ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65
CAMPANHA MOVIMENTO 65

quinta-feira, 31 de março de 2016

DIRETÓRIO DO PCDOB DE NOVA CRUZ SE REUNIU VISANDO AS ELEIÇÕES DE 2016

 Reunião bastante proveitosa



Ontem (30), o Partido Comunista Brasileiro - PCdoB de Nova Cruz se reuniu para discutir as Eleições 2016.

Foram discutidos as candidaturas de pré candidato a Vereador e futura futuras coligações, tanto na Majoritária, como na Proporcional.  Foi aprovado para o mês de abril um Curso de Capacitação para os filiados e a criação da UJS - União da Juventude Socialista para agregar vários jovens na luta pelo SOCIALISMO e para o fortalecimento do Movimento Estudantil, Cultural e Político no Município.

Um tema importante discutido também foi as normas eleitorais (afastamento), o Partido irá nesta quinta-feira consultar especialistas na áreas de Direitos Eleitorais e já na sexta-feira (01) orientará seu pré candidatos.

A cada dia o PCdoB vem adquirindo vários seguidores que sintonizam com o Programa e o Manifesto do Partido.

Foi tirado uma comissão dos presentes a reunião para irem nessa quinta-feira (31) para Natal, onde participarão da Marcha Contra o Golpe!

Participaram da reunião os membros do Diretório: Damião  - Presidente; Roberto - Vice Presidente; Eduardo - Secretário de Organização; José Aldo - Secretário de Finanças; Heloiza Victória - Secretária de Formação e "Zé do Tempero" - Secretário de Comunicação, bem como os Pré Candidatos: Severino de Heleno e  Agnaldo Cabeleiro; Rama, membros do Grupo de Capoeira: Junio, Priscila, Welligton, Regina e  Grazielly.

Obs. Justificaram suas ausências: Edmilson (Negão) , Andressa (Trabalhando) e Daniele (doente).

terça-feira, 29 de março de 2016

Solidários ao Brasil, países latino-americanos farão atos nesta quinta

Diversos países latino-americanos realizarão atividades, nesta quinta-feira (31), em apoio aos atos que acontecem em todo o Brasil para denunciar as tentativas de golpe contra a presidenta Dilma Rousseff. 

Preocupados com a interrupção da democracia brasileira, os movimentos sociais da América Latina estão se organizando para promover uma ação continental em defesa do Estado democrático de direito. 

“Diante da agressiva campanha dos meios de comunicação de massa contra o governo e a politização do sistema judiciário brasileiro, que tenta a todo o custo derrubá-lo, cidadãs e cidadãos brasileiros e mexicanos convocamos um ato em defesa da continuação do Estado de Direito, do governo legitimamente eleito pelo povo brasileiro e das conquistas sociais alcançadas nos últimos treze anos no país”, diz a convocatória para o evento que será realizado na capital mexicana. 

Argentina, Chile e Uruguai também já confirmaram atos para esta quinta.
Portal CTB 

Com anúncios enormes, a grande imprensa joga fora os últimos resquícios de honestidade

À beira de um novo golpe de Estado, a imprensa finalmente passou o recibo por seu papel na jogada ensaiada com setores da justiça. Uma campanha publicitária enorme e caríssima patrocinada pela Fiesp nesta terça-feira (29), com anúncios de página inteira em defesa do impeachment, recheou sites e impressos do Correio Braziliense, d’O Estado de S. Paulo, da Folha de S. Paulo e d’O Globo.
É algo que faria qualquer aluno de primeiro ano de jornalismo sentir vergonha, em meio à pior crise institucional de que se tem notícia. Enquanto o público se afoga em interpretações divididas, desesperado por alguma isenção, esses veículos dividem a cobertura política com peças panfletárias pelas quais recebem dinheiro vivo. É a definitiva pá de cal sobre quaisquer pretensões jornalísticas que ainda alegavam ter.
A subserviência não é uma novidade para quem estuda o comportamento da imprensa no Brasil: sabe-se há muito que a hiperconcentração dos meios de comunicação e as relações promíscuas que esses se permitem com lideranças políticas cria uma espécie de coronelismo midiático em que cada região tem seu manda-chuva. Mas é um fato novo que, para além das ficções e recortes convenientes que ganham ares de realidade, a imprensa se sinta confortável para esfregar sua desonestidade na cara do leitor. É como se já não se importassem mais.
O anúncio aparece apenas 24 horas depois de o Supremo Tribunal Federal se isentar de qualquer interferência sobre a discussão de mérito do impeachment, efetivamente jogando a presidenta Dilma aos leões. No mínimo, o caso sugere um alinhamento tácito entre a oposição, o Judiciário e a imprensa: diante das mentiras e manipulação aberta da opinião pública, silêncio; diante dos inúmeros abusos judiciais cometidos por juízes e investigadores, inércia; diante das articulações entre bandidos para a deposição de uma presidente sem crimes, inação.
Há uma anedota fazendo as voltas pela Internet que conta de um episódio peculiar do cotidiano do Jornal Nacional. Trata-se de uma reunião de pauta em que William Bonner, editor do noticiário, saca o telefone e liga para Gilmar Mendes, ministro do STF, a procura de assuntos. “Vai decidir alguma coisa de importante hoje?”, pergunta o global. “Depende, se você mandar o repórter, eu decido alguma coisa importante”, responde Gilmar. O ocorrido está descrito no livro “Devaneios sobre a atualidade do Capital”, do professor da USP, Clóvis de Barros Filho.
O trecho registra a demonstração mais clara de jogada casada entre imprensa e Judiciário de que se tem notícia. Demonstra, também, a subserviência de alguns juízes quanto aos clamores da opinião pública, muito mais comum do que gostariam de admitir.
Não há quem se sustente diante de uma farsa dessa magnitude. Embora os anúncios sejam só o último episódio de uma tendência crescente de parcialidade da imprensa, eles dividem espaço com um comportamento similar da Operação Lava Jato. O padrão pôde ser constatado no recente vazamento da lista de financiamentos políticos da construtora Odebrecht, objeto da 26ª fase da operação. Dias antes, a imprensa havia propagado à exaustão os áudios ilegalmente obtidos do ex-presidente Lula com seus familiares, expondo-o a situações ridículas e teorias de conspiração. A lista, por outro lado, jogava luz sobre práticas condenáveis de políticos alinhados com o empresariado. Desnecessário dizer que ela desapareceu do noticiário em questão de horas, apesar dos mais de 200 nomes. Foi em seguida colocada em segredo de justiça, em decisão tomada espontaneamente pelo juiz Sergio Moro. O mesmo Moro que liberara os áudios por “interesse público” dias antes.
Esses anúncios inauguram uma nova fase desse teatro, em que as aparências não são mais necessárias. Ao ultrapassarem o barreira do prática jornalística fraudulenta para o espaço da publicidade, fez-se de forma oficial aquilo que já era o padrão da forma velada. Em meio a orçamentos minguantes e dificuldades financeiras, a grande imprensa partiu para o tudo ou nada contra Dilma.
Imagine as recompensas que terão, se Temer prevalecer.
Por Renato Bazan - Portal CTB

