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sexta-feira, 6 de maio de 2016

2º Encontro Mulheres Educadoras defende igualdade entre os gêneros e democracia

Com o tema “Educadoras em Defesa da Democracia Nenhum Passo Atrás”, teve início ontem (5), em São Paulo, o 2º Encontro Mulheres Educadoras, promovido pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Estão entre os temas principais a defesa da democracia e a participação feminina na política. O evento, que acontece no Marabá Hotel e termina na sexta-feira (6) também discutirá os desafios das entidades sindicais na luta pelos direitos das mulheres.
A secretária de formação da CTB, Celina Arêas, abriu o evento destacando a gravidade da conjuntura política nacional e a importância deste debate em um momento em que as garantias democráticas estão ameaçadas e que é fundamental estar mobilizado e bem informado para impedir qualquer passo atrás nos direitos.  
Lúcia Rincon, coordenadora-geral da União Brasileira de Mulheres (UBM), diz que o encontro fornece mais subsídios para uma análise da realidade das mulheres hoje. “Muito importante esse encontro com profissionais da educação pública e privada, num debate riquíssimo para traçarmos metas e caminhos, formatando lutas e conteúdos para que consigamos discutir a situação das mulheres em nossa sociedade”, diz 
Já Isis Tavares, presidenta da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Amazonas (CTB-AM) e secretária de Relações de Gênero da CNTE, acredita que “um conjunto de projetos que representam retrocessos nos direitos das pessoas em curso no Congresso Nacional devem ser amplamente debatidos". Por isso, reforça ela, “pensamos este encontro com mulheres educadoras”.
Lúcia acredita que as pessoas estão muito atuantes “interagindo, muito interessadas em conhecer e se apropriar de elementos que nos ajudem a aumentar unidade das forças progressistas para travar o enfrentamento às leis que apontam para o passado, com forte opressão às mulheres”.
encontro de mulheres post 1
“Os ataques aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, aos direitos humanos e aos avanços nas políticas públicas para as mulheres, poderão anular conquistas e avanços para a construção de uma sociedade mais democrática”, afirma Isis.
De acordo com ela, o “nosso encontro pretende evidenciar e refletir juntamente com todas as presentes o que está realmente em jogo no país, a partir da perspectiva da luta das mulheres por uma sociedade mais justa e feliz”.
“Um jogo sujo, define Isis, “para atacar a primeira mulher a ocupar a Presidência da República e com isso, atacar todas as mulheres que são belas, mas trabalham e lutam por uma vida plena de direitos”.
Segundo Lúcia, as participantes do encontro mostram que as mulheres estão “muito estimuladas a travar a boa batalha nas ruas, nas escolas, levando o necessário debate sobre a construção de relações de gênero num novo patamar, respeitoso, onde homens e mulheres estejam unidos e unidas para construirmos a sociedade solidária”.
Serviço
O que: Educadoras em Defesa da Democracia Nenhum passo atrás
Onde: Marabá Hotel – Avenida Ipiranga, 757 – São Paulo
Quando: Sexta-feira (6)
9h: Os desafios das Centrais e entidades de trabalhadores/as em educação na luta mulheres. (Raimunda Gomes-Doquinha, secratária de Imprensa e Comunicação da CTB; Junéia Batista: secretária da Mulher Trabalhadora da CUT; Isis Tavares: secretária de Relações de Gênero da CNTE; Rita de Cássia de Almeida: Coordenadora da Secretaria de Gênero e Etnia da Contee).
12h30: Almoço
14h: Educação – Novo PNE (Plano Nacional de Educação) Gênero e igualdade de gênero na sala de aula Madalena Guasco Peixoto: Doutora em Educação, Professora titular do Departamento de Fundamentos da Educação da Faculdade de Educação da PUC/SP; Coordenadora Geral da Contee.
17h: Encaminhamentos
18h: Encerramento

Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy com informações da Contee e CNTE

Nadadora olímpica, Joanna Maranhão é vítima de intolerância e ódio em São Paulo

Prestes a representar o Brasil em sua quarta olimpíada, no Rio de Janeiro, a medalhista olímpica Joanna Maranhão sofreu uma agressão misógina (ódio às mulheres) e de intolerância na capital paulista. A nadadora pedalava pelas ciclovias da cidade quando o fato ocorreu.
Ela explica que “foi obrigada a parar na ciclovia porque mais uma vez um carro estava estacionado em frente ao restaurante Crystal (uma pizzaria de gente rica). Então pedi ao motorista que tirasse seu veículo pois ali era proibido para carros”.
Foi quando o rapaz respondeu: “Você vai esperar ter vaga no estacionamento. Tá achando que isso é o problema do país? Vagabunda petista”.
joanna maranhao odio petista
“Quem me conhece sabe que sou sangue quente, mas a agressividade desse jovem me pegou tão de surpresa, que eu fui embora e comecei a chorar. Triste situação, triste realidade, maldita polarização”, relatou, em sua rede social.
No ano passado, Joanna sofreu ataques cibernéticos quando postou vídeo dispensando a torcida dos deputados federais que votaram a favor da redução da maioridade penal (leia e assista o vídeo aqui).
Também ironizou os "paneleiros" quando o senador Aécio Neves (PSDB) foi acusado na Lava Jato e ninguém bateu panela (leia).
Em entrevista recente à BBC Brasil, a atleta defendeu a inclusão de educação sexual nas escolas como forma séria de se combater a pedofilia (acesse aqui e saiba mais). Joanna diz ter superado há pouco uma depressão, causada por violência sexual sofrida na infância por um técnico de natação. Ela só teve coragem de denunciar o agressor em 2012, aos 21 anos.
Portal CTB – Marcos Aurélio Ruy com agências