ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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quinta-feira, 6 de abril de 2023

ESPORTE Renildo Calheiros defende fortalecimento do esporte no Brasil - Por: Christiane Peres - PCdoB na Câmara

 

Em audiência com a ministra da área, Ana Moser, deputado afirma que é preciso buscar mais recursos para o esporte e soluções criativas para implementação de políticas públicas para a área

“Não seja uma ministra que aceita cortes de recursos na área de esportes. Lute pela ampliação deles, porque eles são poucos. O esporte, assim como a cultura, é dessas áreas que precisa de mais investimentos, pois só assim conseguiremos fortalecer o esporte no Brasil e proporcionar que mais pessoas tenham acesso a ele. E a senhora terá nesta comissão aliados importantes.” Esse foi o tom da fala do deputado Renildo Calheiros (PCdoB-PE) durante audiência com a ministra do Esporte, Ana Moser.

No encontro, realizado nesta quarta-feira (29), Renildo defendeu o fortalecimento da área e afirmou que será preciso criar soluções criativas para a implementação de políticas públicas para a área.

“Em todo governo, as áreas sempre têm divergência com a Fazenda, porque quem está na Fazenda tem um olhar diferente de quem implementa políticas públicas. Quem está na Fazenda pensa primeiro nas contas. Então, sugiro. Não é uma insubordinação, mas não seja uma ministra que aceita corte de recursos na área de esportes. Lute pela ampliação dos recursos, porque eles são muito poucos. E muitas coisas, com criatividade, pode ser buscada. Há uma interface grande entre esporte e saúde; há vários programas que podem ser propostos em parceria com o Ministério da Educação; com outras Pastas que tenham mais estrutura”, afirmou.

Para Renildo, quem executa política pública precisa olhar para todos, pois “quanto mais pessoas tiverem acesso ao esporte, maior a possibilidade de surgir atletas de alto rendimento”. “É quando você amplia a participação da base que surgem mais talentos e possibilidades”, destacou.

O parlamentar celebrou a retomada da Pasta, então extinta por Bolsonaro sob a premissa de redução de gastos. “Fiz crítica ao governo passado por diminuir o Ministério do Esporte. Foi uma bobeira. Disseram que era para diminuir despesas. Mas não há novas despesas, porque redistribui as caixinhas. Mas qual é a diferença? O status político. Quando você tem uma ministra da Cultura, uma ministra dos Esportes, você dá autoridade, status político, fortalece a área e cria condições daquela Pasta buscar um resultado melhor. É isso que precisamos”, disse.

Em sua fala, Ana Moser afirmou que o objetivo do Ministério é ampliar a prática esportiva no país. Segundo ela, embora a prática esportiva seja um direito constitucional, não existem sequer estatísticas confiáveis sobre a atividade física para a população em geral.

Como forma de alcançar a meta de tornar a população mais ativa, a ministra relatou que a Pasta está construindo uma política pública integrada com outros ministérios, principalmente Educação e Saúde.

O Ministério do Esporte também irá buscar integrar ações da União, estados e municípios para que as propostas cheguem de fato à população. “É uma janela de oportunidade para a gente incorporar metas do Esporte dentro dos planos de Educação e de Saúde”, disse Ana Moser. Segundo ela, dessa forma será possível contornar a falta de recursos próprios do Esporte. De acordo com a ministra, hoje o Brasil aplica somente 0,04% do PIB em políticas esportivas. Na Europa, por exemplo, ela ressaltou que a proporção é dez vezes maior.

O presidente da Comissão do Esporte, deputado Luiz Lima (PL-RJ), se comprometeu a trabalhar junto à Comissão Mista de Orçamento para melhorar a situação Ministério do Esporte. “Essa comissão vai ter uma interferência com o relator do Orçamento, a partir de agosto, para que a gente melhore as condições, não só orçamentárias do Ministério, como políticas”, afirmou.

Fonte: Portal VEMELHO

MOVIMENTOS : Coletivo de Mulheres denuncia rotina de assédio sexual na Petrobras - por André Cintra

Internamente, empresa recebeu 81 denúncias de assédio entre 2019 e 2022, os anos do governo Bolsonaro.

