sido abertos, provavelmente, suas 
relações (de lésbicas) ficariam restritas ao universo cotidiano, e suas existências seriam muito difíceis de serem historicizadas”. 

Os discursos médicos do século 19

Neste período o discurso da igreja perde espaço para o discurso cientifico, sempre dominado por homens. A influência de campos que ditavam normas de condutas e comportamentos a serem seguidos pelas mulheres, como a da medicina e do direito, crescia. 
A homossexualidade, tanto masculina quanto feminina, sai da ótica do pecado e passa a ser vista como doença. 

No que se referem às mulheres, Claudia Freitas destaca que os médicos apontavam como causas para a homossexualidade lesões e enfermidade genitais, histeria, masturbação e a própria menstruarão, que, em palavras do médico Antônio Peixoto, “era o momento mais propicio para as mulheres manifestarem problemas de ordem mental”, deixando clara a tentativa de comprovar uma falsa incapacidade intelectual feminina, baseada em estudos falhos, que hoje ainda serve de argumento para discursos machistas. 

Torna-se muito válida a conclusão da pesquisadora: “embora as teses médicas brasileiras tivessem objetivos pretensamente científicos, racionais e neutros, observamos que elas estavam permeadas por julgamentos de valor e condenação moral e subjetiva”, e completa que “muitos médicos não apenas descreviam as práticas sexuais vivenciadas entre mulheres, mas as nomeavam de maneira tendenciosa e pejorativa”. 

A luta continua 

O texto de Claudia Freitas ajuda a entender as raízes da luta por visibilidade das lésbicas, além de sua importância nos dias atuais. 

É importante que produções tanto culturais quanto acadêmicas sejam criadas e divulgadas, para se possa entender melhor a história de grupos sociais, sua luta por direitos e o caminho trilhado pela sua existência, para definir uma trajetória a partir de seu passado. Com as lésbicas não é diferente, assim como todo o movimento LGBT. 

Abaixo um vídeo de Louie Ponto formado por diversos depoimentos de mulheres lésbicas, que contam das dificuldades a serem enfrentadas diante da sociedade, assim como a beleza, a maravilha e o ato revolucionário que é amar outra mulher: 



Confira, ainda, a terceira edição do Jornal Chana com Chana, disponibilizada pelo Acervo Bajubá. A edição especial de aniversário traz a matéria "Galf: A História de um Grupo de Mulheres Lésbicas" com fragmentos da memória do movimento sapatão brasileiro. 


* estagiária no Portal Vermelho 

Do Portal Vermelho 

Temer faz novo decreto que mantém mineração em zona da Amazônia

YASUYOSHI CHIBA (AFP)
Imagem de um território da floresta amazônica no Pará.
Imagem de um território da floresta amazônica no Pará.

Fortemente pressionado pela repercussão negativa do decreto que liberou a exploração da Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca), na Amazônia, para a mineração privada, o Governo de Michel Temer resolveu revogar a decisão e publicar um novo texto para "clarificar" o assunto. O novo decreto, no entanto, apenas detalha algumas salvaguardas já previstas na legislação brasileira, mas não modifica o cerne da polêmica: a área, antes legalmente reservada a pesquisas do Estado, se tornará aberta à atividade de mineradoras privadas, com potencial de pressionar áreas de conservação ambiental e terras indígenas da zona.

Dentro da Renca, uma área de 46.450 quilômetros quadrados do tamanho do Estado do Espírito Santo, estão nove áreas de conservação ambiental e reservas indígenas. Até então, somente a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), uma empresa pública pertencente ao Ministério de Minas e Energia, podia fazer pesquisa geológica para avaliar as ocorrências de minérios neste território com alto potencial de ouro e outros metais preciosos.

No texto publicado nesta segunda-feira em edição extra do Diário Oficial, o Governo ressalta que está proibida a exploração mineral nas áreas de unidades de conservação, reservas ambientais estaduais e indígenas dentro da Renca. O decreto ainda proíbe pessoas que desmataram ou exploraram ilegalmente a terra de ter sua situação regularizada e receber o direito a novas lavras. O Governo determinou ainda a criação de um Comitê de Acompanhamento das Áreas Ambientais da Extinta Renca.

