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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

A extrema direita por trás da “luta contra a corrupção”

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Quando se avalia a luta contra a corrupção é preciso ter claro que na esmagadora maioria dos casos, toda essa “luta” tem a extrema-direita por trás. Isso acontece porque o capitalismo, principalmente na etapa atual que é a de decadência, a última fase ou fase superior, é intrinsicamente corrupto. Então, a luta contra a corrupção somente pode ser uma verdadeira farsa. Nesse sentido, inclusive, deve ser avaliado como os monopólios, que são os cartéis norte-americanos, europeus e japoneses, cresceram e se desenvolveram como tais. Pode ser constatado que a receita de acumulação capitalista sempre foi a mesma. No último capítulo do primeiro livro de Karl Marx, “O Capital”, que se chama 'A Acumulação Originária do Capital', há um relato em cima de dados históricos que mostram como aconteceu a acumulação originária do capital. De uma maneira muito sangrenta, por uma série de leis muito duras, os camponeses foram expropriados, inclusive das terras comunais, etc. A mesma política tem sido a tônica recorrente de todo o processo de formação dos cartéis, que começam a acontecer no último quarto do século IXX e se consolidaram na primeira metade do Século XX.
A formação dos grandes cartéis sempre aconteceu com muita corrupção e bastante intervenção do Estado burguês. No célebre livro de Vladimir Lenin, escrito em 1916, ele diz que na fase superior do capitalismo, que é o imperialismo, as grandes empresas, chamadas “multinacionais” pela imprensa burguesa, não conseguem sobreviver sem a integração e sem o controle do Estado burguês. Isso é o que Lenin denominou "capitalismo de Estado".
O grande capital acabou levando a grandes guerras pela divisão e a redefinição do mercado mundial. A 1ª Guerra Mundial foi isso. Da mesma forma se deu a 2ª Guerra Mundial, que deixou mais de 80 milhões de mortos. Todas as grandes guerras aconteceram justamente pelo controle do mercado mundial. As próprias empresas alemãs, no processo de reconstrução da Guerra como, por exemplo, a Siemens, a Bayer, e todas as empresas imperialistas europeias, norte-americanas e japonesas se recuperaram por meio de muito dinheiro público e muita corrupção. Como diriam os teóricos do “neoliberalismo”: “não há almoço de graça” no capitalismo.

Os “segredos” do sucesso dos países desenvolvidos
Na 2ª Guerra Mundial, todas as grandes empresas estiveram envolvidas em grandes “falcatruas”. A totalidade da burguesia alemã e 90% da burguesia mundial apoiaram Hitler. Toda a burguesia mundial apoiou Benito Mussolini. E essas “falcatruas” vão desde o fornecimento de instrumentos de informática pela IBM, para que Hitler pudesse manter a contabilidade dos judeus e opositores assassinados, até o ouro roubado que era “lavado” pelos bancos suíços, passando por empresas que hoje são muito respeitadas, como a Bayer (que fornecia o Zyklon Z para as câmaras de gás e que hoje está na base dos agrotóxicos) e toda a indústria automobilística que na época estava envolvida na produção de armas.
Zyklon zPortanto, a corrupção sempre tem sido um fenômeno intrínseco ao capitalismo. Vale aqui também fazer uma diferença entre corrupção ilegal e a corrupção legalizada. Por exemplo, o tráfico de drogas é um negócio ilegal, mas do qual participam, por exemplo, os grandes bancos. Nos últimos 10 anos, principalmente depois do colapso capitalista de 2008, muitos bancos foram “pegos” em negócios com os cartéis de drogas. Um caso bem conhecido foi o do HSBC, um banco que tem operações no Brasil, que estava envolvido com lavagem dos cartéis mexicanos. Mas não foi o único caso. Outro exemplo foi o Banco do Vaticano, que quebrou há pouco tempo. Na década de 1980, o Banco do Santo Espírito, também do Vaticano, quebrou por envolvimento com a Máfia, com drogas e assim sucessivamente. Consta que a economia italiana, por exemplo, foi resgatada da crise de 2008 pela Máfia. E, até como é sabido, no orçamento norte-americano constam, em grande medida, verbas ilegais que são proporcionadas principalmente pela CIA, a partir do tráfico de drogas e outras operações ilícitas. Há várias fotos na Internet com soldados protegendo os cultivos de papoula, que é a matéria-prima da heroína, no Afeganistão.
Os repasses de recursos públicos para o grande capital têm adquirido um caráter abertamente obsceno.
O aumento do parasitismo
Com a grande crise capitalista que tinha se acelerado a partir da crise de 1974, os mecanismos chamados de “fraudulentos” aceleraram, ou seja, aqueles não normais na obtenção de lucro. A abertura de fábrica para explorar a mão de obra e obter lucros tem se tornado operações cada vez mais excepcionais.
brzezinski1A génese um pouco mais estruturada do parasitismo atual deveria ser colocada no ano de 1989, com o Consenso de Washington. O então “todo poderoso” Secretário do Departamento de Estado, Henry Kissinger, por meio desse acordo e com a ajuda do então conselheiro de Segurança Nacional, Zbigniew Dzerzinski, impuseram a plataforma do Consenso de Washington que incluía toda uma série de mecanismos altamente parasitários para garantir os lucros das grandes empresas decadentes como, por exemplo, a Lei da Responsabilidade Fiscal, que coloca como prioridade de qualquer governo submetido aos ditames do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial e assim sucessivamente, o pagamento das corruptas dívidas públicas. A Lei de Patentes, a Organização Mundial de Comércio e outros mecanismos altamente parasitários têm justamente como objetivo garantir os lucros das grandes empresas a qualquer custo.
Conforme um estudo publicado pela Universidade de Zurich, de 2011, existem 150 famílias no mundo que controlam, por meio de vários mecanismos, as 1.100 maiores empresas, as quais, por sua vez, controlam outras 30.000 grandes empresas. Dessa maneira, controlam o mundo.
Não existe nenhuma “luta contra a corrupção”. Tudo é extremamente corrupto. Neste século, os corruptos cresceram ainda mais porque o objetivo do grande capital é o de conter a queda da taxa dos lucros, que tem acelerado. O capitalismo mundial tem se visto numa verdadeira debacle, com muitas dificuldades para se sustentar. Segundo a revista The Economist, do dia 28 de janeiro deste ano, a taxa de lucro média mundial caiu 25%, nos últimos cinco anos. No Brasil, nos últimos dois anos, os dados públicos oficiais apontam para uma queda de 32%.
Fonte: gazetarevolucionaria.com.br

