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terça-feira, 15 de setembro de 2015

SNJ seleciona 250 jovens para mostra cultural da 3ª Conferência Nacional de Juventude

3ª Conferência Nacional de Juventude, que acontecerá de 16 a 19 de dezembro, em Brasília, vai trazer diversas manifestações científicas, artísticas e culturais. Jovens de 15 a 29 anos, de todo o país, já podem se inscrever até 18 de outubro.

Teatro, dança, música, artes visuais, cinema, artes integradas, além de atividades culturais, científicas, acadêmicas – teóricas e práticas – vão fazer parte da programação da “Manifesta”, um espaço pensado para promover o reconhecimento e a visibilidade de manifestações da juventude brasileira.

Critérios de seleção

A seleção vai levar em conta critérios como criatividade, qualidade, impacto e relevância da atividade artística, científica ou cultural diante dos objetivos da 3a Conferência Nacional de Juventude, a participação do/a proponente em etapas da Conferência e a abertura da proposta para a interação e participação do público.

Serão 250 jovens selecionados em atividades individuais e coletivas. A Secretaria Nacional de Juventude (SNJ) vai custear as passagens, hospedagem e alimentação de todos os envolvidos nos projetos, além de certificar a participação no evento. Para se inscrever, os jovens devem preencher a Formulário de Inscrição no site da Conferência, que será divulgado em breve.

Participe, vem manifestar na 3ª Conferência Nacional de Juventude!


Renato Rabelo: Ultimato à presidenta e golpismo oficializado

 

Ultimato à presidenta e golpismo oficializado
Por: *Renato Rabelo é ex-presidente nacional do PCdoB
O presidencialismo é o sistema de governo afirmado e reafirmado na história recente do Brasil em dois plebiscitos. Mas a trajetória desse processo representativo na nossa história republicana é vincada muitas vezes pela incerteza e pelo abortamento do estabelecido constitucionalmente.
Na redemocratização pós-regime ditatorial de 1964, a origem e sentido dessa disputa política e classista para alcance da Presidência da República não muda.


A tentativa de vitória das novas forças políticas, já ensaiada em 1989 – quando a maioria dos setores dominantes conservadores se juntou para barrar a vitória de Lula no segundo turno –, só foi possível alcançar 13 anos depois, em 2002.



E apesar do resultado insólito da vitória à Presidência de Lula, representante das forças sociais populares em ascensão, note-se, que não muda o DNA dessas forças conservadoras dominantes, que tudo fizeram para Lula não ser eleito; sendo eleito impô-lo condições drásticas e chegando ao governo da República instabilizá-lo, visando truncar seu mandato.



Além do mais, de forma insólita, partindo de 2002, Lula e sua sucessora, Dilma Rousseff, culminaram uma trajetória de quatro vitórias à Presidência, expressão política de forças democráticas e populares, que estão fora dos círculos de confiança da classe dominante conservadora, seguidora das potências hegemônicas, imperialistas.



Então, para esta oligarquia predominante, diante de sucessivos reveses, até aqui, é um resultado inaceitável e adverso aos seus interesses fundamentais. No entanto essa situação vem acontecendo também, considerando diferenças próprias de cada país, há mais de um decênio em grande parte da America Latina e Caribe.



No Brasil a oposição não aceitou a quarta derrota de 2014. Desde então a evolução do curso político tem sido marcada pela instabilidade, ameaça e incerteza. O consórcio oposicionista coloca todas as suas garras de fora, se aproveitando do entroncamento de uma crise mundial estrutural do capitalismo, com maior impacto agora nos países emergentes, interagindo com o fim do ciclo de desenvolvimento desses últimos 12 anos no Brasil.



A evolução dessa situação objetiva, correlata com as dificuldades políticas do governo Dilma e a incerteza e instabilidade causada pela Operação Lava Jato em curso, tem resultado no agravamento da crise política e econômica, transbordando para o plano social.



Apesar da breve trégua do mês de agosto, o consórcio oposicionista relança a crise política, a qual atinge um patamar mais agudo e extremado.
O estopim usado por essas forças conservadoras foi o envio por parte do governo ao Congresso de um Orçamento com deficit para 2016. A senha foi a retirada do grau de investimento do Brasil, pela agência de classificação de risco S&P, a qual, sinteticamente, aponta que a causa de tal procedimento é o risco fiscal e a incapacidade política do governo de levar adiante o ajuste fiscal.