Movimentos sociais convocam para jornada nacional em defesa da democracia na quinta (31)

As Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reúnem dezenas de entidades do movimento social brasileiro, decidiram promover conjuntamente o Dia Nacional de Mobilização no próximo 31 de março, com uma Marcha a Brasília, além de manifestações em várias cidades brasileiras.
Os eixos da mobilização unitária são os seguintes:
- Em defesa da Democracia: Golpe Nunca Mais
- Contra o ajuste fiscal: por outra política econômica
- Em defesa dos direitos: Contra a Reforma da Previdência
Confirme sua participação no evento no facebook: https://www.facebook.com/events/1765127953718082/
Frente Povo Sem Medo
Frente Brasil Popular

Portal CTB

segunda-feira, 28 de março de 2016

Grazielle: A faxina da corrupção deve começar por Eduardo Cunha

Grazielle Custódio David, especialista em Orçamento Público e assessora do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) comentou nas redes sociais a atual conjuntura política do país. Segundo ela, o discurso de combate à corrupção assumido pela oposição e setores da elite deveria mirar não contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).


Grazielle Custódio David é assessora do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc)Grazielle Custódio David é assessora do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc)

"Honestamente, se a "faxina" tem que começar em algum lugar para limpar o país da corrupção, esse ponto é Eduardo Cunha. É inaceitável que com todas as provas (não é apenas denúncia, não é apenas delação, são provas, inclusive vindas da Suíça), ele permaneça como presidente da Câmara dos Deputados, permaneça como deputado, permaneça solto", disse ela.

Para ela, se a intenção de fato é o fim da corrupção do Brasil, "Eduardo Cunha é a primeira pessoa que precisa ser julgada, imediatamente afastada da posição de presidente da Câmara, cargo esse que está na linha de sucessão presidencial".

"Inacreditavelmente ele é quem controla a Comissão de Ética que o está julgando e que conta com diversos deputados cujas campanhas foram financiadas por dinheiro que o próprio Cunha conseguiu", enfatizou.

E finaliza: "Fazer um impeachment contra uma presidente contra quem não existe um crime de responsabilidade (pedalada fiscal não é crime de responsabilidade; se vier a ser, não poderá ser retroativa, e ser for, pelo menos mais 15 governadores terão que ser afastados) para ter Cunha como possível novo presidente seria ampliar em muito a corrupção no país (Temer também assinou uma pedalada fiscal, então também teria que ser afastado, o que colocaria o presidente da Câmara na presidência)".

Grazielle ganhou notoriedade ao desmontar a falácia da campanha da Fiesp de que a carga tributária do Brasil é uma das mais altas no mundo. Segundo ela, o problema é que o Brasil tem uma injustiça fiscal que penaliza os pobres e a classe média. 


Do Portal Vermelho

Procurador Rodrigo Janot afirma que Lula pode assumir a Casa Civil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou nesta segunda-feira (28) manifestação ao Supremo Tribunal Federal no qual defende que deve ser mantida a nomeação de Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro de Estado chefe da Casa Civil da Presidência da República, mas pondera que as investigações criminais e possíveis ações penais referentes a ele devem, em princípio, ser mantidas no primeiro grau de jurisdição.


Agência Senado
  

O procurador-geral explica que, do ponto de vista estritamente jurídico, não há obstáculo à nomeação de pessoa investigada criminalmente. Porém, em virtude da atuação inusual da Presidência da República em torno da nomeação, “há elementos suficientes para afirmar ocorrência de desvio de finalidade no ato”. Assim, Janot opina pela manutenção das investigações criminais relativas ao ex-presidente Lula no primeiro grau da Justiça Federal para evitar que a nomeação produza efeitos negativos na investigação.

De acordo com ele, o dano à persecução penal pode ocorrer de diversas maneiras: necessidade de interromper investigações em curso, tempo para remessa das peças de informação e para análise delas por parte dos novos sujeitos processuais no STF e ritos mais demorados de investigações e ações relativas a pessoas com foro por prerrogativa de função, decorrentes da legislação penal (particularmente da Lei 8.038, de 28 de maio de 1990), da jurisprudência e da dinâmica própria dos tribunais.

