ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65
CAMPANHA MOVIMENTO 65

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Servidores da Ufersa e UFRN devem paralisar atividades nesta quinta-feira


Os servidores técnico-administrativos e técnico-administrativas da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) aderiram à paralisação nacional que está programada para a próxima quinta-feira, dia 22. Em assembleia realizada nesta terça-feira, 20, no auditório do DCEN, campus leste da universidade, a categoria também decidiu paralisar no dia 29.
Em virtude do momento político ao qual estamos vivenciando, os servidores discutiram sobre a onda de greve que vem se falando no Brasil. O coordenador geral da delegacia sindical do SINTEST/RN na UFERSA, Allyson Leandro Bezerra Silva, expôs para os servidores o que aconteceu durante a Plenária Nacional Estatutária da FASUBRA, que ocorreu entre os dias 09 e 11 de setembro em Brasília, e as principais pautas defendidas pela categoria.
Fonte: Robson Pires

Centrais se unificam em atos, neste dia 22, contra cerco a direitos

Ato das Centrais em frente à Fiesp na avenida paulista no dia 16 de agosto -Railidia Carvalho
A ameaça aos direitos dos trabalhadores ganhou força com a proposta das reformas trabalhista e previdenciária sinalizadas pelo governo de Michel Temer. A precarização das condições de trabalho, defendida por parte do empresariado, se expressa também em projetos no Congresso Nacional. Recentes decisões no Supremo Tribunal Federal (STF) fazendo valer acordos coletivos sobre a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) preocupam as centrais, que realizam nesta quinta-feira (22) atos pelo Brasil. 
A vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Carmen Foro, reconheceu que o período é difícil para os trabalhadores com ameaças vindas de diversos setores. Nesta semana o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou que o encaminhamento da reforma trabalhista para o Congresso deverá acontecer apenas no próximo ano.
 
O Executivo não é o único poder que se movimenta contra a CLT. “Sabemos que existem acertos do Executivo com o Congresso mas de onde esperávamos que viesse um nível razoável de se fazer justiça começam a haver decisões contra os direitos dos trabalhadores. Por isso esses atos se transformam em uma luta maior”, argumentou a dirigente.

Carmen se referiu às decisões recentes, incluindo a do ministro Teori Zavascki, do STF, que reconheceu que um acordo coletivo firmado entre sindicato e empresa tivesse prioridade em relação à CLT.

A sindicalista afirmou que a luta dos trabalhadores também deve fazer pressão no judiciário. Para ela a unidade das centrais é fundamental para que a mobilização dos trabalhadores se fortaleça.

“Todos serão afetados independentes da cor da central que representam. Uma única central ou um só sindicato não serão capazes de fazer a luta do tamanho que precisamos. Por isso o ato de amanhã (22) tem um importante significado para o próximo período de lutas”, avaliou Carmen.

Defesa dos direitos sociais e trabalhistas

A nota “Trabalhadores Unidos em Defesa dos Direitos Sociais e Trabalhistas”, que é assinada por nove centrais e convoca para esta quinta, critica ainda a insistência do governo Temer na política de ajuste fiscal. Ainda de acordo com as declarações do Ministro, o foco de Temer será agora o ajuste fiscal.
 
Em divergência com o governo, o documento das centrais afirma que o ajuste fiscal que, entre outros impactos, reduz o poder aquisitivo do trabalhador, faz do empregado “vítima da recessão, do desemprego e da baixa informalidade”.

Dados do Ministério do Trabalho mostram que em 2015 o Brasil perdeu 1,51 milhão de postos formais, registrando o pior resultado desde 1985. Nesse período predominaram as demissões em massa e as contratações por salários mais baixos. 

Em relação a 2014, os trabalhadores tiveram um recuo de 2,56% nos rendimentos de 2015. Atualmente o país registra cerca de 12 milhões de desempregados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Atos unificados

Às manifestações organizadas pelas centrais se juntarão atos de diversas categorias profissionais como bancários, educadores e servidores públicos. Estão programados protestos em todas as regiões do país com atos confirmados em cerca de 24 estados durante todo o dia. 

Em São Paulo, as centrais se concentrarão a partir das 10h desta quinta em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A partir das 14h haverá em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) uma assembleia dos professores do Estado convocada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).

