ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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CAMPANHA MOVIMENTO 65

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Fátima Bezerra: É hora de virarmos a página na história do RN


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A senadora recebeu o apoio de Lula e da presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, à sua pré-candidatura ao governo estadual
Foi com muita emoção que a senadora Fátima Bezerra firmou compromisso de fazer uma campanha militante, de pé no chão e com responsabilidade durante o lançamento da sua pré-candidatura ao governo do Rio Grande do Norte
“Assumo essa pré-candidatura com muita responsabilidade e também com muita ousadia. Esse é um estado bonito e de gente honesta, mas que foi governado durante muitos anos pelas mesmas oligarquias. Chegou a hora de virarmos essa página na história do Rio Grande do Norte e fazermos um governo diferente, com a marca do modo petista de governar, inspirado pelo modelo que o povo já conhece aplicado por Luiz Inácio Lula da Silva”, declarou a um auditório lotado no Hotel Holliday Inn, em Natal, na sexta-feira (27).
A presidenta nacional do do PT, senadora Gleisi Hoffmann, presente no evento, falou sobre o contexto de “instabilidade democrática” em que se darão as eleições. Ela reafirmou que o partido vai lutar “até as últimas consequências” pela candidatura do ex-presidente Lula e afirmou que a candidatura de Fátima “vai significar a saída do poder daqueles políticos que não têm compromisso com o povo do RN e do Brasil”.
“Eu quero muito que a Fátima e o Lula sejam eleitos para, juntos, acabarmos com a crise no RN e no Brasil. O Rio Grande do Norte pode se orgulhar, porque vai ter uma governadora de luta que vai fazer a diferença”, disse Gleisi.

Lula envia carta de apoio à Fátima

No encontro estadual, o PT-RN também realizou o lançamento simbólico da pré-candidatura de Lula à Presidência da República. Em carta enviada à Fátima, o ex-presidente convoca a militância a “andar de rua em rua e bater de porta em porta” para elegê-la governadora ainda no primeiro turno.
Lula disse ainda: “Vamos construir uma grande vitória com o suor de cada um e cada uma de vocês, conscientes do imenso desafio que a história do RN e do Brasil colocou em nossas mãos”.
Fátima reiterou que Lula é vítima de uma injustiça, mas afirmou que “queiram ou não os poderosos, ele vai ser candidato e vai voltar a governar o Brasil”.
“O povo do RN não vai apostar no novo que já nasce velho nem se deixar enganar pelas aparências. Nosso povo merece ser feliz, merece ter outro modelo de gestão, com foco no desenvolvimento com inclusão social, no emprego, nas oportunidades para a juventude e em uma saúdeeducação e segurança pública que funcionem”, afirmou a pré-candidata.
Com auditório lotado de militantes e simpatizantes ao PT, PCdoB e PHS, o evento contou com a participação dos pré-candidatos e pré-candidatas do PT, da presidenta nacional, senadora Gleisi Hoffmann, do deputado federal Marco Maia (PT-RS), da pré-candidata ao senado Zenaide Maia (PHS-RN), do presidente nacional da UBES Pedro Gorki, da coordenada da CUT-RN Eliane Bandeira e do presidente do PT-RN Júnior Souto.
Por Nicole Tinôco, da Comunicação Elas por Elas no RN

Fatima Bezerra fala sobre aliança PT, PHS e PC do B

Eleição provoca racha entre advogados que assinaram impeachment

 

Juntos no golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, em 2016, os advogados Janaína Pascoal e Miguel Reale Junior vivem um momento de crise na relação. O motivo é a aproximação da advogada com o deputado Jair Bolsonaro (PSL), que a convidou para ser vice em sua chapa.


"Recebi com muita tristeza a aproximação de Janaína com Bolsonaro. Há uma contradição dele com a democracia. É impossível que qualquer democrata vote no Bolsonaro", disse o jurista Miguel Reale Junior ao Estadão. 

Reale é orientador de Janaina no mestrado e doutorado de direito da USP e convidou a advogada em 2015 para elaborar o documento do pedido do impeachment encomendado pelo PSDB, que pagou R$ 45 mil a advogada pelo parecer do documento.

Fundador do PSDB, Reale hoje está no Podemos e é cotado para ser vice na chapa de Alvaro Dias na disputa presidencial. A aproximação de Janaína ao ultraconservador Bolsonaro deixou Reale frustrado.

Na sessão do Senado em apreciou o impeachment ele chegou a criticar Bolsonaro pelo elogio que o deputado fez durante sessão ao coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-Codi, órgão da repressão política durante a ditadura militar. 

"Eu disse em nome dos três (que assinaram o pedido) que era lamentável que o impeachment tenha servido para que ele (Ustra) fosse homenageado", lembrou o jurista.

Depois da aproximação de Janaína com Bolsonaro, Reale cortou relações e não fala com a advogado há cerca de um ano. Segundo fontes da grande mídia, Janaina teria dito aos aliados do PSL que foi pressionada a desistir do pedido de impeachment por Reale. para dar centralidade ao pedido feito pela OAB. 

As eleições revelaram um racha nos antigos aliados de golpe. A filha do jurista, Luciana Reale, usou as redes sociais para alfinetar Janaína. "Sua peça, Janaina, era inepta. Se não fosse o aditamento do meu pai não teria passado. Você e o Bolsonaro se merecem", disse ela que integra o grupo direitista Vem Pra Rua. 

O pré-candidato a governador de São Paulo pelo Novo, Rogério Chequer, que também integra o Vem Pra Rua, disse que "é difícil entender" a aproximação de Janaína com Bolsonaro. 


Do Portal Vermelho, com informações de agências

Descrença na política, a arma da direita para se manter no poder

 
Foto: Antonio Augusto/ Câmara dos Deputados

Sem capacidade de organizar majoritária quantidade de signatários a seu favor, estratégia é desmobilizar o eleitor, sobretudo o mais crítico, para que proteste por meio do voto branco, nulo ou mesmo a abstenção.

