ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Câmara analisa proposta de mudanças no regime de partilha do pré-sal

Proposta em análise na Câmara dos Deputados determina que a exploração e a produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos na área do pré-sal e em áreas estratégicas sejam feitas pela União sob o regime de concessão. A medida está prevista no Projeto de Lei 6726/13, do deputado Mendonça Filho (DEM-PE).

Favorável ao projeto, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, defende a retomada do modelo de concessão de petróleo como forma de o governo arrecadar dinheiro para equilibrar as contas públicas. Ele vai colocar o texto em votação no Plenário caso seja aprovado requerimento de urgência para sua análise.

O modelo de concessão é normalmente usado em caso de risco exploratório médio ou alto. O concessionário assume todos os riscos e investimentos de exploração e produção e passa a ser proprietário do petróleo e do gás depois de pagar à União tributos incidentes sobre a renda, royalties, participações especiais e pagamento pela ocupação ou retenção de área.

Já o modelo de partilha é usado em caso de baixo risco exploratório. O contratado exerce, por sua conta e risco, as atividades de exploração e produção e vende a licitação quem pagar maior bônus pela área e oferecer à União maior participação no volume de óleo produzido. Nesses casos, a Petrobras, como determina a Lei 12.351/10, atua sempre como operadora, com uma participação mínima de 30%.

O projeto tramita apensado ao PL 4973/13, que ainda depende de análise das comissões de Minas e Energia; de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Caso seja aprovado o regime de urgência para o PL 6726/13, os pareceres das comissões serão dados diretamente em Plenário.

Leia o PL 6726/2013 na íntegra aqui.

* Com informações de Agência Câmara Notícias

Assista ao trailer do filme “Que horas ela volta?”:

