ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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sábado, 17 de setembro de 2016

Especial Jovens na Política: a voz de quem representa as demandas estudantis nas Eleições 2016

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou dados que indicam o perfil dos candidatos a prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Segundo dados do TSE, 496.846 candidatos concorrem nas eleições que irão acontecer no próximo dia 2 de outubro. Do número total, os jovens entre 18 e 29 anos representam apenas 9,8% dos concorrentes.
As estatísticas mostram ainda que há uma predominância de homens (68%), brancos (51%) e mais da metade (55%) tem idade entre 40 e os 59 anos. É nesse contexto que jovens de todo Brasil buscam espaço nas Eleições 2016. Muitos deles, vindos do movimento estudantil, trazem novas propostas e podem significar a reformulação da realidade política brasileira.
FONTE: TSE
Diante desse cenário, como entidade defensora dos interesses estudantis, a UBES lança o Especial Juventude na Política, que tem como objetivo principal, oferecer espaço e voz aos candidatos cujas propostas coincidem com demandas do movimento estudantil.
Diretora da UBES, Jéssica Lawane, relembra a necessidade da representatividade juvenil na política. “Estamos passando por um momento de crise de representação. Precisamos desconstruir esse velho modo de fazer política! São sempre os mesmos, filhos dos mesmos e esse jeito de levar a política não representa a juventude ou mesmo o povo brasileiro. Precisamos da juventude negra, LGBT e das mulheres para que possamos reconstruir nosso modo de fazer política”, explicou.

Perfil dos candidatos x Representatividade popular

No ano de 2013, as ruas pautaram uma reforma política, reivindicando dentre outras coisas, uma democratização no sistema político brasileiro, ou seja, uma maior diversidade de grupos que compõem a sociedade deveria estar diretamente inserida na política.
Os números do TSE, entretanto, apontam que o oposto vem acontecendo. Dentre os que pretendem representar a população brasileira, uma fatia de aproximadamente 26% corresponde a agricultores, servidores públicos municipais, comerciantes e empresários.
Para a representatividade feminina, os dados seguem desanimadores.  A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, realizada pelo IBGE em 2013, demonstra que existem 103,5 milhões de mulheres no Brasil, o equivalente a um pouco mais da metade da população brasileira (51%). Nessas eleições, entretanto, elas representam apenas 32% das candidaturas.
Quanto aos partidos que mais conseguiram protocolar candidaturas, dois deles seguem linhas mais conservadoras e estão pautados no neoliberalismo. São eles: o PSD, com 5,92% e o PP com 5,64%. O PSDB ficou em segunda posição, registrando 7,19% das candidaturas, atrás apenas do partido do atual presidente ilegítimo, Michel Temer, o PMDB, que alcançou 8,95% dos registros.
Para saber mais sobre o seu candidato, acesse o DivulgaCandContas. Com novas funções, a plataforma agora oferece um sistema completo de informações a respeito de todos os 5.568 municípios do país nos quais as eleições acontecerão em outubro.
Fonte: UBES