O Coletivo de Mulheres da FUP (Federação Única dos Petroleiros) lidera uma campanha de combate ao assédio sexual dentro da Petrobras. Conforme lideranças da categoria, a prática virou uma rotina para trabalhadoras em diversas unidades da empresa, sobretudo para aquelas que estão embarcadas em plataformas. Um grupo de WhatsApp formado por mulheres petroleiras compilou 53 casos de assédio.

Apenas no mês de março, houve denúncias de casos de machismo e assédio na Replan (Refinaria Planalto de Paulínia), no estado de São Paulo, além de acusações similares na Regap (Refinaria Gabriel Passos) e na Termelétrica de Ibirité, ambas em Minas Gerais. Segundo o Coletivo de Mulheres, mesmo com a mudança do governo Jair Bolsonaro (PL) para o governo Lula (PT), a direção da empresa tem sido negligente.

Para a coordenadora do Coletivo de Mulheres, Patrícia Jesus Silva – que também é diretora da FUP e do Sindicato dos Petroleiros do Espírito Santo (Sindipetro-ES) –, a Petrobras precisa agir. Em fevereiro, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, recebeu uma carta da categoria, que reivindicava a recriação das comissões de diversidade e combate às opressões. Até o momento, porém, não houve respostas.

“O Coletivo de Mulheres da FUP vem cobrando efetividade no combate aos assédios e abusos há tempos, inclusive em carta entregue a Jean Paul Prates, na primeira reunião que tivemos com ele”, lembra Patrícia Jesus Silva. A demanda chegou à Folha de S.Paulo e teria constrangido a direção da Petrobras.

Na visão da petroleira Bárbara Bezerra, diretora do Sindipetro-NF, a rotina de assédio tem inibido trabalhadoras a relatar o que sofrem. “Quando uma mulher denuncia um abuso, seja físico ou emocional, ela tende a ser desacreditada pelas pessoas a sua volta. Eu mesma já passei por situações do tipo dentro da plataforma e a primeira pergunta que fizeram é se eu estava ‘paquerando’ alguém”, diz. “É um desrespeito absurdo. Só queremos trabalhar em paz.”

Coordenador-geral, Deyvid Bacelar também exige que a Petrobras pare de ignorar as denúncias. “A empresa é responsável por dar fim a esse tipo de comportamento, punindo os agressores de forma incisiva, para que essas agressões sejam extirpadas da companhia”, afirma Deyvid.

À GloboNews, Jean Paul Prates declarou que a Petrobras tomará novas medidas de combate ao assédio. Ele disse estar ciente de diversos relatos: “Mulheres, em diferentes momentos da história da companhia, viveram situações de assédio, constrangimento e violências por gênero”, admitiu o presidente da empresa. “Em breve divulgaremos a nossa força de trabalho com novas medidas de fortalecimento da prevenção e combate ao assédio.”

Internamente, a Petrobras recebeu 81 denúncias de 2019 a 2022, os anos do governo Bolsonaro. “A nova gestão da companhia reitera que não tolera qualquer tipo de assédio e violência contra mulher, comprometendo-se a criar um ambiente de confiança para que todas as ocorrências sejam denunciadas”, diz, em nota, a Petrobras.

Um dos casos recentes ocorreu no Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras), no Rio de Janeiro, onde quatro funcionárias de uma empresa terceirizada de serviços de limpeza denunciaram assédio. Uma delas foi estuprada. “Esses ocorridos são de conhecimento da Petrobras, tendo em vista que as trabalhadoras realizaram denúncia formal nos canais de denúncia da empresa e na delegacia”, diz o Sindipetro-RJ.

O estuprador, porém, não foi sequer afastado e manteve contato com a vítima. “Não teve assistência social, psicológica – e não teve proteção de emprego das vítimas”, afirma Natália Russo, diretora do Sindipetro-RJ. “Uma delas chegou a pedir demissão porque não aguentou a pressão de ficar convivendo com o abusador.”