Por Marcio Pochmann*, na Rede Brasil Atual


A eleição geral de 2018 – a oitava desde 1989 – apresenta-se circunscrita a uma importante contradição. Não obstante a sua significância para o desbravamento do impasse gerado com o golpe que possibilitou a trágica ascensão do governo Temer, a população indica elevado grau de descomprometimento e descrédito com a política.

Pesquisa realizada no ano passado pelo Instituto Paraná indicou, por exemplo, que quase três quartos dos eleitores brasileiros não repetiriam, em 2018, o mesmo voto concedido a deputado federal nas eleições de 2014. Naquele ano, embora o país possuísse um total de 141,8 milhões de eleitores, somente 97,2 milhões deles votou para deputado federal, ou seja, apenas 68,5% dos brasileiros em condições de votar.

Ao se considerar somente os votos recebidos pelos 513 deputados federais eleitos em 2014 (58,1 milhões), nota-se que a Câmara representa, no seu conjunto, menos de 41% do total dos eleitores. Resta ainda considerar que dos 513 deputados federais, somente 36 deles alcançaram o chamado coeficiente eleitoral, sendo os demais 477 eleitos por meio de votos transferidos de outros candidatos.

Ao se contrastar o perfil da Câmara Federal com a composição da sociedade brasileira pode-se perceber o enorme contraste. Mesmo representando mais de 51,5% do total da população, as mulheres mal alcançam 10% do total dos deputados federais, assim como a população não branca possui menos de um quinto do total do parlamento brasileiro.

No mesmo sentido da sub-representação política, encontra-se, por exemplo, a classe trabalhadora, uma vez que os empresários, por não alcançar nem mesmo 5% da população ocupada, detêm quase 45% do total dos deputados federais. Também os 12,3 milhões de trabalhadores da agricultura familiar não conseguem registrar dez deputados federais, enquanto cerca de 40 mil grandes proprietários rurais alcançam uma bancada com quase 40% do total da Câmara Federal.

A representação política desconexa em relação à composição da população e o descrédito da política decorrem direta e indiretamente da experiência acumulada de duas décadas de forte presença do financiamento empresarial das campanhas eleitorais. A contaminação do poder econômico no processo de escolha da representação política terminou por deslocar o candidato do eleitor em direção ao financiador privado.

Em consequência, o avanço da fragmentação partidária foi imediatamente acompanhado pela formação de burocracias especializadas na formação de verdadeiras máquinas eleitorais – capazes de agenciar campanhas cinematográficas – e de força de trabalho voltada para a conquista mecanicista e sem compromisso com o voto. Com isso, o deputado federal, salvo as exceções, foi gradualmente se tornando uma espécie de vereador federal, comprometido com a agilização de recursos orçamentários aos seus feudos políticos, por meio das emendas, cada vez mais impositivas.

Das antigas candidaturas ideológicas, compromissadas com causas e opinião sobre questões de ordem nacional, passou-se à mediocridade do parlamentar de senso comum, sem cara, nem personalidade que possa colocar em risco a sua releição. Enfim, uma profissão, sem vocação, quase um negócio a serviço do seu próprio interesse, cada vez mais distante do sentido de população e nação.

Expressão disso foi a manifestação de baixo nível e desqualificação verificada durante a votação do impeachment da presidenta Dilma na Câmara Federal. Quanto tempo faz que o parlamento federal se distancia da função de ser a verdadeira caixa de ressonância da população e do sentido de nação?

Essa situação, contudo, não deixa de ser a própria expressão da visão predominante da direita. Sem capacidade de organizar majoritária quantidade de signatários a seu favor, ela trata de desmobilizar o eleitor, sobretudo o mais crítico, para que proteste por meio do voto branco, nulo ou mesmo com a própria abstenção.

Dessa forma, a minoria dos votos da direita cresce em proporção, frente ao avanço da descrença política. Nesta circunstância, o protesto construtiva é escolher melhor e votar, pois do contrário, o voto nulo, em branco, ou a abstenção podem simplesmente favorecer a permanência justamente daqueles que a população mais repulsa.

Pesquisa realizada pelo Diap aponta que as eleições vêm permitindo a renovação cada vez menor para a Câmara Federal. No ano de 2014, por exemplo, a taxa de renovação foi de 44% dos deputados federais, enquanto foi de 62% nas eleições de 1989. Para este ano, por exemplo, a expectativa parece indicar menor renovação, podendo consolidar, inclusive, o perfil parlamentar ainda mais conservador e desconectado do conjunto da população e do sentido de nação. 


*Marcio Pochmann é professor do Instituto de Economia e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho, ambos da Universidade Estadual de Campinas

domingo, 29 de julho de 2018

FIERN/CERTUS: Fátima Bezerra lidera para o Governo

Pesquisa mostra que senadora petista tem a preferência do eleitorado em todos os cenários
Por Redação