MOVIMENTOS: Privatização: Audiências em defesa dos bancos públicos tomam país

 
 Foto: Maia Rubin/ Sul 21


Nesta segunda-feira (9), deputados e senador criaram a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Bancos Públicos. O ato foi realizado em Porto Alegre na sede da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras do Rio Grande do Sul (Fetrafi).

“Ela (a frente) tem a função de mobilizar a sociedade para a conscientização do que está acontecendo, das mentiras do governo”, declarou o deputado federal Zé Carlos (PT/MA), um dos articuladores da frente. De acordo com ele, a sociedade será a mais prejudicada pelo desmonte. 

Moeda de troca para refinanciamento das dívidas dos estados com o governo federal, os bancos estatuais tem vivido um processo de sucateamento, como é o caso do Banrisul no Rio Grande do Sul. 

“Essa Frente é para unificar a luta de todos, para manter o sistema financeiro público. O governo [do Estado] não consegue privatizar o Banrisul por conta da exigência de plebiscito, então está sucateando e vendendo aos poucos. A venda das ações é mais um capítulo dessa história”, analisou o presidente do Sindicato dos Bancários do RS (Sindbancários), Everton Gimenis. Ele se refere ao anúncio feito na semana passada, por Sartori, de que colocaria 49% das ações ordinárias do banco (com direito a voto) à venda.

Bancos públicos: Indutores do desenvolvimento

Também nesta segunda-feira (9) foi realizada audiência pública na Assembleia Legislativa da Bahia (Aleba) para discutir os impactos da reestruturação dos bancos públicos na economia baiana. A audiência foi uma iniciativa da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb) e Sindicato dos Bancários da Bahia. As entidades tiveram o apoio do deputado Jean Fabrício (PCdoB). O deputado federal Daniel Almeida (PCdoB-BA) foi um dos participantes. 

O cenário no Estado é de fechamento de agências dos bancos federais como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e diminuição do quadro de funcionários. O Banco do Nordeste (Banebe) também passa por situação semelhante do que ocorre entre os federais. 

Jair Ferreira, da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), informou que dos 417 municípios do estado, 268 têm bancos públicos; e das 1039 agências bancárias existentes, 576 são de instituições públicas (55%). Além disso, 80,66% das operações de crédito na Bahia são destas instituições.