Fonte: Brasil 247

BRASIL: Michel Temer está no 'comando do golpe', afirma líder do governo

Na véspera da reunião que definirá a posição PMDB em relação ao governo da Presidenta Dilma, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), mesmo considerando que “o melhor caminho é manter” os aliados, afirmou que o vice-presidente Michel Temer está no “comando do golpe” contra a presidente Dilma Rousseff.


Agência Brasil
  

Ao resumir a atitude do partido aliado, Guimarães foi irônico: “O PMDB é o PMDB”. Contudo, o deputado federal petista também avaliou que políticos da legenda não querem deixar os cargos ocupados no governo. “Por mais que o vice-presidente Michel Temer esteja no comando dessa operação do golpe, eu duvido que os senadores e os deputados queiram abrir mão dos espaços que eles têm no governo, que são espaços enormes”, destacou.

Apesar das críticas, o líder do governo ainda espera contar com o apoio do partido. “Nós entendemos que o melhor caminho é manter o PMDB no governo, mas depende deles. Nós não estamos para ficar adulando ninguém”, disse.

Guimarães também ressalta diversos segmentos sociais têm se mobilizado em defesa do mandato da Presidenta Dilma e isso tem assustado os peemedebistas. “A mobilização é muito grande e eles estão acuados porque a história não vai jamais esquecer dessa atitude golpista daqueles que querem o golpe”, considerou. O parlamentar lembrou ainda que esses mesmos políticos “já se beneficiaram do governo Lula e agora ficam nessa história de dar o golpe”.

O deputado lembrou ainda que os principais órgãos federais no Ceará são chefiados por indicados do partindo ainda oficialmente aliado. “O PMDB tem vários espaços aqui no Ceará. Tem a presidência do BNB [Banco do Nordeste], que foi o Eunício [Oliveira, senador] que indicou. Tem o Dnocs [Departamento Nacional de Obras Contra as Secas] e tem a Companhia Docas, para ficar nesses três órgãos mais importantes do Ceará”, apontou.

Guimarães disse ainda que o senador Eunício Oliveira “teve uma conversa muito boa com a presidente semana passada”, mas é preciso aguardar a reunião desta terça-feira (29). “Nós vamos mostrar para o País que ninguém dá o golpe impunemente. O País está se mobilizando”, concluiu.

Para Ciro Gomes Temer é “capitão do golpe” e "chefe da facção"


José Guimarães não foi o primeiro a acusar Michel Temer de estar à frente de um golpe para derrubar a presidente Dilma. Em dezembro do ano passado, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) acusou o vice-presidente da República de ser o “capitão do golpe” do processo de impeachment hoje em curso na Câmara dos Deputados. “O beneficiário imediato dessa ruptura da democracia e dessa imensa e potencial crise para 20 anos é ele mesmo, o senhor Michel Temer, o capitão do golpe”, acusou Ciro à época. 

Há cerca de dez dias Ciro Gomes voltou a bater forte em Michel Temer ao afirmar que o impeachment é um golpe orquestrado pelo PMDB e pelo PSDB, um "grupo de cleptocratas", sob a batuta do "chefe da facção", o vice-presidente Michel Temer, e seu "aliado íntimo", Eduardo Cunha. "O sindicato de ladrões agora é uma coalizão PMDB/PSDB, acertada em jantares em Brasília. Com detalhes de como vão repartir o governo, como o Michel Temer tem que assumir anunciando que não é candidato à reeleição. Como vão desarmar a bomba da Lava Jato, porque começou a sair do controle. Porque os políticos começaram a ver que pode sobrar para o lado deles. Isso é o que tá apalavrado, num jantar em Brasília, pelos cleptocratas do Brasil", afirmou o ex-governo e ex-ministro. 


Fonte: Diário do Nordeste
C/ Portal Vermelho

quinta-feira, 24 de março de 2016

BRASIL: PCdoB, 94 anos: Ontem, hoje, na luta pela democracia, contra o golpe

Neste 25 de março de 2016, o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) comemora 94 anos de sua fundação conclamando todas as correntes democráticas e progressistas a combaterem o golpe em curso no Brasil. Em um ambiente político adverso, a legenda comunista reafirma a defesa das causas democráticas, patrióticas e populares. Assim afirma a presidenta nacional do Partido, deputada Luciana Santos, em mensagem aos comunistas.


Foto: Dip
A deputada federal (PCdoB-PE), Luciana Santos foi eleita presidenta do PCdoB em maio de 2015. Ao lado do ex-presidente nacional do Partido Renato Rabelo e secretário nacional de organização, Ricardo Alemão Abreu.
A deputada federal (PCdoB-PE), Luciana Santos foi eleita presidenta do PCdoB em maio de 2015. Ao lado do ex-presidente nacional do Partido Renato Rabelo e secretário nacional de organização, Ricardo Alemão Abreu.

Leia a íntegra da mensagem abaixo:

PCdoB, 94 anos: Ontem, hoje, na luta pela democracia, contra o golpe!

A defesa das liberdades democráticas e dos direitos do povo é uma das principais marcas do Partido Comunista do Brasil. Ao completar 94 anos de existência, neste dia 25 de março de 2016, o PCdoB encontra-se, mais uma vez, na linha de frente da resistência e do combate a um golpe que ameaça alvejar a democracia brasileira.

O Brasil vive hoje dias que valem por anos, décadas. O país se encontra polarizado, crivado por uma acirrada luta política. As forças reacionárias da sociedade e do Estado e a grande mídia tentam aprovar na Câmara dos Deputados um impeachment fraudulento, sem nenhum fundamento jurídico, contra a presidenta Dilma Rousseff, legitimamente eleita.

Um golpe contra o povo e a democracia está em marcha. É preciso enfrentá-lo, e de batalha em batalha derrotá-lo. Apesar da adversidade, o PCdoB tem a convicção de que a união e a luta de amplos setores democráticos, a mobilização do povo, que crescem e se elevam, poderão sim vencer o golpismo e preservar a democracia conquistada à custa de muitas lutas e vidas.

