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sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Previdência de Temer é uma punhalada nas costas do trabalhador do campo, alerta dirigente da CTB

Mal nasceu o sol e homens, mulheres e crianças já estão a caminho da roça para o trabalho diário. A vida no meio rural começa cedo para agricultores e agricultoras: por volta dos sete ou oito anos os filhos começam o trabalho na lavoura para ajudar na renda familiar. 
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 78,2% dos homens e 70,2% das mulheres começam a exercer a atividades rural antes dos 15 anos.
E mesmo assim, pela Reforma da Previdência Social (Proposta de Emenda Constitucional 287) anunciada pelo presidente ilegítimo Michel Temer, campesinos só poderão se aposentar aos 65 anos, ou seja, 57 anos depois de ter ingressado na "lida". Sem contar que homens e mulheres terão a idade para adquirir o benefício equiparada.
O tempo de contribuição mínima também aumenta de 15 para 25 anos, e agora todo agricultor terá de contribuir mensalmente - antes a contribuição era pela produção, uma forma de reparar a irregularidade da renda devido a sazonalidade intrínseca ao trabalho no campo.
Atualmente, os trabalhadores rurais que comprovam a atuação na atividade podem se aposentar aos 60 anos, os homens, e aos 55 anos, as mulheres. Com a reforma, o agricultor terá que trabalhar mais cinco anos. enquanto a agricultora, mais dez anos.
sergio miranda
Para Sérgio de Miranda, secretário de Políticas Agrícola e Agrária da CTB, a proposta de reforma como está é uma punhalada nas costas de homens e mulheres do campo, que têm uma vida extremamente penosa, dependendo da chuva e do sol, expostos a intempéries.
“Essa mudança é um tiro de misericórdia em trabalhadores do campo, que convivem com uma rotina exaustiva e degradante de trabalho, o que pode contribuir para o aumento do êxodo rural. De acordo com a sazonalidade, homens e mulheres do campo chegam a cumprir uma jornada mínima de 12 ou 14 horas diárias na lavoura”, ressaltou com preocupação o dirigente da CTB.
O êxodo rural (a saída dos jovens do campo) é um dos grandes desafios das famílias que tentam manter seus descendentes no campo para realizar a sucessão rural.  “Com a piora da qualidade de vida e o aumento do tempo para aposentadoria, os jovens serão empurrados para as grandes cidades. Quem vai querer se manter no campo produzindo para não conseguir se aposentar?”, afirmou Miranda.
Outra preocupação levantada pelo dirigente refere-se a forma de contribuição, que ainda não está clara na nova proposta. Mas já se sabe, que a reforma da Previdência proposta por Temer vai dificultar a aposentadoria do trabalhador e da trabalhadora rural, que em boa parte é penalizado pelo trabalho informal e tem dificuldades em comprovar a atuação no campo.
“Quem trabalha no campo, depende do resultado da safra, não tem entrada de uma renda fixa mensal. Dessa forma, contribui com 2,1% da comercialização de toda a sua produção”, lembra Miranda ao lembrar que o benefício de um salário mínimo na maioria dos casos completa a renda familiar, longe de afastar campesinos da lida, e também ajuda a movimentar a economia dos municípios. “As aposentadorias, que ajudam os agricultores no sustento, movimentam a economia e funcionam como instrumento de redistribuição de renda. O agricultor e a agricultora são responsáveis pela maior parte dos recursos que são gerados nos municípios, que sustentam o comércio local e faz girar a economia da região”, ressalta o sindicalista.
Para ele, é imprescindível neste momento ampliar a mobilização e a resistência ante a mais esse ataque aos direitos da classe trabalhadora. “Não vamos aceitar mais esse retrocesso. Estamos ampliando nossa mobilização e realizando um trabalho de conscientização com a população e parlamentares para o tamanho dos prejuízos para trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade. Não se mexe com direitos adquiridos de milhões de pessoas que ajudaram a construir esse país e são responsáveis por mais de 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros. Vai ter luta!”, finalizou o líder rural.
Cinthia Ribas - Portal CTB

