ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Coletânea de artigos ajuda mulheres que desejam conhecer e aprofundar o feminismo

Com prefácio da escritora e professora Márcia Tiburi e organização da jornalista Nana Queiroz, autora de Presos que Menstruam, “Você já é feminista – Abra este livro e descubra porquê” reúne textos de Djamila Ribeiro, Luisa Marilac, Lola Aronovich, Amora Moira e várias outras mulheres.
Por Redação
O livro “Você já é feminista – Abra este livro e descubra porquê” apresenta 23 textos de ativistas atuantes na chamada “Primavera das Mulheres” para falar de como é viver o feminismo na vida prática. Os assuntos vão de assédio no trabalho, divisão de tarefas domésticas, legalização do aborto até a indústria pornográfica.
Com prefácio da escritora e professora Márcia Tiburi e organização da jornalista Nana Queiroz, autora de Presos que Menstruam, o livro reúne textos de Djamila Ribeiro, Luisa Marilac, Lola Aronovich, Amora Moira e várias outras mulheres.
Em cada capítulo a obra procura despertar o público para situações que se tornaram rotineiras e acabam passando despercebidas no dia a dia, denunciando a desigualdade de gênero e incentivando a luta pelo direitos das mulheres. Com dados atuais e exemplos reais, o livro combina artigos e reportagens em uma linguagem acessível.
O lançamento será em São Paulo neste sábado (27) na Casa Bartira com um debate com as autoras e seguido de uma festa com DJs mulheres.
Editora: Pólen Livros em parceria com a revista Azmina
Páginas: 176
Preço: R$ 35
Fonte: Revista Fórum

SÃO PAULO: Coronel da PM faz piada com jovem que perdeu a visão em protesto

Henrique Motta, responsável pela atuação da Polícia Militar em São Paulo durante as manifestações, afirmou que a perda da visão foi culpa da própria estudante: “quem planta rabanete colhe rabanete”
Por RedaçãoEm seu perfil no Facebook, o tenente-coronel Henrique Motta fez piada com a situação da estudante Deborah Fabri, que perdeu a visão do olho esquerdo ao ser atingida por estilhaços de bomba durante uma manifestação contra o presidente Michel Temer e o impeachment de Dilma Rousseff no último dia 31.
Motta comandou operações durante protestos em diversas ocasiões na cidade de São Paulo. Na rede social, ele compartilhou uma postagem sugerindo que a culpa da perda da visão era da própria estudante. E, para justificar seu posicionamento, divulgou uma publicação de 2015 atribuída a Deborah, que dizia que era “a favor de qualquer ato de qualquer destruição em protesto de cunho político que tenha objetivos sólidos”.
Em nota conjunta, a Secretaria de Segurança Pública do Estado e a Polícia Militar afirmaram que a postagem de Motta não interfere na atuação técnica do oficial, que apresenta um trabalho “que tem se mostrado isento e imparcial”.
Fonte: Revista Fórum

Repressão da Polícia Militar em manifestações será denunciada à OEA

Jornalistas Livres
  

Na semana em que a presidenta legítima Dilma Rousseff foi afastada definitivamente do poder, as manifestações contra o golpe intensificaram-se, e a Polícia Militar do estado, subordinada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP), promove diariamente cenas de guerra na capital paulista. Uma jovem perdeu a visão do olho esquerdo, atingido por estilhaços de bombas, e 26 jovens foram presos sem argumentação legal alguma. 

Lindbergh Farias iniciou a coletiva ressaltando a importância de não silenciar sobre a gravidade dos acontecimentos vividos no país. “Afastaram uma presidenta e agora não temos mais o direito de nos manifestarmos com liberdade? Eu fiz parte dos movimentos pelo ‘Fora, Collor’, contra Fernando Henrique Cardoso, e nunca vi tamanha repressão. Querem passar para a população uma imagem de pânico para dispersar o movimento ‘Fora, Temer’. Mas nós seguiremos em frente, com maiores manifestações e com artistas, parlamentares e figuras públicas fazendo um cordão em defesa da liberdade de manifestação”, afirma. 