A senadora Fátima Bezerra (PT) desponta na liderança da pesquisa Fiern/Certus, divulgada na manhã deste domingo (29), para o Governo do Rio Grande do Norte. A petista aparece à frente do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves (PDT) e do atual governador Robinson Faria (PSD) nos cenários espontâneo e estimulado.
No cenário espontâneo, no entanto, diferença entre os três candidatos é mínima. De acordo com os números, Fátima Bezerra soma 8,72% das intenções de voto. Carlos Eduardo aparece na sequência com 6,10% da preferência do eleitorado. Robinson Faria é o terceiro, com 2,91%. A maioria dos entrevistados, porém, não sabe em quem votar. ‘Não sabe’ e ‘nenhum’, juntos, somam 80,5% das respostas.
A pesquisa “Retratos da Sociedade Potiguar 2018” foi realizada em todo o estado pela Certus para a Federação das Indústrias (Fiern) e está registrada sob os números RN-08199/2018 e BR-04763/2018. Vários cenários eleitorais são levantados junto aos eleitores.
ESTIMULADA
Quando os nomes dos candidatos ao Governo do Estado são disponibilizados para os entrevistados, a preferência pela senadora Fátima Bezerra aumenta. No cenário estimulado, a petista aparece com 29,15% das intenções de voto. São 13,76% pontos percentuais de vantagem para o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves, que soma 15,39% e ocupa a segunda posição.
Atual governador, Robinson Faria é o terceiro colocado na pesquisa Fiern/Certus. O candidato do PSD tem 6,31% das intenções de voto. Robinson soma a maior rejeição entre os entrevistados, com 35,28%. Fátima tem 6,73% e Carlos Eduardo, 7,17%.
SEGUNDO TURNO
A pesquisa Fiern/Certus ainda simulou três cenários para o segundo turno, envolvendo os nomes de Fátima Bezerra, Carlos Eduardo e Robinson Faria. A candidata petista vence em todos os cenários. Carlos Eduardo derrota Robinson.
No cenário contra Carlos Eduardo, Fátima soma 42,84% das intenções de voto. O pedetista tem 23,33%. Mais de 27% do eleitorado respondeu que não votaria em nenhum dos dois.
Já contra Robinson Faria, Fátima Bezerra aparece com mais da metade das intenções de voto (50,71%). O candidato do PSD reúne 11,99% dos eleitores. 31,63% dos entrevistados anularia o voto.
Na disputa entre Carlos Eduardo e Robinson Faria, o ex-prefeito de Natal lidera com 40,07%. O atual governador do estado tem 12,84%. Porém, a maioria dos entrevistados disse que não votaria em nenhum dos dois candidatos (40,64%).
PESQUISA
A pesquisa FIERN/Certus está sendo divulgada ao longo da manhã deste domingo. O portalnoar.com.br acompanha a divulgação dos números.
Fonte: http://portalnoar.com.br

Convenção confirma Flávio Dino ao governo com apoio de 15 partidos


 

O governador Flávio Dino teve o nome confirmado em convenção neste sábado (28) para disputar a reeleição pela Coligação Todos Pelo Maranhão. O vice-governador Carlos Brandão (PRB) também foi oficializado na vaga de vice. E os deputados federais Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (PPS) foram homologados como candidatos ao Senado.


A convenção é o momento em que os partidos escolhem os candidatos que vão disputar a eleição. O evento no MultiCenter Sebrae, em São Luís, reuniu milhares de pessoas, entre filiados a partidos políticos e não filiados. 

A Coligação Todos Pelo Maranhão reúne 15 legendas: PCdoB, PDT, PP, PPS, PROS, PSB, PT, PTB, PR, PRB, DEM, PEN, PTC, Solidariedade e PPL. 

“É a maior convenção da história do Maranhão”, disse Flávio Dino. Durante o discurso, ele fez um balanço de algumas ações realizadas pela atual gestão. 

“Aqui no Maranhão estamos fazendo a nossa parte. Governo perfeito só o de Deus, o nosso Governo não é perfeito, mas quero dizer que fiz neste período tudo o que eu podia fazer”, afirmou, lembrando os efeitos da crise econômica nacional sobre todo o país.

Ele listou programas como o Escola Digna, o Mais Asfalto, o Cheque Minha Casa, o Mais IDH e tantos outros. 

“Fizemos neste período tudo o que podíamos. Fizemos o máximo, e por isso todos os Estados do Brasil respeitam o Maranhão, porque sabem que estamos na direção certa”. 

O vice-governador Carlos Brandão disse que se trata de um “governo que governa para o povo. Flávio Dino é extremamente preparado, competente, capaz e dedicado. E teve a competência de escolher uma equipe extremamente competente para o governo”.


União

Os candidatos ao Senado também ressaltaram o novo momento vivido pelo Maranhão a partir de 2015.

“É um momento de muita responsabilidade política. O povo deu a oportunidade ao grupo liderado pelo Flávio Dino de fazer as verdadeiras mudanças”, disse Weverton. 

“O governador deu voz à juventude no interior do Maranhão, à juventude da periferia. E nunca mais vão conseguir calar a nossa voz. Todos esses partidos que estão aqui são do time da vitória”, afirmou Eliziane. 

Segundo ela, “saímos do momento da história do Maranhão quando apenas uma família de poderosos controlava esse estado. Eles precisam entender que nossas famílias não vão ser mais comandadas. Estamos vivendo um novo momento do Maranhão”.

Weverton acrescentou que todos fazem parte “de uma chapa vitoriosa liderada por um homem que teve a coragem de procurar na escuridão e encontrar a luz para essas crianças pobres que não tinham acesso à escola, através do programa Escola Digna. Que teve a coragem de abrir hospitais enquanto os outros Estados fechavam”, acrescentou. 

Lula

O governador Flávio Dino também falou sobre o ex-presidente Lula e voltou a defender que o petista possa ser candidato à Presidência da República. “Todos nós que estamos aqui defendemos a Justiça, eleições justas, eleições livres. E para ter eleição justa no Brasil, para cada um poder votar em quem quiser, é fundamental que a gente diga Lula Livre, para ter democracia no país,” 

“Não significa dizer que todo mundo vai votar no Lula, mas significa que quem quiser votar no Lula vai ter o direito de escolher seu presidente da República”, afirmou.

Fonte: Portal VERMELHO!

Brasileiros rejeitam o falso 'novo' na política e preferem a experiência

 

A campanha da antipolítica pela suposta "renovação" com candidatos que discursam contra quem faz política e que ganhou destaque nas eleições de 2016 parece que perdeu força, segundo pesquisa feita pelo instituto Ipsos.


Segundo o levantamento, desde o fim do ano passado os eleitores brasileiros perceberam que esse discurso do "novo" é uma furada, talvez pelo efeito negativo de algumas administrações. O caso mais notório é o do tucano João Doria, que renunciou à prefeitura de São Paulo para concorrer a vaga de governador do estado, apesar de ter como uma de suas promessas cumprir o mandato até o fim.

