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sábado, 16 de abril de 2016

O STF acabou se tornando um par perfeito para Eduardo Cunha. Por Paulo Nogueira

Plenário do STF: os juízes deram as bençãos para Cunha
Plenário do STF: os juízes deram as bençãos para Cunha
O STF é uma espécie de par perfeito para Eduardo Cunha, como se viu ontem nos julgamentos finais de liminares do governo antes da votação de domingo.
Cunha está promovendo um golpe por vingança. Queria que o governo o ajudasse a escapar das consequências de seus múltiplos atos corruptos.
Os suíços documentaram suas contas secretas, que ele negara nesta mesma Câmara que quer desalojar Dilma.
Repito: os suíços, e não Moro, o juiz de um lado só.
Testemunhas variadas se uniram em narrar as ameaças brutais de paus mandados de Cunha para evitar que ele fosse mencionado nas delações premiadas. Até famílias foram ameaçadas.
Neste rol de horrores, Cunha chegou a se declarar usufrutuário dos milhões na Suíça, como se isso não equivalesse a dono, numa brutal bofetada na sociedade brasileira.
Foram dias, semanas, meses desde que os suíços escancaram o psicopata que é Eduardo Cunha.
E nada, e nada, e nada.
Ele pôde se movimentar na Câmara na maior tranquilidade, quer para retardar com sucessivos truques o processo que deveria cassá-lo, quer para apressar o impeachment à sua maneira.
Não vou nem falar aqui dos gastos de sua mulher e sócia Claudia no exterior.
Mas este homem, que até os extremistas de direita acabaram renegando depois de conhecidas suas falcatruas, é tratado pelo STF como se fosse um cidadão comum, honrado, seguidor das regras e dos bons costumes.
Ontem, nas sessões, minudências patéticas do processo de impeachment foram destrinchadas em sonolentos pareceres sem que se atentasse para a essência do caso: um corrupto psicopata armando a destruição da democracia brasileira.
Os juízes seguravam a Constituição e citavam alíneas e incisos que pretensamente dariam todo o direito ao “eminente presidente da Câmara” Eduardo Cunha de eliminar 54 milhões de votos e criar uma convulsão social no país que ninguém sabe como vai terminar.
Guy Fawkes, o britânico que se insurgiu contra Jaime I há 500 anos, disse uma frase notável quando o rei lhe perguntou por que agira de uma forma tão extremada.
“Situações extraordinárias exigem ações extraordinárias”, respondeu Fawkes, ícone hoje de ativistas em todo o mundo com sua célebre máscara usada no filme V de Vingança.
Os juízes pareciam estar tratando de uma causa banal em cujo centro está um cidadão acima de qualquer suspeita.
Duas exceções merecem ser destacadas.
Lewandowski combateu o bom combate. Numa imagem notável, disse que no domingo corremos o risco de ver atiradas ao ar as penas de um travesseira sem que ninguém saiba aonde vão parar.
Ele mostrou noção da gravidade do assunto. Ou alguém acha que os golpeados – sobretudo os movimentos sociais que redespertaram nas últimas semanas – vão ficar sentados e aceitar o assalto à democracia à luz do sol?
Da mesma forma, o PT na oposição vai facilitar a vida de Cunha e Temer em nome da salvação nacional?
Só votos consagram um governo. Mas são os votos dos cidadãos, e não os de um Congresso inteiramente corrompido pelo dinheiro.
Fora Lewandowski, deve-se aplaudir de pé Marco Aurélio de Mello, o juiz conservador que se revelou um foco de imensa luz nas trevas que tomam o Brasil nestes tempos.
Mello jamais deixou de ter em mente a sujeira que está por trás das ações de Cunha, e lutou como pôde para que o STF não as chancelasse.
Mas, como um todo, ficou claro na noite de ontem que o STF não vale o dinheiro que se cobra aos contribuintes para sustentá-lo.
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Fonte: Diário do Centro do Mundo (PAULO NOGUEIRA), EM , 15/04/2016,

DILMA EM PRONUNCIAMENTO: "A PALAVRA GOLPE ESTARÁ PARA SEMPRE GRAVADA NA TESTA DOS TRAIDORES DA DEMOCRACIA."


Transcrição por Dilma Bolada

PRONUNCIAMENTO À NAÇÃO: NÃO VAI TER GOLPE!


Em pronunciamento à Nação Dilma carimba a testa dos golpistas com a palavra GOLPE


“O que está em jogo na votação do impeachment não é apenas o meu mandato, que pretendo defender e honrar até o último dia, conforme estabelecido na Constituição. O que está em jogo é o respeito à vontade soberana do povo brasileiro: o respeito às urnas
[...]

Não há razão para o pedido de impeachment contra mim. Acusam-me sem nenhuma base legal. Não cometi crime de responsabilidade. Não há contra mim qualquer denúncia de corrupção ou desvio de dinheiro público. Jamais impedi investigação contra quem quer que fosse. Meu nome não está em nenhuma lista de propina. Tampouco sou suspeita de qualquer delito contra o bem comum.
[...]

Vejam quem está liderando este processo e o que propõe para o futuro do Brasil. Os golpistas já disseram que se conseguirem usurpar o poder, será necessário impor sacrifícios à população brasileira. Com que legitimidade? Querem revogar direitos e cortar programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida. Ameaçam até a educação pública. Querem abrir mão da soberania nacional, mudar o regime de partilha e entregar os recursos do pré-sal às multinacionais estrangeiras.
[...]

Brasileiras e brasileiros, dirijo-me a vocês para que continuem defendendo a legalidade democrática. Continuem se mobilizando no trabalho, nas escolas, nas ruas e nas redes sociais. Não se trata de concordar ou não com o governo, mas de combater um golpe de estado, uma violação constitucional que poderá mergulhar o Brasil em um doloroso processo de instabilidade e segurança. Nenhum governo será legítimo se não nascer do voto popular, livre, direto, universal e secreto. Fora do voto popular, qualquer governo será sempre a tirania. A tirania dos mais fortes, dos mais espertos, dos mais ricos, dos mais corruptos.
[...]

Faço uma advertência aos que veem no processo de impeachment um atalho para o poder. Podem justificar a si mesmos, mas não poderão jamais olhar nos olhos da nação porque a palavra golpe estará para sempre gravada na testa dos traidores da democracia.
[...]

A história registrará a voz dos que não se omitiram nesse grave momento.
Brasileiros e brasileiras, nosso país tem todas as condições de sair da crise. De retomar o crescimento econômico com emprego, estabilidade, distribuição de renda e oportunidades para todos.
Juntos, haveremos de reencontrar a paz necessária para retomar o rumo das mudanças. Mas somente o respeito à ordem democrática pode assegurar a reunificação nacional.
Nós, cidadão e cidadãs do Brasil, pessoas anônimas e famosas, trabalhadores da cidade e do campo, empresários, intelectuais, parlamentares, líderes políticos e sociais, cidadão de todas as profissões e idades, homens e mulheres de todas as raças e credos, todos nós cidadãos e cidadãs deste país somos os guardiões dos valores que fazem do Brasil esta grande nação.
Por isso, eu tenho certeza que a democracia brasileira sairá vitoriosa.
Viva o Brasil. Viva a democracia!”



Fonte da transcriação:

Fonte:http://causameespecie.blogspot.com.br/2016/04/em-pronunciamento-nacao-dilma-carimba.html

Temer Cunha. Não é uma dupla, é uma frase de advertência - Por Blog do Mello

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Fonte> https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=6124195192319478647#editor/target=post;postID=5582456563598271640