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quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Congresso da CTB busca saída a cenário mundial anti-trabalhador

  


O chanceler brasileiro, que integrou os governos Lula e Dilma, abrirá o evento na próxima quarta-feira (24) em mesa com o tema "Globalização, direitos e democracia". Durante a tarde, lideranças sindicais internacionais se revezarão abordando outros aspectos da conjuntural mundial.

O líder sindical sul-africano Mzwandile Makwayiba, eleito no ano passado presidente da Federação Sindical Mundial (FSM) e diretor de um dos mais fortes sindicatos sul-africanos, debaterá os rumos do movimento sindical em tempos de crise econômica.

O presidente da CGTP de Portugal, Augusto Praça, e o brasileiro, diretor da Fundação Maurício Grabois e assessor da CTB, A. Sérgio Barroso, tratarão dos desafios do sindicalismo sob o impacto da 4ª revolução industrial mundial.

O alemão Peter Poschen, diretor da Organização Internacional do Trabalho no Brasil, falará sobre a crise mundial e o mercado de trabalho. Ele foi um crítico contumaz da reforma trabalhista e alertou durante audiência pública no Senado que o argumento de que o corte de garantias trabalhistas gera empregos não tem nenhum respaldo na experiência internacional.


O PortalCTB conversou com o secretário de Relações Internacionais da central e secretário-geral adjunto da Federação Sindical Mundial (FSM), Divanilton Pereira, que denunciou o golpe no Brasil como parte da estratégia imperialista para a aplicação de uma agenda ultraliberal.
O dirigente falou ainda sobre importância do encontro sindical internacional e as perspectivas do movimento nesta nova conjuntura e denunciou o ataque estadunidense contra a soberania venezuelana.  
Leia abaixo a íntegra da entrevista: 
Divanilton Pereira

PortalCTB:O mundo passa por uma ofensiva conservadora. A aprovação de medidas como a reforma trabalhista no Brasil reflete esta nova conjuntura política. Diante desse cenário, quais os desafios para o movimento sindical internacional na luta em defesa dos direitos da classe trabalhadora?
Divanilton Pereira:O capitalismo provocou uma das maiores entre as suas recorrentes crises. No seu estágio de ultrafinanceirização revela-se incapaz de atender as necessidades da humanidade, sobretudo, da classe trabalhadora, pois com a sua natureza excludente, agride os avanços civilizacionais, ameaça a paz e impulsiona o desenvolvimento desigual das nações. A resultante é uma geopolítica instável e perigosa.
Esse sistema, ainda dominante em escala mundial, mais uma vez, lidera um movimento anti-trabalho, buscando reduzir o seu custo, joga todo o ônus contra os direitos da classe trabalhadora.
O atentado à democrácia no Brasil é parte dessa estratégia e a aplicação da agenda ultraliberal em curso seu objetivo maior.O grande desafio do movimento sindical internacional é evitar sua dispersão política e constituir uma plataforma unitária em defesa do trabalho e uma ampla agenda de mobilizações em nível mundial.
Neste contexto, qual a importância de realizar o seminário internacional com representantes de entidades sindicais de mais de 30 países?
O seminário busca cumprir esse objetivo de destacar a importância da unidade de nossa classe, oferecer um diagnóstico geopolítico atualizado e acrescentar na agenda sindical mundial os desafios e os impactos da dita quarta revolução industrial, a economia 4.0, sobre o trabalho vivo.
Como a crise econômica mundial afeta os trabalhadores e trabalhadoras?
Sob a égide do capitalismo, quando suas crises surgem a classe trabalhadora é o primeiro alvo a ser atingido. Não está diferente dessa vez. Milhões de homens e mulheres estão no desalento do desemprego, os Estados nacionais sequestrados pela banca financeira e os direitos sociais e laborais sendo atacados. Por uma correlação de forças desfavorável ao trabalho e a produção, até mesmo programa do tipo New Deal (novo acordo) são inviabilizados. Faz-se necessário um contraponto a essa ofensiva rentista. Penso que o BRICS e seus aliados podem liderar esse processo. O sindicalismo precisa interferir nessas articulações inter-regionais.
 A CTB integra o Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela, organização de ativistas políticos e sociais que denunciam a tentativa de desestabilização do governo de Nicolás Maduro. O que há por trás desta ofensiva contra aquele país?
A região latino-americana e caribenha descortinou, em 1998, um salto político econômico e social para os seus povos. Teve seus Estados nacionais fortalecidos e programas sócios-econômicos que promoveram uma histórica mobilidade social. Além disso, criou articulações políticas que promoveram a integração regional e diversificaram suas relações políticas e comerciais para além da América do Norte.
Do ponto de vista geopolítico, majoritariamente posicionou-se ao lado dos novos polos político-econômicos reforçando a luta contra a hegemonia imperialista estadunidense. Foi com Hugo Chávez que a nossa região iniciou essa estratégica experiência progressista. O império não assistiria à consolidação desse processo sem reagir. Por isso, de uma forma articulada com seus lacaios nacionais, desencadeou uma campanha de desestabilização política e econômica sobre os pilares dessa construção: O Brasil, a Argentina e a Venezuela.
Portanto, interromper a revolução bolivariana completaria essa fase golpista em nossa região. Contudo, o povo venezuelano compreendeu, melhor que outros, esse jogo e enfrenta com bravura a intervenção imperialista e suas forças auxiliares do país.
A CTB e a FSM apoiam e participam ao lado do povo daquele país contra essa ofensiva. Não nos orientamos pela mídia mundial que integra esse intento golpista e manipula parte da opinião pública. Para nós o centro da luta é a defesa do povo e de sua autodeterminação. Por isso reconhecemos a legitimidade do processo constituinte venezuelano.