A história de nossa República é toda ela marcada por esse confronto que hoje se trava no país: Democracia versus ditadura, Estado Democrático de Direito versus Estado de Exceção, respeito à soberania do povo versus imposição da vontade e dos interesses das elites.

O PCdoB, ontem e hoje, sempre esteve até as últimas consequências comprometido com a democracia, base para a soberania nacional e para a garantia dos direitos do povo e dos trabalhadores.

PCdoB sempre do lado da democracia

Nos primeiros anos de existência do Partido, durante a República Oligárquica, os comunistas advogaram a anistia e o voto secreto, extensivo às mulheres e aos analfabetos. Lembramos que naquele momento a grande maioria do nosso povo estava excluída do direito democrático de eleger os seus governantes.

Nos anos 1930 foram pioneiros em alertar a nação sobre os perigos representados pelo crescimento do fascismo. Por isso, participaram com destaque da constituição da Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente antifascista que foi perseguida e banida pelo governo do presidente Getúlio Vargas.

Em novembro de 1937, um golpe de Estado instaurou a ditadura do Estado Novo. Os partidos políticos foram proibidos, o parlamento fechado e a imprensa censurada. Mesmo na clandestinidade, os comunistas continuaram lutando contra a fascistização do país. Foram força destacada no processo de mobilização popular que levou o Brasil a romper relações diplomáticas e declarar guerra às potências do Eixo nazi-fascista em 1942. Centenas de jovens comunistas se alistaram na Força Expedicionária (FEB) para combater nos campos da Itália.

A derrota da Alemanha hitlerista e de seus aliados – para a qual o Brasil deu sua contribuição – ajudou a acelerar o fim do Estado Novo. Os comunistas, as forças democráticas e patrióticas conquistaram a anistia e a convocação da Assembleia Constituinte que, acreditavam, conduziria o país no caminho da democracia.

O papel positivo desempenhado pelos comunistas nos sombrios anos do Estado Novo foi reconhecido por amplas parcelas do povo, especialmente os trabalhadores. O PC do Brasil obteve 10% dos votos para presidente da República na eleição de 1945, elegendo um senador e 14 deputados federais. Essa façanha foi obtida com apenas poucos dias de campanha.

Na Constituinte, foi a bancada que mais se empenhou em ampliar a democracia e defendeu com vigor a liberdade sindical e de greve. Novamente defendeu o voto dos analfabetos, que representava a maioria da população. Apresentou a emenda que garantia a liberdade religiosa, que beneficiou especialmente os cultos afro-brasileiros.

O início da Guerra Fria desencadeada pelo imperialismo acarretou mudanças na situação política. Aumentou a ofensiva conservadora contra o movimento democrático e popular. Começaram as provocações das forças reacionárias para isolar e golpear os comunistas. As manifestações públicas e greves eram reprimidas com violência insana. Sedes do partido eram invadidas e militantes presos.

Neste clima de caça às bruxas, em maio de 1947, o Tribunal Superior Eleitoral, por 3 votos contra 2, decidiu pela cassação do registro do PCB. Imediatamente suas sedes foram fechadas pela polícia. Alguns meses depois, em janeiro de 1948, o projeto de cassação dos mandatos foi aprovado na Câmara dos Deputados. A jovem democracia brasileira recebia os seus primeiros golpes.

Novamente na clandestinidade – tendo seus principais dirigentes ameaçados por mandados de prisão –, os comunistas mantiveram alto as bandeiras da democracia, da soberania nacional e dos direitos do povo, ameaçadas pelo governo autoritário e entreguista do general Dutra.

As correntes direitistas continuaram atuantes, constituindo-se um dos principais fatores de instabilidade política no Brasil. Inúmeras vezes, através de golpes de mão, elas buscaram interromper o processo democrático. Lembremos apenas da sórdida campanha que levou ao suicídio o presidente Getúlio Vargas (1954); as tentativas de impedir a posse e de derrubar o presidente Juscelino Kubitscheck (1956-1957); ou de impedir a posse de João Goulart e a imposição do parlamentarismo (1961). Por fim, o golpe militar de 31 de março de 1964 que implantou uma nefasta ditadura de 21 anos.


O regime militar perseguiu, exilou, prendeu, torturou e assassinou seus opositores. O arbítrio enfrentou obstinada resistência na qual o PC do Brasil jogou importante papel. 
 


O Partido participou de todas as frentes de luta contra a ditadura militar: do parlamento, da mobilização do povo à luta armada na região do Araguaia. Esteve presente ao lado dos estudantes, dos operários e da intelectualidade progressista nas grandes campanhas pela liberdade. Levantou bem alto as bandeiras da anistia, da Constituinte e pelo fim das leis de exceção. Foi um ativo participante da Campanha pelas Diretas Já!, e contribuiu com todas as suas forças para a vitória de Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, o que permitiu colocar um fim à ditadura e reconquistar a democracia que temos. Processo, em grande parte, concluído com a promulgação da Constituição cidadã de 1988.

Nos anos de obscurantismo ditatorial o PCdoB foi a organização política que mais heróis e mártires deu à causa da liberdade. Ainda hoje os corpos de mais de 60 militantes assassinados continuam desaparecidos.

Derrotar o golpe, preservar a democracia

Contudo, desde a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, em outubro de 2014, o país vive grave crise política que agora chega ao seu estado crítico. A direita neoliberal não aceitou o resultado das urnas e desencadeou uma escalada reacionária e golpista para derrubar um governo legitimamente eleito. 

