ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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CAMPANHA MOVIMENTO 65

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Extrema direita abre fogo contra a democracia e desperta ampla reação

 Bolsonaro ameaça a democracia
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil

Nessa reta final da campanha eleitoral, recrudescem as posições contra e a favor da democracia. Como contraponto ao campo bolsonarista, que ataca as liberdades, a Constituição, o Supremo Tribunal Federal (STF), forma-se um amplo leque de defesa da legalidade democrática. 


As manifestações de reprovação aos arroubos totalitários do presidenciável Jair Bolsonaro e de seu filho Eduardo, deputado federal por São Paulo, são demarcações importantes na luta pela democracia nesse processo eleitoral. 

O candidato da extrema direita jurou que ele e seu time têm “todo o respeito e consideração com os demais poderes, e o Judiciário obviamente é importante", mas, no mesmo dia em que as ameaças de Eduardo Bolsonaro foram reveladas o pai disparou munição de peso contra a Constituição ao prometer banir os “vermelhos” do país, ou prendê-los, criminalizar os movimentos sociais, caso seja eleito, e garrotear a liberdade de imprensa ao anunciar retaliações ao jornal Folha de São Paulo como resposta à denúncia de “caixa dois” via redes sociais em sua campanha eleitoral, um incontestável crime eleitoral.

Amplo repúdio 


Alheio às manobras diversionistas de Bolsonaro, o universo dos que assumiram a responsabilidade de defesa da Constituição e do STF se pronunciou com energia. A começar por Fernando Haddad, o candidato presidencial da chapa democrática e progressista, que cobrou firmeza das instituições diante dessa escalada protofascista. Com teor semelhante, também, se pronunciou a candidata a Vice Manuela D’Ávila. Em ato realizado nesta segunda-feira (22), na cidade de São Paulo : “Do lado de cá tem a Constituição de 88, do lado de lá tem um candidato a ditador, o fascista, aquele que não respeita nada do que nós somos, não respeita a nossa existência”.

Haddad, ressaltou que nos últimos dias a campanha de Bolsonaro fez ameaças à imprensa, à oposição e ao Judiciário. "Ou a gente acorda para este problema esta semana ou vamos correr riscos inclusive físicos", enfatizou, comparando o momento brasileiro ao do surgimento dos regimes nazi-fascistas na Europa. "É um pesadelo que pode durar décadas", afirmou.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) reprovou as ameaças do deputado Eduardo Bolsonaro e disse que elas “cheiram a fascismo” e “merecem repúdio dos democratas.”

Para o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, “atacar o Poder Judiciário é atacar a democracia”. Toffoli destacou que a Suprema Corte é uma instituição “centenária e essencial ao Estado Democrático de Direito” e que “não há democracia sem um Poder Judiciário independente e autônomo”. 

O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, afirmou que “não se tem respeito pelas instituições pátrias”. “Tempos estranhos, vamos ver onde é que vamos parar. É ruim quando não se tem respeito pelas instituições pátrias, isso é muito ruim”, afirmou. Outro ministro da Corte, Alexandre de Moraes, disse que que as declarações do deputado Bolsonaro são "absolutamente irresponsáveis" e defendeu que a Procuradoria-Geral da República (PGR) abra uma investigação contra ele.

O decano da Corte Suprema, Celso de Mello classificou a declaração do filho de Bolsonaro como “inconsequente e golpista” e decorrente de visão autoritária que compromete “a integridade da ordem democrática e o respeito indeclinável que se deve ter pela supremacia da Constituição da República”.

A agressividade de Jair Bolsonaro também foi reprovada pela Associação Nacional de Jornais, cujo presidente Marcelo Rech lamentou as declarações do candidato que “demonstra incompreensão sobre o papel do jornalismo”. Também é condenável a ameaça de retaliação com investimentos publicitários do governo, que devem seguir sempre critérios técnicos e não políticos”. Já Daniel Bramatti, presidente da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), duvidou do compromisso de Bolsonaro com a preservação da democracia já que fomentou a intimidação de jornalistas, em vez de condenar. 

