ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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sexta-feira, 23 de março de 2018

E a água segue escoando pelo ralo


 



O 8º Fórum Mundial da Água, que acontece em Brasília esta semana, é ocasião propícia para fazermos um exercício de reflexão que, a rigor, deveria ser permanente, cotidiano, obstinado: o que nós, seres humanos, fizemos (estamos fazendo) de nossa fonte básica de existência? Quem são os destinatários desta fonte tão fundamental à sobrevivência do planeta? Quem controla o seu uso? Compreendemos, como mantra, que sem água não há vida?  Não são perguntas despropositadas, ainda mais quando o dia 22 de março, a ela consagrado, é o Dia Mundial da Vida.


Sabemos é que da natureza que se nutre e é nela que encontra tudo o se que necessita para que o planeta viva bem. Entretanto, o descaso histórico e sistemático da humanidade com o seu entorno ambiental levou-a ao paroxismo presente: o de se ver ameaçada de não mais dispor de seu insumo fundamental – a água. Esta constatação revela a monstruosa dimensão dos desvios éticos e políticos de governos e governantes, que resultaram na edificação de um sistema econômico internacional que privilegia o lucro e a ganância acima de todos os demais valores – inclusive a própria vida. Um sistema, em suma, irracional. Suicida.
O resultado é perceptível, tanto que a discussão agora gira em torno da existência ou não de alguma possível reversão nesse quadro catastrófico, em que danos importantes estão ocorrendo em velocidade insuperável. Os cientistas informam há tempos das catástrofes ambientais que tais condutas estão construindo para as gerações futuras – e não só para as futuras.
Há previsões detalhadas e consistentes dando conta dos efeitos sobre a Terra – e sobre a vida de cada um de nós – dos desequilíbrios ambientais já perpetrados. O aquecimento do clima, a perfuração da camada de ozônio, os desmatamentos, a poluição das nascentes, o acelerado degelo das calotas polares, o televisionado assassinato do Rio Doce pela mineradora Samarco, a não-clandestina  contaminação da Amazônia pela mineradora norueguesa, são exemplos do que se poderia chamar de “crônica de uma tragédia anunciada”.
O Apocalipse de São João, já anteviu problemas no futuro da humanidade decorrentes do mau uso desse inestimável bem natural. Naquele documento bíblico, o apóstolo advertia para o envenenamento das águas dos rios e dos mares como um dos fatores das tragédias que prenunciava um futuro impreciso. Tal “profecia” se assemelha muito ao que pode acontecer em poucos anos, caso não haja uma reação consistente de governos e organizações da sociedade civil em todo o planeta. É preciso que nos conscientizemos de que a Terra, mesmo possuindo enorme quantidade de água, dispõe de relativamente pouca para o atendimento às necessidades humanas.
O Brasil é um país com enorme potencial hídrico. Possui 12% da água potável do planeta. Mas, apesar disso, também aqui há os “sem-água”, contingentes populacionais inteiros privados do acesso a esse bem fundamental. Quase metade da população brasileira está excluída.  Como reverter esse quadro? O caminho, penso, é conscientizar cada vez mais a população para a preservação do seu habitat. Organizá-la. Estimular a sociedade civil a agir, a se estruturar para reclamar a preservação desse direito fundamental à existência.
Esta é sem dúvida uma das causas mais importantes para qual devemos lutar, pois esta trata da vida – da continuidade da vida no planeta. Na Campanha da Fraternidade de 2004, a CNBB adotou o tema “água, fonte de vida”. E propôs a criação de uma lei do patrimônio hídrico brasileiro, que dê ênfase ao conceito da água como bem público, de resto um princípio constitucional. A proposta continua à espera de atendimento. Considerar a água como bem público implica repensar o uso privado que se faz, direta ou indiretamente, dos recursos hídricos.
Mas este não é o caminho proposto. A ordem a adotar é privatizar e transferir a água para o patrimônio pessoal dos grandes grupos econômicos, como já iniciado através dos processos de venda das companhias estaduais de água e esgoto. Também assim indica o recente encontro do presidente “plantonista” Michel Temer com o presidente da Nestlé, o belga Paul Bulcke, em Davos, na Suíça. E na mesma corrente patrimonialista navega pelo Senado o PLS 495/2017 que propõe a criação do “mercado privado da água”. O projeto de lei, em resumo, diz que a “água será destinada a quem possa ela comprar”.
Há estudiosos que advertem inclusive que a escassez da água poderá ser o motivo da próxima guerra mundial. Entretanto os governantes e os grupos econômicos ainda resistem em com ela relacionar-se de maneira honesta, equilibrada, sustentada, observando-lhe as leis naturais, adotando práticas elementares e sensatas de manejo.  É que a ganância é descuidada, míope. Não enxerga à distância.  Cuida do imediato e não percebe os danos que ocasiona a si mesma. No Brasil, infelizmente, os governantes seguem compreendendo a água como bem privado, instrumento de favores econômicos e acertos eleitoreiros. E enquanto está danosa prática nadar de braçadas no mundo da insensibilidade política, o acesso à agua seguirá considerado um “direito que escoa pelo ralo”.