O movimento golpista age em conluio com a grande mídia e setores do aparato jurídico-policial – a serviço da oposição conservadora e de interesses do imperialismo. Não se intimidam em colocar o país diante do perigo de grave conturbação social. Disseminam o ódio, a intolerância entre o povo e incentivam a violência sectária contra a esquerda. Sedes do PT e do PCdoB são alvos de atos criminosos de vandalismo. Movimentos sociais e entidades históricas como a União Nacional dos Estudantes (UNE), também, são agredidos.

A força motriz do atual golpismo é a “Operação Lava Jato”, comandada pelo juiz Sérgio Moro. São processos típicos de Estado de exceção, como os vazamentos seletivos de informações, desvirtuamento dos procedimentos da prisão provisória e da delação premiada. Chegou-se ao absurdo da ilegal condução coercitiva do ex-presidente Lula para prestar depoimento e das escutas ilegais evolvendo a atual presidenta Dilma e seu antecessor, tudo encoberto pelo falso manto do combate à corrupção.

Ainda que seja plenamente favorável a todas as iniciativas de combate aos desvios de dinheiro público, os comunistas do Brasil reafirmam que não se faz justiça afrontando o Estado Democrático de Direito, conquistado a duras penas pelo povo brasileiro. Tampouco solapando a soberania nacional e destruindo empresas essenciais ao projeto de desenvolvimento.

Que não haja dúvidas: além de mutilar a democracia, o golpe tem por objetivo acabar com as conquistas que o povo e a Nação obtiveram nos últimos 13 anos. A agenda política e econômica dos golpistas é um neoliberalismo selvagem de agressão aos direitos dos trabalhadores e à soberania do país.

Por isso, o PCdoB comemora mais um aniversário conclamando sua militância e todas as correntes democráticas e progressistas, mesmo aquelas que têm divergência com o governo, a combaterem decididamente o golpe em curso e a defenderem a democracia ameaçada.

Não vai ter golpe! Viva a democracia.

Recife, 24 de março de 2016
Deputada Federal Luciana Santos
Presidenta do Partido Comunista do Brasil – PCdoB

Pressão a qualquer custo não vai intimidar o STF, diz Marco Aurélio

Ministro do STF Marco Aurélio Mello

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, criticou as ameaças e pressões sofridas após decisão do ministro do STF, Teori Zavascki, de enviar à mais alta corte do país o processo de investigações contra o ex-presidente Lula, no âmbito da Lava Jato. Incitadas pela ignorância e violência, cerca de 300 pessoas, inconformadas com a decisão do Supremo, se reuniram no início da noite desta quarta-feira (23) para protestar em frente ao prédio do STF.

Segundo o ministro, a gravidade da crise, os contornos dramáticos da disputa política e a pressão por justiçamento a qualquer custo não vão intimidar o STF. Ele afirma que as pessoas que acreditam na manutenção dos princípios constitucionais não devem perder a confiança nas instituições, sobretudo no Supremo.

“Precisamos continuar confiando, porque o Supremo é a última trincheira da cidadania. Depois que se ultrapassa o tribunal, não se tem a quem recorrer. Os brasileiros devem confiar no Supremo como instituição”, disse à RBA. “Em épocas de crise, precisamos guardar princípios e valores. O ministro Teori faz isso muito bem.”

“Isso (as ameaças a Zavascki) é um arroubo de retórica, um exagero. Não há campo para isso no Brasil. Nós, ministros, ocupamos uma cadeira vitalícia no Supremo para atuarmos com absoluta independência”, afirmou.

Marco Aurélio está em viagem fora do Brasil. Devido ao feriado da Semana Santa, o Supremo não terá sessões nas duas turmas e no Plenário nesta semana. A reunião do Plenário para julgar o caso do habeas corpus de Lula só deve acontecer na semana que vem.

Ameaças fascistas

O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato na Suprema Corte, sofreu ameaças tanto veladas como diretas pela decisão. "Será difícil conter o ânimo da população contra Teori. A revolta começou agora e vai piorar", disse, por exemplo, o editor-chefe da revista Época, da editora Globo, Diego Escosteguy. O cantor Lobão postou no Twitter o endereço do filho do ministro do STF no Rio Grande do Sul. O “artista” convocou seus seguidores a protestarem em frente ao endereço.

Inconformados protestam em frente ao STF contra decisão de Teori sobre Lula

Inflamadas por incitadores da intolerância e violência, cerca de 300 pessoas, inconformadas com a decisão da mais alta corte de Justiça, se reuniram no início da noite desta quarta-feira (23) em frente ao prédio do STF com palavras de ordem pedindo o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e com críticas ao ministro Teori Zavascki, que proferiu na última terça (22) decisão para paralisar as investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que estavam nas mãos do juiz federal Sérgio Moro.

Entretanto, o barulho dos manifestantes que empunhavam faixas, buzinas e apitos não foram  ouvidos pelos ministros da Corte, pois a sede do tribunal está fechada devido o feriado de Páscoa.

Do Portal Vermelho, com informações da RBA e Terra

domingo, 20 de março de 2016

'O juiz Sérgio Moro mentiu e violou a lei' (Jornalista Janio de Freitas)