Denúncia internacional 

O senador salientou que irá denunciar aos órgãos internacionais as ações truculentas da Polícia Militar durante as últimas manifestações ocorridas em São Paulo. “Nós estamos preparando uma representação na Corte Interamericana de Direitos Humanos para não deixar a repressão ocorrida no domingo passar em branco. Criminalizam os movimentos sociais, impedem o direito de expressão, isso é gravíssimo, que país é esse onde jornalista tem que sair com capacete e máscara?”, denuncia Lindbergh.
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Prisão arbitrária 

Policia Militar faz cordão de segurança em frente ao fórum, durante Audiência de Custódia com os 26 presos que ocorre durante a tarde desta segunda (5).

O deputado estadual Paulo Teixeira passou a madrugada no Departamento De Investigações Sobre Crime Organizado (Deic), na capital paulista, apurando a prisão arbitrária de 26 jovens que foram presos ao tentarem participar da manifestação e contou como foi o seu diálogo com o delegado. 

“Indagamos ao delegado: houve alguma vítima, qual órgão público ou privado que foi atacado pelos manifestantes? Ele tentou justificar que a prisão foi realizada porque alguns manifestantes portavam pedras e itens de primeiros socorros e que enquadraria todos por formação de quadrilha, corrupção de menores e, por consequência, manteria os 26 manifestantes presos”, relatou Paulo. 

Segundo afirma Paulo, há uma clara escalada da violência para dissuadir os jovens de irem às manifestações pelo “Fora, Temer”, algo que ocorre com a parceria do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, com a Polícia Militar paulista. “Isso acontece há algum tempo, prendem os manifestantes e eles permanecem durante horas detidos, mas não havia ocorrido um enquadramento tão pesado como o ocorrido na tarde deste domingo com os 26 jovens”, alerta. 

O jornalista Juca Kfouri questionou Paulo Teixeira a respeito do prefeito Fernando Haddad (PT-SP) enfrentar o governador Alckmin sobre as ações truculentas da polícia. “O Haddad fez toda uma movimentação para que não houvesse conflitos, ele provavelmente fará uma mediação para acabar com essa onda de violência. Devemos também provocar o Ministério Público para exercer esse controle. A Polícia Militar perdeu o controle. Está rompida a ordem institucional e liberada a repressão, a policia tem que proteger os manifestantes e não agredi-los, como foi o caso da Deborah, a jovem que perdeu a visão do olho esquerdo na manifestação”, respondeu Teixeira. 

Carta para Alckmin 

O ex-senador e atual candidato a vereador na cidade de São Paulo, Eduardo Suplicy, pediu o uso da palavra para ler uma carta que será enviada ao governador Alckmin, onde rechaça a prisão arbitrária dos 26 jovens. “Um exagero pensar que aqueles manifestantes praticaram algum ato de agressividade. A manifestação foi pacífica”, argumentou. 

Alexandre Padilha (PT-SP), secretário municipal da Saúde do município de São Paulo, interveio na coletiva dizendo que intensificará os primeiros socorros aos manifestantes feridos. “Foi uma manifestação pacifica pelo povo e baderneira pela PM, intensificaremos a prestação de serviços do Samu em locais estratégicos em torno do trajeto do protesto, asseguraremos esses pontos, para garantir o aparato dos profissionais de saúde, pessoas voluntárias, prestando atendimento médico”, declarou. 

Próximos atos

Representando a Frente Povo sem Medo, o membro da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) Rogério Nunes afirmou que a luta pelo “Fora, Temer” segue ganhando mais força e divulgou as próximas manifestações contra o golpe e a não retirada de conquistas sociais que ocorrerão nesta quarta-feira (7), durante o Grito dos Excluídos, em várias capitais do país. Na quinta-feira (8), a Frente Povo sem Medo convoca a manifestação contra o golpe e pelas Diretas Já! no Largo da Batata, região central de São Paulo. 


Do Portal Vermelho