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terça-feira, 7 de novembro de 2017

Movimentos recebem com otimismo pré-candidatura de Manuela D’Ávila

Manuela D’Ávila
Manuela D’Ávila


Nesta quarta-feira (8), Manuela dará a primeira entrevista coletiva desde que o nome dela foi divulgado pelo PCdoB no último domingo (5). Até o momento mais de trinta portais repercutiram a pré-candidatura. É a primeira vez que o PCdoB lança candidato próprio desde a redemocratização.


Na opinião da presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, o PCdoB mostra que é possível fazer uma política diferente com a indicação de Manuela. “A gente recebe essa notícia com muita esperança, a Manuela é a representação de que é possível construir a política de forma diferente. É importante ter mulheres e uma pessoa jovem, do ponto de vista da média brasileira de políticos.”

Manuela tem 36 anos, é deputada estadual em Porto Alegre e também passou pela Câmara Federal. Foi vice-presidenta da UNE e aos 23 anos se elegeu a vereadora mais jovem de Porto Alegre. “Ela sempre se dedicou ao movimento estudantil e muito jovem já foi eleita para a Câmara de Porto Alegre e, desde então, ela tem uma carreira muito exitosa e mantém o seu mandato desde o início”, completou Marianna.

De acordo com a secretária da Mulher Trabalhadora da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil de São Paulo (CTB-SP), Gicélia Bittencourt (na foto ao microfone), a deputada gaúcha é um contraponto ao estereótipo dos quadros políticos no país. “Já temos o perfil do homem, velho e branco na política. Manuela é o contraponto a isso. É uma novidade positiva e temos que apostar nisso. Ela tem habilidade política e mesmo tão jovem tem uma história na política.”

Segundo a dirigente da CTB, Manuela tem uma postura combatente e também tem quebrado o bloqueio da invisibilidade que é imposta às mulheres parlamentares. “Ela ganhou uma presença na imprensa, enfrentou polêmicas como no caso da amamentação. Manuela já mostra que vem disposta a enfrentar temas temas difíceis no campo político”, completou Gicélia.

“Como quadro operário metalúrgico eu tenho a impressão e tenho como sentimento que essa candidatura da Manuela vai atingir em cheio os anseios da classe operária e do proletariado brasileiro”, afirmou Marcelo Toledo, dirigente da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal). 

O sindicalista elogiou a linha programática anunciada pelo PCdoB que traz entre outros itens a retomada do crescimento e da industrialização com valorização do trabalho. “Excelente notícia e acho ainda que essa questão na pré-candidatura da Manuela, que é de construir uma política em defesa do parque industrial brasileiro, deva ser uma questão central levando em conta o processo da quarta revolução industrial.”

Na opinião de Marcelo, Manuela “é referência para a juventude, tem histórico de militância, é mulher, tem representatividade eleitoral e capacidade política. Ela domina a política do partido e tem desenvoltura para falar com o público”.

A presidenta da União Brasileira de Mulheres (UBM), Vanja Santos, afirmou que a pré-candidatura de Manuela traz uma nova perspectiva de candidato à população. Segundo ela, a repercussão nas redes sociais tem mostrado que o nome da deputada gaúcha também leva a uma reflexão sobre o papel da mulher na política. “Agora a população começa a entender o que fizeram com a Dilma por ela ser mulher, a desqualificaram. Manuela mostra que é a hora da mulher voltar a dar essa sacudida de novo. Uma mulher com histórico de atuação no movimento social e na política.”

Ainda de acordo com Vanja, a candidatura de uma jovem mulher aguçou o interesse da imprensa assim como o fato de ser um nome novo. “Essa questão pesa positivamente: ser jovem, ser mulher, uma nova referência política e trazer opinião diversificada sobre o momento atual.”


Do Portal Vermelho, com colaboração de Verônica Lugarini, estagiária 

MUNDO: Brasileiros vão aos 100 anos da Revolução Russa e puxam Fora Temer

Flávio Tonelli
"Fora Temer""Fora Temer"


A comemoração juntou russos e pessoas de outros países para celebrar o centenário da maior revolução da hisória, que culminou na instauração do primeiro Estado socialista no mundo. Cerca de 200 partidos comunistas e socialistas estavam presentes, incluindo o PCdoB, que representou o Brasil. Durante a manifestação, brasileiros gritaram "Fora, Temer!" em protesto contra o presidente golpista e o conservadorismo. 