Os ministros do Meio Ambiente, Sarney Filho, e de Minas e Energias, Fernando Coelho Filho, foram os incumbidos pelo Governo para tentar amenizar a polêmica sobre a questão e garantir que não haverá prejuízo ambiental. "Seria um desserviço à política ambiental se não fizéssemos um novo decreto para deixar nítido para as pessoas que esse decreto não iria afrouxar regras ambientais nem interferir nas unidades de conservação", disse o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, em coletiva de imprensa em Brasília. "Com essas decisões vamos ter responsabilidade na região e não vai acontecer um desmatamento desenfreado conforme era nosso receio", acrescentou.

A gestão Temer também ressaltou que empresas interessadas em explorar as minas da região terão que apresentar planos de controle ambiental, aproveitamento econômico sustentável, recuperação de área degradada e contenção de danos. O temor dos ambientalistas e especialistas, entretanto, é que, mesmo assim, a exploração de minério tenha um forte impacto em toda região.

Na avaliação do ambientalista Carlos Eduardo Young, além do impacto gerado pela extração dessa área e o aumento dos riscos de desastres como o que aconteceu em Marina, um perigo maior para o entorno será o escoamento do minério. "Será preciso, provavelmente, uma ferrovia. E aí moram todos os problemas ligados às grandes obras. Será preciso uma grande quantidade de mão de obra de baixa qualidade e masculina. Tudo que acontece numa barragem, vai acontecer ali: alcoolismo, prostituição, mães solteiras, além de abrir novos caminhos, desmatar uma mata que está fechada", afirma.

Para o ambientalista, não há mudanças reais no novo decreto, apenas explicações que já estão na legislação. "A única novidade é um órgão extremamente consultivo, um comitê de acompanhamento criado dentro do Governo com representantes do Pará e do Amapá, mas sem nenhum envolvimento da sociedade civil. Na minha visão um grupo chapa-branca, associado a cúpula que atende a interesses privados", explica.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) concorda que a essência do texto não foi alterado e que o anúncio de Michel Temer é apenas uma estratégia para enganar a sociedade brasileira e a comunidade internacional. Na semana passada, o senador chegou a protocolar um Projeto de Decreto pedindo a suspensão da portaria que extingue a Renca. "Não tem como ter mineração não ser devastada e os rios não serem devastados. Ele anuncia que vai manter a extinção da Renca, mas vai estabelecer critérios. É uma forma de tentar minimizar a pressão. Temos que reforçar a pressão, porque o decreto não muda nada", afirmou a jornalistas.

Protestos nas redes

Desde o anúncio do decreto na semana passada, artistas e celebridades começaram uma mobilização nas redes sociais pedindo que a população proteste e assine abaixo-assinados contra a decisão de Temer sobre a Renca. A modelo Gisele Bündchen, bastante ativa sobre assuntos ligados ao meio ambiente, foi uma das primeiras a se pronunciar sobre o assunto. Ela disse, em sua conta no Twitter que a medida é "uma vergonha". "Estão leiloando a nossa Amazônia", escreveu. Os cantores Caetano Veloso e Anitta, também publicaram mensagens nas redes sociais com a hashtag #TudoPelaAmazonia.


*no El País

Ecoa o grito: a Amazônia é nossa!

EBC
 
 


Os ajustes econômicos e o anúncio do novo pacote fiscal promovidos pelo governo Temer aprofundam a crise brasileira. Temos uma deterioração dos serviços públicos, especialmente em saúde e educação, um aumento do desemprego e da população de rua. Ou seja, os ajustes promovidos pelo governo consolidam privilégios e retiram direitos. Trata-se de uma equipe que tem um projeto de país elitista e de desmonte de bens e serviços públicos garantidos pela Constituição de 88.

