ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

A importância da Frente Brasil Popular


PAULO PINTO / FOTOS PÚBLICAS

Encerrado os anos do governo Lula e com a eleição da presidenta Dilma, abre-se expectativas com relação ao governo da primeira presidente mulher da história.

O ano de 2013 é crucial para o governo que vê expresso nas ruas as insatisfações populares, inicialmente organizadas pelo Movimento Passe Livre com a pauta de melhoria no transporte e diminuição dos preços das tarifas, manifestações que, por fim, se desdobram em movimentos políticos antagônicos com relação ao governo.

Se 2013 teve como marca as mobilizações, o debate principal de 2014 foi a disputa eleitoral entre forças sociais que vinham se radicalizando. O pleito eleitoral resultou na reeleição da presidenta Dilma Rousseff para um segundo mandato. Já nos primeiros meses de 2015, os grupos de oposição ao governo aventam pedir o impedimento da presidenta recém-empossada e agendam manifestação para o dia 15 de março.

No sentido contrário à oposição, um conjunto de entidades embrionárias do que se tornaria a Frente Brasil Popular, entre as quais a CUT (Central Única dos Trabalhadores), CMP (Central de Movimentos Populares), MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) e UNE (União Nacional dos Estudantes), entre outras, articula e mobiliza atos dois dias antes da manifestação dos grupos de direita – 13 de março – chamado de Dia Nacional de Mobilização, cujas bandeiras principais foram: defesa da democracia, da Petrobras e dos direitos sociais. As manifestações de 14 e 15 de março foram uma prévia do cenário acirrado que seria o ano de 2015.

Neste cenário de disputa política, mobilizações e articulações, surge a Frente Brasil Popular, criada no dia 5 de setembro de 2015, em Belo Horizonte MG, com a participação de 2.500 representantes de 66 organizações dos mais diversos movimentos sociais brasileiros, entre os quais a CUT, MST, CMP, UNE, e a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), e mais os partidos PT, PCdoB.

A presença desses vários segmentos na fundação demonstra uma amplitude e representatividade da Frente Brasil Popular.

No manifesto ao povo brasileiro a FBP expõe quais são os motivos que justificam a fundação de uma frente. No documento enfatiza que diante de um momento de crise do capitalismo internacional, com consequências para vários países vizinhos e ao Brasil, resultando em grave perigo de perda de direitos e as implicações que isso trará às aspirações fundamentais do povo brasileiro, bem como ao emprego, ao bem-estar social, às liberdades democráticas, à soberania nacional, à integração com os países vizinhos.

Surge a FBP “para defender os direitos, a democracia, outra política econômica, a soberania nacional e a integração regional e as transformações profundas em nosso país”.

Em pouco mais de dois anos de existência a FBP construiu um legado e não há como falar na resistência ao golpe sem mencioná-la. Neste sentido, desempenhou um importante papel na articulação e mobilização em defesa da democracia e contra retirada de direitos.

A FBP empunhou a bandeira do Fora Temer e se posicionou contra as reformas do ensino médio, a PEC 55, as reformas trabalhistas e da Previdência, a terceirização e a venda do pré-sal, fez a defesa das eleições Diretas Já e apresentou o plano de emergência, cujo objetivo visa a superação a crise atual.

A FBP contribuiu para a unidade dos movimentos sociais e partidos, realizando grandes mobilizações no primeiro semestre desse ano, com destaque para a maior greve geral da história do país no dia 28 de abril de 2017, sinalizando a retomada das lutas de massas, embora insuficiente para barrar a instauração de um ajuste neoliberal mais radical do que o aplicado nos anos de 1990.

Entre os desafios colocados para FBP está a do aprendizado com as experiências vividas até aqui, ou seja, de que para barrar os retrocessos só com a classe trabalhadora na rua. Neste sentido faz-se necessário investimento no trabalho de base, formação política, aposta nas articulações e mobilizações para incidir na conjuntura e mudar a correlação de forças postas na sociedade. A nosso juízo a FBP deve lutar por reformas que mudem as estruturas e transcenda os governos. E para tanto faz-se necessário enraizamento nos estados, nos municípios e nos bairros ampliando sua capacidade de mobilização.

