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terça-feira, 11 de julho de 2017

MOVIMENTOS: Reforma Trabalhista: Sindicalistas denunciam estado de exceção

JP afirmou que ele e centenas de dezenas de dirigentes das centrais sindicais estão sendo impedidos – e coagidos pela polícia legislativa - de acompanhar a votação da reforma trabalhista que acontece nesta terça-feira (11) no plenário do Senado.

Ainda de acordo com JP, há um cerco da polícia legislativa contra os manifestantes. Segundo ele, aqueles que estão em frente ao plenário Petrônio Portela, local em que governistas armavam continuar a sessão, não podem usar o banheiro e nem receber alimentos.

“A informação que temos é que há possibilidade de algumas pessoas credenciadas do movimento sindical irem para as galerias mas isso ainda não aconteceu. Há também uma expectativa em torno da desocupação dos corredores do Senado”, informou JP.

Em um cenário em que senadoras da oposição ocuparam a mesa diretora no plenário do Senado e em que os governistas usam de todas as manobras para avançar com a votação da reforma trabalhista, o movimento social e sindical denuncia a censura e repressão a que estão sendo expostos nos corredores da Casa que deveria ser do povo. 

Na opinião da maioria, volta a se instalar o clima de repressão que ocorreu ao final da Marcha da Classe Trabalhadora contra as reformas em maio. 

O saldo naquela ocasião foi de 49 feridos, pessoas presas, policiais apontando armas letais para manifestantes, lançando bombas de gás lacrimogêneo e gás de pimenta. Michel Temer também editou decreto autorizando as forças armadas para conter a manifestação.

Voz dos trabalhadores

O presidente da CTB, Adilson Araújo, foi um dos dirigentes que sentiu o peso da ação policial ao reclamar das armas da segurança legislativa apontada para os trabalhadores. 

“Não estamos aqui para brigar com a polícia mas não vamos ser nós vítimas da repressão. Queremos acesso para emitir uma opinião e falar em nome daqueles que querem que o Brasil saia das páginas policiais e encontre o caminho da geração de emprego”, afirmou.

A busca pelo diálogo no Senado também é o motivo do ato político de ocupação da mesa diretora do plenário pelas senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Fátima Bezerra (PT-RN) e Gleisi Hoffman (PT-PR).

Vanessa diz que os parlamentares querem discutir o projeto e não apenas deixar nas mãos de Michel Temer a decisão pelos vetos. 
Quadrilha

O presidente da Central Única dos Trabalhadores Vagner que Michel Temer e seus “comparsas” tornaram a democracia brasileira “uma brincadeira”. Ele se referiu ao grupo como “quadrilha”. 

Nesta segunda-feira (10), o deputado Carlos Zveiter apresentou parecer favorável a que prossiga na Câmara a denúncia de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer. Envolvido em gravação com o executivo Joesley Batista, Temer foi denunciado pela Procuradoria Geral da União (PGR).

Vagner também denunciou que “entrou gente ligada a confederações patronais” para acompanhar . “É um golpe parlamentar, que além de tirar direitos impede o acesso do povo. È a ditadura. Se o povo não pode entrar é porque eles tem alguma coisa a esconder”.

Arbitrariedade

Marianna Dias, presidenta da União Nacional dos Estudos (UNE) acusou a presidência do senado de arbitrária e autoritária. Ela confirmou que a policia agiu com truculência e ameaçou os manifestantes com armas.

“Não vamos recuar porque aqui é nossa casa. Os movimentos sociais querem opinar. No Brasil tem movimento social e a gente não vai permitir que passe tudo em branco”, enfatizou a dirigente da UNE. Marianna denunciou as manobras dos governistas em tentar fazer uma sessão clandestina, o que levou os manifestantes à entrada do auditório Petrônio Portela.

Por volta das 18h a sessão de votação da reforma ainda não havia sido retomada no Senado. Representantes dos movimentos sociais e sindicais permaneciam na Casa.

Fonte: Portal Vermelho

MOVIMENTOS: Protesto no Congresso: Cruzes no gramado contra reforma trabalhista



Na manifestação desta terça-feira (11) as concentrações foram divididas em regiões administrativas do Distrito Federal, no espaço do servidor (na Esplanada dos Ministérios), na área em frente ao Congresso Nacional, na rodoviária do Plano Piloto, em frente ao Palácio do Buriti (sede do governo do DF) e no campus da Universidade de Brasília (UnB).