A política de austeridade – política de redução do tamanho do Estado – levada a cabo pelo governo Temer atingiu um limite inaceitável. Há poucos dias, no campo socioambiental, o governo extinguiu a Reserva Nacional de Cobre e Seus Associados (Renca) para viabilizar a exploração mineral por companhias privadas do ramo. Trata-se de uma área de 47 mil quilômetros quadrados de mata fechada da Amazônia, equivalente em área ao estado do Espírito Santo.

A reserva é rica sobretudo em ouro, mas também em tântalo, minério de ferro, níquel, manganês e outros minerais. Abriga também nove áreas protegidas: o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, as Florestas Estaduais do Paru e do Amapá, a Reserva Biológica de Maicuru, a Estação Ecológica do Jari, a Reserva Extrativista Rio Cajari, a Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Iratapuru e as Terras Indígenas Waiãpi e Rio Paru d’Este.




Com 5% de aprovação, a menor de um presidente desde a redemocratização do país, Michel Temer, acabou, por decreto, com uma regra que determinava que somente a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), pertencente ao Ministério de Minas e Energia, podia fazer pesquisa de minérios na área. O desequilíbrio socioambiental que será provocado se mineradoras privadas forem explorar essa região trará consequências catastróficas irrefutáveis.

A Floresta Amazônica constitui um ecossistema de importância singular para a regulação climática do Brasil e do mundo.

Pesquisas realizadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo em parceria com o INPE (Instituto nacional de Pesquisas Espaciais), revelam que a Floresta Amazônica produz um fenômeno conhecido como “Rios voadores”. Os rios voadores são rios aéreos de vapor bombeados para atmosfera pela floresta e explicam por que a região do quadrilátero que vai de Cuiabá a Buenos Aires, de São Paulo aos Andes é uma região verde e úmida, enquanto as outras regiões de mesma latitude do mundo são compostas por desertos.

Os rios voadores são os serviços ecossistêmicos que provêm as condições climáticas adequadas para que esse quadrilátero seja responsável por 70% do PIB da América do Sul, onde se concentram a maior parte da produção agrícola, industrial e onde estão os grandes centros urbanos.

O desmatamento inerente à mineração em uma área do tamanho da Renca certamente contribuirá para o desequilíbrio da dinâmica invisível dos rios voadores, comprometendo a produção de alimentos, atividades industriais e o abastecimento de água nas regiões que compõem o quadrilátero. Tão importante quanto a perturbação da dinâmica climática provida pelos rios voadores são os impactos ambientais na região da reserva: contaminação do solo e dos recursos aquáticos, e a destruição da biodiversidade.

Tirar o direito de uma instituição de pesquisa nacional trabalhar na região, e dar lugar a empresas que irão destruir a biodiversidade, visto que a Amazônia tem milhares de espécies endêmicas que ainda não foram descobertas, esse é o grande crime. O Brasil é o país no mundo que mais tem biodiversidade (patrimônio genético). Existem muitas plantas e espécies que só existem naquele pedaço de floresta, e algumas dessas podem conter respostas para muitos problemas. A mineração, por sua vez deixa pouco para o país.

Apesar do decreto de extinção da Renca manter as regras válidas para as unidades de conservação e terras indígenas, existem exemplos históricos sobre os impactos negativos da mineração em regiões amazônicas. A presença de uma atividade com elevado risco de impacto em uma região permeada por unidades de conservação fragiliza a integridade dessas áreas, afetando sua própria função de conservação da flora e fauna e expõe as populações tradicionais à violência e doenças.

A extinção da Renca é mais uma dentre uma série de medidas arbitrárias do atual governo que aumentam sobremaneira os problemas socioambientais e econômicos. Preservar o patrimônio genético e garantir a biodiversidade no Brasil é um dever de todos os cidadãos. É fundamental que a sociedade brasileira, do campo às grandes cidades, ecoa o grito: a Amazônia é nossa!