O ódio contra os pobres não é invenção da esquerda – Por Manu Thomaziello

Lendo e refletindo sobre os comentários que recebi no vídeo que fiz na semana passada percebi que algo ficou incompreendido para alguns: a questão do ódio de classe, o ódio da direita contra o projeto que mudou e melhorou a vida milhões e consequente, o ódio aos maiores representantes desse projeto: Lula e Dilma.
A poucos dias assisti ao filme “Que horas ela volta?” que traduz de forma clara e didática o ódio e ojeriza contra os pobres e a condição de desigualdade social que a elite brasileira acha vantajoso manter estruturada.
O filme mostra a relação de uma empregada doméstica com seus patrões. A empregada mora no trabalho e é considerada parte da família, mas vive em condições completamente diferentes de seus patrões e é vista como um ser inferior: dorme num quarto minúsculo, não almoça com os seus patrões, é chamada a qualquer hora do dia ou da noite para atender pedidos, cuida 24 horas por dia do filho da patroa.
Val, a personagem da empregada doméstica, simboliza uma dinâmica de escravidão que durou séculos a fio e que hoje se mostra bem aceita entre os mais ricos. Os patrões de Val, na medida do possível, a tratam de forma “gentil”, mas não se dão ao trabalho de ao menos escuta-la quando a mesma tenta discutir algo. Isso é ódio de classe!
Se antes a maior diferença entre pobres e os ricos era a condição do rico cursar o ensino superior e o pobre não poder sequer sonhar ter um diploma, hoje essa desigualdade é cada vez menor e a real possibilidade da filha da empregada doméstica sentar na mesma cadeira da universidade que o filho da patroa assusta e causa pânico aos ricos, que temem perder seus privilégios e seu status de superioridade e exclusividade.A diretora trata disso no filme também!
Val tem uma filha transgressora, Jéssica, que vem a São Paulo prestar vestibular e não aceita a condição de desigualdade social que a mãe vive. Jéssica assusta e causa raiva a patroa conservadora. Outra cena que reflete de maneira fiel esse ódio é quando Jéssica entra na piscina da patroa e a mesma fica furiosa e ordena a um de seus empregados que esvazie e troque a água da piscina, com urgência, afirmando que viu um rato dentro. Pois é! Um rato.
Vale a pena assistir esse filme!
No vídeo que fiz afirmo também que o ódio dos ricos é ter que pegar avião com o povo e, citando mais um exemplo, vemos que esse ódio se evidencia num episódio preconceituoso onde uma professora da PUC faz um comentário sobre um homem “mal vestido” que está no aeroporto. Ela posta uma foto do senhor em seu Facebook, e comenta incitando o ódio, questionando se a mesma estava em um aeroporto ou rodoviária e afirma que o “glamour” foi para o espaço, já que havia um homem, supostamente, de classe inferior, no mesmo voo que ela.
Ódio de classe se manifesta quando vemos a elite brasileira defender veementemente o encarceramento de jovens negros e periféricos, com a redução da maioridade penal. O ódio de classe é a xenofobia contra o nordestino que vinha morar em São Paulo em busca de novas oportunidades. E, diga-se de passagem, hoje ele está voltando porque a economia do nordeste só cresce. Inclusive, a elite tem raiva também do crescimento econômico do nordeste e do voto do nordestino. Afirmam que o PT faz dessa região, onde estaria concentrada a maior parte de seus eleitores e onde, dentro dessa visão, estariam também a maioria dos atendidos pelas políticas populares do governo, seria então seu “curral eleitoral”. Ou seja, querem convencer o povo que o PT é oportunista e que o pobre é burro.
Consciente é o nordestino que vota no partido que mudou a sua vida! De forma bastante preconceituosa esse discurso, que já é antigo, se assimila com o recente discurso de ódio da escória do capitalismo que afirma que se o pobre tá em manifestação é porque, certamente, foi comprado por um “pão com mortadela” e não porque tem vontade própria e opinião politica.
Outro exemplo claro de como o ódio de classe se manifesta na sociedade atual foram os “rolezinhos”. A indignação da elite se fez presente nos comentários preconceituoso quanto à “invasão” dos pobres e negros no seu altar do consumismo. Ódio é também dificuldade do aluno cotista ser respeitado como igual na universidade. O ódio de classe é a justiça seletiva do nosso país, onde um jovem negro suspeito de roubo é linchado em praça publica e condenado sem julgamento, enquanto Thor Batista, homem rico e branco é absolvido de homicídio culposo e atropelamento de um ciclista. E esse ódio não é de agora!
A ânsia da elite por condições de privilégio existiu também em meados do século 19, quando os conservadores não tinham pudores em defender a escravidão e se faz latente hoje, ao vermos a preocupação da elite e da nova classe média em defender seus próprios interesses e demonstrar medo de perder a “exclusividade” de poder comprar carros, casas, roupas, perfumes de luxo.
Alguns comentários que li dos desinformados e alienados pela direita é de que esse ódio não existe e é invenção da esquerda, devaneio nosso. É claro que essa afirmação é mais uma estratégia eleitoral, mas não nos enganamos! No imaginário semeado pela direita, essa nova classe média olha para o pobre e se acha rico. Não reconhece que os ricos do Brasil são os grandes empresários, donos de grandes multinacionais, latifundiários, os barões da mídia e aquela galera que detém grande parte da riqueza do Brasil.
São iludidos pela direita para achar que a sua ascensão social foi dada por mérito próprio e não por consequência de um governo popular. Mais uma clara estratégia eleitoral! Se por um lado muito avançou e a pobreza diminuiu, por outro a desigualdade social é ainda profunda e temos um Brasil em que vigora uma enorme concentração de renda nas mãos dos ricos e isso precisa mudar!
Nós somos transgressores da ordem social! Resistimos e continuaremos na luta para disputar a opinião da sociedade para as ideias mais acertadas, no intuito de desenvolver um Brasil mais justo, igual e solidário. Viva o povo! Viva o progresso!
Fonte: UJS

Jandira e Orlando rebatem oposição golpista no Plenário da Câmara

 
Adicionar legendaOrlando Silva e Jandira Feghali rebatem pedido de impeachment encabeçado pela oposição
Na noite desta terça-feira (15), o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acatou questão de ordem solicitada pelo deputado Mendonça Filho (DEM-PE) sobre o andamento do processo de impeachment presidencial. Apressadamente, o deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), vice-líder do governo, e a líder do PCdoB na Câmara, Jandira Feghali (RJ), subiram à tribuna da Câmara para defender a democracia e o mandato da presidenta Dilma Rousseff.

“Aqueles que pensam que Dilma Rousseff é igual a Fernando Collor de Melo irão se surpreender. Haverá luta política de nosso povo. Aqui no Brasil tem organização, os trabalhadores irão defender as conquistas. Não adianta querer fazer atalhos. Na mão grande ninguém levará o mandato da presidenta Dilma”, rebateu o více-líder do governo, Orlando Silva (PCdoB-SP).

