ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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CAMPANHA MOVIMENTO 65

sábado, 4 de agosto de 2018

PT E PCDOB DO RN TEM CONVENÇÃO HOJE (4) E HOMOLOGARÁ A UNIÃO RUMO A VITÓRIA!

Resultado de imagem para FOTOS DE FATIMA BEZERRA PRE CANDIDATA AO GOVERNO E SEU VICE SERÁ ANTENOR ROBERTO 
Senadora FÁTIMA BEZERRA e ANTENOR ROBERTO
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Antenor Roberto - Presidene do PCdoB/RN será o vice na chapa de Fátima Bezerra
Fotos Google
Logo mais pela manhã os partidos PT e PCdoB do Rio Grande do Norte realizarão suas respectivas convenções e oficializará a união, ou seja, a Senadora FÁTIMA BEZERRA candidata ao governo do RN e o Antenor Roberto, PCdoB será o vice! Martelo batido!

O PCdoB realizará hoje (4) pela manhã sua convenção no Plenário da Câmara Municipal de Natal e ao mesmo tempo o PT realizará na sede do América Futebol Clube, em seguida se unirão para os discursos e agradecimentos, partindo pra valer na busca da vitória!

A força da candidata Manuela D’Ávila

 
Oficializada candidata à Presidência da República pelo PCdoB, Manuela D’Ávila emerge como alternativa consistente entre o elenco de nomes do campo progressista. Ela e o PCdoB estão prontos para seguir até o fim da disputa, mas insistirão até o último minuto pela unidade da esquerda, a que seja possível. A insistência vem da convicção de que as forças progressistas não podem abdicar do objetivo de vencer as eleições.

Por Adalberto Monteiro*


O lançamento da candidatura de Manuela D’Ávila a presidenta da República neste 1º de agosto de 2018 suscita uma indagação: que tipo de país o Brasil quer ser no futuro? 

Alckmin, Bolsonaro, Álvaro Dias, entre outras candidaturas do campo golpista, querem que o país siga na rota neocolonial, neoliberal, autoritária que tem sido imposta pelo desastroso governo Temer. A tragédia da qual a nação padece nos últimos três anos, a dor, as privações de toda ordem, as frustrações que os(as) brasileiros(as) sentem na carne e na alma evidenciam o quanto tal caminho é nefasto.

Manuela D’Ávila, talvez por ser a candidata que mais se comunica com a juventude – juventude que vê seus sonhos serem soterrados – vem armada de um sentido de urgência: agora e já o Brasil precisa trilhar outro caminho.

Imediatamente, diz Manuela, é preciso retirar o país da crise, promover o crescimento e a geração de empregos. Restaurar a democracia e o Estado Democrático de Direito.

Simultaneamente, agregar amplas forças políticas, econômicas, sociais, culturais, sob a liderança da esquerda, para que ganhe execução um novo projeto nacional de desenvolvimento.

O que salta aos olhos é que Manuela, no elenco das candidaturas existentes, se distingue por apresentar inovadoramente, na forma e no conteúdo, diretrizes e bandeiras de um projeto de desenvolvimento soberano como caminho para o país adentrar um novo de ciclo democrático de prosperidade econômica e de progresso social.

Certamente, e felizmente, a candidata dos comunistas não é a única a erguer essa bandeira; outras candidaturas também o fazem.

A singularidade é que Manuela renova o desenvolvimentismo. E mais: leva essa bandeira à juventude.

Como faz isso?

Primeiro. A deputada gaúcha, campeã de votos em seu estado, que pontua em todas as pesquisas, aponta ser preciso superar os obstáculos e distorções que o “antigo” nacional-desenvolvimentismo, hoje esgotado, não se propôs ou não pôde levar a cabo. Entre eles, Manuela destaca a escassa democracia sujeita a golpes e restrições periódicos; as gigantes desigualdades sociais e regionais; e o domínio direto ou dissimulado do imperialismo. Além de dar respostas às contradições que há no seio do povo brasileiro derivadas das singularidades do processo histórico de formação; entre elas, aquelas que derivam da pesada herança de mais de trezentos anos de escravidão.

Segundo. Manuela imprime ao projeto de desenvolvimento uma marca singular que vem do vigor, da pujança, de uma mulher que abraçou cedo a luta pela emancipação feminina, que amadureceu como cidadã e militante lutando pelos direitos da juventude de seu país. Com esses atributos, Manuela consegue filtrar e incorporar com eficácia, ao Projeto de Nação, as bandeiras identitárias hoje caras a movimentos sociais e culturais do Brasil.