Os atos desta quinta são organizados em conjunto pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) e Intersindical.
Intersindical.

 
Por Railídia Carvalho

Do Portal Vermelho

MPRN conquista quatro prêmios em evento nacional de gestão

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) foi o grande vencedor do Prêmio Nacional de Gestão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que foi realizado nesta quarta-feira (21), em Brasília, durante abertura do VII Congresso Brasileiro de Gestão do Ministério Público. Dos quatro projetos finalistas, o MPRN conquistou primeiro lugar em três categorias.
O MPRN foi uma das duas unidades com mais projetos selecionados. No total, cinco. Desses, quatro foram escolhidos e premiados. Foram eles: Nascer com Dignidade (1º lugar); Grupo Reflexivo de Homens: Por uma atitude de paz (1º lugar); MP NÃO PARA – Núcleo de Apoio Administrativo Volante (1º lugar); e Transformando Destinos (2º lugar).
O “Nascer com Dignidade” conquistou a 1ª colocação na categoria Indução de Políticas Públicas sendo uma articulação institucional voltada para o fortalecimento das ações e da rede de atenção básica de saúde da mulher e da criança (até o primeiro mês de vida), visando a redução dos indicadores de morbimortalidade materna e neonatal. O projeto contou com 56 adesões de Promotorias de Justiça, abrangendo 137 municípios do Rio Grande do Norte. (Continuar lendo…)
Fonte: Robson Pires

Para líder petista, votação da anistia do caixa 2 pagaria ‘dívida’ de Temer com aliados - "Uma vergonha, acorda Brasil!" - Eduardo Vasconcelos


 O vice-líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), disse ontem que as articulações para colocar em votação o projeto da minirreforma política, que na prática anistiaria o caixa 2 de campanha, foi organizada às pressas porque a base aliada do governo de Michel Temer já cobra a contrapartida pela aprovação do impeachment de Dilma.

Fonte: Robson Pires

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Renan Calheiros critica denúncia contra Lula: “Lava Jato precisa parar com exibicionismo”



O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira (20) que a força-tarefa da Lava Jato é um avanço para o Brasil, mas que precisa “acabar com o exibicionismo e de fazer denúncias por motivações políticas”.
Renan citou como exemplo o episódio envolvendo o ex-presidente Lula na semana passada. “A Lava Jato tem a responsabilidade de separar o joio do trigo e precisa acabar com esse exibicionismo, que vimos agora no episódio do presidente Lula e em outros episódios. Precisa fazer denúncias que sejam consistentes. Porque isso, em vez de dar prestígio ao Ministério Público retira prestígio do Ministério Público e obriga o Congresso Nacional a pensar numa legislação que proteja garantias, que facilite a investigação”, afirmou.
“Nada vai deter a Lava Jato, mas a Lava Jato precisa acabar com esse processo de exposição das pessoas sem culpa formada. É preciso fazer denúncias consistentes e não fazer denúncia por mobilização política. Com isso, o país e as instituições perdem”, comentou.
Renan Calheiros negou que soubesse da articulação realizada no Plenário da Câmara na noite de segunda-feira (19) para votação do PL 1210/2007. A proposta modifica a legislação eleitoral, abrindo caminho para uma possível anistia para o crime de caixa 2.
Ele aproveitou para defender uma reforma política que comece pela cláusula de barreira, passe pela proibição da coligação proporcional e defina regras transparentes para o financiamento de campanha.
“Qual é o grande problema no Brasil? Temos mais de 30 partidos no Congresso e nessa eleição mais de 530 mil candidatos disputando. Imagine financiar esse número todo de candidatos com recursos públicos num momento que o país precisa de dinheiro para saúde, educação, segurança…. Isso não seria bom”, afirmou.
Foto de Capa: Jane de Araújo/Agência Senado
Fonte: Revista Fórum

Apoiado pelo sindicalismo internacional, Lula diz que denúncia é farsa

Lula criticou o que chamou de “processo de amedrontar as pessoas”. Segundo ele, o Brasil adotou a tática de “se eu não tenho provas, eu mando a imprensa condenar”. Na opinião do ex-presidente, a prática de criminalizar as pessoas pelas manchetes de jornais deve ser repudiada em qualquer lugar do mundo.