Na pesquisa feita pelo Ipsos em dezembro de 2017 e na primeira quinzena de julho deste ano, o instituto fez aos eleitores perguntas sobre o perfil desejado do próximo presidente, entre as quais, se o eleitor prefere que o presidenta ou presidente fosse "alguém que é político há muitos anos" ou "um nome novo na política". A preferência pelo político veterano subiu 11 pontos porcentuais no período, de 39% para 50%, enquanto as opções por um novato caíram de 52% para 44%.

"Esse resultado reflete uma decepção com o novo", disse Danilo Cersosimo, diretor do Ipsos ao Estadão. "Essa opção não se concretizou para os eleitores. Experiência política e administrativa vão acabar pesando muito na campanha."

Outra pergunta foi se os eleitores preferem um presidente "experiente" ou "íntegro e ético". A opção pela experiência subiu de 31% para 41%, enquanto houve queda de 65% para 56% no quesito integridade. A pergunta mostra que o eleitor não caiu na pegadinha, já que se o candidato é experiente já deu demonstrações de sua integridade e ética. 

A pesquisa também analisou a opinião dos brasileiros sobre personalidades do mundo político e jurídico. O que aparece em pior situação é Geraldo Alckmin (PSDB): 68%% desaprovam seu desempenho, contra 19% de aprovação.

Mesmo preso e com a grande mídia tentando desconstruir a sua imagem diuturnamente, Lula segue com a maior aprovação entre os políticos: 45%. Ele é desaprovado por 53%.

O candidato da ultradireita Jair Bolsonaro (PSL) é desaprovado por 60% dos eleitores e aprovado por apenas 23%. 


Do Portal Vermelho

"O Brasil precisa ter um projeto que una o povo", Manuela

 

Em entrevista ao jornal Diário do Pará, publicada no últ dia, imo domingo (20), a pré-candidata à Presidência da República pelo PCdoB, Manuela D’Ávila, voltou a defender a unidade do campo progressista nas eleições de outubro para derrubar a agenda de reformas imposta pelo golpe de 2016 e que construa um projeto nacional de desenvolvimento.


"O papel da minha candidatura é a defesa do Brasil e da ideia de que o Brasil não precisa punir cotidianamente o seu povo. Não precisamos ser eternamente um dos países mais desiguais do mundo. As saídas não são aquelas que colocam pessoas como números em planilhas, administrando quem vai viver e quem vai morrer, qual criança que merece viver, como minha filha, que está me acompanhando. Eu acredito, e minha candidatura está à serviço disso, que o Brasil precisa ter um projeto para se desenvolver, que una o povo", defendeu Manuela.

A presidenciável destacou que a unidade do campo progressista é possível. "Temos condições de ter algo nesse sentindo unindo a maior parte do povo brasileiro, não é 50% mais um. É 99% do povo. São só os bancos e o rentismo que ganham com a destruição do país. Existe como desenvolver o Brasil sem colocar no centro do projeto o enfrentamento às desigualdades regionais e de gênero e raça? Não existe", salientou. 

Manuela destacou que o PCdoB tem feito um esforço para construir essa unidade. "Na última reunião da direção da Nacional o centro da discussão foi esse: a manutenção da nossa candidatura diante de um quadro de não-unidade, de não-saída para o nosso campo político. Mas eu também acredito que o lado de lá enfrenta seríssimas dificuldades. Ou seja, não dá para ter 97% de reprovação para um governo por causa da cara do presidente, é por causa do projeto. E eles representam esse projeto", enfatizou a presidenciável. 

"Nós defendemos a unidade do nosso campo político desde sempre", frisou a gaúcha, recordando que desde a redemocratização, o PCdoB defende a unidade para derrotar o então candidato Fernando Henrique Cardoso. "Nossa defesa da ampliação da rede política é algo antigo porque, para nós, mais que o protagonismo individual, nós temos urgência em derrotar esse projeto, que é o projeto Temer [presidente da República pelo MDB], [Geraldo] Alckmin [candidato à presidência da República pelo PSDB], [Jair] Bolsonaro [candidato à presidência da República pelo PSL], até mesmo o da Marina [Silva, candidata à presidência da República pela Rede]", apontou.

Manuela deve ter seu nome confirmado na Convenção Nacional do partido, programada para o próximo dia 1º, em Brasília. Ela esteve em Belém na última quinta-feira (26), para participar de um congresso do setor da saúde em que apontou suas propostas para tirar o país da crise.

Para ela, a revogação da Emenda 95, do teto de gastos e o fortalecimento do SUS são algumas das medidas que devem ser tomadas para melhorar a saúde pública.

Ela defendeu ainda uma reforma do Estado Brasileiro "para que, ao mesmo tempo em que a gente combate a corrupção, a gente não impeça os investimentos públicos no sistema".

"É preciso garantir transparência, controle e combate à corrupção com menos judicialização. Isso é o que chamamos de reforma do Estado", apontou. 

Ela propõe também a ampliação da Contribuição Social de Lucro Líquido (CSLL), que hoje é de 9% e seria elevada para 18%. "Na nossa compreensão, os municípios são aqueles, que investem mais 50% na Atenção Básica, por exemplo, e um terço do total de investimentos no restante, em média. E recebem menos de 20%. Então não nos adianta imaginar o aumento do financiamento do SUS sem imaginar uma nova forma de distribuição que valorize mais esse trabalho dos municípios brasileiros", argumentou.

Sobre o papel da Amazônia em seu projeto de desenvolvimento, Manuela disse que é impossível pensar um projeto sem "desenvolvimento sustentável" e não contar com o "potencial que a floresta em pé e os minérios dessa região representam para o Brasil".

"Para nós, o desenvolvimento do século 21 é o que mantém as riquezas e as explora de forma sustentável, mas que garante que o nosso país ocupe posições, sobretudo na disputa científica, com relação a esse território tão rico que é a Amazônia. O povo da floresta precisa viver com dignidade. Não dá para ter um olhar de Audeste e Sul sobre uma região riquíssima com desigualdade avassaladora. Precisamos garantir condições para que o meio ambiente seja preservado. Não podemos ter um olhar que não leve em consideração de que aqui está a população sobre a terra mais rica do planeta e convive com muita pobreza", frisou.

