ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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quarta-feira, 18 de abril de 2018

Manifesto pela democracia, soberania nacional e direitos do povo brasileiro


O Brasil vive dias sombrios. A retirada de direitos, promovida de maneira acelerada pelo governo de Michel Temer e sua base parlamentar, é parte de um preocupante surto autoritário. A violência, o ódio e a intolerância disseminados nas redes sociais, incitados por estratégias de comunicação da mídia tradicional, se arrogam a pretensão de pautar a agenda política nacional, tratando o Estado Democrático de Direito como se fosse apenas um empecilho anacrônico em seu caminho.
O assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, foi o episódio mais dramático dessa espiral de violência, embora não  tenha sido o  único. O atentado contra a caravana do ex-presidente Lula, no Paraná, por seu evidente caráter miliciano; e sua posterior prisão, para a qual contribuíram diferentes operadores de direito que priorizaram clamores orquestrados por parte da opinião publicada, relativizando direitos constitucionais que lhe assistem, são fatos gravíssimos. Tais fatos fazem parte de um mesmo enredo, no qual as conquistas populares obtidas no processo constituinte de 1988 são consideradas excessivas por uma elite conservadora e reacionária, cabendo assim a implementação de um “programa corretivo”, no qual o progresso possa ser desvencilhado da obrigação política de diminuir as desigualdades que ainda assolam o Brasil.
As forças políticas e institucionais que operam a implantação desse programa do atraso querem cravar, na própria legalidade, a prerrogativa de abandonar pelo caminho os mais pobres, destituindo as amplas maiorias sociais do direito à cidadania. Diante desses fatos, torna-se urgente um maior diálogo entre todos os setores sociais comprometidos com a liberdade, a democracia e os direitos sociais. É hora de reunir partidos, entidades da sociedade civil, movimentos sociais, professores, cientistas, operadores do direito, artistas, líderes religiosos, dentre outros, para  articular a  resistência  democrática aos atentados contra a democracia e o estado de direito.
A articulação desses atores deve se basear em três eixos fundamentais. O primeiro é a defesa intransigente das liberdades democráticas, dos direitos políticos e de eleições livres. Os rumores sobre a possibilidade de cancelamento do calendário eleitoral devem ter como resposta a defesa enérgica de eleições democráticas e livres. O segundo refere-se ao enfrentamento intransigente da violência disseminada pela extrema-direita. A democracia não pode conviver com milícias armadas, ameaças de morte, atentados ou assassinatos. É hora de dar um basta à violência, atuando em todas as instâncias possíveis, para alcançar e punir os responsáveis por disseminar e incitar o ódio e a intolerância, bem como os responsáveis pelos crimes contra lideranças políticas, que chocaram o país.
O terceiro eixo desta unidade está na defesa dos direitos sociais, da soberania e do patrimônio nacional. Como já indicamos, a violência disseminada pela extrema-direita e os ataques à democracia compõem um programa político de setores retrógrados das elites econômicas, para as quais a civilização se limita a suas próprias conquistas materiais. Por isso, enquanto aumenta a violência contra os setores populares e democráticos, cresce também o ataque aos direitos sociais e à soberania, como demonstram as retiradas de direitos como a reforma trabalhista, a tentativa de aprovação da reforma da previdência, de privatização da Eletrobrás, e o relaxamento entreguista das normas de direito ambiental e a implementação de uma agenda econômica rentista que dá total prevalência aos lucros cada vez maiores do sistema financeiro.
É hora, portanto, de defender a democracia, com a energia dos que sabem de suas virtudes e estão cientes da ameaça representada não apenas por um programa autoritário, mas por uma plataforma política avessa à civilização.
Os partidos que subscrevem esse manifesto convocam todos os setores sociais comprometidos com os valores democráticos à formação de uma ampla frente social. Essa frente, que não tem finalidades eleitorais, buscará estimular um amplo debate nacional contra o avanço do ódio, da intolerância e da violência. Só assim poderemos reconstruir um Brasil soberano e de respeito absoluto ao estado de direito.

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Fonte: http://waltersorrentino.com.br

Movimento “Reforma Tributária Solidária” lançará manifesto no Congresso Nacional


JOANNE MOTA 
Com o propósito de debater caminhos para o aprimoramento do Sistema Tributário Nacional, a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) e a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), promovem no próximo dia 25 o lançamento das bases do movimento “Reforma Tributária Solidária: Menos Desigualdade, Mais Brasil”.
O evento será realizado no Salão Nobre da Câmara dos Deputados e pretende fomentar o debate em torno de uma proposta de reforma tributária comprometida com a construção de um país justo, democrático e civilizado.
O projeto, encabeçado pelas duas entidades representativas do Fisco, conta com colaboração de mais de 40 pesquisadores e visa apresentar soluções para corrigir as distorções do modelo brasileiro de tributação, percebidas na comparação com países capitalistas relativamente menos desiguais, nos quais o sistema de impostos tem caráter progressivo. 
A proposta, que tem como um dos pilares a redução da desigualdade, pretende também corrigir as iniquidades do sistema de impostos, assegurar fontes de financiamento para a proteção social, recompor as bases de financiamento do Estado, além de restaurar os alicerces do equilíbrio federativo, reforçando a arrecadação e fortalecendo a Administração Tributária.
Além do ato público na Câmara Federal, o Movimento prevê a realização em junho de um Fórum Internacional Tributário, oportunidade em que será lançado um livro contendo discussões comparativas do modelo tributário brasileiro e o internacional; e em agosto a apresentação de um Documento-Proposta aos candidatos à Presidência da República.
Fonte: Anfip

Centrais denunciam violações em ato em frente a PF em Curitiba

As principais centrais sindicais brasileiras estiveram nesta quarta-feira (18) em Curitiba para dar início à mobilização do primeiro de maio unificado na capital paranaense. Além de entrevista coletiva, os dirigentes estiveram em frente à Polícia Federal, que mantém preso político o ex-presidente Lula, para denunciar as violações às garantias democráticas.