 *Cézar Britto é advogado e ex-presidente nacional da OAB.

Intervenção no Rio não melhora imagem de Temer, mostra pesquisa

 
Rafaela Felicciano/Metrópoles

O levantamento indica que a desaprovação a Temer oscilou de 93% para 94%, e que a aprovação se manteve em 4%. Os dados foram coletados antes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), no dia 14 de março.

A pesquisa, que avalia mensalmente a imagem de personalidades do mundo político e Judiciário, constatou que, em março, a maioria dos nomes listados permaneceu com suas taxas estáveis ou com oscilação dentro da margem de erro. "A Nação está em compasso de espera enquanto assiste atônita ao caos da segurança pública e da falência do Estado", afirmou o diretor do Ipsos, Danilo Cersosimo.

Ele lembrou que a pesquisa Ipsos não é de intenção de voto. Os pesquisadores leem alguns nomes e pedem ao entrevistado para dizer se aprova ou não a maneira como eles atuam no País. O Ipsos ouviu 1.200 pessoas em 72 municípios, entre 1.º e 13 de março. A margem de erro é de três pontos porcentuais.

Como entre os nomes listados estão os dos principais presidenciáveis, é possível avaliar em que medida eles são vistos com simpatia ou rejeitados.

De acordo com a pesquisa, todos os possíveis candidatos à Presidência têm a imagem desaprovada pela maioria da população - sete deles são rejeitados por dois terços ou mais. A exceção é o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, que dialoga com o PSB, mas ainda não se decidiu se vai entrar na disputa. Barbosa é desaprovado por 42% e aprovado por 38% dos consultados. 

O campeão de impopularidade é Temer, que cogita concorrer pelo MDB. O presidente via na intervenção no Rio uma maneira de reduzir sua desaprovação, que há mais de dez meses está acima de 90%. O segundo mais desaprovado é o senador Fernando Collor (PTC-AL). Sua taxa é de 86%, uma das poucas que subiram em relação ao mês anterior (era de 81%). 

Os demais possíveis candidatos desaprovados por dois terços ou mais da população são o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (71%), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (69%), o ex-ministro Ciro Gomes (66%), o ex-prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin (66%), respectivamente do DEM, PSD, PDT, PT e PSDB. Nenhum deles tem índice de aprovação superior a 22%. 

A desaprovação ao deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ) ficou em 60%, dois pontos porcentuais a mais do que em fevereiro, e a aprovação se manteve em 24%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é um dos nomes com maior taxa de aprovação (41%). Sua desaprovação é de 57%. Não houve alterações significativas no quadro do petista desde fevereiro. A ex-ministra Marina Silva (Rede) tem 30% de aprovação e 59% de desaprovação. 


Fonte: JB

Apagão é mostra do que virá com privatização da Eletrobras

 
 


O dirigente acrescentou: “Além disso, virão as altas tarifas cobradas por esse grupo, a precarização cada vez maior do trabalho e a subserviência do setor energético do Brasil aos interesses de outros Estados nacionais”. 

O apagão que, segundo o Coletivo Nacional dos Urbanitários (CNU), deixou 70 milhões de pessoas no escuro e atingiu 14 estados (regiões norte, nordeste e centro-oeste) ocorreu em meio à ofensiva do governo de Michel Temer para privatizar a Eletrobras. No Amazonas são duas as empresas ameaçadas: A Eletrobras Amazonas Distribuição e a Eletrobras Amazonas Geração. “São empresas desenvolvidas no estado do Amazonas com as características para prestar serviço na região amazônica”, explicou Edney.

Energia é um direito

Na opinião do dirigente, ao tentar privatizar essas duas empresas, incluídas no projeto de privatização da Eletrobras, Temer ataca a soberania brasileira e pode privar as comunidades da Amazônia do direito à energia elétrica. 

“É estratégica a importância dessas duas empresas para o Brasil porque ao levar energia para essas localidades garante a ocupação da região amazônica e das fronteiras da região. Apesar de não dar lucro presta um serviço relevante para a nação ao proporcionar o desenvolvimento econômico sustentável nessa região”, completou o sindicalista. 

Segundo Edney, o grupo chinês do apagão desta quarta tem se credenciado como um dos possíveis compradores do sistema Eletrobras. “Esse apagão nada teve a ver com a Eletrobras. Foi erro operacional de uma empresa privada que não investe na manutenção e não tem expertise no setor elétrico na Amazônia”, criticou. 