Questionada sobre a sua defesa a liberdade do ex-presidente Lula e as especulações sobre a possibilidade de ocupar a vice na chapa do ex-presidente, Manuela disse que repudia a prisão de Lula "desde sempre porque acho que não corresponde às leis, à Constituição e o conjunto de leis do Brasil".

"Acho que a prisão de Lula é política, consequência de um julgamento político feito por um juiz [referindo-se se ao juiz federal Sérgio Moro] que até de férias julga. Que anda ‘serelepeando’ por aí acompanhado dos tucanos. Tirou, absolutamente, a venda que deveria ter dos olhos", acrescentou. 


Do Portal Vermelho, com informações do Diário do Pará
Adaptado pleo pcdobnovacruzrn.blogspot.com

quinta-feira, 26 de julho de 2018

REPRESENTANTE DO CPC/RN FOI RECEBIDO HOJE NO RJ PELA PRESIDENTE DA BIBLIOTECA NACIONAL






Hoje (26), Eduardo Vasconcelos, presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, foi recebido em audiência pela presidente da Biblioteca Nacional, sede matriz no Rio de Janeiro, a professora HELENA SEVERO.  Cujo objetivo foi a exposição feita pelo Eduardo sobre o Projeto da Biblioteca, denominada de "Se o estudante não vai a biblioteca, a biblioteca vai ao estudante".

Eduardo Vasconcelos também ouviu da professora, Helena Severo as informações e explicações das ações desenvolvidas pela Biblioteca Nacional e que apesar das dificuldades, irá sim apoiar a ideia do CPC/RN e que após levar ao conhecimento aos demais diretores/coordenadores enviará um acervo de livros e revistas para colaborar com o projeto. O que Eduardo, logo agradeceu.

"Esse projeto está em fase de análise e adequação, pois em uma próxima fase parceiros irão criar uma "arca volante, que após pronta segurá uma agenda para aos poucos chegar aos interiores (escolas), ficarão em exposição uma dia e neste mesmo dia emprestará-os aqueles alunos que se prontificarem a após lê-lo devolvê-lo em prazo de 10 (dez) dias."  Mais detalhes brevemente no lançamento do projeto." Explicou Eduardo Vasconcelos a presidente da Biblioteca Nacional, Helena Severo.

Fotos: Patricia - Biblioteca Nacional

sábado, 21 de julho de 2018

CPC/RN DIVULGA RESUMO DAS AUDIÊNCIAS EM BRASÍLIA

Foto . Da esquerda para a direita: Eduardo Vasconcelos - CPC/RN, Drª Inez Joffily França e Coordenadora Geral de Rádio Comunitária, INALDA CELINA MADIO

NAS COMUNICAÇÕES - RÁDIOFUSÃO COMUNITÁRIA
Na última terça-feira (18) Eduardo Vasconcelos, presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN, participou de audiência com a diretora do Departamento de Rádiodifusão Educativa Comunitária e de Fiscalização - DRECF/MCTIC, INEZ JOFFILY FRANÇA e a Coordenadora-Geral de Rádio Comunitária, INALDA CELINA MADIO, cuja pauta foi o interesse do CPC/RN, que almeja uma Rádio Comunitária, tão sonhada pelos seus dirigentes e é claro pela sociedade cultural novacruzense.

A reunião durou cerca de 40 minutos e foi o suficiente para que Eduardo ficasse esperançoso com a Rádio Comunitária.

Ambas diretoras foram esclareceram e orientaram o presidente do CPC/RN, orientando-o a solicitar de maneira eficaz a Rádio Comunitária em favor do CPC/RN e é claro da comunidade de Nova Cruz/RN. Resta agora o CPC/RN juntar toda a sua documentação, anexando o projeto e aguardar o momento certo para que no próximo edital, Nova Cruz/RN seja inserida na próxima listagem que sairá ainda esse ano;

Para Eduardo Vasconcelos foi satisfatório a reunião onde temas e dúvidas foram abordados e esclarecidos. Resta agora renovar as energias e na busca de mais um sonho do CPC/RN! Sua Rádio Comunitária!
 Da esquerda: Presidente da FUNAI: WALACE MOREIRA BASTOS, Presidente do CPC/RN, EDUARDO VASCONCELOS e o Assessor da Presidência da FUNAI, ARTUR MENDES

NA FUNAI

Já no dia 18 de julho, Eduardo Vasconcelos esteve em audiência com o assessor da presidência da FUNAI, Artur Mendes ocasião que entregou ofício relatando que em uma determinada cidade (preservar) alguns empresários do ramo hoteleiro vem ameaçando a comunidade indigena, após negarem a venda de suas terras para estes determinados empresários. A FUNAI se prontificou a apurar se realmente isto está ocorrendo, em caso positivo irá tomar as medidas cabíveis.

Em seguida Eduardo foi recebido pelo presidente da FUNAI, Walace Moreira Bastos e após uma rápida conversa referente ao assunto, pousaram para as fotos.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Mídia aposta na apatia com a política para favorecer seus candidatos

 
Imagem Agência Brasil
Em outros tempos, a televisão e até mesmo o horário eleitoral contribuíam para o debate de projetos e as escolhas dos cidadãos. Hoje o objetivo é promover o desencanto. Quem ganha com isso?

Por Lalo Leal

Segue animada a luta de partidos e candidatos por alguns segundos a mais no horário eleitoral obrigatório no rádio e na TV, a se iniciar em 31 de agosto. Há candidatos, como é o caso do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que apostam tudo nesse tipo de propaganda. É a sua última esperança de melhorar os índices de intenção de voto registrados até aqui por todas as pesquisas.

A expectativa, por certo, é que se repita o fenômeno das últimas eleições municipais realizadas em São Paulo, onde um candidato desconhecido recebeu uma cuidadosa embalagem de marketing e venceu as eleições no primeiro turno graças à TV – e ao desinteresse pela política, já que Doria perdeu para abstenções e brancos e nulos.

