ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65
CAMPANHA MOVIMENTO 65

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Fitch Ratings rebaixa nota do Brasil e expõe fracasso de Temer

Agência Brasil
 
 


A agência norte-americana destacou como motivos no relatório publicado hoje "os persistentes e grandes déficits fiscais, um alto e crescente fardo da dívida pública e a falta de legislação sobre reformas que melhoraram o desempenho estrutural das finanças públicas".

Um ponto observado foi a intervenção federal no Rio de Janeiro, afastando de vez da Câmara a pauta da Reforma da Previdência, ponderando que o "revés" reduz ainda mais a confiança do mercado nas finanças do país, avaliando ainda a falta de capacidade da gestão Temer em atuar no "ambiente político desafiador":

"Por exemplo, o governo não conseguiu obter apoio para impor imposto para certos fundos de investimento e aumentar as contribuições de pensões dos funcionários públicos, enquanto uma decisão judicial suspendeu o adiamento de reajustes salariais para trabalhadores do setor público federal", comenta.

Vale lembrar que os integrantes do atual governo que vê as notas do Brasil irem ladeira abaixo são os mesms que tanto valorizavam as parciais avaliações de risco na época do governo Dilma Rousseff.

Com a decisão da Fitch já são duas das três principais agências de classificação de risco a rebaixar a nota do Brasil. Em janeiro, a Standard & Poor’s reduziu a pontuação do país de BB para BB-, ainda dentro do espectro do grau especulativo e três abaixo grau de investimento seguro, abordando os mesmos argumentos hoje utilizados pela Fitch, ao colocar a situação previdenciária do Brasil como decisiva para o acerto das contas públicas.

A pressão do "mercado" pela aprovação da reforma da Previdência, cada dia mais distante, foi utilizada pelo governo para fazer terrorismo e espalhar o medo sobre a população. A gestão anunciava que, sem promover as mudanças na aposentadoria, o rebaixamento da agência nos levaria ao fim do mundo. A mídia tradicional foi na mesma linha e quase celebrou o rebaixamento pelas S&P, que lançava mais cobranças sobre o Congresso.

Na prática, a avaliação das agências de risco impactam no custo dos empréstimos do governo e empresas do Brasil que passam a ficar mais caros, protegendo os investidores de fora do risco de calote. 

Divresos economistas, contudo, apontam a parcialidade dessas agências de classificação, que refletem apenas os consensos incoerentes de agentes de mercado e costumam errar feio. Vide o que aconteceu em 2008/2009, quando as agências deram boas notas para operações de vendas de hipotecas imobiliárias nos EUA que afundaram bancos e investidores e geraram a grande crise financeira.


 Do Portal Vermelho, com GGN

Desalento leva 4 milhões de pessoas a desistirem de procurar emprego

 


O Brasil tem 4,3 milhões de desalentados, pessoas que desistiram de procurar emprego, o maior contingente da série, iniciada em 2012, embora o dado tenha sido divulgado pela primeira vez pelo IBGE. Quase 60% deles se concentram na região Nordeste, com destaque para Bahia (663 mil) e Maranhão (410 mil). Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgados nesta sexta-feira (23), são referentes ao quarto trimestre.

O desalento é um componente do mercado de trabalho medido também na Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada desde 1985 pela Fundação Seade e pelo Dieese na região metropolitana de São Paulo. Em dezembro, por exemplo, a taxa de desemprego total foi de 16,9%, sendo 3,2% do chamado desemprego oculto – por trabalho precário ou desalento. O IBGE estimou a taxa de desalento em 3,9%, chegando a 15,4% em Alagoas.

De acordo com a pesquisa, a taxa média de desemprego foi de 11,8%, o que corresponde a 12,311 milhões de desempregados, índice praticamente estável em relação ao quarto trimestre de 2016. A ocupação cresceu em 1,8 milhão de vagas, todas na informalidade: 1,070 mil são trabalhadores por conta própria e 598 mil, empregados sem carteira. O país perdeu 685 mil vagas formais em um ano. Só não houve queda na região Norte.