Ao fazê-lo, Manuela agrega força, trabalha para criar um amálgama de gerações e classes – com a classe trabalhadora à frente – em torno da luta por um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento.

Assim, Manuela D’Ávila – desde sua pré-campanha e no seu primeiro discurso depois de oficializada candidata do PCdoB – demonstra que tem estatura política para governar o Brasil.




Na convenção que a consagrou candidata pela histórica legenda do PCdoB, Manuela manteve-se coerente face ao principal dilema das forças progressistas na presente disputa: num quadro de dispersão, como assegurar a presença desse campo político no segundo turno das eleições, para, em seguida, vencer a disputa?

Na entrevista coletiva, Manuela, apesar da fragmentação da esquerda que perdura, reiterou a disposição dela e de seu partido de lutarem até o último minuto pela unidade que for possível. A esquerda tem o dever de vencer, tem a responsabilidade de batalhar para criar as condições da vitória; e a principal delas é a larga unidade.

Essa pregação paciente e persistente de Manuela é pertinente face a uma conjuntura na qual a grande mídia cuida de jogar gasolina nas desavenças da esquerda, cuida de fazer espetáculo de certa autofagia que grassa decorrente de condutas políticas equivocadas que afastam o povo da possibilidade real de conquistar sua quinta vitória.

Dada a circunstância de que as eleições se realizam sob a anomalia de um Estado de exceção que sufoca crescentemente o Estado Democrático de Direito, Manuela segue lutando por eleições verdadeiramente livres. Nesse sentido, voltou a bradar pela liberdade do ex-presidente Lula, arbitrariamente encarcerado e pelo seu direito de ser candidato.

Irrompe-se no cenário da disputa presencial um vento forte e bom de renovação. Numa das mãos, ela segura a bandeira da unidade, na outra, o estandarte de renovado projeto de Nação. Esse vento que veio lá do Sul do país chama-se Manuela D’Ávila, a terceira candidatura presidencial dos comunistas em quase um século da histórica legenda do PCdoB.


*Adalberto Monteiro é jornalista e poeta, secretário nacional de Comunicação do PCdoB

Divanilton: PCdoB continuará buscando a unidade das forças no Brasil

Divanilton Pereira (à esquerda) ao lado de João Pedro Stédile, do MST.
Divanilton Pereira (à esquerda) ao lado de João Pedro Stédile, do MST.
Hoje a Manuela (Manuela D’Ávila) não é apenas uma jovem de 37 anos. Ela não responde por si. Ela pertence a um partido com 96 anos de existência que ao lado de outras forças políticas sempre colocou como centralidade a defesa da nação e da pátria. Essa é a nossa história, o nosso DNA. O PCdoB continuará buscando até o ultimo segundo a unidade das forças de esquerda do Brasil”, declarou Divanilton Pereira nesta sexta-feira (3).  
Por Railídia Carvalho


Dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Divanilton foi um dos convidados da Plenária Nacional da FUP (PlenaFUP) que acontece no Rio de Janeiro até o próximo domingo (5). O tema é "Qual o projeto que os trabalhadores querem? Um projeto liberal ou um projeto de bem-estar social?". 

Ele destacou a sintonia política entre a iniciativa dos petroleiros e as exigências do atual momento político. Para Divanilton, que é presidente em exercício da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), faz parte da história dos petroleiros dar centralidade à disputar política.

Vencer as eleições é o que nos une

“Vou enfatizar aqui o que nos une e não o que nos separa. E o consenso, do qual a CTB faz parte, é ganhar pela quinta vez a disputa eleitoral em curso. É o objetivo estratégico da nossa luta”, ressaltou. 

Ao falar em amplitude, Divanilton deu como exemplos bem-sucedidos da luta política da esquerda e dos trabalhadores a greve de abril de 2017 e a eleição do presidente Lopez Obrador no México. 

“A greve de 28 de abril de 2017 entrou para a história do movimento sindical brasileiro, o que só foi possível pela amplitude. Motivada pela defesa da aposentadoria essa iniciativa, que reuniu centrais, movimentos sociais, igrejas, artistas, meios jurídicos nos levou a barrar a reforma da Previdência”.