Se por um lado esse tipo de uso do horário eleitoral distorce sua finalidade, levando o eleitor ao engano, por outro é nesse momento que as mensagens honestas e não manipuladoras podem transitar livremente. Personagens e ideias banidas ou distorcidas durante as programações regulares das emissoras podem aparecer em sua integralidade nos horários obrigatórios.

A ditadura civil-militar de 1964-1985 tentou aniquilar todas as organizações de esquerda existentes no pais, mesmo aquelas que não aderiram à luta armada. Qual não foi a surpresa quando, ao final desse período, era possível ver nas telas de TV, nos horários obrigatórios, os símbolos do comunismo até então demonizados pela ditadura. Além das mensagens denunciando as mazelas nacionais contrastando com a propaganda governamental ufanista.

Os programas eleitorais cumpriram um importante papel na abertura democrática dos anos 1980 e na consolidação das liberdades políticas dali em diante.

A sua importância está diretamente ligada à falta de pluralidade no noticiário e na ausência de debates políticos no rádio e na TV. Durante a ditadura a Polícia Federal enviava seguidamente ordens às redações proibindo a divulgação de determinados assuntos ou a realização de entrevistas com determinadas pessoas.

Entre os nomes censurados estavam, por exemplo, os de dom Hélder Câmara e de Darcy Ribeiro e entre os inúmeros assuntos proibidos incluíam-se o surto de meningite que ocorreu em São Paulo em meados da década de 1970 e a volta às ruas das manifestações estudantis.

Hoje a situação se repete, não por via direta da Policia Federal mas pela própria censura empresarial imposta pelos donos dos meios de comunicação. Exemplo mais recente é o do banimento do nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva dos noticiários. Ao ser preso, a ordem das empresas é que ele fosse esquecido, com a intenção de determinar a sua queda nas pesquisas de intenção de voto, o que não ocorreu.

Sobreveio, no entanto, um fato novo, inesperado para os operadores do jornalismo dessas empresas. A ordem do desembargador Rogério Favreto de libertar o ex-presidente em pleno domingo pegou os plantonistas nas redações de surpresa. De repente, tinham que falar de Lula de novo.

Para tanto, comentaristas e apresentadores de folga foram chamados e, ao longo do dia, tentaram ir se refazendo do susto. Se o nome do ex-presidente não podia deixar de voltar as telas e microfones, a forma como isso foi feito enquadrou-se na linha da distorção, enfatizando o irrelevante (o desembargador ser plantonista ou ter trabalhado em administrações petistas) e escondendo o relevante (a incomunicabilidade do ex-presidente impedindo-o de falar com a imprensa, a ausência de razões para o seu encarceramento e a perseguição pessoal exercida sobre ele pelo juiz de piso Sérgio Moro).

Mas não é só em momentos excepcionais como os do domingo, 8 de julho, que a mídia adota essa postura. Ela faz parte da rotina normal de trabalho.

Na televisão aberta, o veículo informativo único para a maioria da população brasileira, não se debate política. E na TV fechada os poucos que existem mantêm uma linha editorial conservadora, quando não reacionária. O contraditório inexiste.

Outro exemplo recente de parcialidade ocorreu com o programa Roda Viva, da TV Cultura que, diga-se, não é um programa de debates e sim uma espécie de entrevista coletiva, ao contrário do que afirmou o vice-presidente do Conselho Curador da emissora, Jorge da Cunha Lima, em artigo publicado num jornal da imprensa corporativa.

Nesse programa, a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, viveu um dos momentos mais constrangedores da história da TV brasileira. Cercada de entrevistadores alinhados ideologicamente em campo oposto ao dela, quase não pôde falar, interrompida que foi por mais de 60 vezes. As perguntas eram de nível pedestre, quase sempre evidenciando a indigência cultural dos perguntadores.

Como se vê, nos raros momentos em que a TV se abre para a política, o faz de forma canhestra, não dando ao telespectador a possibilidade de formar opinião através de um debate qualificado, rico em ideias capazes de despertar o público para temas que são essenciais à sua vida. 

Ao contrário, programas como o Roda Viva já há muito tempo vêm dando a sua contribuição para o desencanto com a política cujo resultado é o surgimento de “salvadores da pátria” que, em outros momentos históricos, espalharam o terror pelo mundo
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Fonte: Portal Brasil

domingo, 15 de julho de 2018

Roda de conversa na CTB reúne Manuela D'Ávila e Leci Brandão nesta segunda (16)

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB em parceria com a União Brasileira de Mulheres (UBM) realiza na sede da central, em São Paulo, na próxima segunda (16), o evento Mais Mulheres na Política, uma roda de conversa com a participação da pré-candidata à deputada estadual Leci Brandão e a pré-candidata à presidência da República Manuela D'Ávila.
Marque sua presença AQUI e venha contribuir com o debate 
A proposta é aprofundar o debate sobre a situação da mulher no Brasil em todas as áreas, dar visibilidade às reivindicações dos movimentos sociais, das mulheres, de moradia, da igualdade racial e da juventude, e impulsionar a luta por igualdade de direitos. "Precisamos ampliar a participação feminina em todos os espaços de poder", afirma a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Celina Arêas.
Pesquisa recente do IBGE em parceria com a organização internacional Inter-Parliamentary Union mostra que o Brasil ocupa hoje a vergonhosa 152ª posição no mundo em relação à presença de mulheres no parlamento.
A roda de conversa irá incluir este assunto no debate político - já que estaremos a um mês do início oficial da campanha eleitoral - e permitirá que as candidatas exponham suas ideias para superar as desigualdades e injustiças nesta e outras áreas. 
"Levaremos às candidatas as reivindicações históricas do movimento sindical e social para o campo dos direitos da mulher no Brasil", diz a dirigente, destacando questões específicas, como a priorização de políticas públicas, criação de creches, o combate à violência, a defesa de direitos iguais no trabalho e a descriminalização do aborto. 
Em um país marcado pela severa opressão patriarcal, romper com a desigualdade de gênero nas esferas de poder, seja no legislativo, executivo ou judiciário, é tarefa de muitas gerações. E embora o avanço feminino seja perceptível na sociedade brasileira, ainda há muito que evoluir para se alcançar a necessária paridade de direitos.
A roda de conversa entre duas parlamentares combativas e historicamente comprometidas com a defesa dos direitos e a luta pela emancipação da mulher pretende aprofundar esta reflexão e apontar caminhos para avançar. 
Serviço:
Mais Mulheres na Política
Local: sede da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB
Horário: 18h
Endereço: rua Cardoso de Almeida, 1843
Portal CTB 