*É pesquisadora pelo Núcleo de Economia Agrícola e do Meio Ambiente da Unicamp e doutoranda pelo Instituto de Economia da Unicamp.
**É assistente de pesquisa pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia e mestranda pelo Instituto de Economia da Unicamp

Fonte: Brasil Debate

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

AMES - NOVA CRUZ/RN, 28 DE AGOSTO, 23 ANOS DE LUTAS E CONQUISTAS, MAS HOJE QUASE NADA PRA COMEMORAR!!!

No dia 28 de agosto de 1994 na Escola Municipal PEREIRA MATOS - Nova Cruz-RN, nas a AMES - Associação Municipal de Estudantes, entidade sem fins lucrativos e em defesa dos estudantes, da educação, do movimento estudantil, da cultura, da liberdade de expressão e a todo tipo de discriminação.

No decorrer desses 23 anos foram vários presidentes que aqui passaram. Primeiro seu fundador e idealizador, Eduardo Vasconcelos, ex dirigente da da UMES-NATAL (1987) e da APES (1990/1) e os demais ex presidentes, entre eles na sequência: Antonio Virgílio dos Santos; Edson Neves de Lima; Maria do Socorro Mendonça; Wilton Teixeira da Silva; Aldo Roberto dos Santos; Fernando Luiz dos de Souza (2 mandatos); Ricardo Emergino e Elaine Faustino.

Foram muitas conquistas, entre elas destacamos a Lei do Grêmio Estudantil nas Escolas Municipais, Estaduais e Particulares; a MEIA ENTRADA; RECOMENDAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA O CUMPRIMENTO DA MEIA ENTRADA; MEIA PASSAGEM INTERMUNICIPAL; ELEIÇÕES DIRETAS PARA DIRETORES DE ESCOLAS; Participações em 3 Congressos da UBES (União Nacional dos Estudantes - (1994 a 2008); Participações nos Conselho Municipais de Educação; da Assistência Social e da Saúde, VOTO AOS 16 ANOS, Núcleo da UERN, Campus do IFRN Vestibular dos Cursos a Distância da UFRN (que fazia 4 anos que não tinha vestibular, entre outras.

Além da criação em 2011 da Comissão em Defesa dos Campus da UERN e UFRN, Já!

Mas hoje não temos quase nada para comemorar, pois as conquistas adquerida nos governos Lula e Dilma estão sendo ameaçados pelo atual governo, como o FIES, PROUNI, entre outros.

É preciso uma nova reflexão da estudantada/juventude para avaliar a atual conjuntura e partir para a luta de forma eficaz e consciente, PORTANTO NEM UM DIREITO A MENOS!

A AMES SOMOS NÓS, NOSSA FORÇA E NOSSA VOZ!

domingo, 27 de agosto de 2017

2º turno no Amazonas: Braga reafirma em debate compromisso pelo Estado

Eduardo Braga chega é entrevistado antes do último debate. Adversário Amazonino não compareceu.


"Quero falar para você que está pensando em votar nulo branco ou abstenção, pense bem se você votar nulo, não vai dar chance de a gente mudar, quero assumir um compromisso. A mudança tem jeito, a esperança tem jeito”, declarou Eduardo Braga.

A senadora Vanessa Grazziotin, que declarou apoio a Braga, postou no twitter que o candidato teve postura “íntegra e esclarecedora” durante a entrevista. “Parabéns ao senador Eduardo Braga que, honrou seu compromisso com a população, compareceu ao debate e respondeu todas as perguntas”. 

Vanessa lembrou que Amazonino não compareceu a nenhum debate neste segundo turno. “Se Amazonino não tem comprometimento com a população no período eleitoral, imagine se for eleito”, alertou a parlamentar amazonense.

Saúde, segurança e educação são algumas das áreas destacadas por Braga em seu compromisso de campanha. Entre as medidas estão a criação do Mutirão Cidadão, fortalecimento do policiamento ostensivo e a retomada de obras dos núcleos da Universidade Estadual do Amazonas.

