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domingo, 25 de junho de 2017

Dois lançamentos editoriais celebram cem anos da Revolução Russa

LENIN


“Lênin – presença da revolução” e “Lênin, leitor de Marx” são duas novas publicações da Editora Anita Garibaldi celebrando o Centenário da Revolução Russa. O lançamento dos livros ocorrerá na sede nacional do PCdoB, no dia 7 de julho, das 14h30 às 17h. Leia abaixo a apresentação dos dois novos livros.

Lenin – leitor de Marx – dialética e determinismo na história do movimento operário, Gianni Frezu

Lênin leitor de Marx, fruto da tese de doutorado de Gianni Fresu, originalmente publicada na Itália, não apenas resgata o pensamento de Lênin dos porões da propaganda reacionária, mas, a partir da imersão numa complexa teia de conexões teóricas e políticas, lança luz sobre a intrincada história do movimento socialista e sobre a recepção do pensamento de Marx e Engels no final do século XIX e início do século XX. Este quadro histórico e político possui o mérito de mostrar ao leitor, sobretudo, que a tradição marxista e o movimento socialista, longe serem de homogêneos e unívocos como frequentemente leituras vulgarizadas os apresentam, estiveram sempre permeados por grandes disputas teóricas e desafiadores problemas políticos para os quais buscou-se dar respostas a altura de sua importância histórica. Contudo, o fio vermelho que percorre toda a obra diz respeito à dialética hegeliana como divisor de águas, isto é, a contribuição de Hegel e de sua lógica da contradição como elemento fundamental – que aqui encontra em Lênin seu vigoroso intérprete – para distinguir e criticar as leituras mecanicistas, dogmáticas, que vicejaram, nomeadamente, durante os anos da II Internacional. A tese central da obra sustenta, portanto, que Lênin teria chegado a Hegel por meio da leitura do pensamento de K. Marx e de F. Engels e que este percurso teve como consequência a “completa superação do determinismo positivista da II Internacional”.

O professor Marcos Aurélio da Silva (UFSC), prefaciador do livro de Fresu, o livro cumpre um papel importante no combate ideológico. A esquerda nas últimas décadas sofreu uma derrota cultural, em que seus autores mais brilhantes, como Gramsci e Lênin, foram taxados de dogmáticos e messiânicos, para serem escanteados. “Como um homem da estatura intelectual e política do Lênin, é transformado num demônio do Século XX. Há uma grande distorção e o livro cumpre um papel excelente nessa luta de ideias”.

Conforme destaca Marcos, Fresu destaca a força do pensamento dialético de Lênin contrapondo aquele movimento de surgimento da 3a Internacional, em que ele supera as limitações deterministas e gradualistas da 2a Internacional. A força do trabalho de Fresu, segundo ele, é desmanchar a ideia dos círculos liberais que se aproximam de Gramsci, mas buscam passar a ideia de que Gramsci não tem nada a ver com Lênin, nem com a 3a. Internacional ou o movimento comunista.

Para Marcos, outro ponto importante da obra é a elaboração sobre aliança de classes. “Uma vez que Lênin é o precursor da ideia de hegemonia do Gramsci, ao contrário do que muitos buscam sustentar, a questão da aliança de classes, tal como Lênin em vários momentos da história soviética não apenas teorizou, como também experimentou, com a aliança operário-camponesa, este é um ponto que, de alguma forma, toca na realidade atual”, destacou ele.

Com o predomínio do modelo ocidental, após o fracasso do bloco socialista no Leste Europeu, a liquidação da herança teórica de Lenin passa a ser uma tarefa seguida com obstinação por grande parte do mundo político, acadêmico e cultural. Assim, entre a maioria dos historiadores do pensamento político, sociólogos, cientistas políticos, economistas ou simples jornalistas, prevalece a tendência de representar sumariamente Lenin como um “doutrinário” rígido e dogmático, que tinha a obsessão de abrigar a realidade numa camisa de força.

O “drama do comunismo” seria, então, o resultado do fundamentalismo ideológico de Lênin e de sua pretensão de fazer nascer uma nova ordem a fórceps. O século XX tem sido descrito como o século dos horrores, das ditaduras e, nessa leitura apocalíptica, Lenin é representado como a origem do pecado, o diabo responsável pelas desgraças e os lutos de um século ensanguentado, incluído aí o fascismo. Por isso, uma das suas elaborações mais conhecidas, o imperialismo, tem sido combatida com tanta violência.

Fonte: www.brasilcultura.com.b

"O Pará vive um caos fundiário", afirma dirigente do MST




Ele contou que há cerca de 160 acampamentos do MST na Amazônia, região historicamente marcada por massacres como em Eldorado dos Carajás, que há 20 anos vitimou 19 trabalhadores rurais. Ele enfatizou o mais recente, em Pau D'arco, quando, dez pessoas foram brutalmente assassinadas em maio deste ano. As polícias civil e militar foram as responsáveis pela promoção dos assassinatos.

Na região, a atuação da organização se assemelha a de uma guarda dos fazendeiros locais, garantindo a integridade de sua propriedade e promovendo ações violentas contra os acampados.

Manaças enfatizou que é necessário que a sociedade civil se solidarize e auxilie para que essas violências ganhem visibilidade.

Ele ressaltou ainda que o alto índice de violência na região se deve ao fato de que não há reforma agrária. "O que ampara essas ações de violência no campo é o verdadeiro caos fundiário do local", enfatizou o militante. 

O apelo do dirigente foi o de que a população se engaje na causa da garantia dos direitos dos que estão envolvidos na luta pela reforma agrária. "O movimento social é o olho crítico da sociedade", completou Manaças.

Para ele, o quadro se agravou após a posse do presidente golpista Michel Temer, quando "houve um golpe simultâneo na vida do cidadão brasileiro". Manaças se refere ao congelamento dos gastos públicos e às reformas trabalhista e previdenciária.

Ele finalizou sua fala fazendo um apelo para que a população se mobilize ante esses retrocessos.


 


 Fonte: Brasil de Fato

ECONOMIA: Reter FGTS e multa é confisco, perversidade e assalto, dizem centrais

 


A ideia de reter parte do saque do FGTS e da multa de 40% a que os trabalhadores demitidos sem justa causa têm direito é rechaçada por centrais sindicais. As entidades levar o risco a suas agendas de mobilização contra a retirada de direitos e avaliam também ações judiciais caso o governo leve a intenção adiante. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, confirmou nesta sexta-feira (23), que a medida está sendo estudada pela equipe econômica.

“É uma das maiores perversidades do governo ilegítimo e golpista de Temer. Esse dinheiro não é do governo. É dos trabalhadores. Um país com mais de 14 milhões de desempregados tem de pensar em formas de geração de emprego e renda, de proteção ao trabalhador no momento em que este está mais desesperado e, não, confiscar o FGTS”, afirma a CUT, em nota. “A CUT tomará todas as medidas de mobilização e legais cabíveis para impedir este novo assalto a um direito do trabalhador.”

A Força Sindical também divulgou comunicado em que afirma considerar a medida estudada pela área econômica “um verdadeiro confisco” e que a central pretende entrar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) “contra esta nefasta medida”. A entidade aponta para “uma clara falta de sensibilidade social por parte dos tecnocratas do Ministério”. 


Fonte: Rede Brasil Atual