Candidatos mais ricos saem na frente nas eleições de 2018

 

 

Sem um teto nominal (apenas proporcional) que limite as doações de pessoas físicas a partidos e candidatos, os mais ricos continuarão a ter chances maiores de elegerem seus candidatos nas eleições de outubro, mesmo com a proibição do financiamento empresarial das campanhas.

Com isso, as distorções na representação, em especial no Poder Legislativo, devem permanecer. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) estima que quase não haverá mudança na composição do Congresso, e o índice de reeleição pode chegar a até 90%. 

De acordo com a minirreforma eleitoral aprovada em 2017, que define as regras para o próximo pleito, as doações por pessoas física são limitadas a 10% do rendimento bruto declarado do doador no ano anterior ao da eleição.

Segundo a Receita Federal, dos mais de 28 milhões de declarantes em 2017, os 0,09% que estão no topo da pirâmide – aqueles que ganham mais de 320 salários mínimos –, poderão doar em torno de R$ 760 mil ao seu candidato ou partido político. Enquanto isso, aqueles que ganham até dois salários mínimos, os 11,6% dos declarantes na base da pirâmide, poderão doar cada um R$ 854,00, em média.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "o candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de gastos estabelecido para o cargo ao qual concorre”, podendo doar além dos limites de renda impostos ao eleitor. Essa regra favorece candidatos com alto poder econômico, como o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles e o ex-prefeito de São Paulo João Doria, garantindo a sobrerrepresentação dos mais ricos. 

"Já era previsível que uma reforma no sistema eleitoral feita pelo próprio Congresso não mudaria em quase nada a estrutura hoje imposta", avalia o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto. Segundo ele, é necessária a realização de uma reforma política feita com participação popular, por meio de uma Constituinte exclusiva.

De acordo com o Diap, terão mais chances de serem eleitos aqueles que já gozam de mandato parlamentar. "Além de terem acesso ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha, definido na reforma eleitoral, eles também têm acesso à renda parlamentar, uma estrutura de gabinete consolidada e uma série de recursos que facilitam a divulgação do seu trabalho”, afirma Neuriberg Dias, analista político da entidade.

Além dos detentores de mandato, terão mais chances de serem eleitos aqueles que dispõem de recursos próprios ou são vinculados a um determinado setor social e econômico. Por último, estão as pessoas desconhecidas, com poucos recursos e sem espaços no partido, aponta o analista.

Segundo o técnico do Dieese e doutor em Ciência Política pela USP Alexandre Sampaio Ferrazo, uma amostra de apenas mil pessoas das mais de 25 mil que declararam ganhar acima de 320 salários mínimos totalizaria um montante de doações aos seus candidatos que alcançaria, por exemplo, o total estimado de R$ 211 milhões que o PT deve receber pelo Fundo Especial de Financiamento de Campanha. 

"Temos ainda que levar em consideração que é muito difícil que uma pessoa que ganhe até dois salários mínimos tenha condições de doar qualquer quantia à campanha eleitoral de um candidato, levando em consideração a elevação de preços de produtos básicos como o gás de cozinha nos últimos dois anos. Sem falar na instabilidade empregatícia, agravada pela reforma trabalhista", complementa Ferrazo.

 Fonte: RBA

Manuela à UJS: Ocupar a política, para transformar a política

Foto @kboughoff / UJS

Do alto de uma cadeira, bem no meio dos milhares de militantes que acompanham o 19º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista (UJS), a pré-candidata à Presidência da República, Manuela d’Ávila, destacou a importância da entidade na sua trajetória. Vestindo a camiseta que é marca de sua pré-campanha - em que se lê “lute como uma garota” -, ela exaltou a rebeldia da juventude como motor de transformação e defendeu que os jovens ocupem espaços de poder para mudar a política.

A pré-candidata participou, na noite deste sábado (14), de um ato político durante o Congresso da UJS, que acontece no Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Na hora de seu discurso, Manuela desceu do palco e caminhou até o centro do ginásio onde ocorreu a atividade. 

Ela começou sua fala contando que recebeu uma crítica, pelo fato de sua camiseta não dizer “lute como uma mulher.” Segundo a deputada estadual, contudo, o seu maior esforço é para “seguir lutando como a garota que nós fomos um dia”. “Nesse 2018 compeltam-se 20 anos do dia em que eu estava em sala de aula e uma outra menina, a Lúcia, se aproximou com um xerox de uma ficha de filiação à UJS e eu fiz uma opção, como uma garota, de lutar por coisas que são as mais importantes”, disse. 

E apontou que a entidade foi a escola onde aprendeu sobre o socialismo e o Brasil. “A UJS me ensinou que lutamos como garotas socialistas quando não nos conformamos com a ideia de que existe um homem ou uma mulher melhor que outro homem ou outra mulher. Ou com a ideia de que existe um jovem que pode viver e outro que não. Foi a UJS que me ensinou que lutamos porque não nos conformamos com o fato de que há crianças como a minha filha e há outras que não têm acesso a nada. Foi a UJS que me ensinou que lutamos como uma garota quando nos apaixonamos por esse país”, afirmou.

