ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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sexta-feira, 9 de setembro de 2022

MEIO AMBIENTE: O Cerrado e as eleições 2022 - por Marcelo Bizerril

Foto: Agência Brasil

É mais urgente falar da ausência do Cerrado no debate eleitoral, justamente nessas que são eleições cruciais para uma virada de rumo.

Esse não é um texto para falar das muitíssimas importâncias do Cerrado para a vida no Brasil e no planeta. Apesar do Cerrado continuar a sofrer com a destruição em mais um dia a ele dedicado, não escrevo para exaltar sua biodiversidade, os conhecimentos e culturas dos povos cerratenses, os serviços ambientais prestados, dentre eles o papel fundamental no fornecimento de água doce para o país, ou ainda seu valor intrínseco, seu direito de existir, e o dos seres humanos de poderem admirá-lo. Até poderia dedicar o texto a esses essenciais assuntos, merecedores de toda a atenção. Mas é mais urgente falar da ausência do Cerrado no debate eleitoral, justamente nessas que são eleições cruciais para uma virada de rumo, uma ruptura com o fascismo e a livre “passagem da boiada” em direção a tempos com mais democracia, empatia e responsabilidade.

Ainda que às custas de muita destruição e perdas de vidas humanas, a temática ambiental finalmente vem adquirindo força e centralidade no debate político no país. O centro das atenções é o desmatamento da Amazônia, alvo de críticas severas ao governo Bolsonaro quanto o assunto é o descaso com o meio ambiente e a conivência com a violência no campo, e objeto de preocupação de candidatos e mídia quando o debate se volta aos cuidados com o planeta e, sobretudo, às relações internacionais e a preocupação global com o modo como o Brasil tem (des)cuidado da floresta.

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Enquanto isso, o discurso hegemônico de exaltação do Agronegócio segue firme e inabalável na bancada da mídia comercial e nos pronunciamentos dos políticos. Apesar de todas as evidências indicarem o Agronegócio como o principal agente destruidor do Cerrado, ele continua sendo “tech, pop e parceiro do meio ambiente” para a Rede Globo e afins, e exemplo do “Brasil que dá certo” nas falas de candidatos liberais e ultraliberais, ligados à bancada ruralista. Mesmo nos discursos mais afinados com a ideia de sustentabilidade e de respeito aos povos tradicionais, como é o caso de Lula, o Cerrado não é sequer citado, ficando de fora do plano de conservação e uso sustentado que parece incluir apenas a Amazônia.

É, portanto, fundamental que o Cerrado seja incluído nessa onda de transformar o Brasil em modelo mundial de preservação ambiental e de desenvolvimento sustentável. Propostas e projetos já existem, inclusive no Congresso Nacional. A PEC 504/2010, aprovada por unanimidade no Senado, aguarda desde 2010 ser pautada na Câmara para incluir Cerrado e Caatinga dentre os biomas tratados como patrimônio nacional no artigo 225 da Constituição Federal. Já o projeto de lei nº 5462/2019, que dispõe sobre a Política de Desenvolvimento Sustentável do Bioma Cerrado, anda por alguma gaveta da burocracia do poder legislativo. Ambos precisam ser tratados como prioridade pelo novo governo e a nova legislatura. Essas e outras políticas de valorização do segundo maior bioma brasileiro são primordiais para reverter o quadro de descaso que tem resultado em tamanha destruição, e que trará consequências para todo o país, inclusive a própria Floresta Amazônica. Ambientalistas, cientistas e políticos responsáveis com o futuro do planeta não podem perder essa derradeira oportunidade de salvar o que resta do Cerrado.

Fonte: https://vermelho.org.br

TSE já recebeu 26 ações contra fake news de bolsonaristas - por Da redação

Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Combate às notícias falsas tem sido feito por denúncias, checagem e divulgação de conteúdo de alerta. O site Verdade na Rede já recebeu mais de 7 mil denúncias.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já recebeu 26 ações contra fake news divulgadas por bolsonaristas. Do total, 18 ações foram movidas pelo PT e 8 pelo PDT.

Entre os envolvidos na disseminação de notícias falsas, segundo o levantamento da Folha de São Paulo, estão as contas do presidente Jair Bolsonaro (PL), dos seus filhos, Flávio (senador), Eduardo (deputado federal) e Carlos (vereador RJ), além de deputados federais da base aliada, da ex-ministra Damares Alves e do empresário Luciano Hang, conhecido pela alcunha “véio da Havan”.

Entre as mentiras divulgadas pela rede bolsonarista está a de que Lula fechará igrejas evangélicas, caso eleito. Outro tipo de ataque é direcionado ao sistema eleitoral, indicando que haverá fraude em benefício ao ex-presidente nas eleições.

Leia mais: Fake news em baixa: eleitor rechaça boato de que Lula fechará igrejas

A equipe de campanha de Lula tem recebido denúncias pelo site Verdade na Rede. O PT já recebeu mais de 7 mil denúncias de fake news. As informações são checadas e o partido divulga em suas redes conteúdo alertando sobre as informações enganosas.

A presidente nacional do partido Gleisi Hoffmann também enviou para aplicativos de mídias sociais e reprodutor de vídeos, como Facebook e Youtube, pedido para combate às fake news e mensagens de ódio em suas redes, com a solicitação para que conteúdos que incitem a violência sejam removidos.

Com informações de agências

Fonte: https://vermelho.org.br