Algoz da democracia

A candidata presidencial da Rede no primeiro turno, Marina Silva, igualmente assumiu a defesa da democracia ao anunciar o “voto crítico” na chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila. "Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, ‘destroem sempre que surgem’, ‘banalizando o mal’, propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, pelo menos e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad", disse ela em nota.

Também a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) emitiu um comunicado afirmando que defender a Corte Suprema é “obrigação do Estado”, ressaltando a importância de preservar os valores democráticos. “O mais importante tribunal do país tem usado a Constituição como guia para enfrentar os difíceis problemas que lhe são colocados, da forma como deve ser. É obrigação do Estado defender o STF”, diz o comunicado assinado pelo presidente nacional da entidade, Cláudio Lamachia.

Essas manifestações em defesa das liberdades e da democracia por parte de lideranças e autoridades de instituições são importantes para repelir o campo bolsonarista que emerge com o papel de algoz da democracia. Há ainda setores vacilantes, que subestimam a escalada fascista da candidatura da extrema direita, mas é certo que com esses ataques à Constituição e ao STF vai se formando um amplo campo disposto a não ceder espaço para o avanço das propostas discricionárias da chapa Jair Bolsonaro-Hamilton Mourão.

 Da redação do Portal Vermelho

FHC diz que ameaça de Bolsonaro de “banir” adversários “lembra outros tempos”

"Inacreditável: um candidato à Presidência pedir às pessoas que se ajustem ao que ele pensa ou pagarão o preço: cadeia ou exílio", tuitou o tucano.

 Em uma alusão à Ditadura Militar, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou em sua página no Twitter nesta segunda-feira (22) que o discurso ditatorial feito pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) no domingo (21) “lembra outros tempos”.
“Inacreditável: um candidato à Presidência pedir às pessoas que se ajustem ao que ele pensa ou pagarão o preço: cadeia ou exílio. Lembra outros tempos. O que o Brasil precisa é de coesão no rumo do crescimento e diminuição da desigualdade”, afirmou o tucano.
FHC recebeu o apoio de Leonardo Boff, que comentou a publicação. “Parabéns ex-presidente. Suas palavras sábias podem orientar a muitos pois estamos caminhando para uma separação do Brasil. Que não seja uma nova Coreia. Sua chamada à coesão é fundamental neste momento”.

Inacreditável: um candidato à Presidência pedir às pessoas que se ajustem ao que ele pensa ou pagarão o preço: cadeia ou exílio. Lembra outros tempos. O que o Brasil precisa é de coesão no rumo do crescimento e diminuição da desigualdade.
@FHC Parabéns ex-presidente. Suas palavras sábias podem orientar a muitos pois estamos caminhando para uma separação do Brasil. Que não seja uma nova Coreia. Sua chamada à coesão é fundamental neste momento.

Candidato derrotado ao governo do Rio pelo PSol, Tarcísio Motta, também comentou a publicação. “É isso, @FHC. A democracia deve estar acima de qualquer vaidade. Estamos em um momento decisivo. A hora é essa, não temos como pagar para ver. #Haddad13 #DemocraciaSim #DitaduraNuncaMais”.