Ele enumerou as razões estratégicas para que os bancos públicos sejam fortalecidos e não sucateados, entre elas, o papel de indutores do desenvolvimento econômico nacional; de investimento em períodos de crise econômica; de regulação do mercado financeiro; de geração de empregos diretos e indiretos; de operadores de políticas públicas de forma mais eficiente e barata; e de administradores dos fundos constitucionais.

Políticas públicas em risco

Os dirigentes presentes lembraram que políticas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e políticas da agricultura familiar podem ser prejudicadas com a privatização dos bancos públicos.

“É importante que nesta audiência fique claro que o principal ataque é contra a população brasileira, contra as políticas públicas”, afirmou. Demonstrou que há uma diminuição do emprego bancário na Bahia e que a região Nordeste tem sido a mais prejudicada com este processo. “Nossa luta vai precisar ampliar. Precisamos ganhar a sociedade. Estamos numa luta para defender os interesses da maioria da população brasileira, pois depende da atuação dos bancos públicos”, enfatizou Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia.

Na opinião de Sandra Freitas, dirigente bancária de Feira de Santana, a audiência deve servir de exemplo para todas as cidades do interior da Bahia e também outros estados: “Precisamos replicar este tipo de movimento e enfrentar os ataques contra os bancos públicos. Estaremos na luta! Não vamos aceitar isto de cabeça baixa!”, desabafou. 

O deputado Daniel Almeida completou que o movimento deve envolver todos os segmentos que tem sido atacados pelo governo Temer, entre eles os empresários da indústria nacional. Emanoel Souza, da Feeb, concordou com o deputado. A defesa dos bancos públicos é a defesa do Estado brasileiro contra o ataque do liberalismo mais feroz. Não podemos ter preconceito”, reforçou.

Luta unificada

Na sexta-feira (6), a Assembleia de Sergipe também recebeu o debate sobre a privatização dos bancos públicos organizada pelo Sindicato dos Bancários do Estado com o apoio do deputado Luciano Pimentel (PSB). De acordo com o parlamentar, o fechamento de agências de bancos públicos ‘significará restrição do desenvolvimento e fragilizará a econômica das pequenas cidades sergipanas’.

Na opinião da presidenta do Seeb-SE e vice-presidenta da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Ivânia Pereira o ataque aos bancos públicos é uma face do golpe contra a democracia e a luta deve ser unificada.

“A privatização faz parte de um desmonte das empresas públicas do pais. ” Precisamos observar que o que está em curso no Brasil é uma ameaça aos bancos públicos, é uma ameaça ao Estado nacional, à Economia Nacional. Não só dos bancos, mas das industrias, e dos serviços públicos. É uma retirada do Estado Nacional que vai atacar a mesa dos brasileiros, e para reagir a essa ameaça tão veloz, o que as centrais sindicais estão propondo é uma luta unificada”, defendeu a dirigente.

Papel social ameaçado

O Banco do Brasil é o primeiro na mira das privatizações do governo Temer, denunciam parlamentares e sindicalistas. De acordo com matéria publicada na Rede Brasil Atual, a recente contratação de Pedro Moreira Salles, gestor do Itaú Unibanco e integrante do conselho administrativo da empresa Falconi Consultores de Resultado, aconteceu para preparar o desmonte do BB.

“São os bancos públicos que fazem, por exemplo, as operações anti-cíclicas na economia. Os bancos privados não querem correr risco, não querem emprestar para o pequeno agricultor, não querem pagar seguro-desemprego, não querem adotar agências VIP para o povo. Eles querem fazer grandes empréstimos de curto prazo e compor com risco”, afirmou o deputado Zé Carlos (foto). “Os bancos privados têm foco no financeiro, enquanto os bancos públicos focam no social”.




Do Portal Vermelho com agências

Temer quer anunciar privatização da Caixa no fim do ano

Caixa Econômica e Banco do Brasil: Sucateamento rumo à privatização
Caixa Econômica e Banco do Brasil: Sucateamento rumo à privatização


O Relatório Reservado da segunda-feira 9 de outubro informa que o governo federal já decidiu privatizar a Caixa Econômica Federal e fará o anúncio oficial no final do ano, depois da privatização da Eletrobras. De acordo com esse “jornal digital”, que é voltado para o mundo empresarial, “a responsabilidade pelo destino da privatização está nas mãos do presidente da Caixa, Gilberto Occhi”.