Para ela, a frase de sua camiseta vai além da ideia de que ela luta desde o lugar de fala de uma mulher. “Estamos dizendo que trazemos algo que, muitas vezes, é visto como defeito, mas é a maior qualidade da juventude, que é a rebeldia, a inconformidade, a convicção de que a realidade pode e deve ser transformada. Isso é lutar como uma garota”.

A pré-candidata ressaltou que cada militante tem um papel a cumprir, mas que a luta coletiva é ainda mais importante. “Nós, juntos, quando ocupamos a politica, podemos transformar a política. Se a gente junta as garotas e garotos que somos, com a inconformidade com os problemas e a certeza de que podemos mudar os rumos do país, podemos construir um socialismo brasileiro, com a cara desse povo, podemos transformar. Ser militante da UJS é dizer que acreditamos na juventude, na união e no socialismo”. 

Manuela rebateu ainda a ideia de que jovens não gostam de política. “A gente não gosta de qual política? A política feita pela própria elite, em que todo mundo que ocupa a política é homem, branco e tem entre 50 e 60 anos? A gente não gosta dessa política mesmo. Mas a gente não gosta dessa e abandona toda a política? Ou a gente não gosta dessa e ocupa para transformar? A gente decidiu ocupar para transformar”, colocou.

Na sua avaliação, não há contradição entre a luta institucional e a luta dos movimentos sociais. “Para a gente, mandato é instrumento da luta de transformação, que a gente da UJS aprende na rua. A gente é UJS em qualquer espaço. Não interessa se é na UNE, na Presidência ou no movimento negro, LGBT. A UJS nos diz que é urgente amar o Brasil, é urgente construir o socialismoa para que a gente tenha dias de justiça social”, declarou.

Manuela citou um trecho da música “Bola de meia, bola de gude”, de Milton Nascimento, para falar do papel que cumpre a juventude. “Vocês nos dão a mão nos mais difíceis momentos. A gente foi lá, lutou contra neoliberalismo, denunciou privatização, veio Lula, Dilma, Reuni, Prouni, cotas, ‘Minha casa, minha vida’, soberania nacional, brasilidade, autoestima. Aí depois golpe, misoginia, ódio, ódio de classe, crescimento do fascismo. Aí a gente olha pra vocês e vocês nos dão as mãos e nos lembram das coisas belas”, disse. 

No fim, ela fez um agradecimento à UJS, afirmando que foi seu tempo como militante na entidade que lhe permitiu hoje ser pré-candidata à Presidência. “Vocês permitiram que eu me encontrasse com o povo brasileiro, com a luta pelo mais belo, pelo mais justo e o melhor do mundo, com os heróis do nosso povo, permitiram que eu tivesse força para lutar contra o liberalismo, para ver muito sonhos serem realizados, e que eu tivesse a certeza de que é possível construir um país mais justo”, concluiu.

Durante o ato, que foi acompanhado por delegados de todo o país e também por convidados de outros países, como Síria, Chile, Portugal e Argentina, o vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, falou ainda sobre a crise do capitaismo e o momento de regressão, concentração de renda e elevação da pobreza pelo qual passa o mundo. E destacou que há alternativa ao regime do capital. 

Ao encerrar sua fala, Sorrentino celebrou o que, para ele, é o maior sentido de ser vanguarda nos dias de hoje, que é à capacidade de renovar as gerações de lutadores e dirigentes do povo brasileiro. 
Luíza Bezerra, secretária da Juventude da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), destacou a difícil situação do jovem no mercado de trabalho brasileiro. “A juventude ao lado da classe trabalhadora vai conseguir superar esse momento, e isso só se faz através da política”, apontou. 

Já o presdiente da CTB, Adilson Araújo, citou a necessidade de a esquerda lutar por uma convergência programática e promover mobilizações. “É fundamental enxergar que ocupar o poder pressupõe ocupar as ruas, quebrar o estigma da criminalização da política, disputar o voto de um povo que está descrente. Precisamos apresentar uma persepctiva. A Manuela é a voz da alternativa, do socialismo”, defendeu. 

O diretor do IFSP, Luís Cláusio de Matos também mencionou a importância de lutar contra a campanha de descrédito da política. “A gente sabe que está em curso um golpe no país. E o golpe não e só tirar a presidenta e vender nossas estatais. Querem que a gente acredite que todo político é corrupto, que a política não presta e que devemos ignorar isso. Fico feliz de ver a juventude unida, porque o que querem é que a gente fique descrente e abandone nossos ideias. E aí eles vão poder fazer o que quiserem. Por isso, não desistam nunca”, pediu.

O presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas, Pedro Górki, falou sobre a resistência da juventude. Segundo ele, os jovens não aceitam mais a miséria, a fome, a exclusão, a educação sucateada e o desemprego. “Se forem fechar e sucater as escolas, nós vamos ocupar. No momento em que vendem nosso patrimônio, nossa resposta é ocupar todos os espaços de poder. Essa juventude não aceita um país que não seja para todos”, afirmou. 

Marianna Dias, presidenta da UNE, destacou a destruição que o atual governo promove no país e também mencionou a unidade das esquerdas. “Quando dizemos que queremos ocupar o poder, é para que essa destruição não continue. Eles precisam saber que daqui vai sair resistência, daqui vão sair jovens preparados. Quando a gente vê Manuela, a gente se inspira. Uma mulher que se dedica à luta política e que não tem vergonha de dizer que não será impeditivo para a esquerda se unir. E a esquerda precisa se unir porque depende dela um projeto de país mais justo”. 

A presidenta da UJS, Carina Vitral, falou que o golpe coloca a conta da crise nas costas dos trabalhjadores, das mulheres e dos jovens. “A situação não está fácil, a gente se envergonha vendo o Congresso comprometido com interesses econômico,s ao invés de com os interesses do povo. A solução é ocupar. Vamos tomar os espaços de poder, pegar a caneta na mão, e tomar os rumos do nosso país. Vamos ocupar a opolítica, porque a política é a única esperança. A nossa geração, que luta e ocupa, precisa chegar lá para fazer diferente”, concluiu.

Veja a íntegra do ato politico
Fonte: VERMELHO