Fonte: Revista Fórum

Retrospectiva: GOLPE AVANÇA SOBRE OS POVOS TRADICIONAIS

Ao negar bolsa-permanência aos estudantes indígenas e quilombolas, Governo Temer nega acesso dos povos tradicionais às Universidades.
O Golpe avança cada vez mais feroz sob os Povos e Comunidades Tradicionais. Os reflexos da Emenda Constitucional do Teto de Gastos (EC 95), que congela os investimentos na educação por 20 anos, já atingem milhares de indígenas e quilombolas presentes nas universidades e institutos federais do país.
O desgoverno de Temer interrompeu o Programa Bolsa-Permanência (PBP), negando a disponibilidade de novas bolsas como garantia de permanência de aproximadamente 2.500 estudantes em 2018 nas Universidades brasileiras. O PBP foi criado em 2013 e, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), desde sua criação, o programa atendeu 7.370 indígenas e 2.666 quilombolas. Segundo dados da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e inclusão (SECADI) do MEC só no primeiro semestre deste ano são 2.500 novos estudantes para acessarem o Programa e fazendo uma projeção até o final de 2018 a demanda aumentará para cerca de 5.000 estudantes.
No dia 29 de maio, em resposta às manifestações dos estudantes e de suas comunidades, o Ministro Rossieli Soares da Silva lançou uma proposta absurda para solucionar a questão. Em reunião com cerca de 20 estudantes indígenas e quilombolas vindos das cinco regiões do Brasil, o desgoverno disponibilizou apenas 800 bolsas para atender a demanda de 5.000 estudantes, alegando que há um rombo de quase 11 milhões no PBP. Além disso, o Ministro sugeriu que a formação de uma comissão de estudantes indígenas e quilombolas para formular os critérios de divisão das 800 bolsas. Em contrapartida, esse mesmo desgoverno disponibiliza reajuste de 3% no auxílio alimentação e no auxílio pré-escola para juízes e procuradores que individualmente, custam cerca de 28.000 mil mensais aos cofres públicos.
Sabemos que o Golpe tem golpeado com mais força alguns grupos sociais e a juventude é um dos mais atingidos.  Enquanto movimento que luta por um projeto popular para juventude, o Levante compreende que a perda do direito dos estudantes indígenas e quilombolas acessarem e permanecerem estudando é mais um ataque do Governo Temer aos jovens. A proposta do Ministro da Educação, por  é uma estratégia para jogar uns contra os outros, incentivar o privilégio, o individualismo e destruir a existência, que é coletiva, de cada um desses sujeitos. Com essa atitude, o Governo Golpista reafirma seu caráter racista e nega a dívida histórica que o país tem com os Povos Tradicionais, em mais de 500 anos de massacre físico e cultural.
O momento é de unidade e defesa das nossas conquistas. Lutar por permanência é lutar por um Projeto Popular para a Educação. Queremos uma Universidade de todos os Povos. Essa é uma luta de todas e todos!
BOLSA FICA, TEMER SAI!
Levante Popular da Juventude

PCDOB, PT, ENTIDADES SINDICAIS, CPC/RN E A SOCIEDADE CIVIL NOVACRUZENSE PARTICIPAM HOJE (23) EM NATAL DE ATO EM DEFESA DA DEMOCRACIA!

Foto: Frente Popular
Hoje (23) Nova Cruz, localizada na Região do Agreste Potiguar estará presente em ATOEM DEFESA DA DEMOCRACIA E DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO em Natal.

As entidades CPC/RN, SINTE -Nova Cruz Regional de , STRAF de Nova Cruz, Direção do PCDOB, PT E A SOCIEDADE EM GERAL se farão presentes ao ato fortalecendo assim as lutas dos trabalhadores, estudantes e a sociedade na garantia de seus direitos e CONTRA O FASCISMO, que procura se instalar no Brasil.

Serão milhares de norte riograndense que estarão juntando força, garra, fé e união na defesa de direitos e totalmente contra a implantação do fascismo.

Para Eduardo Vasconcelos, presidente do CPC/RN (Centro Potiguar de Cultura) o momento é de alerta, após ameaças constantes aos direitos garantidos após anos de lutas, que hoje é garantido na Constituição Federal de 1988. São direitos soberanos, democráticos, como a vida, a liberdade de expressão, de gêneros, de religião, entre outros. Portanto é preciso "acordar" o Brasil para as ameaças da chegada do fascismo de forma sútil. E para evitar isso o ATO HOJE levará aos irmãos potiguares mensagens de alerta, de união e do amor, contra o ódio e as mentiras reproduzidas nas redes sociais e em outros meios de comunicação. Concluiu Eduardo.

A caravana sairá hoje ao meio dia da Praça de Sebastião com destino ao ato em Natal.
 

CARREATA EM FAVOR DA DEMOCRACIA E CONTRA O ÓDIO E O FASCISMO


Na próxima sexta-feira (26), as mesmas entidades, partidos e a sociedade estarão promovendo uma carreata/caminhada DO LADO CERTO pelas principais ruas de Nova Cruz em Defesa da Democracia e CONTRA O ÓDIO, O FASCISMO  E  A MENTIRA!