Portal CTB

Salvador será a capital nacional da CTB na próxima semana

 
 


“A expectativa é muito grande. Com certeza conseguiremos promover um rico e amplo debate político num momento em que enfrentamos essas reformas e ataques para enfraquecer o movimento sindical. A animação dos delegados e delegadas vai repercutir na política, fundamental para o crescimento e existência da CTB. Por isso, não tenho dúvida que será o melhor Congresso da CTB”, afirmou o dirigente.

Realizado pela primeira vez na Bahia, o evento acontece entre os dias 24 e 26 de agosto, no Gran Hotel Stella Maris, e comemora também os 10 anos da Central, que hoje representa mais de 1.200 entidades e 10 milhões de trabalhadores.

“Estamos trabalhando muito e com uma grande equipe para que o Congresso seja um sucesso. O local já está preparado para oferecer uma completa estrutura aos delegados e delegadas, com profissionais, diversas salas e apoio. A CTB Bahia vai se colocar à disposição e trabalhar para que esse congresso seja histórico”, afirmou Pascoal Carneiro.

Para Carneiro, a escolha da cidade sede do evento é o reconhecimento do esforço da contribuição da Bahia à CTB desde a sua fundação. Ao todo, o Congresso reunirá mais de 1,2 mil sindicalistas de todo o mundo, 350 da Bahia.

“A CTB Bahia é a maior seção estadual da Central, com 40% de participação. Por isso a escolha do Estado para fazer o Congresso. É a primeira vez que uma central sindical busca o Nordeste para fazer o evento. A CTB respeita as diferenças de todas as regiões do país, mas os direitos são iguais para todos. Isso faz com que a CTB tenha política no país todo e tenha seção em todos os estados da Federação. Estamos nos preparando para que todos participem, tenham voz e voto, que é a nossa importância”, afirmou Pascoal Carneiro.

Para o Seminário Internacional e o Congresso Nacional, a CTB preparou uma ampla programação, com ricos debates durante os três dias. O atual cenário político e econômico do país e os prejuízos que a agenda neoliberal do governo de Michel Temer impõe aos brasileiros e brasileiras, ganharam destaque, assim como as reformas trabalhista e previdenciária.

Para o presidente nacional, Adilson Araújo, muito já foi feito, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. “Os efeitos do golpe batem a nossa porta e precisamos ter tática e estratégia para enfrentarmos essa nova etapa. O 4º Congresso será o momento de passar em revista e de pensar uma ação mais planejada, que fortaleça a CTB e o movimento sindical no Brasil. Entendemos que a melhor alternativa para a CTB e o conjunto da classe trabalhadora é caminhar unida, para garantir o enfrentamento da agenda regressiva, barrar o retrocesso liderado hoje por Michel Temer e construir caminhos para a retomada dos direitos subtraídos”, concluiu o presidente da CTB.
Adilson Araújo
Um dos fundadores da CTB, Adilson Araújo é baiano de coração e dirigente do Sindicato dos Bancários da Bahia. Primeiro presidente da estadual baiana, Adilson ocupou o cargo entre 2008 e 2013, sendo sucedido pelo metalúrgico Aurino Pedreira.

Confira a programação detalhada:

4º Congresso Nacional da CTB e Seminário Internacional “A crise econômica Global e o mundo do trabalho”

Local: Gran Hotel Stella Maris Resort & Conventions - Salvador - Bahia

Dias 24, 25 e 26 de agosto de 2017

23 de Agosto – Quarta-feira
08h00 às 12h00 – Recepção da delegação internacional

24 de agosto – Quinta-feira
08h30 – Credenciamento Delegados e Delegadas Nacionais e Internacionais

1ª MESA - 09:30 - "Globalização, direitos e democracia” 
Expositor: Embaixador Celso Amorim

10:15 - Participação do plenário
11:45 - Considerações finais do expositor
12:15 - Intervalo para almoço

2ª MESA -14:00- “A crise capitalista e os impactos no mundo do trabalho”

Expositores:
1. Mzwandile Michael Makwayiba – Federação Sindical Mundial
A classe trabalhadora está pagando o ônus da crise

2. Sérgio Barroso – Fundação Maurício Grabois
A quarta revolução industrial e os desafios do sindicalismo

3. Augusto Praça – CGTP-IN (Portugal)
A quarta revolução industrial e o futuro do trabalho

4. Peter Poschen – OIT Brasil: 
A crise e o mercado de trabalho

15:20 - Participação do plenário
16:50 - Considerações finais dos expositores
17:20 - Encerramento