Nos bastidores da Câmara, já haviam rumores de que partidos da oposição fariam o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff esta semana, mas eles aproveitaram a sessão no Plenário da Casa para dar início às tratativas de impeachment. A questão de ordem foi subscrita por deputados do PSDB, do Solidariedade, do PPS, do PSC e do PTB – mesmo grupo que na última semana lançou um movimento pró-impeachment. O líder do DEM pediu que todas as dúvidas sejam esclarecidas em três sessões.

“O DEM quando se presta a este papel demonstra que é legítimo herdeiro da Arena, o partido que sustentou o regime militar no Brasil. Não adianta querer cortar caminho, atitude democrática é aguardar as eleições de 2018. Vocês têm de ir para a rua ganhar voto a voto. Hora de crise é momento de refletir e construir alternativas para retomar o crescimento nacional. O povo lá fora não quer saber de briga entre governo e oposição, mas que responda aos desafios que o país enfrenta”, destacou o deputado Orlando Silva, em um tocante discurso. Assista a íntegra abaixo:



O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), defendeu a legitimidade do mandato da presidenta Dilma Rousseff. “Nós ganhamos a eleição e é com base nesse mandato popular que vamos governar pelos próximos três anos e seis meses. A oposição disputou a eleição e não aceita o resultado do voto popular”, disse.

O deputado Paulo Pimenta (PT-RS) acusou os oposicionistas de tentarem patrocinar um golpe de Estado: “Anunciaram aqui que estão dispostos, através do golpe, a tentar abreviar o mandato legítimo da presidenta Dilma Rousseff”.

A líder do PCdoB na Casa, deputada Jandira Feghali (RJ), também saiu em defesa da estabilidade democrática no país. “Quem faz política tem lado e neste momento nosso lado é o da democracia brasileira. Uma democracia que veio depois de muita luta, de muita morte, e que não admite que sem nenhum delito da Presidência da República seja acatado um pedido de impeachment. Não há base técnica, política ou jurídica para isso. Estamos aqui defendendo um projeto de mais Estado, de mais políticas públicas, de mais emprego, de mais renda. Tentar emplacar um processo de impeachment agora é golpe.”

Após a fala de Orlando Silva, o deputado Jair Bolsonaro, enfurecido, fez ao microfone da Câmara acusações injustas e injuriosas à presidenta Dilma e ao deputado Orlando Silva. Já na Tribuna, a deputada Jandira tentou acalmar os ânimos. E fez um excelente discurso. Assista abaixo a íntegra:

 

O presidente da Casa, Eduardo Cunha, não deu prazo para a resposta sobre a questão de ordem, mas, segundo fontes, ele deverá tratar do assunto na próxima semana.
Do Portal Vermelho, Eliz Brandão, com informações do PCdoB na Câmara

Tentativa de golpe conflagrará o país, afirma Luciana Santos

A presidenta nacional do PCdoB, Luciana Santos, durante encontro com Dilma, nesta terça (15), no Palácio do Planalto

Em entrevista ao Portal Vermelho após encontro com a presidenta no Palácio do Planalto, nesta terça-feira (15), a presidenta nacional do PCdoB e deputada federal Luciana Santos (PE) deu o tom da disposição de luta do partido na defesa da democracia e do mandato legítimo de Dilma.

Por Dayane Santos

“Não vamos aceitar golpe. Esse país vai entrar num processo de conflagração e nós estaremos na trincheira, defendendo o legado de um projeto para o país que inclui as pessoas, que democratizou na prática e garantiu avanços significativos na vida das pessoas”, garantiu Luciana que, juntamente com líderes da base aliada, entregou manifesto em apoio a Dilma. 

Sobre o encontro, Luciana frisou que as lideranças e os partidos foram levar à presidenta Dilma o apoio na perspectiva de enfrentar qualquer tipo de golpe contra o seu mandato.

“É preciso respeitar a democracia. Respeitar uma presidenta que fez a disputa eleitoral em outubro do ano passado, foi eleita com 54 milhões de votos para um mandato de quatro anos”, disse. “Nós, comunistas, sabemos o que é a ausência de democracia no Brasil e não vamos permitir qualquer retrocesso”, advertiu.