“Eu sou um homem de consciência muito tranquila. Se alguém apresentar uma prova contra mim eu quero ser julgado como qualquer cidadão brasileiro que está subordinado à constituição. Não quero privilégio. O que eu não quero é mentira, é falsidade, é inverdade a meu respeito. Eu tenho uma história construída. Só de luta são 41 anos ajudando a conquistar a democracia no meu país, ajudando que os mais pobres e os negros sofram menos”, afirmou.

As eleições presidenciais de 2018 foram abordadas pelo ex-presidente. “O que está acontecendo no Brasil apenas me motiva a andar muito mais. Mas se o problema é para o Lula não voltar em 2018 era só me perguntar se eu vou ser candidato? Agora a verdade é que, embora eu não tenha diploma universitário, eu sei fazer mais do que eles. E o que eu sei é sentir o coração do povo pobre e trabalhador deste país”, enfatizou Lula.

Atual presidente da CSI, o ex-metalúrgico João felicio, que estava no ato nos Estados Unidos, confirmou que a forte identidade entre Lula e o povo é o alvo da perseguição ao ex-presidente. O dirigente citou as políticas de inclusão social que começaram no governo de Lula como referenciais na América Latina e no mundo.

“Poucos foram os presidentes que conseguiram ter essa ligação com o povo e é por isso que todas as pesquisas feitas no Brasil, você , tem aquela fatia que te admira, que quer que você continue em atividade política no Brasil, seja como candidato ou como ativista político”, explicou João.

A secretária-geral da ITUC/CSI, Sharan Burrow, declarou ao ex-presidente que “190 milhões de trabalhadores estão com Lula”. A sindicalista informou que naquele momento a hashtag “Stand with Lula” estava nos trnding topics do twitter como um dos assuntos mais comentados da internet.

Sharan convidou todos os trabalhadores filiados a UTC/CSI no mundo a compartilharem a hashtag “Stand wuth Lula” (Estamos com Lula). “Precisamos agir se o governo brasileiro não reconhecer essa campanha. Precisamos restabelecer o estado de direito no Brasil”, defendeu. 

A campanha foi divulgada em Nova Iorque durante a abertura da Assembleia Geral da ONU nesta terça-feira (20). Do lançamento participaram dirigentes sindicais dos Estados Unidos, além de advogados, juristas e defensores dos direitos humanos com atuação internacional. O advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins esteve no evento e falou sobre a perseguição judicial e midiática a Lula no Brasil.


Do Portal Vermelho, com informações do site lula.com.br

Moro perdeu imparcialidade para julgar Lula, diz defesa


Moro acolheu nesta terça a denúncia dos procuradores da Operação Lava Jato contra o ex-presidente, apesar da reconhecida falta de provas. Os advogados agora têm dez dias para apresentar a defesa.

“Nem mesmo os defeitos formais da peça acusatória e a ausência de uma prova contra Lula,como amplamente reconhecido pela comunidade jurídica, impediu que o referido juiz levasse adiante o que há muito havia deixado claro que faria: impor a Lula um crime que jamais praticou”, diz um trecho da nota enviada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira.

Confira abaixo a íntegra:

Diante de todo o histórico de perseguição e violação às garantias fundamentais pelo juiz de Curitiba em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, não causa surpresa a decisão por ele proferida nesta data (20/9/2916) determinando o processamento da denúncia protocolada pelo Ministério Público Federal em 14/9/2916.


Nem mesmo os defeitos formais da peça acusatória e a ausência de uma prova contra Lula, como amplamente reconhecido pela comunidade jurídica, impediu que o referido juiz levasse adiante o que há muito havia deixado claro que faria: impor a Lula um crime que jamais praticou.


Esse é um processo sem juiz enquanto agente desinteressado e garantidor dos direitos fundamentais. Em junho, em entrevista, o procurador da República Deltan Dallagnol reconheceu que ele e o juiz de Curitiba são “símbolos de um time”, o que é inaceitável e viola não apenas a legislação processual, mas a garantia de um processo justo, garantia essa assegurada pela Constituição Federal e pelos Tratados Internacionais que o Brasil se obrigou a cumprir. 