Assista o vídeo: 

 


Raul Carrion, presidente da Fundação Mauricio Grabois no Rio Grande do Sul e presente no ato em Moscou, gravou um vídeo falando do evento e relembrando a importância da Revolução: 





Do Portal Vermelho 

BRASIL: Trajano, Afrânio e deputados falam sobre a pré-candidatura de Manuela

 
Reprodução


No final de semana, o nome de Manuela foi oficializado pela presidenta nacional do PCdoB, deputada Luciana Santos (PE). O objetivo é apresentar uma proposta ao Brasil que priorize a defesa e a ampliação dos direitos do povo, tão atacados pelo governo Michel Temer; a reforma do Estado, de forma a torná-lo mais democrático e capaz de induzir o desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho.

Durante sessão plenária da Câmara dos Deputados, desta segunda-feira (6), a líder da bancada do PCdoB, Alice Portugal (BA), usou a tribuna para comunicar a decisão do partido. Para a deputada, o PCdoB tem responsabilidade com o futuro do país “e assim se colocará neste processo político”.


“Manuela D’Ávila será a ponta de lança no debate nacional ao lado dos demais companheiros”, disse ela. A parlamentar salienta que os comunistas devem alinhar-se ao lado das forças progressistas e democráticas “para circular o país”. 

Em seguida, a deputada petista Maria do Rosário (RS) manifestou que existe a vontade de que as legendas PT e PCdoB possam andar juntas. Rosário também dedicou sua fala em Plenário para reforçar o respeito pela escolha do Partido Comunista do Brasil.

“Nós sonhamos que a esquerda possa marchar unida. Mas o sentido de Frente Ampla que o PCdoB levanta neste momento é para o povo brasileiro uma proposta das mais importantes. Tenho certeza de que essa proposta dialoga com as candidaturas de Lula, com a candidatura de Ciro Gomes”, pontua. 
MANUELA
A escolha de Manuela é o primeiro resultado dos debates que o PCdoB realiza em seu 14º Congresso, que vem discutindo propostas e saídas para o Brasil na atual crise política e econômica. Conterrâneo da pré-candidata, o deputado federal Assis Melo (PCdoB-RS) destaca que o Brasil vive sim uma crise política, uma crise da democracia, “e nesse sentido precisamos restabelecer o padrão do Estado, num Estado que seja indutor da economia e que possa sim garantir os direitos da maioria de nosso povo”, disse.

O deputado Henrique Fontana (PT-RS) reforçou que o PCdoB tem legitimidade e salientou que é preciso construir “uma unidade programática de ação para derrotar esta direita entreguista”. “Precisamos andar juntos, respeitando as individualidades e diferenças porque no central temos uma visão política de absoluta afinidade”, disse.

A também deputada pelo PT, Benedita da Silva (RJ), saudou a pré-candidatura de Manuela, “que não só nesta Casa como também em seu estado poderá representar muito bem o PCdoB nessa disputa”.

Autonomia partidária

Em respostas às críticas de alguns aliados, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) ressaltou que os comunistas não estão abandonando a luta e a defesa da legitimidade da candidatura do ex-presidente Lula.

Orlando afirma que “não cabe tutela” na relação entre as legendas. “Não é razoável o líder de um partido criticar decisões de outro partido em temas próprios, deliberações que só cabem ao próprio partido”, afirmou o deputado.

No Senado, a líder do Partido, Vanessa Grazziotin (AM), falou da amplitude que a pré-candidatura oferece ao debate nacional. Segundo a senadora, a luta democrática empreendida neste momento pelo PCdoB “deve agregar jovens, mulheres e trabalhadores de todos os cantos deste imenso Brasil. Sinalizamos que, além de propostas concretas, também temos nomes que podem contribuir significativamente com a busca da unidade”. 

Trajano e Afrânio Jardim

O jornalista José Trajano publicou em sua página nas redes sociais: “Manuela D’Avila, pré-candidatura honesta de gente que merece respeito”. Ele ainda cutucou os críticos: “Atenção, é pré-candidatura”.

O jurista Afrânio Silva Jardim, professor da Uerj, disse ser a favor de uma frente ampla das forças políticas de esquerda e saudou a candidatura de Manuela que, segundo ele, vem “engrossar a proposta política que se oponha ao fascismo e ao desmonte do Estado brasileiro”.

Manuela é jornalista e deputada estadual pelo Rio Grande do Sul, já tendo cumprido dois mandatos como deputada federal, tendo sido líder do PCdoB na Câmara em 2013. Foi indicada três vezes pelo Diap como uma das 100 “Cabeças” do Congresso e cinco vezes ao Prêmio Congresso em Foco, que premia os melhores parlamentares do país.

A mais bem votada do Rio Grande do Sul, Manu, como é conhecida entre seus camaradas, foi dirigente da União Nacional dos Estudantes (UNE), ocupou o mandato de deputada federal de 2007 a 2015 e foi candidata à Prefeitura de Porto Alegre em 2008 e 2012.
 
Do Portal Vermelho