Talvez sem volta


Se fosse preciso, para o combate à corrupção disseminada no Brasil, aceitar nos Poderes algumas ilegalidades, prepotência e discriminações, seria preferível a permanência tolerada da corrupção.
Os regimes autoritários são piores do que as ditaduras, ao manterem aparências cínicas e falsos bons propósitos sociais e nacionais, que dificultam a união de forças para destituí-los.
A corrupção é um crime, como é um crime o tráfico de drogas, como o contrabando de armas é crime, como criminoso é –embora falte a coragem de dizê-lo– o sistema carcerário permitido e mantido pelo Judiciário e pelos Executivos estaduais. Mas ninguém apoiaria a adoção de um regime autoritário para tentar a eliminação de qualquer desses crimes paralelos à corrupção.
A única perspectiva que o Brasil tem de encontrar-se com um futuro razoavelmente civilizado, mais organizado e mais justo, considerado entre as nações respeitáveis do mundo, é entregar-se sem concessões à consolidação das suas instituições democráticas como descritas, palavra por palavra, pela Constituição. Talvez estejamos vivendo a oportunidade final dessa perspectiva, tamanhas são a profundidade e a extensão mal percebidas mas já atingidas pela atual crise.
Apesar desse risco, mais do que admiti-las ou apoiá-las, estão sendo até louvadas ilegalidades, arbitrariedades e atos de abuso, inclusive em meios de comunicação, crescentes em número e gravidade.
Os excessos do juiz Sergio Moro, apontados no sensato editorial “Protagonismo perigoso” da Folha (18.mar), e os da Lava Jato devem-se, em grande parte, à irresponsabilidade de uns e à má informação da maioria que incentivam prepotência e ódio porque não podem pedir sangue e morte, que é o seu desejo.
Moro e seus apoiadores alegam que as gravações clandestinas foram legais porque cobertas por (sua) ordem judicial, válida até 11h12 da quinta 17. Dilma e Lula foram gravados às 13h32. Esta gravação sem cobertura judicial foi jogada para culpa da telefônica. Mas quem a anexou como legal a um inquérito foi a PF, em absoluta ilegalidade. E quem divulgou a gravação feita sem cobertura judicial foi o juiz Sergio Moro, cerca de 16h20.
Na sua explicação que seguiu a divulgação, porém, Moro deixou a evidência que desmonta seu alegado e inocentador desconhecimento daquele “excedente” gravado. Ao pretender justificá-lo como informação aos governados sobre “o que fazem os governantes” mesmo se “protegidos pelas sombras”, comprovou que sabia da gravação sem cobertura ilegal, de quem estava nela e do seu teor. E tornou-a pública, contra a proibição explícita da lei.
A ilegalidade foi ampliada com a divulgação, em meio às gravações, dos telefones particulares e das conversas meramente pessoais, que Moro ouviu/leu e, por lei, devia manter em reserva, como intimidades protegidas pela Constituição. E jornais em que a publicação de pornografia e obscenidades está liberada, para pasmo da memória de Roberto Marinho, atacam a “falta de decoro” das conversas pessoais.
O STF decidiu desconectar as ações sobre contas externas de Eduardo Cunha e de Cláudia Cruz: a dela foi entregue a Moro. No mensalão, em 38 julgados no STF só três tinham foro privilegiado. Os demais foram considerados conexos.
Há duas semanas, o STF manteve em seu âmbito, como conexos, os processos do senador Delcídio e o do seu advogado. Por que a decisão diferente para Cruz? A incoerência não pode impedir suposições de influência da opinião pública, por se tratar de Cunha e sua mulher.
Ainda no Supremo, Gilmar Mendes, a meio da semana, interrompeu uma votação para mais um dos seus costumeiros e irados discursos contra Dilma, o governo, Lula e o PT. Seja qual for a sua capacidade de isenção, se existe, Mendes fez uma definição pessoal que o incompatibilizaria, em condições normais, para julgar as ações. Assim era.
Muitos sustentam, como o advogado Ives Gandra, que “a gravação [a ilegal] torna evidente que o intuito da nomeação [como ministro] foi proteger Lula”, o que justificaria o impeachment.
Foi o mesmo intuito da medida provisória de FHC que deu ao advogado-geral da União título de ministro para proteger Mendes, com foro especial, contra ações judiciais em primeira instância. Uns poucos exemplos já mostram a dimensão do que se está arruinando no Brasil, talvez sem volta.

*Via Viomundo

BRASIL: Paulinho da Força expõe campanha para financiar o golpe

O deputado federal Paulo Pereira da Silva (SD-SP), um dos maiores aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e defensor árduo do golpe contra a presidente Dilma Rousseff, foi flagrado expondo como será a campanha para financiar o golpe. 


 

Em áudio de conversa divulgada na internet, Paulinho explica que tem muita gente para financiar o impeachment e deixa claro a força de Cunha na tramitação do golpe. "O impeachment só está acontecendo por causa do Eduardo Cunha. Porque a nossa oposição é muito ruim", afirmou Paulinho. "Essa oposição me deu mais trabalho do que o governo", completou. 


Paulinho da Força conta na conversa a disposição de se criar um comitê nacional pelo impeachment da presidente Dilma. "Vamos juntar a sociedade civil, partidos políticos, e criar um comitê nacional do impeachment. Tem muita gente para financiar o impeachment", afirma, explicando que o recurso seria utilizado em material de campanha do golpe, como adesivos, cartazes, botons e outros itens de divulgação. 

O áudio vazado termina com Paulinho confiante: "Eu acho que até dia 5, dia 10 de abril a Dilma está fora". (http://www.vermelho.org.br/noticia/278014-1).

Fonte: Brasil 247
C/ Portal Vermelho

BRASIL: Mendes reuniu-se com Serra antes de suspender posse de Lula

 
Na última quarta-feira (16), dois dias antes de decidir suspender a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Casa Civil, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes reuniu-se com dois bastiões da oposição, o senador José Serra e o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga. O encontro foi registrado por um fotógrafo de O Globo.



Mendes é conhecido por expor – mesmo em sessões do STF – posições muitas vezes mais políticas que técnicas. Seus discursos, por vezes, lembram manifestações de ferrenhos adversários do governo federal.


No dia da foto, ele saiu do almoço com os tucanos e seguiu para o Plenário do Supremo, onde houve julgamento sobre o rito do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A Corte decidiu manter decisão anterior, que anulou as manobras e procedimentos irregulares levados a cabo pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Depois da conversa com os tucanos, Mendes, contudo, votou contra a maioria.