Na opinião da senadora Vanessa, Amazonino representa o grupo político que foi cassado pela justiça eleitoral e que “arrasou” a economia, saúde, segurança e educação do estado.




Do Portal Vermelho com informações do G1 Amazonas e redes sociais

CTB elege direção: Renovar militância e ampliar luta dos trabalhadores

Direção da CTB eleita no 4º congresso
Portal CTB - Direção da CTB eleita no 4º congresso


A chapa continua sendo presidida pelo atual presidente nacional Adilson Araújo, que inicia sua segunda gestão à frente da entidade. A nova direção renovou alguns quadros e criou algumas novas secretarias, como a secretaria de Política Educacional, de Assuntos Socioeconômicos, secretaria do Assalariado Rural.

No total, são 122 integrantes, sendo que 39 dirigentes são mulheres.
Entre as principais mudanças no quadro de dirigentes, Marilene Betros irá comandar a nova secretaria de Política Educacional.

Celina Arêas assume a secretaria da Mulher Trabalhadora, Ivânia Pereira passa à vice-presidência, o cetebista Ronaldo Leite fica à frente da secretaria de Formação e Cultura, Sérgio de Miranda assume a secretaria de Finanças, e Nivaldo Santana assume a secretaria de Relações Internacionais.

A secretaria da Previdência passa ao dirigente Tadeu Paranatinga, a secretaria de Assuntos Jurídicos ao portuário Mario Teixeira, a de Políticas Sociais à dirigentes da Fetag Vânia X e a secretaria da Juventude será comandada pela bancária gaúcha Luiza Bezerra. 

Após a eleição e ratificação da nova chapa, Adilson fez o discurso de encerramento do congresso. "A central é um somatório de diferenças, cores e energias muito positivas", diz Adilson. 

Agradeceu aos parceiros na jornada de construção da CTB e à equipe que ajudou na realização deste congresso, e depois fez uma análise da conjuntura do país e dos planos da central.

"O povo precisa ser conscientizado. Não podemos transformar nossos sindicatos em escritórios. É muito gratificante pra mim dar condução a esse proejto, vamos ter de fortalecer mais e mais o nosso elo. E nossa unidade e laços de solidariedade. Compor a direção supõe fortalecer cada vez mais a nossa intervenção na sociedade", disse o presidente. 

Confira como ficou a composição da direção e secretarias da CTB:

EXECUTIVA

Presidência Adilson Araújo Sind Bancários BA
Vice-presidência Ivânia Sind Bancários SE
Vice-presidência Vilson FETAEMG MG
Vice-presidência José Adilson Sind Estiva ES
Vice-presidência Joilson Cardoso CEPE RJ
Vice-presidência Divanilton SINDIPETRO RN
Vice-presidência Claudemir Nonato de Santana APLB BA
Secretaria-geral Wagner Gomes Sind Metroviários SP
Sec-geral Adj. Kàtia Gaivoto SEP-RJ MG
Secretaria Finanças Sergio de Miranda FETAG RS
Sec. Finanças Adj. Pedro Mesquita Sind Marceneiros SP
Sec. Relações Inter. Nivaldo Santana SINTAEMA SP
Sec. Relações Inter. Adj Carlos Miller SINDMAR RJ
Sec. Juventude Luiza Bezerra Sind Bancários RS
Secret Juventude Adj Marilena FETAG MG
Sec. Saúde Trab. Elgiane Fátima Lago STR RS
Sec. Comunicação Raimunda SINTEAM AM
Sec. Meio Ambiente Rosemari FETAG/CONTAG MA
Sec. Meio Amb. Adj. Mario Porto Urbanitários RJ
Sec. Política Educacional Marilene APLB BA
Secretaria Formação Ronaldo Leite SINTECT/Correios RJ
Sec. Políticas Sociais Vânia FETAG BA
Sec. De Assuntos Soc Economico Humberto Urbanitários RJ
Sec. Mulher Celina SINPRO MG
Secret Mulher Adj Aires FETAG SE
Secretaria Previdência Tadeu Paranatinga Servidores Municipais de Campinas SP
Sec. Assuntos Juridicos Mario Teixeira Portuário DF
Sec. Igualdade Racial Monica SITM RJ
Sec. Relações Institucionais Vicente Selistre Sind Sapateiros RS
Sec. Agric/Agrária Adriano FETAG SC
Sec. Serviço Público João Paulo Serviço Público Federal DF
Sec. Serv. Públ. Adj Marcos FESEP RJ
Secret Assalariado Rural Valdinir FETAG MS
Sec. Relações do Trabalho Paulo Vinicius Sind Bancários DF




