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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Jandira mostra retrocessos do Parlamento e convoca juventude às ruas

No emergências, Jandira afirmou: ” Na política não há saídas individuais e sim coletivas”. (Foto: Bruno Bou)
“No dia 16 vamos ocupar as ruas em defesa da democracia, das liberdades, dos direitos, das diversidades e da cultura brasileira. Não devemos nunca deixar de sonhar!”, foi com essa fala que a líder do PCdoB na Câmara Federal e autora do projeto ‘Cultura Viva’, Jandira Feghali, convocou, durante o debate “Cultura e Democracia” no circuito de debates Emergências, todos aqueles que perfilam no campo progressista para participarem das manifestações que vão ocorrer no país. O emergências – que tem como objetivo central pensar a cultura como ativadora de processos na conquista de direitos civis, políticos, sociais, econômicos e ambientais – promoveu, de 7 a 13 de dezembro na cidade do Rio de Janeiro, em Niterói e na Baixada Fluminense, percursos culturais, debates, encontros, oficinas e atividades com autogestão.
Para os mais dois mil jovens de vários movimentos e grupos culturais presentes ao debate, a parlamentar destacou que o congresso não representa a pluralidade da sociedade brasileira: “O nosso parlamento, a cada legislatura, piora por conta da incidência do poder econômico e das bancadas religiosas que acham que estão acima da lei e da política social e cultural do país. Além disso, os setores do agronegócio e das indústrias tentam determinar os direitos dos trabalhadores. Para se ter uma dimensão do atraso na representação da Câmara apenas 14 deputados se declaram negros, apenas um homossexual e 9,8% são mulheres”.
Segundo o deputado Wadih Damous (PT/RJ), o impeachment não é algo novo na politica brasileira: “Esta direita reacionária e fascista tentou derrubar os governos do Getúlio e do Jango no parlamento e não tiveram sucesso. E por isso, em 64 apoiaram o golpe militar rasgando a constituição e derrubando a democracia. Hoje tentam de novo, sem nenhuma base jurídica, interromper o governo Dilma que foi eleito por mais de 53 milhões de votos. Não passarão!”.
Mesmo na oposição, o deputado Jean Wyllys (Psol/RJ), enalteceu que a atual conjunta pede a união de todos que acreditam na democracia: “Neste momento estamos com a democracia ameaçada pelos plutocratas e este ato presta o favor de colocar, lado a lado, as diferentes forças políticas de esquerda. E a hora de baixarmos a guarda e caminharmos juntos pela defesa da democracia”.
O senador Lindbergh Farias (PT/RJ) explicou o que está por detrás do golpe: “O PMDB quer aproveitar o momento para apresentar um programa baseado na retirada de direitos dos trabalhadores. Eles apresentaram há dois meses o documento “Um ponte para futuro”, que nas entrelinhas aponta para a terceirização, o fim da política de valorização do salário mínimo e do Mercosul. Um programa como esse jamais venceria as eleições”.
Estavam presentes na mesa de debate o ministro da Cultura, Juca Ferreira; o prefeito de Maricá,  Washington Quaquá; a deputada federal, Benedita da Silva (PT/RJ); Consulesa da França, Alexandra Loras; deputado do partido Livre de Portugal , Rui Tavares e a Senadora do Uruguai, Constanza Moreira.
Fonte: jandiandira.org.br