A taxa de desemprego varia de 7,7% (região Sul) a 13,8% (Nordeste), chegando a 9,4% no Centro-Oeste, 11,3% no Norte e 12,6% no Sudeste. Entre as unidades da federação, destaque para Amapá (18,8%), Pernambuco (16,8%), Alagoas (15,5%), Rio de Janeiro (15,1%) e Bahia (15%). A menor foi registrada em Santa Catarina (6,3%), enquanto Mato Grosso e Mato Grosso do Sul tiveram 7,3% cada.

Com média de 11,8%, a taxa é maior para mulheres (13,4%) do que para homens (10,5%). Para os que se declararam brancos, a taxa também foi menor (9,5%), subindo para pretos (14,5%) e pardos (13,6%), conforme a classificação do IBGE. No período de 2012 a 2017, cresceu a presença de pardos e negros (classificação do IBGE) entre os desempregados: de 62% para 64%, enquanto a dos brancos caiu de 37,5% para 35,6%.

A chamada subutilização da força de trabalho – que inclui desempregados, subocupados por insuficiências de horas (quem trabalhou menos que 40 horas semanais) e trabalhadores em potencial (quem estava disponível para trabalhar, tendo procurado ou não) – atinge 26,4 milhões de pessoas, com taxa de 23,6%. As maiores se concentram no Nordeste: Piauí (40,7%), Bahia (37,7%), Alagoas (36,5%) e Maranhão (35,8%). As menores são de Santa Catarina (10,7%), Mato Grosso (14,3%), Rio Grande do Sul (15,5%) e Rondônia (15,8%). 


 Fonte: RBA

Manuela: "Ao contrário de Temer, meu compromisso é com a democracia"


Durante entrevista à Rádio Jornal, aos jornalistas Wagner Gomes, Fernando Castilho e Igor Maciel, do Jornal do Commercio, Manuela abordou o tema da segurança pública e a intervenção imposta pelo governo Michel Temer. Ela também falou sobre a conjuntura política e a judicialização da política que ameaça a democracia. 

“Eu tenho compromisso com uma saída para a crise que passe pelo fortalecimento da democracia”, afirmou da deputada, que considera que o país enfrenta um momento grave.

“É preciso entender que a saída da turma do Temer para a crise é uma saída antidemocrática”, denunciou. Ela reforça que o golpe contra o mandato da presidenta Dilma foi por suas “qualidades, não pelos seus defeitos”.

“E o povo está vendo isso. Está vendo a reforma trabalhista, a reforma da Previdência. Está vendo a intervenção militar. Está vendo o corte de recursos para a universidades”, frisou a pré-candidata.

Segundo ela, o mercado financeiro trata a eleição como “um detalhe”. “Se o resultado de uma eleição não servir para o mercado, assim como não serviu as medidas de Dilma numa certa feita, cassa, mesmo sem crime de responsabilidade”, enfatizou.

Questionada sobre a crise na segurança pública do pais, Manuela enfatizou que é evidente que a situação financeira dos estados tem um impacto no conjunto de política públicas.

“Mas o tema da segurança no Brasil não pode ser tratado a partir de uma veiculação da crise fiscal dos estados”, disse ela, defendendo a necessidade de tratar o tema com mais centralidade. “É preciso debater soluções mais permanentes para o tema de segurança”, argumentou.

Segundo ela, ao optar por fazer uma intervenção militar, e não política como determina a lei, “Temer cria a ideia de uma Ministério de Segurança provisório. Como assim provisório, se o que o mundo nos mostra das experiências mais bem-sucedidas de combate à violência estruturaram medidas permanentes?”, indagou.

De acordo com a pré-candidata comunista, a questão da segurança pública passa pela necessidade de uma política nacional que promova as ações de inteligência e pela unificação dos procedimentos de polícia, entre outras coisas.

Judicialização

Manuela também abordou a judicialização da política e apontou o quanto essas ações promovidas por setores do Poder Judiciário tem ameaçado o estado democrático de direito.

“Eu sou contra a judicialização da política. Sou contra a judicialização da medicina. Sou contra a judicialização da psicologia, das artes. É isso que nós vivemos. E é muito grave”, asseverou.

Questionada sobre a condenação no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região (Porto Alegre) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Manuela foi enfática: “Nós não defendemos aquilo que nos convém enquanto partido. Defendemos aquilo que achamos justo. Achamos que o julgamento do presidente Lula é político porque não existem provas contra ele”.
 



Do Portal Vermelho