Fonte: Portal CTB

sábado, 26 de agosto de 2017

Lula: "os que bateram panela contra Dilma, batem a cabeça com Temer"

 
Foto: Ricardo Stuckert


Lula lembrou o desenvolvimento que a região de Ipojuca sofreu ao longo dos anos, chegando a se tornar o segundo PIB do estado de Pernambuco. "Pessoas que antes cortavam cana, passaram a ser mecânicos, soldadores, trabalhavam em Suape. Veja o que eles vão fazer. Vão diminuir o salário mínimo em R$10. Vão autorizar mineradoras a comprar terras na Amazônia", discursou.  "A luta não é simples. Certamente algumas pessoas que bateram panela pra derrubar a Dilma agora estão batendo a cabeça. Estão batendo a cabeça porque esse governo está destruindo o país", disse Lula. 


O ex-presidente voltou a criticar o governo de Michel Temer pelo pacote de privatizações de 57 empresas e ativos públicos, para tentar fechar o maior rombo fiscal da história. "Eles são tão incompetentes que em vez de governar, eles estão vendendo o que não é deles, vendendo o país. O que eles estão vendendo é patrimônio nosso, construído ao longo de séculos pelo povo brasileiro. Eles prometeram que iam tirar a Dilma, que ela era a desgraça desse país, agora esse governo fez desgraça e meia", disse Lula. 



A presidente legítima Dilma Rousseff destacou em seu discurso a gravidade dos atos praticados pelo governo de Michel Temer. "É gravíssimo o que os golpistas estão fazendo, acabando com o conteúdo local. Esse governo não tem menor compromisso com povo brasileiro", disse Dilma. “O petróleo no Brasil, que é uma riqueza do nosso País, está sendo comprometido. Eles querem acabar com o conteúdo local na indústria do petróleo”.



Dilma relembrou que foi em Ipojuca que se iniciou a extração de petróleo em águas profundas. “Aqui em Ipojuca fizemos uma revolução. Extraímos petróleo de águas profundas. E mais do que isso, refinamos o petróleo e garantimos que esse petróleo que viraria gasolina e óleo diesel viesse de mãos brasileiras, nordestinas, pernambucanas”, afirmou.

Em seminário, Flávio Dino e Haddad defendem regulação da mídia


O evento é promovido pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, e continua neste sábado (26), Coordenada pelos jornalistas Renata Mielli (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação) e Paulo Henrique Amorim, a primeira rodada de debates foi de peso: o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT); o ex-prefeito de Belém e deputado federal Edmilson Rodrigues (Psol) e o atual prefeito de Macapá, Clécio Luís (Rede).

Segundo Flávio Dino, a única utilidade que é possível apontar da atual crise política e institucional, e que sempre foi velado em nossa sociedade na narrativa oficial dos meios de comunicação, foi a luta de classes.

“Esta crise serviu para atualizar a compreensão do pensamento progressista e da sociedade, de um modo geral de que, de fato, temos interesses conflitantes, que se organizam, manifestam e lutam de várias formas em várias arenas e por vários instrumentos”, enfatizou o governador.

Ele salientou que os governos progressistas sofrem as consequências práticas e cotidianas da articulação que há dos blocos de interesses.

 

Manchetômetro

O governador apresentou como exemplo desse embate de interesses um levantamento de mídia, o chamado manchetômetro, com um cálculo que comprova a manipulação midiática usada como um instrumento de oposição ao governo.