Na qualidade de advogados do ex-presidente, apresentamos uma exceção de suspeição (5/7/2016) – ainda não julgada – e temos convicção nos seus fundamentos. Esperamos que a Justiça brasileira, através dos órgãos competentes, reconheça que o juiz de Curitiba perdeu sua imparcialidade para julgar Lula, após ter praticado diversos atos que violaram as garantias fundamentais do ex-presidente.

Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira
Fonte: Portal Vermelho

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Ministro da Educação quer a volta das aulas de Educação Moral e Cívica nas escolas

A proposta de reforma do ensino médio (saiba mais aqui) do ministro golpista da Educação José Mendonça Bezerra Filho visa “acabar com qualquer possibilidade de o país manter uma educação contemporânea, voltada para o avanço do país na era do conhecimento”, diz Marilene Betros, dirigente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e da CTB-BA.
Em concordância com ela, Camila Lanes, presidenta da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), “acabar com aulas de Filosofia, Sociologia, História e Geografia, entre outras da área das ciências humanas é retroagir para a época da ditadura, implantada de 1964”. Para ela, "os estudantes querem alimento para o corpo, mas para a alma também, por isso querem estudar essas matérias que são importantes para o diálogo e para a nossa formação".
Para ela, o Ministério da Educação, do governo golpista, pretende “implantar o projeto Escola sem Partido (veja mais aqui) em conta-gotas, já que o projeto como um todo não passa em lugar nenhum. Justamente porque visa acabar com a luta da juventude por uma educação pública de qualidade e para todos”.
Os argumentos do ministro baseiam-se nos mais recentes dados divulgados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb, leia mais aqui). Em entrevista ao Diário de Pernambuco, neste fim de semana, Mendonça Filho defendeu a recriação de Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira (OSPB), “duas matérias muito utilizadas pela ditadura para doutrinar estudantes”, defende Betros.
Ela conta que “os docentes vêm lutando há anos por uma educação que faça os alunos pensarem. Porque entendemos a escola como um espaço para refletir e com isso formarmos cidadãos e cidadãs com capacidade de construir um futuro onde superemos os preconceitos e o autoritarismo”, complementa.
Já para Lanes, “eles querem acabar com todas as conquistas que tivemos nos governos Lula e Dilma, rumando para uma educação formadora de consciências livres para um país sem uma educação voltada para os interesses do desenvolvimento nacional autônomo”.
Enquanto os defensores da proposta do ministro afirmam que há necessidade da volta dessas disciplinas para recuperar alguns valores de cidadania e pela importância de fazer com que os jovens entendam mais sobre si mesmos e, com isso, compreender a conjuntura política e social do país”.
Foi a Lei 869 de 12 de setembro de 1969 que estabeleceu, em caráter obrigatório, como disciplina e, também, como prática educativa, a Educação Moral e Cívica em todos os sistemas de ensino no Brasil, já que a matéria já existia desde a década de 1930, mas em caráter facultativo.
Para justificar o fim do ensino de História, Mendonça Filho afirmou que “é uma questão de coerência extirpar o ensino de história das escolas. Nosso slogan é ‘ordem e progresso’ e temos que olhar para frente! Aprendi mais história lendo a Turma da Mônica do que nos livros e com professores petistas! Filosofia e Sociologia ninguém entende nada, é inútil e um zoológico de professores excêntricos”.
Inconformada, Betros também acredita que essa estratégia do MEC faz parte de um entendimento deturpado. “Nós defendemos uma educação que leve em conta o desenvolvimento das cognitivo e emocional das crianças e jovens. Não de matérias que ditem regras estapafúrdias e fora da realidade”.
Ela lembra que “nenhuma reforma educacional pode ocorrer sem a participação da sociedade e das entidades ligadas à educação”. Para a sindicalista, “educação tem que formar para o exercício pleno da cidadania, possibilitando aos alunos formular pensamento original sobre todas as questões da vida”.
Na realidade, reforça Lanes, “os projetos golpistas querem acabar com a educação pública, privatizando o ensino médio e superior, voltando à educação para poucos. Ainda mais se a gente notar que menos de 30% das prefeituras e estados pagam o Piso Nacional do Magistério”.
Mas ela garante que haverá resistência da juventude que se acostumou com a democracia. “Iremos ocupar as escolas contra o desgoverno Temer. Já ocupamos contra privatização, pela punição de ladrões da merenda e se pensam que desistiremos da educação pública de qualidade estão muito enganados”.
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB

sábado, 17 de setembro de 2016

Especial Jovens na Política: a voz de quem representa as demandas estudantis nas Eleições 2016