“Estivemos em frente à Polícia Federa para demonstrar o nosso apreço ao sindicalista e ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva que foi capaz de nos dois mandatos valorizar o trabalho, gerar emprego e valorizar as organizações sindicais”, declarou ao portal Vermelho João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical.

De acordo com ele, a presença das centrais em Curitiba mostra a força da unidade das organizações. "Estamos organizando um primeio de maio unificado aqui em Curitiba no sentido da garantia dos direitos dos trabalhadores e para garantir que no debate eleitoral para presiente não se esqueçam dos trabalhadores e de apontar para o desenvolvimento econômico com a geração de emprego e valorização da indústria no Brasil", completou Juruna.

Adilson Araújo, presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) afirmou que o cenário vivido no país é de um “escandaloso assalto à democracia” com o objetivo de destruir nossa soberania e entregar nosso patrimônio. “A luta pela liberdade de Lula é também a luta contra um projeto fascista e de brutal retirada de direitos", afirmou Adilson.

Ele lembrou que "o 1º de Maio unificado reflete o comprometimento das centrais sindicais e da classe trabalhadora com os rumos do país. Não haverá um Brasil forte, com crescimento e mais justo nos marcos do projeto que tomou de assalto nossa democracia. A prisão de Lula é política e por trás dela está o projeto de Brasil sem direitos, sem liberdade e que amplia a fome e pobreza do nosso povo", completou em declaração ao portal CTB.

O secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores, Sérgio Nobre, afirmou ao Portal Vermelho que a prisão de Lula, que lidera as pesquisas para a presidência da República, é causada pelo medo que as elites têm de uma recuperação do Estado brasileiro de volta ao caminho da valorização do emprego e da inclusão social. 

“Lula governou para os trabalhadores e não permitiria as privatizações, a entrega do pré-sal do banco do Brasil. As centrais sindicais vão fazer um primeiro de maio, unificado, o que é uma coisa inédita e simbólica. AS grandes conquistas dos trabalhadores vieram quando estavamos unidos quando nos separamos perdemos”.

Canidé Pegado, secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores, avaliou que o ato desta quarta serviu para denuncia que a constituição brasileira foi rasgada. Ele lembrou que o processo jurídico contra Lula foi seletivo e que o ex-presidente não teve assegurada suas garantias que a Constituição prevê. “A justiça tem que ser para todos e não mudar as regras no meio do caminho porque as eleições estão chegando. Hoje confirmarmos cada vez mais a unidade dos centrais em defesa das garantias democráticas e dos direitos dos trabalhadores”, disse.

Participaram da atividade em Curitiba dirigentes da Nova Central Sindical de Trabahadores, Central dos Sindicatos Brasileiros e Intersindical.

Confira abaixo documento divulgado pelas centrais sindicais que orientará a organização do 1º de maio em todo o país:

1º DE MAIO UNIFICADO - 2018

CSB, CTB, CUT, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT

Os trabalhadores enfrentam enormes desafios no Brasil e no mundo para superar as desigualdades, para combater o arrocho salarial e a precarização das condições de trabalho, para barrar a insegurança na proteção social, para impedir os assassinatos e prisões de militantes e lideranças populares, para enfrentar e denunciar a discriminação social, racial e contra as mulheres, para bloquear o cerceamento da liberdade e o ataque à democracia.

A luta é o sentido da vida sindical e a unidade é a nossa decisão política.

Por isso, faremos um Ato de 1o de Maio histórico em Curitiba, nacional e unitário, coroando as inúmeras manifestações que faremos em todo o país e em sintonia com todos os trabalhadores.

Estamos juntos em Curitiba lutando por: 

Nenhum direito a menos
Contra a reforma trabalhista que destrói os direitos dos trabalhadores e os sindicatos.
Emprego para todos
Política econômica para gerar empregos para 13 milhões de desempregados e para 12 milhões de subocupados.
Qualidade dos empregos (contra precarização e insegurança).
Valorização do salário mínimo
Manutenção da política de valorização do salário mínimo.
Seguridade e Previdência Social
Financiamento e gestão da seguridade e da previdência social voltados para sua sustentabilidade.
Políticas públicas
Fim da Lei do teto do gasto público.
Saúde, educação, moradia, transporte e segurança pública.
Políticas públicas de qualidade para todos.
Fortalecimento sindical
Reorganização sindical para aumentar a representatividade dos trabalhadores.
Financiamento sindical decidido pelos trabalhadores em assembleia.
Democracia e eleições livres
Justiça, sim. Perseguição, não. Liberdade para Lula!

Do Portal Vermelho