De acordo com os dados, o jornal ligado à família Sarney – proprietária dos principais veículos de comunicação no estado -, veiculou em 2014, último ano de governo de Roseane Sarney, 66% de manchetes positivas em referência à gestão; 5% negativa; e 29% neutra.

No ano seguinte, em 2015 - primeiro ano de governo de Flávio -, apenas 8% das manchetes positiva, se contrapondo aos 66% do período anterior. Já as negativas, saltaram de 5% para 53%. As manchetes neutras também subiram: 39%.

Em 2017, ano pré-eleitoral, o número de manchete positiva caiu para 3%. “Estou igual ao Temer”, brincou Flávio Dino, em referência à popularidade do ilegítimo.

“É uma violência simbólica que a gente sofre com esses oligopólios governando frações do estado”, frisou.

Democracia

Para o ex-prefeito Fernando Haddad, o país precisa passar por um verdadeiro processo de redemocratização. “A democracia não é um processo natural é uma conquista civilizatória”, disse ele, destacando que hoje vivemos um processo de desconstituinte e estado de exceção.

“Eles [golpistas] não têm um projeto de país. É o projeto de desfazer. É uma desconstrução que estão fazendo e a cada dia é uma notícia nova e ruim”, afirmou o ex-prefeito, citando o ataque aos direitos trabalhistas.

“Devemos ampliar a diversidade dos meios de comunicação ou corremos o risco de grande retrocesso”, declarou Haddad, que defendeu a urgência da regulação da mídia.

Ele também falou sobre o papel das redes sociais na construção do discurso de ódio e de desconstituição.

“Há forte interferência do dinheiro nas redes sociais. O modelo de negócio é baseado numa publicidade em que promove o encontro entre os seus iguais. O interesse da internet não é de promover a interação humana. Criam bolhas em que os estereótipos e preconceitos são reforçados”, afirma.

O prefeito de Macapá, Clécio Luís, resgatou o contexto histórico da formação do Amapá e a forte influência oligarca forjada na exploração de minério da região. 

“A maior mina de manganês do mundo, de 1943 a 1990, era do Amapá. A partir daí, formou-se uma sociedade que se domesticou, pois o Estado [detentor dessa riqueza] dava emprego, casa”,

Ele salientou que a comunicação na administração pública deve priorizar a realidade, sem deixar de promover a responsabilização do cidadão para que este sinta-se parte do governo e ajude a definir os rumos da administração.

Edmilson Rodrigues, deputado federal pelo Psol e ex-prefeito de Belém, disse que os meios de comunicação ligados a parte da elite brasileira buscam disseminar o pessimismo.

“Não pensem que não é intencional. Mas não é possível acreditar que Humanidade tenha como futuro a barbárie. A barbárie é hoje. O amanhã é outro”, afirmou.

“Temos que ter um projeto contra-hegemônico. Nós temos muito em comum, mas ainda temos muito a agir em comum”, defendeu. “É importante construir meios alternativos. E as redes sociais são fundamentais. Não podemos ficar fora dela”, completou. 


Do Portal Vermelho

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Ao Vivo: Acompanhe agora abertura oficial do 4º Congresso da CTB

Abertura oficial: Leitura do regimento do 4º Congresso da CTB
Abertura oficial: Leitura do regimento do 4º Congresso da CTB


  



Do Portal Vermelho

Presidente da Federação Sindical Mundial denuncia globalização e saúda encontro classista

“Vamos fazer um chamado à CTB: que este espaço que vocês começaram aqui seja uma tendência para articularmos estratégias unitárias de luta”, declarou o presidente da Federação Sindical Mundial (FSM), Michael Makwayiba, durante seu discurso no Seminário Internacional “A crise econômica global e o mundo do trabalho”, que ocorreu nesta quinta-feira (24), em Salvador.
“Globalização, direitos e democracia” foi o tema debatido na segunda mesa do encontro que reúne representantes de 26 países de todo o mundo. A mesa foi coordenada pelo secretário adjunto de Relações Internacionais da CTB, José Adilson Pereira, e pela dirigente da Fetag, Vânia Marques.
ze adilson mesa sem inter


O líder sul-africano avaliou que com a globalização a soberania dos países e povos é atacada. “Políticas liberais têm sido impostas para suprimir os interesses do imperialismo”, sublinhou ele que exemplificou que apesar de a África ser um continente rico em minerais como ouro e diamante, a maioria da população vive abaixo da linha de pobreza.