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou dados que indicam o perfil dos candidatos a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Segundo dados do TSE, 496.846 candidatos concorrem nas eleições que irão acontecer no próximo dia 2 de outubro. Do número total, os jovens entre 18 e 29 anos representam apenas 9,8% dos concorrentes.
As estatísticas mostram ainda que há uma predominância de homens (68%), brancos (51%) e mais da metade (55%) tem idade entre 40 e os 59 anos. É nesse contexto que jovens de todo Brasil buscam espaço nas Eleições 2016. Muitos deles, vindos do movimento estudantil, trazem novas propostas e podem significar a reformulação da realidade política brasileira.
FONTE: TSE
Diante desse cenário, como entidade defensora dos interesses estudantis, a UBES lança o Especial Juventude na Política, que tem como objetivo principal, oferecer espaço e voz aos candidatos cujas propostas coincidem com demandas do movimento estudantil.
Diretora da UBES, Jéssica Lawane, relembra a necessidade da representatividade juvenil na política. “Estamos passando por um momento de crise de representação. Precisamos desconstruir esse velho modo de fazer política! São sempre os mesmos, filhos dos mesmos e esse jeito de levar a política não representa a juventude ou mesmo o povo brasileiro. Precisamos da juventude negra, LGBT e das mulheres para que possamos reconstruir nosso modo de fazer política”, explicou.

Perfil dos candidatos x Representatividade popular

No ano de 2013, as ruas pautaram uma reforma política, reivindicando dentre outras coisas, uma democratização no sistema político brasileiro, ou seja, uma maior diversidade de grupos que compõem a sociedade deveria estar diretamente inserida na política.
Os números do TSE, entretanto, apontam que o oposto vem acontecendo. Dentre os que pretendem representar a população brasileira, uma fatia de aproximadamente 26% corresponde a agricultores, servidores públicos municipais, comerciantes e empresários.
Para a representatividade feminina, os dados seguem desanimadores.  A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo IBGE em 2013, demonstra que existem 103,5 milhões de mulheres no Brasil, o equivalente a um pouco mais da metade da população brasileira (51%). Nessas eleições, entretanto, elas representam apenas 32% das candidaturas.
Quanto aos partidos que mais conseguiram protocolar candidaturas, dois deles seguem linhas mais conservadoras e estão pautados no neoliberalismo. São eles: o PSD, com 5,92% e o PP com 5,64%. O PSDB ficou em segunda posição, registrando 7,19% das candidaturas, atrás apenas do partido do atual presidente ilegítimo, Michel Temer, o PMDB, que alcançou 8,95% dos registros.
Para saber mais sobre o seu candidato, acesse o DivulgaCandContas. Com novas funções, a plataforma agora oferece um sistema completo de informações a respeito de todos os 5.568 municípios do país nos quais as eleições acontecerão em outubro.
Fonte: UBES