Privatização é sinônimo de precarização

As falhas na manutenção se devem à redução no quadro de trabalhadores, lembrou Edney. “É uma tendência natural do mercado precarizar a mão de obra. São demitidos profissionais qualificados, com maior experiência que podem levar até cinco anos para ter o conhecimento do setor elétrico, e são contratados profissionais recém-formados com salários baixíssimos e com pouca experiência, o que se reflete na qualidade da prestação dos serviços.”

O dirigente denunciou que as condições de trabalho praticadas pelas empresas privadas podem aumentar as estatísticas de acidentes de trabalho. “Quando terceiriza e admite mão de obra sem qualificação e experiência aumentam os acidentes de trabalho com morte.” 

Prejuízo para a engenharia nacional

Edney lembrou ainda que o lucro perseguido pela empresa privada pode trazer, além de mortes entre os trabalhadores, custo ao conhecimento acumulado por esses profissionais qualificados que são os primeiros a ser demitidos. “Há a perda de expertise, a perda para o país de desenvolvimento de tecnologia nacional. Passaremos a absorver tecnologia estrangeira. É um prejuízo para a engenharia do Brasil, que vai deixar de desenvolver conhecimento.”

O custo da privatização coloca o Brasil em posição de subserviência diante de outros países, inclusive em uma área de fragilidade que é o setor industrial, lembrou Edney. “O que nos garante que após a privatização apagões desta quarta não comprometem a produção industrial do Brasil que concorre com a produção industrial de outros países?”, questionou. 

O dirigente informou que o apagão atingiu em cheio o distrito industrial de Manaus. “Foram paralisadas linhas de montagem, linhas de produção e que geram um custo de tempo parado e da reinicialização desses processos produtivos. Tudo isso por conta da queda de energia.”

Apuração e responsabilização pelo apagão

Nota do Coletivo Nacional de Urbanitários, divulgada nesta quinta-feira (22), cobrou que o Congresso Nacional crie uma comissão que apure as circunstâncias do apagão e que resulte em responsabilização. De acordo com a nota, a State Grid não deverá ser punida pelo apagão, ao contrário do que acontece com as empresas nacionais, às quais são impostas “pesadas multas” pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

Os urbanitários afirmam que a privatização da Eletrobras é a pior escolha para o país porque submete aos interesses do setor privado a vida da população, a economia e a indústria de um país. “A energia elétrica não pode ser vista somente como mercadoria, e a Eletrobras não deve servir como um mero ativo a ser vendido, para fechar o rombo fiscal criado pelo próprio governo, e que agora começa a mostrar o quanto nos está deixando vulneráveis”, diz trecho final da nota.



Do Portal Vermelho

EDUARDO VASCONCELOS - CPC/RN MOBILIZA CIDADES PARA O PRÓXIMO EVENTO

 Momento em que Eduardo Vasconcelos foi recebido pelo prefeito de Campo Redondo


Durantes os últimos dias o presidente do CPC/RN, Eduardo Vasconcelos esteve em duas cidades do Trairi, foram as cidades de Santa Cruz e Campo Redondo, onde se reuniu com dirigentes culturais, sindicalistas. 

Em Santa Cruz, Eduardo esteve com a diretora do IFRN - Campus de Santa Cruz, professora Samira Fernandes Delgado, que após reunião confirmou a viabilidade de cerca de 10 (dez) pessoas, entre estudantes e técnicos poderão sim participar do próximo evento do CPC/RN, dia 27 de abril no IFRN  de Parelhas.

Em Campo Redondo, Eduardo Vasconcelos foi recebido pelo prefeito, Alessandru Emmanuel Pinheiro e Alves, que estava acompanhado do Secretário Adjunto de Cultura, Ademi Eduardo Santa Rosa.  Eduardo falou da importância do evento e da participação novamente da cidade, pois em outra ocasião a cidade enviou representante em evento ocorrido em Nova Cruz em meados de novembro de 2017.  Eduardo ouviu do prefeito a respeita que mais uma vez a cidade enviará representantes.

Em ambas as cidades Eduardo Vasconcelos também contactou com os sindicatos rurais e convidou os mesmos para também estarem presentes no evento, como também no II Encontro Estadual dos Trabalhadores Ruais, que ocorrerá início de junho em Nova Cruz com apoio da CTB/RN e demais sindicatos.

Para Eduardo essas viagens são necessárias para tirar dúvidas e mostrar que é preciso a união de todos para resgatar a cultura potiguar, além disso Eduardo sugere que a sociedade, juntamente com os sindicatos se unam para criarem associação culturais e desportivas, tornando-se uma forma legítima de luta organizada no resgate da cultura local.

Outras cidades serão visitadas brevemente.

Dia 27 de abril no IFRN de Parelhas-RN,

Dia 27 de abril no IFRN de Parelhas-RN, o Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN com apoio de lideranças sindicais, culturais e instituições educacionais realizará o seu V ENCONTRO ESTADUAL DE LIDERANÇAS CULTURAIS DO CPC/RN, com debates, apresentações culturais, informes, aprovação de propostas e muito mais. AGUARDEM!!!