quinta-feira, 28 de julho de 2022
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BRASIL: Lula diz que Brasil vive apagão cientifico com negacionismo de Bolsonaro
por Iram Alfaia

O ex-presidente Lula afirmou nesta quinta-feira (28), durante a 74ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB), que o resultado mais trágico do “apagão científico” que o país vive são os quase 680 mil brasileiros mortos pela Covid.
“Muitos deles porque o atual presidente ignorou todas as recomendações da comunidade científica, chegando ao cúmulo de boicotar as vacinas, que salvaram milhões de vidas ao redor do mundo”, criticou
O ex-presidente responsabilizou Bolsonaro pela redução drástica dos recursos para educação ciência e tecnologia. Ele ainda acentuou que os gastos nessas áreas são investimentos que o país precisa fazer.
Ovacionado pela plateia formada por professores e estudantes, o candidato a presidente, como fez questão de ser chamado, afirmou que o ataque às universidades públicas, o desemprego e a precarização da força de trabalho estão levando à perda de pessoal qualificado para o exterior.
“Os jovens são movidos por sonhos e desafios, e nós precisamos trazer de volta as condições para que eles sejam estimulados a atuar na melhoria e na reconstrução do país. Como todas e todos aqui sabem, o orçamento do FNDCT, principal fundo de apoio à Ciência, passou a ser fortemente contingenciado desde o golpe de 2016. Enquanto no último ano de meu Governo a receita do Fundo foi inteiramente investida em ciência, no ano passado, do total de R$ 6 bilhões arrecadados, apenas 10 % foram liberados para execução”, lembrou.
Leia mais: Lula afirma que irá retomar o Bolsa Família com valor de 600 reais
Como nos governos anteriores do PT, Lula afirmou que a pesquisa científica, a inovação e a educação serão colocados no centro das questões nacionais. “Que elas sejam revalorizadas como alavancas para o crescimento econômico, a reindustrialização do país e a redução da pobreza, buscando uma economia ambientalmente sustentável e solidária”, discursou.

Propostas
Eleito, o ex-presidente disse que vai reconstruir o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; revigorar o Conselho de Ciência e Tecnologia (CCT); realizar a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação; e trabalhar na recomposição e ampliação do Fomento de Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Os orçamentos das agências de fomento federais, destacadamente os do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) devem ser recuperados e ampliados a partir dos patamares mais elevados alcançados nos governos do PT. Os investimentos para a área serão ampliados com a destinação de parcela dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal”, propôs.
O candidato ainda se comprometeu em amplia e melhorar a qualidade da educação em todos os níveis. “Desde a educação básica à pós-graduação, passando por um Programa Emergencial de Inclusão e Reintegração Educacional para os jovens sem escola nos diferentes graus educacionais, com atenção prioritária à universalização da inclusão digital”, propôs.
Corrupção
Lula também fez questão de criticar o adversário que insiste em propagar que no atual governo não existe corrupção. “Me parece que ele não sabe a família que ele tem, me parece que ele esqueceu do [Fabrício] Queiroz, me parece que ele esqueceu da quadrilha da vacina. Qualquer denúncia decreta sigilo de 100 anos”, provocou para depois dizer que vai fazer um “revogaço” quando chegar à Presidência.
Projeto
O presidente da SBPC, ex-ministro da Educação Renato Janine Ribeiro, entregou a Lula o documento “Projeto Brasil Novo”, que traz propostas de políticas públicas em diferentes setores para a próxima gestão.
“A educação é absolutamente primordial para todos os efeitos. Não existe oposição entre salvar vidas e salvar a economia. Todas as questões implicam que o Brasil volte a ter um projeto de nação”, disse Renato Janine.
A anfitriã do encontro, reitora da UnB, Marcia Abrahão, fez um discurso em defesa da democracia. “Nós não abrimos mão da democracia. Precisamos de democracia e autonomia. É o que precisamos para continuar e termos certeza que assim o Brasil irá corresponder com a sociedade. Precisamos de democracia e de uma universidade forte e autônoma”, afirmou.
