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segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

BRASIL: Direção do PCdoB aplaude organização de estudantes paulistas

O Comitê Central do PCdoB, reunido neste domingo (6), na capital paulista, saudou em moção, os estudantes secundaristas de São Paulo que defenderam a escola pública contra o plano de reorganização escolar do governo do PSDB. Para os comunistas, as manifestações dos estudantes transcenderam São Paulo e ecoou pelo país como exemplo de cidadania e em defesa da democracia. Segue a moção aprovada abaixo:


Ubes
Direção nacional do PCdoB aplaude estudantes paulistasDireção nacional do PCdoB aplaude estudantes paulistas

Moção de aplauso aos estudantes paulistas
O PCdoB manifesta seu aplauso aos estudantes secundaristas de São Paulo, pela aula que proferiram em defesa da escola pública em dias seguidos de luta.

Após ocuparem mais de 200 escolas derrotaram o governador tucano Geraldo Alckmin e sua proposta descabida e autoritária de fechar mais de 90 escolas sob o absurdo pretexto de reorganizar os ciclos escolares sem qualquer debate.

As manifestações pacíficas dos estudantes foram alvo de covarde e truculenta repressão da Polícia Militar, prontamente repudiadas pela sociedade e pelas forças democráticas.

A mobilização dos estudantes transcendeu São Paulo, ecoou pelo país como exemplo de cidadania, de militância juvenil aguerrida e construtiva, relevante para manter e ampliar os direitos sociais, e defender a democracia.

São Paulo, 6 de dezembro de 2015

O Comitê Central do Partido Comunista do Brasil - PCdoB

BRASIL: PCdoB defende luta contra golpe e retomada do crescimento

O Comitê Central do PCdoB se reúniu neste fim de semana, na capital paulista, para avaliar o quadro político e tomar posição frente aos últimos acontecimentos, em especial à decisão do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de aceitar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A reunião foi aberta pela presidenta nacional do partido, deputada federal (PE) Luciana Santos, na noite de sexta-feira (4).


Foto: Inácio Carvalho
Comitê Central reunido em São Paulo (dias 4 a 6 de dezembro de 2015)
Comitê Central reunido em São Paulo (dias 4 a 6 de dezembro de 2015)

Ao iniciar sua intervenção, a presidenta Luciana Santos chamou atenção para o fato de que este ano de 2015 é palco do mais duro ataque à democracia desde o fim da ditadura em 1985. Para Luciana, “a escalada golpista se irrompeu para derrubar a presidenta Dilma Rousseff e ceifar as conquistas de um ciclo político do qual emergiu um projeto democrático e soberano de desenvolvimento, direcionado sobretudo para melhorar a vida do povo e reduzir as desigualdades sociais”. 

Em sua análise, a dirigente nacional do PCdoB afirmou ainda que “os esforços de desestabilizar o Brasil fazem parte de um movimento maior, a marca principal deste momento é a luta para o estabelecimento de um novo equilíbrio na balança de poder mundial. As grandes potências operam em distintos tabuleiros para conter a consolidação de novos polos de poder, para cindir articulações que questionam sua hegemonia”. 

Essa disputa mundial de poder se dá com a persistente crise do capitalismo. “O capitalismo continua vivendo um impasse, os indicadores de retomada do crescimento a nível internacional continuam em níveis muito baixos. Em seu oitavo ano consecutivo a crise não dá indicadores de melhoras. Neste cenário se fortalece a grande finança, fazendo com que alguns países adotem medidas que chocam com o desenvolvimento soberano”, afirmou Luciana Santos.

Os reflexos da crise no Brasil são inevitáveis. Na opinião de Luciana Santos, “após dez anos de prosperidade e uma inédita melhoria significativa na vida do povo, o país enfrenta grave e prolongada recessão que provoca pesados danos à economia e penaliza o povo e os trabalhadores. Ao contrário do que dissemina a grande mídia, a recessão é um fenômeno de múltiplas causas; não deriva, como ela espalha, de ‘culpa’ exclusiva do governo”.

A dirigente comunista faz uma aguda crítica à elite brasileira e seus representantes no Congresso Nacional ao mostrarem seu total desrespeito com as instituições democráticas e com a situação econômica do país. Para Luciana, “estes setores priorizam em essência os atalhos a 2018, priorizam o golpe, a ter que enfrentar os desafios da crise econômica que o país vive. A oposição espera arrastar a crise política para 2016 com objetivos claros, sangrar ainda mais o governo”. 

Nestas circunstâncias Luciana analisa a decisão do presidente Eduardo Cunha de aceitar o pedido de impeachment da presidenta Dilma Roussef formulado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reali Jr e Janaína Pascoal. Para ela, “trata-se em essência mero revanchismo de Eduardo Cunha, e do interesse de Aécio Neves de encontrar atalhos para as eleições de 2018, o que não passa de uma tentativa de golpe”.

O pretexto dos autores do pedido são as chamadas “pedaladas fiscais” que teriam sido praticadas pela presidenta Dilma e rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União. Para a presidenta do PCdoB, “o interesse da oposição, em aliança com Eduardo Cunha, não é o de combater as pedaladas fiscais, mais sim o de levar o país ao caos institucional, ampliando as dificuldades para o estabelecimento de um entendimento nacional que leve o Brasil a superar a crise”. 

Contra essa ação golpista Luciana conclama um vigoroso movimento contra o golpe e em defesa da democracia. Para ela, “o que está em jogo transcende a defesa do governo Dilma, é em essência a defesa do regime democrático, e da institucionalidade, conquistas que custaram vidas e anos de luta do povo brasileiro. Esta batalha só será ganha com o povo nas ruas. Neste momento ganha em importância o fortalecimento da Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo, articulações amplas que agrupam distintas centrais sindicais, movimentos sociais, partidos políticos na defesa da democracia e da retomada do crescimento”.

Ao mesmo tempo em que conclama à luta contra o golpe, a presidenta nacional do PCdoB defende também a retomada do crescimento. Neste sentido destaca o lançamento do documento “Compromisso pelo Desenvolvimento”, que reuniu centrais sindicais e amplos setores do empresariado e da sociedade com o objetivo de construir uma nova agenda visando a retomada da produção, dos empregos e da melhoria de renda. 

Para Luciana Santos “o Brasil pode criar as condições para superar a recessão e paulatinamente deflagrar uma segunda fase de crescimento e desenvolvimento, com valorização do trabalho e redução das desigualdades sociais. A primeira condição para isso é instaurar um mínimo de normalidade política e segurança para os agentes econômicos. A oposição neoliberal, irresponsavelmente, atua para manter a instabilidade e assim forçar o prolongamento da recessão”. 

“A luta deve ser contra o golpe e pela retomada do crescimento”, conclui Luciana Santos.

O debate partidário teve início na sexta-feira (4) e se encerrará na tarde deste domingo (6). A resolução política do encontro será divulgada em breve.

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Do Portal Vermelho, com assessoria da Presidência do PCdoB