A FBP realizará sua 2ª Conferência Nacional sob o lema: Unidade e Luta por Democracia, Direitos e Soberania, nos dias 9 e 10 de dezembro, em Guararema-SP, na Escola Nacional de Formação Florestan Fernandes.

A 2ª Conferência será um importante espaço de reflexão, análise e discussão de temas que propiciem aos movimentos sociais e partidos formular respostas conjuntas para incidir no atual cenário político, a curto, médio e longo prazo.

Entre as questões candentes estará qual a unidade que se busca? Definição se FBP é tática ou estratégica? Qual é o papel de uma Frente em uma conjuntura de golpe e luta de classes? Posicionamento sobre as eleições de 2018?

Em se tratando de uma Frente que congrega movimentos sociais e partidos há que se ater para não a tornar correia de transmissão de partidos, sem negar a importância deles.

Em um ano de eleições será um desafio ao mesmo tempo participar do processo eleitoral e manter as mobilizações contra a retirada de direitos e o debate programático com vistas a um projeto político da classe trabalhadora que perpasse as eleições de 2018.


*Francisca Genilce Gomes é Professora de Sociologia, pesquisadora do Nemos - Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre Movimentos Sociais do Programa de Pós-Graduação da PUC-SP - e da coordenação da Escola de Formação Política da Central de Movimentos Populares.
Portal Vermelho

João Bosco desautoriza uso de sua música pela Polícia Federal

 
FOTO DIVULGAÇÃO


“Essa canção foi e permanece sendo, na memória coletiva do país, um hino à liberdade e à luta pela retomada do processo democrático”, afirma o compositor João Bosco em relação à música O Bêbado e a Equilibrista, de onde a Polícia Federal retirou a denominação “Esperança Equilibrista” para a operação realizada nesta quinta-feira (6) contra o reitor e outros dirigentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Indignado com a ação policial e com o uso da canção, feita em parceria com Aldir Blanc, João Bosco foi enfático: “Não autorizo, politicamente, o uso dessa canção por quem trai seu desejo fundamental”.

João Bosco chama a operação de “violência à cidadania” e ressalta o fato de que os acusados e seus advogados sequer tiveram acesso ao processo. O compositor chama atenção para o ataque à universidade pública e ao ensino gratuito. Ao final da nota afirma: “Fica aqui, portanto também a minha defesa veemente da universidade pública, espaço fundamental para a promoção de igualdades na sociedade brasileira. É essa a esperança equilibrista que tem que continuar”.

Leia a íntegra da nota de João Bosco:

Recebi com indignação a notícia de que a Polícia Federal conduziu coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jaime Ramirez, entre outros professores dessa universidade. A ação faz parte da investigação da construção do Memorial da Anistia. Como vem se tornando regra no Brasil, além da coerção desnecessária (ao que consta, não houve pedido prévio, cuja desobediência justificasse a medida), consta ainda que os acusados e seus advogados foram impedidos de ter acesso ao próprio processo, e alguns deles nem sequer sabiam se eram levados como testemunha ou suspeitos. O conjunto dessas medidas fere os princípios elementares do devido processo legal. É uma violência à cidadania.

Isso seria motivo suficiente para minha indignação. Mas a operação da PF me toca de modo mais direto, pois foi batizada de “Esperança equilibrista”, em alusão à canção que Aldir Blanc e eu fizemos em honra a todos os que lutaram contra a ditadura brasileira. Essa canção foi e permanece sendo, na memória coletiva do país, um hino à liberdade e à luta pela retomada do processo democrático. Não autorizo, politicamente, o uso dessa canção por quem trai seu desejo fundamental.

