ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65
CAMPANHA MOVIMENTO 65

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Educação de qualidade deve ter profissionais valorizados

Em comemoração ao Dia das Professoras e dos Professores, nesta quinta-feira (15), o Portal CTB conversou com a dirigente da central que mais cresce no Brasil, Marilene Betros, também diretora da APLB-Sindicato dos educadores da Bahia.
Para a sindicalista, a educação passa por um momento difícil com cortes de verbas, como diversos outros setores. Mas “a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) foi uma grande conquista de quem trabalha na área”, diz.
“O PNE garante investimentos na valorização profissional e não podemos perder isso de vista”, defende. Mas lembra que ainda há muitos estados e municípios que se recusam a pagar o Piso Nacional do Magistério.
Segundo Marilene, as educadoras e educadores sentem a “incompreensão de muitos gestores públicos de que investir em educação é investir no profissional do setor”.
“Além de exigir que todos paguem o piso aos profissionais, devemos lutar por um plano de cargos, carreira e salários que contemple as necessidades e ao mesmo tempo que possibilite o aperfeiçoamento de todas”, afirma.
Ela menciona inclusive a necessidade de aplicação da Lei 11.738/2008, que garante a utilização de 1/3 da carga horária para a dedicação aos estudos e planejamento de aulas.
Além do PNE, Marilene lembra que os planos municipais e estaduais também precisam sair do papel e se tornarem “um instrumento no caminho da educação pública de qualidade para todos”.
A educadora menciona a necessidade de o Estado ser o olho regulador do ensino privado, garantindo a aplicação de itens visando a qualidade do ensino: "Educação não pode ser mera mercadoria”, afirma.
Além de valorização profissional e de maiores investimentos em educação, Marilene fala sobre a questão de gênero, que ficou fora da maioria dos planos de educação, por intolerância.
“A questão de gênero e a cultura da paz são essenciais nas escolas porque queremos construir uma sociedade onde todos tenham as mesmas possibilidades de acesso ao conhecimento, sem discriminação nenhuma”, diz.
Enfim, para Marilene, é necessário garantir uma escola pública de qualidade e laica para atender os anseios da juventude e da classe trabalhadora.
Marcos Aurélio Ruy – Portal CTB