“A esquerda no mundo comemorou a vitória de Lopez Obrador, alguns com mais entusiasmo outro com menos, mas o resultado se deveu à necessária amplitude das forças políticas naquele país que sem as quais aquela vitória não seria possível. No Brasil nós estamos precisando de todos e todas”, defendeu.

Golpe colocou Brasil na rota do ataque ao trabalhador

Divanilton ressaltou também, mesmo sem se aprofundar nas contradições do movimento sindical, que a estrutura sindical brasileira produziu um dos maiores líderes da história sindical do país que é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

“As gestões Lula e Dilma buscaram conter o ambiente mundial de desqualificação do trabalho em todas as suas dimensões. Daí veio o golpe para inaugurar no Brasil o que vem acontecendo em nível mundial”.

Na opinião do dirigente, o esforço realizado pela unidade das centrais sindicais é um caminho que busca retomar o projeto político de valorização do trabalho com geração de renda e defesa da democracia e soberania. 

22 propostas da centrais sindicais: Soberania, democracia e trabalho

“A CTB valoriza muito esse esforço que reúne sete centrais, todas com muitas diferenças, mas que apresentam 22 propostas na Agenda Prioritária que dialoga com a Plenafup porque nesta agenda está a luta pela soberania, democracia, investimento público e valorização do trabalho”.

“A luta contra a recolonização do Brasil requer obra de milhões. E a obra de milhões é radicalizar ampliando, caso contrário podemos correr risco que outras nações já enfrentaram”, mencionou Divanilton citando a França. Nas eleições de 2017, o eleitor francês ficou entre o liberal Macron e a representante do partido fascista Marine Le Pen. “É preciso fortalecer a unidade para que possamos revogar esse conjunto de medidas draconianas e retomar um sistema Petrobras a serviço do desenvolvimento do Brasil”. 


Do Portal Vermelho

"Ditadura idealizou modelo atual das milícias"

Suposta ação para prender milicianos no RJ em abril vira show para a TV e prende indiscriminadamente adultos e menores

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Os últimos anos testemunharam um acelerado crescimento das milícias no Rio de Janeiro: elas expandiram seu rol de atividades econômicas e se fortaleceram politicamente. Esse fenômeno está sendo gestado há décadas, afirma o sociólogo José Cláudio Alves, pesquisador da atuação de grupos paramilitares e professor na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).


Em entrevista à DW Brasil, ele diz que a incorporação de grupos de extermínio à estrutura do Estado é um legado do regime militar, mais especificamente dos esquadrões da morte – grupos compostos por policiais que, à margem da lei, torturavam e executavam pessoas que considerassem suspeitas nas periferias de Rio de Janeiro e São Paulo.

Alves aponta a incapacidade do regime democrático de superar esse legado."Pelo contrário, é como se você tivesse saído do aquário do regime militar e entrado no oceano da democracia", afirma. "A estrutura militarizada da polícia é que permite sua transformação nisso que é hoje. Não há qualquer controle social ou jurídico sobre ela."

DW Brasil: Documentos indicam que a cúpula da ditadura apoiou os esquadrões da morte. Quais são as consequências disso hoje?

José Cláudio Alves: As formas de poder que se perpetuaram no Brasil desde que ele se constituiu são calcadas na desigualdade e na segregação de grupos sem acesso à segurança, um dos bens mais preciosos e caros desse país. Foi construído um totalitarismo socialmente reconhecido, como são os esquadrões da morte. Os grupos dominantes se valem dessa estrutura sanguinária para se perpetuarem, eliminar seus inimigos e silenciar qualquer reação. Assim, submetem grandes conjuntos da população ao medo e ao silêncio.

A ditadura civil-militar foi capaz de organizar essa estrutura muito próxima dos moldes que temos hoje nas milícias. No início da organização da economia política do crime organizado, o regime cumpriu o papel de projetar esses grupos, fortalecê-los, mostrar a viabilidade deles e a eficiência que eles têm no papel de controle político, econômico e social. A ditadura foi a grande idealizadora de um modelo que foi evoluindo até chegar aos nossos dias, em que temos as milícias.

Quando a lógica do justiçamento começou a ganhar força na sociedade?

A operação dos grupos de extermínio nessa dimensão mais ampla, na lógica do "bandido bom é bandido morto", só ocorre mesmo com a formação dos esquadrões da morte, no fim dos anos 1960.