Diante dessa acusação específica, a Petrobras reconhece que pode ter errado. “O grupo de trabalho vai rever os procedimentos internos de tratamento das denúncias. Se forem identificadas falhas, vai determinar revisão desses respectivos processos”, diz, em nota, a empresa. Mas, para o Coletivo de Mulheres da FUP, revisões sem a participação dos sindicatos não são legítimas. Até quando a Petrobras vai se esconder?

Com informações da FUP

E Portal VERMELHO

MP Eleitoral deve pedir condenação de Bolsonaro por ataques às urnas - por Iram Alfaia

Corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves (Fotos: Antônio Augusto/Secom/TSE).

O ex-presidente é acusado no TSE pelos ataques, sem provas, às urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro numa reunião com embaixadores estrangeiros.

Nas alegações finais, o Ministério Público Eleitoral (MPE) deve pedir a condenação de Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo crime de abuso de poder político. O ex-presidente é acusado pelos ataques, sem provas, às urnas eletrônicas, ao sistema eleitoral brasileiro e uso indevido dos meios de comunicação numa reunião, em julho do ano passado, com embaixadores estrangeiros.

A fase de coletas de provas foi encerrada pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves. Na segunda-feira (10), a defesa do ex-presidente terá de apresentar suas alegações finais e, na terça-feira (11), o MPE terá dois dias para elaborar seu parecer.

A pedido do PDT, autor da ação, o corregedor incluiu nos autos a chamada minuta do golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Leia mais: Maioria dos brasileiros quer Bolsonaro inelegível em ação no TSE

Pelo documento golpista, o ex-presidente decretaria Estado de Defesa no TSE, anularia a eleição presidencial e afastaria os ministros da corte eleitoral.

Segundo apurou O Globo, O MPE prepara um duro parecer em sua manifestação final no processo. A reportagem ouviu três ministros da corte que conversaram reservadamente com os procuradores e a expectativa é que o parecer seja pela condenação de Bolsonaro que deve ficar oito anos inelegível.

“Ministros do TSE lembram que o vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gonet, já havia apontado ilícito no encontro do ex-presidente com os diplomatas ainda no ano passado”, diz a reportagem.

No parlamento, a expectativa também é pela condenação do ex-presidente. “URGENTE! O ladrão de joias também desviou dinheiro público para fazer campanha eleitoral. Reportagem do UOL mostra que Bolsonaro gastou 754 mil reais no cartão corporativo para pagar lanches de seus aspones em atos de campanha. Agora é com o TSE. BOLSONARO INELEGÍVEL JÁ!”, escreveu no Twitter o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP).

O senador Humberto Costa (PT-PE) diz que com “uma falcatrua nova descoberta a cada dia, Bolsonaro está mais enrolado do que nunca”. “Pela vontade da maioria dos brasileiros, a Justiça deve condená-lo e torná-lo inelegível. A democracia não pode conviver com um tirano que sempre tentou derrubá-la”, afirmou.

MPF

Em janeiro, um grupo de procuradores do Ministério Público Federal (MPF) pediu ao procurador-geral da República, Augusto Aras, que investigue Bolsonaro por incitação ao crime.

 De acordo com o grupo, “a insistência do ex-presidente em apontar supostas fraudes nas urnas que o elegeram se estendeu ao longo dos últimos anos, em lives realizadas semanalmente para seus eleitores e seguidores em redes sociais”.

“Parece haver indícios fortes de que, na madrugada de 10/01/2023 para 11/01/2023, o ex presidente da República Jair Messias Bolsonaro, (…), praticou, valendo-se de sua influência sobre relevante parcela da população, crime de incitação tipificado tanto no caput quanto no parágrafo único do art. 286 do Código Penal, ao, em tese, realizar postagem, em seu perfil na rede social Facebook, de vídeo desinformativo sobre a integridade das instituições judiciárias e sobre a higidez dos processos democráticos brasileiros”, diz o documento.

Fonte: Portal VERMELHO