Após almoço entre amigos, o julgamento antecipado

Antes ainda de a sessão começar, o ministro do STF manifestou-se sobre o tema do momento, a indicação de Lula ao governo federal, questionada pela oposição na Justiça. Segundo ele, a Corte teria de examinar a validade da nomeação do ex-presidente – que sequer é réu em nenhum processo – da mesma forma que analisaria a de “um empreiteiro preso” que buscasse foro privilegiado. 

Em seguida, aproveitou o microfone, durante o julgamento daquele dia, para antecipar o que viria a ser o seu voto sobre a posse de Lula, dois dias depois. Na sua explanação, nenhum argumento técnico, nenhuma referência à legislação. Trajado com sua toga e sentado na sua cadeira de magistrado, apenas proferiu seu julgamento político-partidário. 

"Agora, temos essa medida da nomeação do ex-presidente da República para o cargo de chefe da Casa Civil, que vem na condição de super tutor da presidenta da República. E vem para fugir também da investigação que se faz em Curitiba, deixando esse tribunal muito mal no contexto geral. É preciso muita desfaçatez para obrar dessa forma com as instituições. É preciso ter perdido o limite que distingue civilização de barbárie”, disse o ministro, que parece até sinalizar em sua fala que o Supremo não poderia continuar as investigações iniciadas em Curitiba.

Por isso, a decisão de Gilmar Mendes de suspender a posse de Lula, embora questionada inclusive por estudiosos do Direito, não causou tanta surpresa. O jurista Wálter Maierovitch declarou que o julgamento do ministro do STF esteve “maculado pelo vício da suspeição”. Citou que Mendes pronunciou-se sobre o tema fora do processo e adiantou o que pensava da ida de Lula para o governo, uma conduta irregular.

modus operandi e as posições de Mendes têm sido alvo de críticas há bastante tempo. No ano passado, depois de atravancar o processo sobre o finanimaneto empresarial de campanha por um ano e cinco meses com um pedido de vista, ele usava a tribuna mais para falar mal do PT que para analisar a constitucionalidade de doações de empresas para políticos e partidos.

Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, por exemplo, o professor de direito Rubens Gleizer, da Fundação Getúlio Vargas, criticou a ação partidária do magistrado. “Seja qual for a sua posição política, não é saudável para a qualidade das instituições que juízes – e muito menos ministros do STF – se comportem como parlamentares. (...) Ainda que juízes não sejam neutros, eles possuem deveres de imparcialidade que ancoram a sua legitimidade democrática. Desabafos políticos são importantes, mas são cabíveis em apenas em dois edifícios da Praça dos Três Poderes”, escreveu.


Do Portal Vermelho

sábado, 19 de março de 2016

Milton Nascimento - Coração de Estudante HOMENAGEM A TODOS ESTUDANTES BRASILEIROS - EDUARDO VASCONCELOS

GERALDO VANDRÉ - PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES

GERALDO VANDRÉ - PRA NÃO DIZER QUE NÃO FALEI DAS FLORES - NOSSA SINGELA HOMENAGEM

Enviado em 13 de out de 2008

Geraldo Pedrosa de Araújo Dias nasceu em João Pessoa PB em 12 de Setembro de 1935. Apresentou-se num programa de calouros na Rádio Tabajara de João Pessoa quando tinha 14 anos. 

Em Nazaré da Mata, Pernambuco, onde cursava o ginásio em internato, participou de alguns shows organizados para as missões. Foi para o Rio de Janeiro RJ em 1951, e nesse mesmo ano se apresentou no programa de calouros de César de Alencar, no qual foi desclassificado. 

Aproximou-se então de Ed Lincoln, que nessa época tocava com Luís Eça, na boate do Hotel Plaza, tentando cantar nos intervalos das apresentações. Em 1955, com o pseudônimo de Carlos Dias, defendeu a canção Menina (Carlos Lyra) num concurso musical promovido pela TV-Rio. Mais tarde, o encontro com o folclorista Valdemar Henrique abriu-lhe a oportunidade de se apresentar no programa da Rádio Roquete Pinto, usando o nome Vandré, que resultou da abreviatura do nome do pai, José Vandregisilo. 

Cursou a Faculdade de Direito, do Rio de Janeiro, época em que participou do Centro Popular de Cultura, da extinta União Nacional dos Estudantes, onde conheceu seu primeiro parceiro, Carlos Lyra.

Fonte> YouTube



Decisões de Gilmar vão ser usadas para tentar reverter suspensão

Mendes já teria dado decisões onde determinava que partidos políticos não poderiam fazer questionamento semelhante por meio de mandado de segurança

O governo federal vai usar as decisões anteriores do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes para tentar derrubar a liminar que suspende a posse de Lula como ministro da Casa Civil.

A equipe da Advocacia-Geral da União (AGU), chefiada pelo ministro José Eduardo Cardozo, está analisando as decisões anteriores para fundamentar a defesa, que ainda não tem data para ser apresentada.

O governo corre contra o tempo para conseguir reverter a decisão, mas enfrenta problemas pois a avaliação do recurso deve acontecer apenas após o feriado da Páscoa, uma vez que durante a próxima semana o pleno da Corte está em recesso e não tem sessão marcada.

Cardozo disse que "a medida contraria a jurisprudência do próprio supremo, que não admite uma impugnação dessa natureza por mandado de segurança, tendo como impetrante um partido político".