Para a dirigente comunista, o país assiste ao que há de “pior na oposição”, que tenta, “sem nenhuma justificativa ou base jurídica”, interromper o governo legitimamente eleito. Luciana frisou que o impeachment tem previsão constitucional, mas desde que tenha elementos. “Não pode ser a conjuntura econômica adversa ou baixa adesão popular a justificar que se rasgue a Constituição e viole a democracia brasileira”, asseverou.

Recompor a base de apoio no Congresso

Luciana destacou a resolução da Comissão Política Nacional do PCdoB, divulgada nesta segunda-feira (14), que apontou as tarefas para organizar a contraofensiva, diante da tentativa de golpe em curso. De acordo com ela, é necessário consolidar a base política ampla que dá sustentação ao governo de coalizão e, assim, aprovar o conjunto de medidas para a retomada do desenvolvimento. 

“Acreditamos que o PMDB tem papel fundamental nesse esforço de aprovação. Isso num debate democrático, construído com muitas mãos, pois só assim é possível construir uma agenda para o Brasil que concilie as necessidades de ajuste, estabilidade econômica e política, tirando o país da recessão”, declarou.

A presidenta do PCdoB alertou para a conjuntura política grave, que tem como consequência a situação econômica de singularidades brasileiras, mas com origem na crise do mundial, que explodiu no berço do capitalismo com consequências para todo o mundo.

“Desde 2008, do governo Lula ao governo Dilma, o Brasil tem tomado medidas no sentindo de manter o crescimento e o emprego através de medidas anticíclicas. Houve todo um redirecionamento no sentido de aquecer o mercado interno, mantendo a política de reajuste do salário mínimo e a desoneração de vários setores econômicos para manter a atividade produtiva”, lembrou a parlamentar, ressaltando que o momento atual exige uma readequação.

“O ajuste não é para ficar, é temporário. São medidas necessárias para criar novas condições para a retomada do crescimento e ampliação das conquistas dos programas sociais, que têm sido tão importantes para o processo de inclusão do povo brasileiro”, disse.

Ajuste no andar de cima, não contra o povo

Luciana reafirma que o PCdoB tem uma posição clara de defesa do mandato, no entanto, salientou que essa defesa vem acompanhada de um conjunto de propostas que possa dar resposta aos anseios da população e retomar o desenvolvimento econômico do país.

“Acreditamos que é preciso dar perspectivas ao povo brasileiro. Sair da pauta apenas do ajuste, ou melhor, qualificar esse ajuste. Levar o ajuste para o andar de cima. Para o rentismo e o mercado financeiro”, explicou a líder comunista, citando, como exemplo, a taxação das grandes fortunas e a repatriação de renda que foi colocada no exterior, fazendo com que seja devolvida ao país, com multa.

“Um conjunto de medidas que significam arrecadar sem penalizar o trabalhador e o povo brasileiro, que já têm sofrido com os efeitos dessa crise”, defendeu Luciana Santos.

Segundo ela, a atual “política monetária já deu o que tinha que dar” e está levando o país “a um contracionismo muito grande” que tem levado os ajustes a um paradoxo. “Faz o ajuste, mas a sensação é de enxugar gelo: de um lado bota e de outro se tira. É preciso ter foco no desenvolvimento”, acrescenta.

Papel da militância

Ela conclui conclamando a militância do partido a fortalecer o “debate de ideias à altura das necessidades do momento”. De acordo com Luciana, é preciso explorar as contradições e resgatar, por meio de comparações, como era o Brasil antes de 2002.

“Quando se fala em risco Brasil, por exemplo, de 1994 a 2002, ou seja, incluindo os oito anos do governo Fernando Henrique, o risco Brasil era muito pior do que é na atualidade. E foi Lula, em 2008, que tirou esse risco Brasil”, lembrou.