Reforma da Previdência é mais uma agressão às mulheres e aprofunda desigualdades

É consenso entre as centrais sindicais de que o projeto de reforma da Previdência do governo federal retira direitos da classe trabalhadora. Agora, em relação às mulheres a situação fica ainda pior, de acordo com as sindicalistas da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB).
“Começa com a irresponsabilidade de se igualar a idade mínima para a aposentadoria aos 65 anos. Ignoram que as mulheres, além de estar no mercado de trabalho, têm que cuidar da casa e dos filhos”, afirma Ivânia Pereira, secretária da Mulher Trabalhadora da CTB.
Pela lei atual, as mulheres se aposentam com 55 anos de idade e 30 anos de contribuição, ou seja, terão que trabalhar ao menos 10 anos mais. “É terrível porque começamos a trabalhar mais cedo, já que a nossa educação machista exige tarefas domésticas das meninas muito cedo”, diz Kátia Branco, secretária da Mulher da CTB-RJ.
Existe inclusive uma regra de transição para as mulheres acima de 45 anos, pela qual ela é obrigada a trabalhar a metade a mais do tempo que lhe falta para aposentar. Assim: se faltar 2 anos, terá que trabalhar 3 anos. No caso dos homens a idade é acima dos 50 anos, com a mesma regra.
Branco explica também que as mulheres são as mais prejudicadas na mudança sobre a pensão por morte. Porque a reforma pretende reduzir pela metade as pensões pagas às viúvas, acrescendo 10% por dependente com menos de 18 anos, que perde o benefício ao completar a maioridade.
Reforma da previdencia e mais um capitulo da triste saga da trabalhadora brasileira 2
Já Sandreia Barroso de Carvalho Lima, secretária da CTB-PI, lembra que a mulher sofre discriminação no mercado de trabalho, sendo “as primeiras a serem demitidas e as últimas a serem contratadas” e por isso, “ficam mais tempo sem contribuir, atrasando a aposentadoria”.
Pereira acrescenta ainda que às mulheres são destinadas as “atribuições mais pesadas e que exigem atenção redobrada”. Ela cita o trabalho doméstico, da saúde e da educação. “As professoras, por exemplo, são as maiores prejudicadas”, diz. “Perdem a aposentadoria especial de 25 anos, acrescendo ainda mais anos de labuta nessa profissão extremamente desgastante”.
Lenir Piloneto Fanton, secretária da Mulher da CTB-RS, conta que na década de 1980, “juntamente com os homens, exigimos a homologação da Constituição Federal a idade de 55 anos como mínima para as mulheres, então aumentar 10 anos é um verdadeiro desrespeito”.
De acordo com Fanton, para as trabalhadoras rurais a reforma é ainda mais prejudicial. Isso porque “no campo, começamos a trabalhar muito cedo. Temos uma tarefa extenuante, além dos afazeres domésticos e trabalhamos na roça de sol a sol”.
Portanto, diz ela, “ter o direito à aposentadoria somente aos 65 anos nos torna praticamente escravas em pleno século 21. Esse governo não conhece a realidade da agricultura familiar que é responsável por 70% da produção de alimentos no país”.
Além de todas essas questões, Pereira afirma que são as mulheres mais pobres as que mais sofrem, porque “trabalham em situações extremamente precárias, moram longe e ganham os menores salários”.
“Igualar a idade mínima entre homens e mulheres para a aposentadoria é uma crueldade e aumenta a desigualdade entre os gêneros no país”, conclui Branco.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy. Fotos: Justificando

CTB apoia projeto de comunicação que denuncia o desmonte da Previdência Social



A  Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) apoia projeto de comunicação que denuncia a Proposta de emenda à Constituição (PEC) 287, que desmonta da Previdência Social. A iniciativa, que será lançada na segunda-feira (12), é do Portal Outras Palavras e pretende desmascarar por meio do jornalismo mais uma ameaça do governo Temer aos direitos dos trabalhadores.
O objetivo do site é mostrar que, ao contrário do que alegam os conservadores, é preciso ampliar (e não reduzir) os benefícios para a construção de uma sociedade mais justa. Serão discutidas alternativas ao projeto do governo como a tributação dos mais ricos, a revisão de isenções e desonerações fiscais e a cobrança de débitos previdenciários dos grandes devedores, entre outras medidas.
Atualmente, a classe trabalhadora sofre uma série de ameaças por parte do governo Temer. A PEC 55, que limita os gastos públicos, representa retrocessos em áreas fundamentais como a Saúde e a Educação, podendo comprometer ainda futuros investimentos sociais. Mas ela não é um projeto isolado. Faz parte de um amplo pacote de medidas, algumas já em ação, que almejam a retirada de direitos e se completam com a proposta de reforma da Previdência, a PEC 287, enviada para o Congresso Nacional nesta terça-feira (6).
Para levar adiante a reforma – que, na prática, é um desmonte –, além de usar sua base de apoio político, o governo já iniciou uma campanha publicitária sobre o tema e conta desde já com o apoio maciço da mídia tradicional. O projeto Previdência – Mitos e Verdades (previdenciabrasil.info) tem como objetivo fazer o contraponto ao discurso governista e à cobertura dos veículos da grande imprensa, por meio de reportagens, entrevistas, artigos e análises que mostram como os argumentos utilizados para justificar a retirada de direitos são falhos. Em um momento no qual será necessário o máximo de mobilização social para barrar esse ataque aos trabalhadores, a comunicação é uma frente de batalha fundamental.
Para ampliar o alcance do conteúdo, todo o material produzido está disponível para livre reprodução em qualquer veículo. Se você tiver sugestões de pauta ou quiser conversar com a equipe que faz o site, entre em contato pelo e-mail previdencia@outraspalavras.net
Lançamento de Previdência – Mitos e Verdades
Segunda-feira, 12 de dezembro
Horário: 18h
Sede do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo
Rua Santo Amaro, 71 – Bela Vista, São Paulo-SP

Mais informações: Joanne Mota (11) 984429245.

Portal CTB

Enquete nas redes aponta que brasileiros preferem o Brasil com Dilma



"Hoje o governo de Michel Temer completa 100 dias. Ele assumiu após o impeachment de Dilma Rousseff por ser seu vice. Uma das promessas era de que o país sairia da situação incômoda que estava e ficaria melhor para os brasileiros. E aí, melhorou? Deixe seu voto e seu comentário", questionava a enquete.

Após 3 horas e 40 minutos de votação, o placar final: 94.886 pessoas preferem o Brasil com Dilma Rousseff. E 30.890 preferem o Brasil com Michel Temer.

A internauta Ana Amora, comentou "Melhorou nada! Desemprego aumentou, a Lava a Jato é seletiva, o juiz é amiguinho do bandido, querem nos escravizar com a PEC 55, uma louca vergonha!". 


Do Portal Vermelho, com informações do Yahoo