A fase constante do estado de golpe que vive o país passa agora para a oficialização do rito e do processo a ser seguido pelo golpe. Com esse fito é lançado no Salão Verde da Câmara dos Deputados um comitê parlamentar do golpe já, autointitulado de “comitê pró-impeachment”.
Denotando o açodamento e o modo aventureiro desse empreendimento inconsequente para os destinos da nação, essa peripécia, ressalte-se, é uma exigência de impeachment já lançada, em busca de um pretexto. Sem nenhum fato, ou base jurídica justificada na Constituição. O objetivo mesmo é destituir a presidenta e eles ocuparem o poder central, o “fundamento”, ora essa! Arranja-se. Sem nenhuma peça de valor jurídico, vão se apoiar num pedido de impeachment elaborado por Helio Bicudo – personagem há muito tempo movido pelo ânimo da vendeta.



Parte da oposição e setores dominantes que em agosto concediam uma trégua à presidenta da República vão convergindo agora, com pronunciamentos explícitos de alguns, para impor uma rendição à presidenta Dilma: Editorial da Folha de São Paulo: dão um “ultimato” e concedem uma “última chance” à presidenta, dando várias ordens com “medidas extremas de cortes”, com radicalidade sem precedentes, mesmo dos gastos compulsórios em saúde e educação. E outros que afirmam ser preciso as perdas que virão e defendê-las perante sua base política. Essa conta é da presidente, sua equipe e seu partido, e não da oposição.



Assim, o ultimato, a ameaça, a estupidez e arrogância visando acuar e render à presidenta da República da parte dos setores dominantes conservadores e reacionários, a fim de imporem seus sagrados interesses, a escalada do aventureirismo golpista são expressão de que os donos do poder e seus quebra-facas querem levar o país ao impasse político, ao clima de caos, não importando os destinos da nação. Tudo em proveito de sua volta ao centro do poder.



Estamos diante do ápice de um ataque contra o Estado democrático de direito e o mandato constitucional da presidenta da República. Exige resposta decidida das forças democráticas e patrióticas, das instituições, entidades e personalidades comprometidas com a preservação e sustentação da democracia, numa ampla frente de resistência.



Apesar das dificuldades e limites políticos da presidenta e do seu governo, inerentes ao extremado embate político e poderoso jogo de pressões, confiamos que a presidenta Dilma, por sua trajetória, saberá manter seu compromisso em defesa do povo, dos trabalhadores e da nação. Às forças populares e de esquerda nesta hora é preciso distinguir de onde vem a iminência do grande ataque. Não menosprezar a bicuda investida das forças mais recalcitrantes que precisa ser execrada.



O diálogo e as propostas das forças populares em defesa dos direitos dos trabalhadores e das massas populares devem ser mantidas e articuladas para impulsionar a presidenta. Nesta hora, os reptos e as prédicas voluntaristas, por mais bem intencionados que sejam, à esquerda, resultam objetivamente em favorecer a carga do ataque da direita.

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*Renato Rabelo é ex-presidente nacional do PCdoB

Para comunistas, minirreforma eleitoral aprovada é retrocesso



Congresso Nacional finaliza uma das etapas da reforma política com a votação da minirreforma eleitoral. O texto aprovado, no entanto, não melhora o sistema eleitoral. Um dos pontos polêmicos aprovados diz respeito ao financiamento empresarial de campanhas, ressuscitado pelos deputados, após ter sido retirado do projeto pelos senadores.

De acordo com a líder do PCdoB na Câmara, a deputada Jandira Feghali, o conteúdo aprovado na reforma deveria ter sido outro. A reforma deveria aprofundar os mecanismos democráticos de participação popular, permitir uma maior valorização dos partidos e dar mais transparência ao uso dos recursos, defendeu. 

Para o deputado Daniel Almeida (PCdoB), que foi membro da comissão que debateu a reforma política na casa, as mdificações que foram feitas, são regressivas. 

  • Fonte PCdoB Nacional