Cunha é Temer, Temer é Cunha – Por Musa Ramalho

Cunha é Temer, Temer é Cunha e ambos são o pacote de maldades neoliberais preparadas para retrocedermos nos direitos democratizantes conquistados com muito suor e muita luta. Nossas vozes pelo “Fora, Temer e Cunha na Cadeia” precisam estar atreladas a reconstrução da democracia brasileira. Se não pensarmos e agirmos de forma mais aprofundada, vamos somente trocar os donos das canetas sem alterar o conteúdo da narrativa. “Diretas já” são fundamentais para reorganizar a política nacional. Não eleger golpista nas disputas municipais é imprescindível para construirmos uma política melhor.
Essa segunda (12), foi um dia vitorioso, ainda que tardiamente. A cassação de Cunha nos revela mais uma prova do golpe. Cunha caiu porque ele próprio era insustentável, a representação de tudo o que há de mais atrasado e que essa geração rejeita. Mas óbvio que não rejeita de forma abstrata e desconectada com a luta por um mundo novo.
Cunha é fruto de um sistema político desconectado com a realidade do povo brasileiro. Foi útil e hábil para fazer o trabalho sujo na política representando os interesses do mercado e deixando escorrer por entre os dentes os venenos do fundamentalismo religioso, também articulado com o capital. Cunha foi também o representante político do capital financeiro e do industrial, o próprio agente do “jeitinho” gringo de impor sua agenda conservadora. Mas agora, com a esquerda fora do governo e com a imagem do ex-presidente da Câmara completamente desgastada, seus podres revelados, revirados, repetidos, rebatidos, já cansados e abatidos depois de um ano de processo, ele serve mais pra que? A direita quer moralizar o golpe, mas não vai conseguir.
Como dizem, a política é dialética, e quem esteve ao lado de Cunha para derrubar Dilma, hoje, vota contra Cunha sem ninguém ter mudado de lado. Isso porque a aliança da direita que se estabelece num sistema político distorcido como é o brasileiro, nessa ex democracia, é meramente com o poder e o que ele pode proporcionar. Os interesses das elites deslizam entre um campo político e outro, entre as figuras mais convenientes de cada momento em busca da manutenção de privilégios. Assim é a política brasileira. E Cunha só não serve mais por que nós fomos às ruas denunciar! As ruas venceram e seguem o campo principal de batalha.
O pacote de maldades está vindo pelas mãos covardes de Temer, mas que também é uma figura insustentável. Ele é o presidente que mesmo se escondendo do povo consegue ser vaiado três vezes ao dia. Basta ir a um protesto de rua que é possível ouvir aquela linda ópera de Mozart “ai! ai ai ai ai ai ai ai! Empurra o Temer que ele cai!”, ou o consagrado canto gregoriano “Foooora! Teeemeeer!”. Com Cunha era o mesmo. Temer vai cair, porque nós não vamos dar sossego, como não demos pro recém caído. O que não podemos fazer é uma luta para deixar espaços vazios (e que, obviamente, não ficam vazios).
Meu “Fora, Temer” vem acompanhado de “Eleições Diretas, Já!” Por que Temer foi eleito indiretamente com o voto do lobby político das grandes corporações do petróleo interessadas no pré-Sal, da FIESP, dos grandes proprietários de terras, do Clube Militar, dos centros políticos “cristãos”, das empresas da educação, da comunicação de massa, dentre outros. Os deputados que se aliaram a Cunha no golpe, e ele próprio, são meras representações e é também por isso que estou convicta de que ele não vai delatar ninguém. Repito, ninguém mudou de lado.
Acredito em novas eleições. É urgente reorganizar os campos políticos e colocar em disputa um projeto avançado, de esquerda, mudancista e capaz de fato de melhorar o cenário econômico e aprofundar mais no social. Esse que está aí sem voto e com índices estratosféricos de rejeição não se sustenta. Quero ver a direita perder pela quinta vez. O pacote de maldades não vence eleição.
Por Musa Ramalho
Fonte: UJS Nacional

Mídia faz campanha para forçar juízes a condenar, diz ministro do STJ


TSE
 
 

Segundo ele, as “manchetes de jornal que aniquilam histórias de vida” devem ser punidas com indenizações rigorosas. Ele citou como exemplo a recente capa da revista Veja que “colocou uma foto do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, acusando-o de envolvimento com empreiteiras, mas na reportagem descreveu condutas que não são ilegais, nem sequer antiéticas”.

O ministro salientou ainda que essa prática de coação tem a imprensa como carro-chefe, mas conta, ainda que em menor grau, com a atuação de setores da polícia, Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça e as corregedorias, que fazem intensa pressão para magistrados mandarem prender, condenarem e proferirem decisões contra o Estado.

O ministro reconheceu a conduta fascista desses setores contra os magistrados que fazem a defesa da legalidade. Segundo ele, quem concede a ordem em pedido de Habeas Corpus ou dá razão a uma pessoa ou empresa em causa contra a Administração Pública logo é tachado de “corrupto” ou “vendido”.

Ele lembrou o caso do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal que, durante o julgamento da ação penal 470, sofre com a agressão estimulada pelas manchetes dos jornais, por conta da posição do ministro no processo.

“Fiquei indignado quando vi Lewandowski ser hostilizado no avião, no restaurante. Que país é esse que juiz não pode manifestar seu entendimento? Quem perde é o povo. O jovem de hoje não sabe o que foi a ditadura militar. Mas nem esta foi tão cruel quanto a mídia tem sido com os magistrados”, lembrou.