Resta ainda um ponto. Há indícios que me levam a ver nessas medidas violentas um ato de ataque à universidade pública. Isso, num momento em que a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, estado onde moro, definha por conta de crimes cometidos por gestores públicos, e o ensino superior gratuito sofre ataques de grandes instituições (alinhadas a uma visão mais plutocrata do que democrática). Fica aqui portanto também a minha defesa veemente da universidade pública, espaço fundamental para a promoção de igualdades na sociedade brasileira. É essa a esperança equilibrista que tem que continuar.

João Bosco
07/12/2017

Aldir Blanc

Ao final da tarde, Aldir Blanc também divulgou nota, assinada em conjunto com João Bosco falando sobre o uso de sua música para batizar a operação policial. Aldir, bem ao seu estilo irônico, sugere outras "operações" para combater a imopunidade e chega a sugerir nomesàs ações. Leia a nota de Blanc e Bosco:


"Depois da operação "Esperança Equilibrista", João Bosco e eu esperamos que a Polícia Federal prenda também Temereca, Mineirinho Trilhão157, que foi ajudado pela Dra. Carmen Lúcia, e o resto, aquela escória do Quadrilhão que impera, impune, no Plabaixo.

A nova Operação se chamaria "De frente pros crimes" dos que sempre ficam impunes, com ajudinhas de Gilmares, Moros, PFs, etc.

Também esperamos que ninguém se suicide ou seja suicidado nessas operações, o que já é marca registrada das forças repressoras que servem aos direitistas do Brasil.

Ass. João Bosco/ Aldir Blanc"

Valor que Lava Jato devolve é irrisório perto de prejuízos ao país

 
 


O evento de devolução aconteceu em Curitiba, base central da operação, com a presença do presidente da estatal, Pedro Parente. Segundo a Procuradoria, trata-se da maior quantia já recuperada em uma investigação criminal. 

A exaltação ao montante de dinheiro vem sendo usada por procuradores como um argumento a favor das delações. Os acordos de delação premiada são alvo de críticas inclusive de diversos juristas, que apontam que eles têm ultrapassado os limites legais.

Outro questionamento à operação diz respeito a seus impactos negativos na economia do país. Todo o fuzuê em torno das verbas resgatadas não apaga o fato de que a Lava Jato, ao fazer o correto combate à corrupção, deixou um rastro de destruição, em especial na cadeia produtiva de petróleo e gás - obras paralisadas, corte de investimentos e muitas demissões.

Segundo dados da consultoria Tendências, da queda de 3,8% do PIB (Produto Interno Bruto) de 2015, 2 pontos estariam relacionados aos prejuízos acarretados pela operação. Houve quem falasse em 2,5 pontos percentuais. A maioria das consultorias calculou um impacto de cerca de 120 bilhões de reais na economia naquele ano. A Consultoria GO Associados, falou em R$ 140 bilhões apenas em 2015. Significa que, em números, os prejuízos são 100 vezes maiores que o saldo devolvido à estatal. 

Mas os danos vão além dos números. De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), setores que foram atingidos, direta ou indiretamente, pela operação perderam cerca de 2 milhões de postos de trabalho em 2015 e algo em torno de 1 milhão em 2016. Só na Petrobras, em três anos, 197 mil funcionários e terceirizados perderam seus empregos.

Com contratos suspensos e sem acesso a crédito, muitas companhias, em especial os fornecedores da Petrobras, fecharam as portas ou entraram em recuperação judicial. Grandes empresas decidiram vender ativos e têm problemas para pagar suas dívidas. No fim, tem sobrado para o trabalhador.

Motivados por um evento em homenagem ao combate à corrupção que contará com a presença do juiz Sergio Moro, funcionários da Petrobras emitiram uma nota na qual ressaltam que as perdas para a economia nacional com a Lava Jato superam muito os ganhos alardeados pela força-tarefa.

“Com a justificativa de recuperar o dinheiro roubado dos cofres públicos e punir poderosos, a operação avança gerando um rastro de destruição econômica que não é compensada por seus supostos benefícios”, diz o texto, divulgado no site da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet).