Fonte: Portal VERMELHO
Lula afirma que irá retomar o Bolsa Família com valor de 600 reais - por Murilo da Silva - Portal VERMELHO
Foto: Ricardo Stuckert
Sobre o aumento provisório concedido por Bolsonaro com o Auxílio
Brasil, Lula falou: “As pessoas vão pegar o auxílio, e não vão votar nele. E
tem que usar mesmo porque senão o Guedes toma”.
O ex-presidente Lula, pré-candidato à presidência e favorito nas pesquisas de intenção de voto, em entrevista ao UOL, na quarta-feira (27), falou que irá retomar o programa Bolsa Família com o valor de R$600, considerando a composição familiar.
“O Bolsa Família não era um programa eleitoral, era um programa que permaneceu vivo durante 18 anos. Tinha condicionantes, era uma coisa quase que perfeita. Simplesmente mudar de nome foi uma bobagem. Nós vamos retomar o Bolsa Família em R$600 reais. Obviamente deve se levar em conta o número de pessoas por família, não tem que ser igual para todo mundo”, disse Lula aos jornalistas do UOL em referência à troca de nome do programa que se tornou Auxílio Brasil.
Leia também: Lula ao UOL: “Eu vou trabalhar para ganhar o mais rápido possível”
A mudança foi uma tentativa de Bolsonaro apagar o legado do ex-presidente Lula, assim como fez com o Minha Casa Minha Vida que mudou para Casa Verde e Amarela.
No entanto, estas e outras situações promovidas pelo governo Bolsonaro não tem encontrado respaldo da sociedade. Outra dessas tentativas foi posar como realizador da transposição do Rio São Francisco, programa iniciado por Lula na presidência e continuado por Dilma Rousseff.
“O Guedes toma”
Na sequência da entrevista, Lula colocou que Bolsonaro aumentou o valor do Auxílio Brasil provisoriamente até o final do ano, mas que a população deve, efetivamente, utilizá-lo, pois é um direito.
Todavia indicou que é preciso ter discernimento, sendo que Bolsonaro só fez isso em uma tentativa de melhorar nas pesquisas de intenção de voto, uma vez que a diferença para Lula continua alta.
“As pessoas vão pegar o auxílio, e não vão votar nele. E tem que usar mesmo porque senão o Guedes toma”, opinou Lula.
Confira trecho da entrevista ao UOL:
Manifesto pela democracia escancara o isolamento de Bolsonaro - por André Cintra
Presidente
acusou o golpe ao choramingar que não precisa de “nenhuma cartinha” para
demonstrar que “defende a democracia”
Não faltou
praticamente ninguém. A “Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do
Estado Democrático de Direito”, divulgada nesta semana, se tornou o mais amplo
protesto contra o autoritarismo do presidente Jair Bolsonaro. Nada menos que 12
ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) assinaram o texto.
Idealizado por professores da Faculdade de Direito da USP
(Universidade de São Paulo), o manifesto também recebeu adesões de banqueiros,
intelectuais, empresários, magistrados e advogados, artistas, esportistas e
lideranças dos movimentos sindical, social e estudantil. Até a noite desta
quarta-feira (27), o documento já contava com mais de 165 mil signatários,
escancarando o isolamento de Bolsonaro a quase dois meses para as eleições
2022.
As elites econômicas também se levantaram contra o presidente. O
manifesto “Em Defesa da Democracia e da Justiça”, apresentado pela Fiesp
(Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), foi formalmente apoiado pela
Febraban (Federação Brasileira de Bancos), que em geral resiste a se posicionar
em temas políticos.
Como lembra o jornal O Globo,
o dia teve mais notícias desfavoráveis a Bolsonaro: “O presidente da Câmara,
Arthur Lira (PP-AL), quebrou o silêncio sobre o assunto e afirmou confiar no
sistema eleitoral, aumentando o isolamento do titular do Palácio do Planalto.
Em outra frente, o presidente do Superior Tribunal Militar (STM), Luís Carlos
Gomes Mattos, disse que não é função das Forças Armadas fiscalizar as
eleições”.
O próprio Bolsonaro acusou o golpe ao choramingar que não
precisa de “nenhuma cartinha” para demonstrar que “defende a democracia”.
Apesar do palavrório, o presidente mantém a mobilização para uma nova rodada de
atos golpistas e antidemocráticos, convocada para o feriado de 7 de Setembro,
já em plena campanha eleitoral.