Já o cientista social e pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), Ronaldo Carmona, denunciou o golpe no país e contextualizou a atual conjuntura política com o protagonismo que o Brasil e os governos progressistas e de esquerda exerciam na região.
“A conformação do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e a criação do Banco e do Fundo de Investimentos do bloco são espelhos de uma nova arquitetura financeira internacional alternativa ao domínio imperialista”, lembrou Carmona, que destacou o crescimento da economia chinesa em relação aos Estados Unidos.“Este pensamento contra-hegemônico foi a raiz da situação que levou ao golpe no Brasil e a desestabilização dos países da América Latina e Caribe”, alertou o palestrante.
carmona ctb

 Neste sentido, o presidente da CTB, Adilson Araújo, que participou junto ao secretário de Relações Internacionais da central, Divanilton Pereira, e da coordenadora do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (CES), Gilda Almeida, na mesa de encerramento da atividade frisou: “O Brasil caminha para o atraso e retrocesso com a imposição de uma agenda ultraneoliberal”, exclamou. 

Araújo recordou ainda que os 10 anos da CTB coincidem com o centenário da primeira grande greve geral no Brasil liderada por operárias e destacou a necessidade da solidariedade internacional com países como a Venezuela, Palestina e Cuba.

publico ctb 1

Os participantes nacionais e internacionais que falaram no plenário denunciaram a ofensiva conservadora e os ataques do capitalismo internacional aos direitos da classe trabalhadora mundial e a necessidade de unidade na luta em defesa dos direitos sociais e trabalhistas.

Em sua fala final, Divanilton Pereira agradeceu a presença da delegação nacional e dos 71 delegados internacionais que representaram 43 entidades sindicais dos quatro continentes e afirmou. "Saimos mais fortalecidos deste encontro para construir uma plataforma unitária de luta", disse. 
adilson araujo presente

O seminário terminou com a execução da Internacional, cantada por todos os presentes em vários idiomas, e com a troca de presentes entre as delegações estrangeiras e a CTB.

Érika Ceconi - Portal CTB 
Fotos:Manoel Porto  

Liberdade de pensar é essencial para uma educação de qualidade, diz dirigente da CTB


A professora Marilene Betros, dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), afirma ao Portal CTB que o 4º Congresso Nacional da CTB debaterá os efeitos dos cortes orçamentários na educação e como salvar esse setor essencial para o desenvolvimento do país.
Ela explica que a CTB realiza seu Congresso em uma conjuntura adversa, "com essa ofensiva do capital sobre o trabalho". Neste momento, "a educação pública está ameaçada. O presidente ilegítimo retira investimentos e diz que está cortando gastos, como se investir em educação não fosse essencial para a nação", diz. Por isso, "o movimento educacional se organiza para mostrar que educação deve ser prioridade absoluta".
E como o Ministério da Educação (MEC) cancelou a Conferência Nacional de Educação, os profissionais na área, criaram a Conferência Nacional Popular de Educação (Conape) e o Fórum Nacional Popular de Educação para "barrar os retrocessos e colocar a educação no centro do debate da política nacional".
A professora, que também é dirigente da APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado Bahia e da CTB-BA, ataca o proejto Escola Sem Partido. "Esse projeto tenta tirar a essência da educação, que dever ser um processo aberto. A educação deve dar liberdade de pensar". conclui.
Assista o depoimento de Marilene Betros