No O Tempo c/ Contexto Livre

sexta-feira, 18 de março de 2016

Por dentro dos bastidores da Globo: o que dizem os jornalistas 'dissidentes'

Todos, naturalmente, pedem anonimato.
Me disse um deles, que tratarei como X: “Desculpa o número de mensagens, mas estou revoltado. Não sou petista. Meu primeiro voto no PT foi na Dilma….. mas estou dentro dos acontecimentos e é muito clara a estratégia.”
A estratégia é destruir Lula, Dilma, o PT e, se possível, qualquer resquício de pensamento de esquerda que exista no Brasil.
X chama a atenção para postagens no Facebook do coordenador de jornalismo da Globo em Brasília, Esdras Paiva.
“Seguem dentro da linha do Erick Bretas, não? Peço mais uma vez que não mencione meu nome, para que eu não corra riscos profissionais.”
Eis as postagens de Esdras destacadas por X.
“Seis milhões de brasileiros nas ruas num protesto sem bandeiras de partidos. E os petistas repetem o mantra do golpe criado pelo João Santana. Alguém tem que avisar para eles que esse papo de golpe não colou. E que o Santana tá vendo o sol nascer quadrado.”
Maior manifestação da história do Brasil. Somos um país de coxinhas. Coxinhas golpistas.”
Pergunto a X quem é Esdras. Não o conheço. X me situa.
“No episódio da bolinha de papel do Serra o Esdras Paiva era editor-chefe do Jornal Nacional em Brasília. O caso foi um fiasco dentro da redação. Muita gente envergonhada e constrangida comentava a cobertura em flagrante desaprovação”, ele conta.
E continua: “Esdras ficou furioso com as críticas, defendeu que a matéria do dia seguinte seria uma aula de jornalismo. E o dia seguinte veio para desespero de todos … era o perito que afirmou que o que parecia uma bolinha de papel era, na verdade, um rolo de fita adesiva letal e descontrolado. “Poderia ter matado.” A matéria não convenceu de novo e Esdras fez questão de entregar à direção de Brasília os nomes dos rebeldes. A diretora naquela época era Sílvia Faria.”
Não a conheço também. Quem é Sílvia Faria?
X me esclarece:
“Ex-diretora da Globo brasilia. Atual diretora de jornalismo e braço direito do Kamel. Amiga que promove amigos apenas. Segura dezenas de informantes nas redações, como Esdras Paiva e Cleber Praxedes em Brasília. Foi a responsável por aquela orientação que vazou no ano passado e que determinava que qualquer menção a FHC em denúncias deveria ser omitida dos noticiários. Vazou em um domingo.”
X prossegue:
“Ela é violenta e odeia Erick Bretas, não por questões ideológicas (são farinhas do mesmo saco). O ódio deve-se a questões de ego. Há quem aposte que o envio de Erick do jornalismo para “mídias” deveu-se à subida dela na hierarquia.”
Bretas, sabemos, é que aquele diretor da Globo que se fantasia de Moro no Facebook, mediante um avatar, para pregar o golpe e a prisão de Lula. O DCM vai processá-lo pela calúnia de dizer que somos financiados pelo PT.
Sílvia Faria com Bonner: ela se celebrizou por pedir que não pusessem FHC no noticiário da Lava Jato
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De X passemos a Y. Y narra outro bastidor do Planeta Globo.

“Todo mundo sabe que O Globo tem lado (errado), mas vocês sabiam que o editor de política do jornal em Brasília, Paulo Celso Pereira, é primo em primeiro grau do Aécio Neves? Aécio foi seu padrinho de casamento e eles se falam diariamente. Ou seja, desde a campanha eleitoral, tudo o que os repórteres apuram junto ao PT é repassado diretamente, sem escalas, para o Aécio.”
Y pede que não a identifiquemos. “Peço que não publiquem o meu email para não sofrer retaliações. Vocês sabem como eles jogam pesado.”
Sim, sabemos.
Ouçamos agora Z, do Rio de Janeiro. Z é da GloboNews.
“A gente odeia isso aqui”, escreve ele. “Apesar do perfil sempre conservador, havia espaço para ideias divergentes. Mas a equipe que fundou o canal foi toda afastada, nos últimos quatro anos? Coincidência? Duvido muito.”
Z prossegue.
“Os responsáveis: Kamel, Latgê e Eugênia Moreira. Mulheres foram afastadas após voltarem de licenças-maternidade. Profissionais sérios como Guto Abranches, Sidney Rezende ou André Trigueiro foram demitidos ou postos na geladeira.”
Algo mais?
Sim. “Filha do Merval editora-chefe do Jornal das Dez.”
Z conta que ela não usa o sobrenome paterno. Assina Joana Studart como jornalista. Aqui entra em cena W. “Todo mundo a odeia exatamente por ser filha do Merval”, conta W. “Uma vez, em Brasília, ela demitiu um cara aos gritos. O Ali Kamel estava lá, e teve que chamar a Joana num canto e pedir para ela se controlar porque as coisas não eram assim. Todo mundo que estava ali se lembra disso.”
Algo mais?
Sim. Z me manda um link. “Para você ter uma ideia de como a coisa anda por lá.” Abro o link. Ali está a informação de que a GloboNews contratou uma “faxineira espiritual” para espantar a “uruca” da redação.
“É real. Aconteceu”, diz Y. Ele conta ainda que um professor da UFRJ, Francisco Carlos Teixeira, habitual comentarista da GloboNews, desistiu do canal por causa de sua radicalização. “Ele largou o estúdio no intervalo de um programa e nunca mais voltou.”
Em X, Y e Z você pode ter uma ideia de como está a vida, na Globo, para quem deseja ser mais que reprodutor dos interesses da família Marinho.
E finalmente: você só está lendo isso no DCM graças à internet, que arrebentou com o monopólio de informações da Globo e demais companhias jornalísticas.
Por Paulo Nogueira, editor do blog Diário do Centro do Mundo