Cunha é Temer, Temer é Cunha – Por Musa Ramalho

Cunha é Temer, Temer é Cunha e ambos são o pacote de maldades neoliberais preparadas para retrocedermos nos direitos democratizantes conquistados com muito suor e muita luta. Nossas vozes pelo “Fora, Temer e Cunha na Cadeia” precisam estar atreladas a reconstrução da democracia brasileira. Se não pensarmos e agirmos de forma mais aprofundada, vamos somente trocar os donos das canetas sem alterar o conteúdo da narrativa. “Diretas já” são fundamentais para reorganizar a política nacional. Não eleger golpista nas disputas municipais é imprescindível para construirmos uma política melhor.
Essa segunda (12), foi um dia vitorioso, ainda que tardiamente. A cassação de Cunha nos revela mais uma prova do golpe. Cunha caiu porque ele próprio era insustentável, a representação de tudo o que há de mais atrasado e que essa geração rejeita. Mas óbvio que não rejeita de forma abstrata e desconectada com a luta por um mundo novo.
Cunha é fruto de um sistema político desconectado com a realidade do povo brasileiro. Foi útil e hábil para fazer o trabalho sujo na política representando os interesses do mercado e deixando escorrer por entre os dentes os venenos do fundamentalismo religioso, também articulado com o capital. Cunha foi também o representante político do capital financeiro e do industrial, o próprio agente do “jeitinho” gringo de impor sua agenda conservadora. Mas agora, com a esquerda fora do governo e com a imagem do ex-presidente da Câmara completamente desgastada, seus podres revelados, revirados, repetidos, rebatidos, já cansados e abatidos depois de um ano de processo, ele serve mais pra que? A direita quer moralizar o golpe, mas não vai conseguir.
Como dizem, a política é dialética, e quem esteve ao lado de Cunha para derrubar Dilma, hoje, vota contra Cunha sem ninguém ter mudado de lado. Isso porque a aliança da direita que se estabelece num sistema político distorcido como é o brasileiro, nessa ex democracia, é meramente com o poder e o que ele pode proporcionar. Os interesses das elites deslizam entre um campo político e outro, entre as figuras mais convenientes de cada momento em busca da manutenção de privilégios. Assim é a política brasileira. E Cunha só não serve mais por que nós fomos às ruas denunciar! As ruas venceram e seguem o campo principal de batalha.
O pacote de maldades está vindo pelas mãos covardes de Temer, mas que também é uma figura insustentável. Ele é o presidente que mesmo se escondendo do povo consegue ser vaiado três vezes ao dia. Basta ir a um protesto de rua que é possível ouvir aquela linda ópera de Mozart “ai! ai ai ai ai ai ai ai! Empurra o Temer que ele cai!”, ou o consagrado canto gregoriano “Foooora! Teeemeeer!”. Com Cunha era o mesmo. Temer vai cair, porque nós não vamos dar sossego, como não demos pro recém caído. O que não podemos fazer é uma luta para deixar espaços vazios (e que, obviamente, não ficam vazios).
Meu “Fora, Temer” vem acompanhado de “Eleições Diretas, Já!” Por que Temer foi eleito indiretamente com o voto do lobby político das grandes corporações do petróleo interessadas no pré-Sal, da FIESP, dos grandes proprietários de terras, do Clube Militar, dos centros políticos “cristãos”, das empresas da educação, da comunicação de massa, dentre outros. Os deputados que se aliaram a Cunha no golpe, e ele próprio, são meras representações e é também por isso que estou convicta de que ele não vai delatar ninguém. Repito, ninguém mudou de lado.
Acredito em novas eleições. É urgente reorganizar os campos políticos e colocar em disputa um projeto avançado, de esquerda, mudancista e capaz de fato de melhorar o cenário econômico e aprofundar mais no social. Esse que está aí sem voto e com índices estratosféricos de rejeição não se sustenta. Quero ver a direita perder pela quinta vez. O pacote de maldades não vence eleição.
Por Musa Ramalho
Fonte: UJS Nacional

Mídia faz campanha para forçar juízes a condenar, diz ministro do STJ


TSE
 
 

Segundo ele, as “manchetes de jornal que aniquilam histórias de vida” devem ser punidas com indenizações rigorosas. Ele citou como exemplo a recente capa da revista Veja que “colocou uma foto do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, acusando-o de envolvimento com empreiteiras, mas na reportagem descreveu condutas que não são ilegais, nem sequer antiéticas”.

O ministro salientou ainda que essa prática de coação tem a imprensa como carro-chefe, mas conta, ainda que em menor grau, com a atuação de setores da polícia, Ministério Público, Conselho Nacional de Justiça e as corregedorias, que fazem intensa pressão para magistrados mandarem prender, condenarem e proferirem decisões contra o Estado.

O ministro reconheceu a conduta fascista desses setores contra os magistrados que fazem a defesa da legalidade. Segundo ele, quem concede a ordem em pedido de Habeas Corpus ou dá razão a uma pessoa ou empresa em causa contra a Administração Pública logo é tachado de “corrupto” ou “vendido”.

Ele lembrou o caso do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal que, durante o julgamento da ação penal 470, sofre com a agressão estimulada pelas manchetes dos jornais, por conta da posição do ministro no processo.

“Fiquei indignado quando vi Lewandowski ser hostilizado no avião, no restaurante. Que país é esse que juiz não pode manifestar seu entendimento? Quem perde é o povo. O jovem de hoje não sabe o que foi a ditadura militar. Mas nem esta foi tão cruel quanto a mídia tem sido com os magistrados”, lembrou.

Noronha reforçou ainda que essa situação cria outra consequência: a impunidade da imprensa. Segundo ele, essa pressão inibe os juízes, que fixam baixas reparações em casos de abuso da liberdade de imprensa.
 


Do Portal Vermelho, com informações do Conjur