Para os signatários do documento, uma “parceria” entre judiciário e mídia criou uma narrativa que tem servido à “destruição do país e da própria Petrobras” e à “entrega das nossas riquezas ao capital estrangeiro”. Os funcionários da Petrobras ressaltam que a Lava Jato não é a única responsável por todos os males do Brasil, mas defendem que ela foi o principal “fator que viabilizou a ascensão ao poder central da quadrilha de Michel Temer”, que promove retrocessos no país.

“Para se ter ideia, em 2014 quando esta Operação teve início, o PIB era de US$ 2,456 trilhões, terminando 2016 em US$ 1,796 trilhões por vários fatores, inclusive pela paralisia trazida pelo pretenso combate a corrupção. Logo, as perdas foram muito mais significativas que os ganhos, gerando um processo de desindustrialização no país com retorno a uma economia voltada ao setor primário”, aponta a nota.

Vale ressaltar que, após a chegada de Temer ao poder, teve início uma política de desmonte, que incluiu a mudança na legislação do pré-sal. Com isso, o país abriu mão de a estatal ter sempre participação mínima de 30% no consórcio de exploração do pré-sal e ser responsável pela “condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das instalações de exploração e produção”. 

As perdas são incalculáveis. Mas é possível contabilizar, por exemplo, o quanto o apís vai perder com outra iniciativa que integra a política de enfraquecimento da Petrobras. Esta semana, o Congresso aprovou Medida provisória que estabelece uma redução de tributos às petrolíferas estrangeiras na exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural. Os incentivos fiscais devem acarretar perdas aos cofres públicos da ordem de R$ 1 trilhão, além de eliminar um milhão de empregos.

Leia a seguir a íntegra do manifesto dos funcionários:


Manifesto de Repúdio à Presença de Sérgio Moro na Petrobras

A Petrobras está convidando os empregados para o evento “Petrobras em Compliance” a ser realizado no dia 08/12, no qual o juiz federal de primeira instância, Sérgio Moro, responsável por julgamentos da operação Lava-Jato, irá realizar palestra em virtude do Dia Internacional de Combate à Corrupção. O fato de ser figura polêmica conduzindo uma operação questionável em seus objetivos declarados já configuraria um bom motivo para que a direção da empresa não o convidasse. Porém, uma vez que os trabalhadores não foram consultados quanto ao destaque conferido ao juiz nas dependências da empresa, este manifesto de repúdio visa evidenciar que ele não conta com aprovação plena de toda Petrobras.

A Operação Lava-Jato se assemelha mais a uma série de TV, atuando em “parceria” com a mídia monopolista e empresarial e alçando ao estrelato juízes e procuradores que deveriam agir de modo independente e discreto, sem pronunciamentos e ações espetaculosas conforme exige a profissão, opostamente ao que temos assistido. Construiu-se no imaginário da população a ideia de que a corrupção deve ser combatida a qualquer custo, inclusive à revelia das leis, e a atrelaram a uma determinada categoria de pessoas. Logicamente corrupção é um problema sério, mas na prática seu combate não vem sendo efetivo. Com a justificativa de recuperar o dinheiro roubado dos cofres públicos e punir poderosos, a operação avança gerando um rastro de destruição econômica que não é compensada por seus supostos benefícios.

Esta “parceria” entre judiciário e mídia criou uma narrativa que vem justificando a destruição do país, da própria Petrobrás e entrega das nossas riquezas ao capital estrangeiro. Não estamos afirmando que a Operação Lava-Jato é a única responsável por todos os males que atualmente recaem sobre o Brasil, mas é o principal fator que viabilizou a ascensão ao poder central da quadrilha de Michel Temer, trazendo consigo inúmeros retrocessos ou acelerando aqueles iniciados pelo PT.