18h30 – Abertura Oficial do 4º Congresso Nacional da CTB

19h00 – Apresentação do Documento do 4º Congresso
20h00 – Sessão Solene de Abertura

25 de agosto – Sexta-feira
08h30 – Credenciamento de Delegados Nacionais
09h00 – Painel: SIGNOS E SIGNIFICADOS DA CONSTRUÇÃO DA CTB
10h00 – Intervenção do plenário
11h00 – Painel: A LUTA EMANCIPACIONISTA E O TRABALHO
12h00 – Intervenção do plenário
13h00 – Almoço
14h00 – Encerramento do credenciamento 
14h00 – Intervenção do plenário
15h00 – Painel: AS CONTRARREFORMAS E OS DESAFIOS DO MOVIMENTO SINDICAL
16h30 – Intervenção do plenário
20h00 – Encerramento dos trabalhos 
20h15 - Lançamento do Livro: “O Golpe do Capital contra o Trabalho – Umberto Martins
20h30 - Jantar

26 de agosto – Sábado
09h00 – Resolução sobre Estatuto e Resolução sobre Finanças
10h00 – Intervenção do plenário
11h00 – Apresentação do Balanço da CTB
11h30 – Intervenção do plenário
12h30 – Apresentação do Plano de Lutas
12h50 – Intervenção do plenário
13h30 – Almoço
14h30 – Abertura do processo eleitoral: inscrição de chapas
15h30 – Encerramento do prazo de inscrição de chapas
16h00 – Apresentação e defesa de chapa e do Programa da CTB (2017/2021) 
16h30 – Eleição e posse da Nova Direção
21h00 - Festa de Confraternização

27 de agosto – Domingo
Retorno das delegações 



Fonte: Portal CTB

Encontro fortalece defesa do manancial Piquiri-UNA. - CPC/RN PRESENTE!


(Estação de captação da CAERN no rio Piquiri)

Aconteceu em Nova Cruz, na manhã desta quinta feira, 17 de Agosto, no Clube do Povo – Mercado Público, mais um encontro com representantes da sociedade e de Igrejas, em defesa do manancial dos rios, Piquiri e Una”, promovido pelo “Fórum Permanente S.O.S. rios, Piquiri e Una”, com o objetivo de ampliar os agentes de mobilização desta luta que terá um importante momento regional em Outubro deste ano.

O manancial é o provedor da água potável para a população dos municípios de Pedro Velho, Montanhas e Nova Cruz e, quando da construção da nova adutora pelo governo do estado, se estenderá até os municípios de Santo Antonio e Serrinha.






O encontro desta manhã contou com representantes de Igrejas Evangélicas,  da Igreja Católica – através do Serviço de Assistência Social –SAR da Arquidiocese de Natal e da Pastoral da Comunicação (Pascom da Paróquia de Nova Cruz), da EMATER/Escritório local, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, de Associações, do Centro Potiguar de Cultura – CPC/RN, do CRAS de Nova Cruz, da Câmara Municipal de Nova Cruz, dos Conselhos: Municipal e Tutelar de Nova Cruz, e de populares, que debateram e definiram as estratégias de mobilização para o grande evento que marca o dia “D” de luta em defesa dos rios, previsto para Outubro deste ano e que busca dar visibilidade às diversas autoridades, municipais, estaduais e federais, dos problemas detectados nestes rios, que já afetam suas capacidades de abastecimentos e de promoção do desenvolvimento econômico destas populações.

O Rio Piquiri abastece uma população de aproximadamente 150 mil habitantes no Agreste e litoral sul potiguares, com uma adutora que já está obsoleta há pelo menos 20 anos. Estudos relatados pelo Fórum dão conta de que o rio está com capacidade cada vez menor, em virtude do assoreamento desenfreado, dos desvios dos cursos das águas, dos desmatamentos em suas margens promovidos pelas usinas, enfim, por uma gama de fatores apresentados e com um futuro agravante: A construção de uma nova adutora, com vazão direta do manancial até Nova Cruz e com ampliação até os municípios de Santo Antonio e Serrinha, anunciada pelo Governo do Estado. É necessário, portanto, um amplo e permanente trabalho de mobilização para a preservação do rio Piquiri e de implantações de projetos sustentáveis, que permitam sua plena saúde, para que ele possa em retribuição manter estes abastecimentos e o desenvolvimento das populações por ele, beneficiadas.

(Matéria Claudio Lima - Fotos Eduardo Vasconcelos)
 Membros do Fórum Social de Políticas Públicas de Nova Cruz e convidados, após reunião

 Carlinhos - Coordenação do Fórum
 Eduardo Vasconcelos - CPC/RN participando das discussões e encaminhamentos do FÓRUM
 Intervenções muito bem colocadas de Juliane Oliveira - representante da EMATER - Nova Cruz

 Listas de presenças
 Convite feito a sociedade civil e organizada