Nesse momento, é feito todo um trabalho de propaganda. Circulam imagens de cadáveres de pessoas assassinadas com plaquinhas dizendo que eles iriam assaltar bancos, roubar. Tem início a construção de um imaginário que é o mais simples possível: se a pessoa foi morta daquela forma, é porque estava vinculada a alguma estrutura de crime, banditismo. Logo, merecia aquele destino. A vítima se transforma em réu. Os autores daquelas mortes ganham um respaldo social. Sem acesso a nenhuma forma de segurança, a população mergulha nessa lógica. De lá para cá, essa estrutura só se aprofundou.

O tráfico de drogas, por sua vez, constitui uma resposta para uma massa que nunca foi incorporada à economia e nem tem como ser. Esses grupos sociais veem no tráfico uma grande possibilidade de obtenção de ganhos. A lógica da execução sumária se amplia principalmente na busca da eliminação deles, mais uma vez se respaldando em grupos ilegais criminosos que vão fazer essa prática – e a própria polícia que, de um tempo para cá, adota essa lógica da execução sumária.

Nós vemos relatos de policiais mortos, mas não tem comparação com os grupos ligados ao tráfico, que são executados muito mais e em proporção muito maior, porque são os mais pobres – negros, favelizados, a massa de eliminação que mantém aquecido o mercado das drogas. 

Não é problemática essa generalização dos policiais?

O policial da ponta ou acaba se associando a essa dimensão ilegal e criminosa para poder, também, obter o seu ganho, ou corre permanentemente o risco de ser eliminado – seja pelos companheiros de farda ou pelos demais membros dessa estrutura, como o tráfico ou a milícia. Esse policial, na lógica militarizada, não tem como falar o que pensa, rejeitar, resistir ou constituir uma outra dimensão de segurança pública não calcada na execução sumária, no suborno e na corrupção. Ele é apenas um cumpridor de ordens. O máximo que vai poder fazer é tentar galgar essa hierarquia para também se beneficiar dela, mas são poucos que conseguem isso. Ele acaba operando na ponta da estrutura, na lógica do matar ou morrer, do ganho ilegal ao qual vai se submeter.

É uma estrutura absolutamente corrompida. Seus primórdios estão no período da ditadura civil-militar, mas a democratização não foi capaz de arranhar essa estrutura. Pelo contrário, é como se você tivesse saído do aquário do regime militar e entrado no oceano da democracia. Há a ampliação de todas essas dimensões e a ampliação desses grupos, com seus ganhos maximizados. Foi isso que a democracia permitiu. Essa estrutura militarizada da polícia é que permite sua transformação nisso que é hoje. Não há qualquer controle social ou jurídico sobre ela.

Se são agentes públicos, por que o Estado não combate esses grupos?

A atuação dos esquadrões da morte no regime militar e a atuação das milícias no regime democrático nada mais são do que essa face ilegal do Estado que o projeta numa proporção muito maior do que se poderia imaginar. Esse controle ilegal é totalitário absoluto. Na estrutura da assim dita democracia, temos esses grupos atuando numa dimensão política de execução sumária e perpetuação daqueles que ganham com essa estrutura. Este é o maior nó no qual estamos envolvidos hoje.

Não há mais uma dimensão centralizada de poder que possa ser atribuída a um regime ditatorial. O que se tem é uma pulverização dessas estruturas de poder. O Estado gerencia essa dimensão ilegal a seu próprio favor, constituindo assim um Estado muito mais poderoso e absoluto. Cada dono de milícia, patrulhamento policial em comunidade onde há tráfico de drogas, grupo de extermínio que atua fazendo limpeza social tem sua própria lógica de funcionamento dentro do Estado, na dimensão ilegal, sem um controle centralizado disso. Você não sabe onde pisa, em que dimensões pode esbarrar. Marielle Franco foi morta assim.

Você acredita, então, que Marielle foi executada pela milícia?

Minha posição é de que ela foi morta por milicianos ou grupo de extermínio, o que dá no mesmo. Ou seja, profissionais da execução sumária, que atuam como agentes de segurança do Estado. Digo isso pela forma como foi realizada – a ação em si mesma, o cenário e o contexto vivido por ela como relatora da CPI da Intervenção [Militar no Rio de Janeiro]. Ela tinha poder para prejudicar os interesses deles. Podem ser policiais e, nesse caso, é difícil separar a atuação deles e dos milicianos, no que eu chamaria de "milicianização" da polícia.