O valor monetário recuperado para a sociedade pela Operação Lava-Jato é controverso; reportam-se as cifras de 1 bilhão, 4 bilhões e até 10 bilhões, as quais seriam provenientes de pagamento de multas, acordos de leniência, delações premiadas e bens bloqueados. Já a Petrobrás recebeu de volta 716 milhões de reais; parecem valores altos, mas, ainda em 2015, foi realizado um estudo estimando um impacto de R$ 140 bilhões no PIB brasileiro, representando uma perda de cerca de 2,5%, como um “custo” da Lava Jato. Para se ter ideia, em 2014 quando esta Operação teve início, o PIB era de US$ 2,456 trilhões, terminando 2016 em US$ 1,796 trilhões por vários fatores, inclusive pela paralisia trazida pelo pretenso combate a corrupção. Logo, as perdas foram muito mais significativas que os ganhos, gerando um processo de desindustrialização no país com retorno a uma economia voltada ao setor primário.

Segundo o DIEESE, estima-se que a Lava Jato tenha sido responsável pela perda de mais de um milhão de empregos, fragilizando a Petrobrás e as empresas da cadeia produtiva do óleo e gás, num momento de sérias dificuldades para essa indústria no mundo. Além disso, a fragilização das empresas de construção pesada e o ajuste fiscal reduziram o volume e o ritmo de investimentos públicos em infraestrutura; só as obras paralisadas somam R$90 bilhões que foram jogados fora. Portanto, o valor de R$ 38,1 bilhões que a Força-Tarefa espera recuperar no total não chega nem perto do prejuízo causado à indústria, à economia brasileira e à elevação da taxa de desemprego.

A estrela principal da Lava-Jato, o juiz Sérgio Moro, vem sendo rotineiramente criticado por sua atuação e práticas que se sobrepõem às leis constituídas neste país e ao estado democrático de direito. Paradoxalmente, justo no momento em que começam a surgir indícios de corrupção dentro da própria Operação Lava-Jato, com denúncias graves feitas por Tacla Duran de estar ocorrendo “delações a la carte” solicitadas por procuradores, negociadas por amigo próximo do juiz e uso de provas forjadas, pondo em xeque toda a credibilidade da operação, a direção da Petrobrás convida Moro para reforçar o “compromisso com a ética e a integridade, em especial com a prevenção à fraude, à corrupção e à lavagem de dinheiro”. No mínimo, a empresa deveria ter prudência em relação a este convite e considerar a repercussão que o caso está tendo sob o risco da desmoralização do evento e da própria empresa. Porém, a julgar pela recondução do diretor Elek, prudência quanto a condutas duvidosas não tem sido o forte.

A Petrobrás é uma das maiores empresas do mundo, o petróleo do Pré-Sal é a maior riqueza dos brasileiros, mas este patrimônio gigantesco está sendo, mais que nunca, saqueado. Não vamos aplaudir quem contribuiu para a construção da narrativa que vem servindo para respaldar tantos retrocessos em nosso país e o desmonte da Petrobrás. Nós, abaixo assinados, empregados da Petrobrás, repudiamos a presença de Sérgio Moro na empresa que tanto tem contribuído para destruir.