No total, são caravanas de trabalhadores de Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso formadas, em sua maior parte, por professores, bancários, servidores públicos, metalúrgicos, eletricitários e comerciários.

Eles viajaram até Brasília no final de semana para acompanhar a votação da reforma e, como ponto mais emblemático do protesto, fixaram no gramado localizado em frente ao Congresso aproximadamente 100 cruzes brancas que representam perdas de direitos para os trabalhadores brasileiros.

Em cada cruz está uma inscrição como licença-maternidade remunerada, intervalo do almoço, concurso público, acordo coletivo e progressão salarial. “Tudo isso vai se perder se a gente não conseguir barrar a reforma. Estamos animados com o fim desse governo, achando que o Temer vai sair, mas não adianta sair e deixar essa reforma aprovada, porque não vai melhorar muito as coisas para nós. Se Rodrigo Maia (presidente da Câmara) chegar ao Planalto, para nós vai dar no mesmo”, reclamou o analista de sistemas Robson Tavares.

Servidor público cearense, Tavares destacou que a questão não é apenas a mudança nas regras trabalhistas, mas as reformas neoliberais que o grupo que está no poder tenta implantar no país como um todo.

‘Estado de exceção’

Mais dispersos depois da notícia da “ocupação” da mesa diretora pelas senadoras, os manifestantes aproveitaram para criticar, do microfone dos carros de som, o que chamaram de “arbitrariedade” por parte do presidente do Senado. “A cada dia que passa temos maior percepção de que estamos vivendo um estado de exceção no Brasil. Essa atitude do senador Eunício Oliveira de suspender a sessão e proibir a entrada de jornalistas e sindicalistas ao plenário é uma prova nítida disso”, disse Francisco Machado, representante do Sindicato dos Servidores Públicos do DF.

O bancário Max Bezerra, de Nova Friburgo, trouxe junto com ele um grupo de bancários de várias cidades do interior do Rio de Janeiro e aguardava o desenrolar dos acontecimentos no Senado, para decidir se continuaria em frente ao Congresso ou se se mobilizaria com o grupo para outro local onde estão acontecendo manifestações. Max classificou a proposta de reforma trabalhista de “golpe continuado”.

“Até mesmo o episódio observado no final da manhã no Senado consiste em golpe, pretexto para dar andamento às propostas. Enquanto estivermos vendo programações de TV direcionadas para um determinado setor, o país viverá uma espécie de realidade paralela. A solução é ir para as ruas e se posicionar”, afirmou.

A professora Adriana Andrade, do Paraná, lembrou das lutas que os sindicatos de professores têm feito em todo o país, como forma de combater o salário pequeno pago à categoria e reclamou que, caso seja aprovada a reforma trabalhista, a situação ficará ainda pior. “Para pessoas como eu, que sou concursada, a situação já é difícil, que dirá para outros trabalhadores. Esta reforma é uma perda total para o país, com precarização de direitos para todos”, disse.

Saída de Temer

Entre os eletricitários, o ambiente foi de faixas e cartazes tanto contra vários itens da reforma como também pedindo a saída do presidente Michel Temer. “Estamos tendo um dia de mobilização silenciosa hoje, sem alarde nem grandes passeatas, mas sabemos que nosso clamor está sendo ouvido e queremos acompanhar a votação da proposta até o fim”, afirmou Edvaldo Nogueira, de Goiás.

A CUT Brasília e seus sindicatos filiados realizaram, durante a manhã, passeata que intitularam de “Marcha Contra os Assassinos de Direitos”, em oposição aos senadores que declararam apoio ao texto da reforma. “Essa matéria retira todos os direitos da classe trabalhadora em benefício dos capitais financeiro, agrário e empresarial, os verdadeiros responsáveis por colocarem Temer no poder e que agora cobram a alta fatura do financiamento do golpe”, afirmou o presidente da CUT local, Rodrigo Britto.

“Os trabalhadores e trabalhadoras não se esquecerão dessa traição por parte dos parlamentares. A CUT, os sindicatos e os movimentos sociais, em todos os estados, estamparão nas ruas e nas redes sociais, a cara desses assassinos de direitos para que sejam riscados do cenário político nacional”, destacou Britto.


Rede Brasil Atual

Ao vivo: Senado vota projeto que retira direitos dos trabalhadores


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