E finaliza: “A nossa militância deve atuar nas redes sociais, fortalecer o papel das frentes de luta que participa e fazer um grande esforço pela amplitude. Temos no seio dos movimentos sociais e no âmbito das forças políticas, muitas divergências, muitas contradições. Agora, o que está em jogo é a democracia brasileira, caso contrário veremos interrompido – a exemplo do que aconteceu em outros momentos da história, como nos governos de João Goulart e Getúlio Vargas –, um projeto para o pais, um projeto que inclui as pessoas, que democratizou na prática e garantiu avanços significativos na vida das pessoas”.
Leia também:

Do Portal Vermelho

PCdoB: Hora decisiva de conter o golpe e retomar o crescimento


A direção do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) reuniu em Brasília, nesta segunda-feira (14), a sua Comissão Política Nacional para a atualização da conjuntura e apontar tarefas para organizar a contraofensiva, diante da tentativa de golpe em curso. Para os comunistas, a hora é decisiva para garantir a democracia, tendo como base a luta pela manutenção do mandato da presidenta Dilma Rousseff, eleita democraticamente pelo povo. Segue a íntegra da resolução abaixo:

Pelo nono mês seguido, o país é duramente castigado por uma crise política que lhe dificulta superar um danoso período de recessão. Embora um elenco amplo de forças políticas, sociais e econômicas já tenha proclamado a necessidade da imediata volta da normalidade política para que o país, gradativamente, retome a expansão de sua economia, o setor mais reacionário do consórcio oposicionista neoliberal, ao menor sinal de apaziguamento, joga gasolina no fogo na tentativa de acelerar a marcha conspirativa contra a democracia. Nada o demove da obsessão de derrubar por meio de um golpe a presidenta Dilma Rousseff, eleita por mais de 54 milhões de votos.

A perda do grau de investimento, no último dia 9, na classificação da agência de risco Standard & Poor’s, funcionou como uma “senha” para que o golpismo reacendesse a febre e buscasse uma vez mais apressar o passo.

Sobre esse fato ocultam da opinião pública, dentre outras, três verdades: essas agências erram e são manipuláveis; de 1994 a 2015, o país veio a adquirir o grau de investimento somente a partir de 2008, portanto, já no governo Lula; e o país está em dia com seus contratos e com reservas o bastante para honrar seus compromissos.

Desde então, a grande mídia especula e incentiva a Presidência da Câmara dos Deputados a dar sequência a um rito, segundo se divulga, já combinado com o setor mais retrógrado da oposição que recentemente instalou um comitê pró-golpe. Por esse “plano”, a qualquer hora, seria instaurado um processo fraudulento de impeachment. 

Hora decisiva 

O PCdoB, nesta hora em que paira sobre a Nação brasileira essa ameaça de retrocesso, renova o chamamento a todos que têm a democracia como um dos bens mais preciosos da Nação para que se unam, para que lutem para preservá-la, tendo como condição primeira a garantia de que a presidenta Dilma Rousseff conclua, conforme determina a Constituição, o seu mandato em 2018.

Nas lutas, nas ações nas quais se configure uma Frente ampla que, além de defender a democracia, batalhe pela retomada do crescimento econômico, com a defesa da Petrobras, das empresas nacionais, da proteção ao emprego e à garantia dos direitos trabalhistas. Uma Frente que, em sintonia com o povo, dê prosseguimento ao combate à corrupção, que passa pelo fim do financiamento empresarial das campanhas, bandeira cuja luta é impulsionada pela Coalizão Democrática pelas Eleições Limpas liderada pela OAB e CNBB. 

Simultaneamente ao seu empenho pela Frente Ampla, o PCdoB apoia e atuará para que se fortaleça a Frente Brasil Popular, lançada no último dia 5 em Belo Horizonte, por um representativo campo das forças esquerda e movimentos sociais. Neste cenário de acirramento da luta de classes, o surgimento dessa Frente poderá cumprir importante papel de mobilização do povo e de setores progressistas da sociedade em torno de bandeiras avançadas. Inclusive, a Frente já agendou para o dia 3 de outubro sua primeira jornada de mobilizações de rua.

O papel determinante da presidenta Dilma Rousseff

Reiteradas vezes, a presidenta Dilma Rousseff, coerente com sua trajetória, tem proclamado que não renuncia ao mandato que o povo lhe conferiu. Muito ao contrário, sobretudo desde o final de julho, foi à luta e tem cumprindo importante agenda de contato com o povo e as forças políticas e sociais.

No momento, em caráter de urgência, há três questões principais cujas ações para resolvê-las cabe a ela liderar.

Primeira. Intensificar os esforços para recompor sua base de apoio no Congresso Nacional e alinhá-la à tarefa emergencial de derrotar a ameaça de impeachment, para as quais é essencial o papel do PMDB. Nesse sentido é importante dar uma nova qualidade ao processo de articulação com o Congresso Nacional e a sociedade. 