Michelle Daher Vieira (EDISEN),
Carla Alves Marinho (CENPES),
Joana Bessa (CENPES),
Erick Quintella (CENPES),
Rafael Budha (EDISE),
Ana Patrícia Laier (EDIVEN),
Claudio Rodrigues (EDISE),
Roberto Emery (EDISE),
João Sucupira (Aposentado),
Natália Russo (EDISEN),
Jorge Brito (CENPES),
Thiago Luz (EDISE),
Agenos Jacinto Junior (Aposentado - CENPES),
Anselmo da Silva Santos (Aposentado - CENPES),
Jayme de Oliveira Neto (REDUC),
Marcos Antonio Ribeiro Dantas (Aposentado - CENPES),
Michelle Acruche (CENPES),
Robervainer de Figueiredo 
(FRONAPE),
Aloísio Euclides Orlando Junior (CENPES),
Danielle de Oliveira Rosas (CENPES),
Dener Fabricio (CENPES),
Denilsom Argollo dos Santos Souza (CNCL),
Eusébio Agapito da Silva (TABG-Ilha Redonda),
Vinicius Waldow (CENPES),
Mauro Teixeira (CENPES),
Áurea (TRANSPETRO),
Gustavo Marun (EDICIN),
Márcio Pinheiro (EDISEN),
Renato Gomes de Mattos Fontes (CENPES),
Coaracy Lopes (Aposentado),
Márcio Ribeiro Fonseca (EDISEN),
André Paulo Becker (REGAP),
Rosane Fernandes (CENPES),
Eduardo Azevedo (CENPES),
Cláudio Jarreta (CENPES),
Rafael Prado (REVAP),
Taiane de Lima Braz (REVAP),
Paulo Miller (CENPES),
Fabiola Mônica (Anistiada),
Kunde (REVAP),
Alexandre Rodrigues (REVAP),
Luiz Mario Nogueira Dias (REDUC),
Sandro Moreira Ferreira (EDISEN),
José Alexandre Barbosa (CENPES),
Tiago Amaro (estaleiro Brasfels),
Felipe Brito (EDISEN),
Marcello Bernardo (REDUC),
Alberto Leal (EDICIN),
Rafael Antony (EDICIN),
Jorge Teixeira
(EDIVEN),
Igor Mendes (CENPES),
Gunther Sacic (Aposentado), 
Roberto Wagner Marques (Aposentado),
Jamison Gonçalves (EPPIR AL),
Fabíola Calefi (UTE EZR Cubatão),
Luciano Alves (UO-SEAL/ATP-AL/SOP-SG),
Édson Flores (REFAP),
Bastos (REVAP),
Pedro Augusto (RECAP),
Ricardo Landal (REFAP),
Cláudio Negrão (TRANSPETRO),
Glauco Damazio (EDISE),
Edimilson Pinto da Silva (EDISEN),
Ricardo Nagato (EDICIN),
Sandra S X Chiaroy (CENPES)
Mariana Rits (Revap)
Anderson Fonseca (EDISEN)
Tiago Nicolini Lima (UTGCA)
Felipe Machado de Oliveira (EDISP),
Ricardo Latge (Aposentado CENPES),
Maria Adelaide Silva (EDISEN),
Ricardo Faustino (CENPES)
Roberto Rossi (CENPES),
Márcio Medeiros (CENPES),
Marcelo Quinderé (EDICIN),
Andréa Cavalcanti de Azevedo Cachina (UO-RNCE),
Leonardo Lacerda (CENPES),
Ronaldo Tedesco (REDUC),
Wesley Bastos (REVAP),
Glauber Freitas (EDISEN),
Carlos Henrique R. Fernandes (EDICIN),
Christian Queipo (EDISEN),
Tereza Ramos (Aposentada),
Vinicius Sombra (Edise),
Márcio Trindade (Edise),
Ricardo Mattoso (Edise),
Giovanni Bruno (Edise),
Talles Lopes (EDIVEN),
Gustavo Maurilo (REDUC),
Antonio Claudio Soares (Aposentado CENPES),
Christiane Granha (PIDV),
Naustria Albuquerque (EDISE),
Edmundo Luiz R. da Silva (EDISE)
Carlos Prata (Aposentado - EDISE),
João Carlos Martins (EDISE),
Felipe Coutinho (EDISEN)
Silvio Sinedino (Aposentado)

Do Portal Verrmelho

João Bosco desautoriza uso de sua música pela Polícia Federal

 
Foto Divulgação


“Essa canção foi e permanece sendo, na memória coletiva do país, um hino à liberdade e à luta pela retomada do processo democrático”, afirma o compositor João Bosco em relação à música “O Bêbado e à Equilibrista”, de onde a Polícia Federal retirou a denominação “Esperança Equilibrista” para a operação realizada nesta quinta-feira (6) contra o reitor e outros dirigentes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Indignado com a ação policial e com o uso da canção, feita em parceria com Aldir Blanc, João Bosco foi enfático: “Não autorizo, politicamente, o uso dessa canção por quem trai seu desejo fundamental”.