Noronha reforçou ainda que essa situação cria outra consequência: a impunidade da imprensa. Segundo ele, essa pressão inibe os juízes, que fixam baixas reparações em casos de abuso da liberdade de imprensa.
 


Do Portal Vermelho, com informações do Conjur

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Sustentabilidade Meio Ambiente Vamos falar mais sobre o aquecimento global?

Estados Unidos, China e Brasil ratificam o Acordo de Paris, mas sociedade segue ignorando os efeitos e consequências mundiais das mudanças climáticas

Realizada no mesmo dia da cassação de Cunha, ratificação do Acordo de Paris por Michel Temer perdeu espaço nos noticiários

O presidente Michel Temer assinou na terça-feira 12 o documento que ratifica o Acordo de Paris, responsável por estabelecer as metas de redução das emissões dos chamados gases de efeito estufa (GEEs) que o país se comprometeu a atingir.
A chancela brasileira ocorreu semanas depois que os Estados Unidos e a China, os dois maiores emissores responsáveis pelo agravamento do aquecimento global no planeta, também assinassem seus compromissos.
Tratam-se de sinais positivos que deverão redundar em ações concretas para reduzirmos o galopante aumento na temperatura do planeta? Talvez sim, mas com algumas ressalvas.
Ao participar da cerimônia de assinatura do Brasil, o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, afirmou que o ato representou um primeiro e importante passo. Por outro lado, alertou que é necessária uma ação efetiva, capaz de mudar os rumos das políticas públicas brasileiras em relação à agenda do clima.
É neste ponto que residem os maiores desafios não só para o Brasil, mas em qualquer outra parte do mundo, para que todos participem efetivamente desses esforços, já que as consequências das alterações climáticas afetam a todos, indistintamente.
Se na COP 21 havia de seus participantes (majoritariamente representantes de governos, empresas, cientistas e ONGs) uma unânime compreensão sobre os malefícios do aquecimento global, não é menos verdade que, para os cidadãos residentes em todos esses países e continentes, o tema ainda é visto quase como ficção científica.
Não que as pessoas deixem de sentir seus efeitos no dia a dia. Muitos até afirmam em suas redes de relacionamento que secas, enchentes e ondas de calor, entre outros, tenham em sua origem as mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global.
Mas de fato, o que as pessoas estão dispostas a fazer, apoiar, interagir a esse respeito? Em geral o que se vê é: absolutamente nada.
Ainda que, por um lado, falte exatamente clareza sobre como atuar numa questão tão complexa e universal, não é menos verdade a ausência ensurdecedora de informações mais palatáveis que envolvam definitivamente as pessoas para a importância e consequências do aquecimento global.
Parte da responsabilidade é de nós, jornalistas, ao não “chamar” as pessoas para uma maior discussão sobre o tema. Infelizmente, no mesmo dia que Temer assinou o compromisso brasileiro, a principal notícia foi a cassação do deputado Eduardo Cunha. Não há o que dizer sobre o destaque desse fato, mas, ao mesmo tempo, será possível que não exista espaço para também enfatizar a importância do ato climático?
O processo eleitoral ao longo do tempo e a indigência de seus candidatos tem representado outro fator de distanciamento dos cidadãos para estabelecer um debate construtivo com a sociedade. Seria importante que tivéssemos mais autoridades públicas no âmbito municipal, por exemplo, capazes de enxergar um pouco mais além do que asfaltamento de ruas ou a construção de um posto de saúde.
Bom lembrar que as previsões sobre o aquecimento do planeta tem superado as expectativas até dos mais pessimistas. Recentemente, foi divulgado que julho foi o mês mais quente já registrado desde que esse tipo de análise começou a ser feita, há 137 anos. Trata-se da décima quinta alta consecutiva de aumento constante da temperatura média global.
Com frequência, somos brindados com informações de pesquisadores e cientistas sobre os efeitos danosos do aquecimento para a agricultura, as florestas e a biodiversidade – e suas perdas catastróficas e irreversíveis.

Mesmo que Brasil, Estados Unidos e China tenham dado esse importante sinal para a humanidade, sem o envolvimento de todos dificilmente iremos alcançar os resultados almejados. Então, fica aí o convite: vamos falar mais sobre o clima?
Fonte: Carta Capital