Segunda. Concluir a bom termo a tramitação do Orçamento de 2016, reunindo os apoios necessários dentro e fora do Congresso Nacional para aprovar o elenco de propostas anunciadas pelo governo. 

O PCdoB apoiará as medidas divulgadas procurando, como é de seu método, aperfeiçoá-las, levando em conta as seguintes diretrizes: preservação dos investimentos sociais e da política de reajuste do salário-mínimo e dos direitos trabalhistas; taxação das grandes rendas e fortunas e do lucro dos bancos, além da defesa imediata redução da taxa de juros, cujo patamar de hoje é um dos principais responsáveis pelo rombo fiscal e entrave ao crescimento econômico. 

Terceira. Intensificar o diálogo com os movimentos sociais, enquanto base indispensável do governo, com vistas a compatibilizar o reequilíbrio das contas públicas com a preservação dos direitos e das conquistas do atual ciclo progressista. 

Como em 1964, um golpe levaria o país a uma conflagração

É dever de todas as forças políticas que têm compromisso com o Brasil lançar o alerta de que a oposição neoliberal conduziu o país para um impasse perigoso. Essa oposição não aceitou o resultado das urnas de outubro de 2014, se rebelou contra a soberania do voto, passou a conspirar contra a institucionalidade democrática e descambou, tal e qual seus ancestrais de 1954 e 1964, para uma frenética escalada golpista. Passaram-se nove meses e em vez de voltar-se para o leito do respeito aos princípios democráticos, essa oposição persevera e aprofunda o ataque à Constituição, ao Estado Democrático de Direito atuando agora para dar um sentido de urgência à consumação do afastamento da presidenta Dilma. 

Não há base legal, jurídica, para a presidenta Dilma Rousseff ser afastada do mandato legítimo que as urnas lhe conferiram. A presidenta é proba, honesta, defensora resoluta do patrimônio público, não cometeu nenhum crime de responsabilidade, muito ao contrário, no seu governo, deu continuidade à diretriz já presente nos dois governos do ex-presidente Lula de assegurar às instituições competentes da República as condições necessárias para combater a corrupção e a impunidade.

Tentar afastá-la, com base em pretextos ou fabricando deliberadamente o “caos”, tem nome: é golpe de Estado. Não teria desta vez a truculência das armas, mas, se consumado, iria igualmente ferir de morte a democracia reconquistada em 1985.

Acontece que a democracia deitou raízes profundas na consciência dos brasileiros e brasileiras. E arrancá-la do povo por meio de um golpe – longe de propiciar a estabilidade, muito distante de criar as condições para o país superar a crise – com certeza conflagraria, dividiria a Nação, com consequências que a vista não alcança. 

Brasília, 14 de setembro de 2015.

A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil – PCdoB

PC DO B DE NOVA CRUZ/RN SE REUNIU COM LIDERANÇAS LOCAIS

   Lideranças de olho nas Eleições de 2016

PC DO B de Nova Cruz/RN participou ontem (16) no Plenário da Câmara Municipal de uma importante reunião com representantes (filiados) do Partido Verde (PV) e do PPS, cujo objetivo da reunião foi as Eleições 2016.

Após várias discussões/debates todos foram unanimes em afirmarem que é preciso a união e integração de todos para elaboração de um projeto político e sólido, cujo maior objetivo é a renovação no Poder Legislativo.
Caras novas, ideias novas, propostas novas e muita vontade para lutar por uma Câmara identificada com as vozes da sociedade.  Esse o principal desafio e compromisso de todos.

O PPS manterá uma conversa política com uma das maiores lideranças do partido no Estado, Wober Junior para se encaminhar a formação de sua Comissão Provisória com vista as eleições.

E os filiados do PV, que participaram ingressarão as fileiras do PC do B.
Todos se comprometeram em estarem presentes a Conferência Municipal do PC do B, prevista para o próximo sábado (19) na Câmara Municipal.

Novas reuniões virão e o amadurecimento será o principal ingrediente neste momento para o fortalecimento das idéias e futuras vitórias.


Participaram da reunião: Eduardo Vasconcelos e Damião Corcino de Araújo, ambos do PC do B; Aguinaldo dos Santos, Betinho, José Aldo e Gilson do PV; Valmir Junior do PPS; João Maria Promoções e Alisson Alves da Silva (“sem partido”); José Ireneu da Silva (PT) e Dari Pedro da Costa (sem partido).