João Bosco chama a operação de “violência à cidadania” e ressalta o fato de que os acusados e seus advogados sequer tiveram acesso ao processo. O compositor chama atenção para o ataque à universidade pública e ao ensino gratuito. Ao final da nota afirma: “Fica aqui, portanto também a minha defesa veemente da universidade pública, espaço fundamental para a promoção de igualdades na sociedade brasileira. É essa a esperança equilibrista que tem que continuar”.

Leia a íntegra da nota:

Recebi com indignação a notícia de que a Polícia Federal conduziu coercitivamente o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais, Jaime Ramirez, entre outros professores dessa universidade. A ação faz parte da investigação da construção do Memorial da Anistia. Como vem se tornando regra no Brasil, além da coerção desnecessária (ao que consta, não houve pedido prévio, cuja desobediência justificasse a medida), consta ainda que os acusados e seus advogados foram impedidos de ter acesso ao próprio processo, e alguns deles nem sequer sabiam se eram levados como testemunha ou suspeitos. O conjunto dessas medidas fere os princípios elementares do devido processo legal. É uma violência à cidadania.

Isso seria motivo suficiente para minha indignação. Mas a operação da PF me toca de modo mais direto, pois foi batizada de “Esperança equilibrista”, em alusão à canção que Aldir Blanc e eu fizemos em honra a todos os que lutaram contra a ditadura brasileira. Essa canção foi e permanece sendo, na memória coletiva do país, um hino à liberdade e à luta pela retomada do processo democrático. Não autorizo, politicamente, o uso dessa canção por quem trai seu desejo fundamental.

Resta ainda um ponto. Há indícios que me levam a ver nessas medidas violentas um ato de ataque à universidade pública. Isso, num momento em que a Universidade Estadual do Rio de Janeiro, estado onde moro, definha por conta de crimes cometidos por gestores públicos, e o ensino superior gratuito sofre ataques de grandes instituições (alinhadas a uma visão mais plutocrata do que democrática). Fica aqui portanto também a minha defesa veemente da universidade pública, espaço fundamental para a promoção de igualdades na sociedade brasileira. É essa a esperança equilibrista que tem que continuar.

João Bosco
07/12/2017

Às vésperas do recesso, reforma da Previdência pode subir no telhado

Reprodução da Internet
 
 


O recesso parlamentar terá início no próximo dia 22. Até lá, na expectativa de poder pautar a matéria caso consigam os votos, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já anunciou um calendário com votações em quase todos os dias. No entanto, o parlamentar tem sido cauteloso no que se refere a datas para votação da PEC 287/16.

Ao chegar à Câmara dos Deputados nesta quinta-feira, Maia reconheceu dificuldades em conseguir o apoio necessário para votar a reforma da Previdência ainda em 2017, mas afirmou que seguirá trabalhando para construir o “ambiente ideal” para votar a PEC o quanto antes.

“Está difícil chegar ao número de votos para pautar a reforma, mas vamos chegar lá. Vamos discutir o tempo que for necessário para votar. Tenho muita esperança que esse trabalho que estamos fazendo para convencer os parlamentares vai surtir efeito”, disse.

Na noite de quarta-feira (6), Temer reuniu ministros, deputados e senadores da base para contabilizar votos. Mas ainda não possui o número necessário. De acordo com o deputado Beto Mansur (PRB-SP), o governo tem 260 votos favoráveis à PEC, mas Temer, segundo ele, quer “votar na certeza”, quando tiver 325 votos.

Chantagem para aprovação

De acordo com Mansur, Temer tem usado o discurso do fim dos privilégios para pressionar os deputados indecisos a votar com o governo. “O presidente foi muito claro [com os deputados]. Qual é a resposta que o deputado vai dar à sociedade brasileira votando contra a reforma? Que ele está mantendo privilégios?”, contou.

A pressão se justifica porque Temer sabe que se o texto ficar para 2018, a dificuldade de aprovação será ainda muito maior, visto que é ano eleitoral e boa parte da base já está reticente ao tema por conta do pleito.


Do Portal Vermelho, com agências