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domingo, 27 de maio de 2018

Unidade contra o fascismo, em defesa da Democracia – Por Ergon Cugler

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A construção da unidade em torno da democracia para combater o discurso de ódio que se alastra na sociedade através de falsos salvadores da pátria
O assassinato da vereadora Marielle Franco foi fator determinante para despertar olhares em torno do momento trágico que chegamos perante a fragilidade da democracia. Na semana seguinte, foram 5 jovens ligados à UJS e membros da Nação Hip Hop executados em condomínio de “Minha casa, minha vida” em Maricá, RJ. Mais recente, o grave tiroteio à caravana de Lula que passava pelo Paraná.
O ponto é que agora estão em ameaça não apenas avanços sociais ou a garantia de direitos básicos e condições para a retomada do desenvolvimento econômico de nosso país, mas a própria democracia como a conhecemos. Pois não são fatores isolados, muito menos meras coincidências, mas reflexo de discurso perigoso que cresce no seio da sociedade.
Aliás, o estado de exceção tornou-se evidente. Onde antes se configurava em pautas-bomba no congresso e percorreu caminho de forte ataque aos movimentos sociais, sendo através de repressões em manifestações ou mesmo alterações na legislação, hoje caminha para a aniquilação física daqueles que se organizam na disputa do projeto de país.
O ódio que se alastra pela sociedade através de discursos fascistas tem se materializado em chacina através, incluso, de grupos paramilitares que se organizam em contramão da democracia, cuja qual nos foi tão cara construir. Este há de ser combatido diariamente, mas requer centralidade na ação, pois com fascismo não se brinca, jamais.
Preocupa o esfacelamento das instituições, que por consequência, ao mesmo tempo, fortalece tais grupos ditos independentes no imaginário de uma sociedade cada vez mais cansada da política. Eis que, nos cabe compreensão, pois aos que diariamente atacam o caminho da política, apenas fortalecem tais grupos e seu crescimento enquanto salvadores da pátria.
Apesar das diferenças de projeto de país, mais do que nunca nos é necessário garantir uma frente democrática antifascista, que cumpra tal papel de denúncia e fortaleça a garantia das eleições de 2018, a qual, tendo em vista cenário caótico, segue cada vez mais ameaçada.
É necessária postura energética, pois há vidas em jogo. Irresponsabilidade eleitoreira, como a de Alckmin sobre o tiroteio afirmando que “o PT colhe o que planta”, deve ser exposta como tal, pois apenas legitima ações radicais de bandidos que ferem nossa democracia.
Por fim, a frente ampla se culmina em unidade democrática e esta deve ser construída pelo conjunto daqueles que se colocarem à disposição de combater o fascismo, pois o isolamento proporcionado por pequenas vaidades e diferenças pontuais é a cartada final daqueles que buscam consolidar o golpe que se enraíza no país e no prato vazio do povo brasileiro.
Fonte: UJS

Manuela d'Ávila: "Estão destruindo o país com uma velocidade avassaladora"

 
Foto: Vitor Vogel

"Temos de criar pontes entre o nosso campo político. Precisamos ter calma para dialogar", disse a pré-candidata à Presidência Manuela d´Ávila (PCdoB), em evento promovido na tarde da última sexta-feira (25) pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.


Para ela, é o momento de discutir unidade em torno de um programa que preveja fortalecimento do Estado. "Esses caras estão destruindo o país com uma velocidade avassaladora. É preciso barrar com velocidade os planos da turma de lá. A vitória eleitoral é o caminho que temos hoje", afirmou.

A deputada estadual gaúcha reafirmou o direito de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – a quem chamou de "preso político" – concorrer este ano. Mas, acrescentou, respondendo a uma pergunta da plateia, que é direito do PCdoB apresentar sua própria candidatura. "A história vai mostrando onde a gente está."

Um pouco antes, o presidente da CTB, Adilson Araújo, havia falado sobre esse tema. "Vamos lutar para que o presidente Lula tenho o direito de ser candidato. O centro da disputa política exige um projeto. Nós acreditamos que a Manuela pode defender esse projeto. Temos posição clara. Vamos fazer todo o esforço para unir a esquerda", disse o sindicalista. Um programa que se contraponha ao atual – para Adilson, "a ruptura democrática (representada pelo impeachment de Dilma Rousseff) deu curso a uma nova agenda, ultraliberal".

O atual governo não tem compromisso com o país e nem com a população, comanda um projeto anti-nacional, disse Manuela, citando inicialmente a Petrobras e defendendo a "recomposição" da capacidade de investimento do Estado, inclusive como impulsionador do investimento privado. "Qual a razão de termos uma empresa como a Petrobras se ela não está altamente conectada com um projeto de desenvolvimento?", questionou. "Nesse debate também entra a questão dos bancos públicos."

Quem fala em redução do papel do Estado, acrescentou Manuela, defende na verdade um "Estado pequeno para o povo, mas generoso com os ricos". A pré-candidata se manifestou pela revogação da Emenda Constitucional 95, de teto dos gastos públicos, e da Lei 13.467, de "reforma" trabalhista. "Se não garantirmos direitos aos trabalhadores, de que serve o crescimento do país?"

A deputada citou ainda a política de valorização do salário mínimo, cuja validade termina em 2019. "Eu também acredito que a gente deva discutir a redução da jornada de trabalho. Isso tem impacto na geração de emprego."

Caminhoneiros

Sobre a Petrobras, ela afirmou que a empresa enfrentou problemas, mas enfatizou a política desenvolvida pela estatal nos anos anteriores ao do atual governo. "Não caio no papo de dizer que a Petrobras foi um desastre no último período. Houve desvios, mas a Petrobras fez parte de um bom período que a gente viveu", afirmou Manuela, que ironizou o atual presidente da empresa, Pedro Parente: era o "ministro do apagão" no governo Fernando Henrique e agora se torna um dos responsáveis pela crise de desabastecimento no país, em consequência da greve dos caminhoneiros. Em breve, emendou, ele "vai pedir música no Fantástico", referência ao programa da TV Globo que dá essa opção aos jogadores que fazem três gols em uma partida.

Em relação à crise atual, Manuela considera mais um sinal de "falta de legitimidade" do governo. "Qual a capacidade de interlocução que eles têm?", questionou. Para ela, convocar o Exército contra os caminhoneiros "é botar lenha na fogueira, agravar a crise".


Fonte: Rede Brasil Atual