A presidenta do Sindicato, Ivone Silva, reforça a importância dos bancos públicos e a luta contra a venda dessa e de outras instituições fundamentais para o desenvolvimento do país. “Não podemos aceitar a possibilidade de uma nova onda de privatizações, isso não trará nenhum benefício para o Brasil e a população”, destaca a dirigente. “Se essas políticas neoliberais voltarem, será de vez o fim do bem-estar social e da estabilidade política. Nos anos 1990, os ataques contra as empresas públicas e os trabalhadores no Brasil também foram intensos: uma política que acirrou o desemprego, nossa economia regrediu e aumentou a desigualdade social”, lembra.

Além de protestos e atividades de esclarecimento junto à população – na qual são distribuídas as cartilhas que explicam a importância desses bancos –, o Sindicato está realizando uma série de audiências públicas para sensibilizar parlamentares e toda a sociedade na defesa dessas instituições. Os debates já chegaram às cidades de Embu das Arte, Carapicuíba e Barueri . Os próximos serão em São Paulo (18 de outubro) e Osasco (27 de outubro). 

A Caixa e as políticas públicas

Além da liderança absoluta na concessão de crédito habitacional no país, a Caixa é responsável pelo pagamento de bilhões de reais em benefícios e programas sociais aos brasileiros. Somente no que se refere aos direitos dos trabalhadores, em 2016 foram pagos R$ 242,1 bi. Mais de 355 mil cidadãos recebem no banco o programa Minha Casa Minha Vida, num total de R$ 41,4 bilhões pagos.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) fez um pronunciamento nas redes sociais, alertando sobre a ilegalidade desse processo de privatização no qual insiste o governo Temer.

O parlamentar lembra que o Congresso Nacional justamente rejeitou o PLS 555, que tinha como finalidade transformar as empresas públicas em sociedades anônimas. “Eles não podem fazer isso que estão querendo fazer: uma mudança de estatuto transformando em sociedade anônima e depois abrir capital para privatizar”, afirmou. “A lógica do lucro de uma empresa privada é diferente de uma empresa como a Caixa, que cuida de projetos fundamentais para desenvolvimento do país: Minha Casa Minha Vida, Fies, Bolsa Família.”

O senador lembra que o governo Temer já entregou partes da Petrobras, está querendo vender a Eletrobras, a Casa da Moeda. “E o ataque aos bancos públicos é uma característica desse governo. No BNDES acabaram com a TJLP: não vai mais haver financiamento de longo prazo neste país. E está praticamente paralisado: o governo quer pegar 150 bilhões do banco para colocar no caixa do governo. Isso sim é uma pedalada fiscal”, denuncia.

“Não podemos aceitar essa lógica de privatização. Não podem fazer isso sem passar pelo Congresso Nacional e chamo todos os brasileiros a resistirem e defenderem a Caixa como empresa pública”, convoca o senador. 



Fonte: Sp Bancários

BRASIL; Deputados lançam painel da transparência contra blindagem de Temer

Parlamentares que desejam a continuidade do processo contra Temer já começaram a aderir ao Painel da Transparência  
Parlamentares que desejam a continuidade do processo contra Temer já começaram a aderir ao Painel da Transparência
PCdoB na Câmara

Por Christiane Peres




Divididos em três blocos, os painéis dividem quem votará pela investigação de Temer, quem está indeciso e quem vai livrar o peemedebista novamente.

Segundo o líder do PSol, deputado Glauber Braga (RJ), o painel estará diariamente exposto na Câmara para que os deputados possam explicitar sua posição. “A gente quer que os deputados digam claramente se estão querendo blindar o Temer, se estão em cima do muro ou se querem investigar Temer. Com isso, a gente espera que a pressão aumente”, disse.

A iniciativa das bancadas do PCdoB, PSol, PT e PDT é deixar clara a posição dos parlamentares em relação à nova denúncia contra Temer. Para tanto, foram feitos ímãs com as fotos dos 513 parlamentares para que todos possam deixar clara sua intenção voto no Plenário da Casa. 

“Esta é a decisão mais importante que o Brasil está chamado a tomar. Não dá para deixar de cobrar os parlamentares. O eleitor tem o direito de saber o voto do seu parlamentar. É hora da cobrança da cidadania, pois aqueles que livraram Temer da primeira vez estão muito incomodados. Então, a pressão será decisiva. Tenho confiança que o resultado dessa vez será diferente e Temer será afastado para que se investiguem os crimes que ele cometeu”, afirmou o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA).

Para o deputado Davidson Magalhães (PCdoB-BA), Temer está acabando com o país e há indícios suficientes para que a denúncia tenha andamento. “É um chefe de quadrilha que está no Planalto e estamos aqui para dizer que é preciso investigar este golpista”, reforçou.