ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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CAMPANHA MOVIMENTO 65

domingo, 15 de julho de 2018

Roda de conversa na CTB reúne Manuela D'Ávila e Leci Brandão nesta segunda (16)

A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB em parceria com a União Brasileira de Mulheres (UBM) realiza na sede da central, em São Paulo, na próxima segunda (16), o evento Mais Mulheres na Política, uma roda de conversa com a participação da pré-candidata à deputada estadual Leci Brandão e a pré-candidata à presidência da República Manuela D'Ávila.
Marque sua presença AQUI e venha contribuir com o debate 
A proposta é aprofundar o debate sobre a situação da mulher no Brasil em todas as áreas, dar visibilidade às reivindicações dos movimentos sociais, das mulheres, de moradia, da igualdade racial e da juventude, e impulsionar a luta por igualdade de direitos. "Precisamos ampliar a participação feminina em todos os espaços de poder", afirma a secretária da Mulher Trabalhadora da CTB, Celina Arêas.
Pesquisa recente do IBGE em parceria com a organização internacional Inter-Parliamentary Union mostra que o Brasil ocupa hoje a vergonhosa 152ª posição no mundo em relação à presença de mulheres no parlamento.
A roda de conversa irá incluir este assunto no debate político - já que estaremos a um mês do início oficial da campanha eleitoral - e permitirá que as candidatas exponham suas ideias para superar as desigualdades e injustiças nesta e outras áreas. 
"Levaremos às candidatas as reivindicações históricas do movimento sindical e social para o campo dos direitos da mulher no Brasil", diz a dirigente, destacando questões específicas, como a priorização de políticas públicas, criação de creches, o combate à violência, a defesa de direitos iguais no trabalho e a descriminalização do aborto. 
Em um país marcado pela severa opressão patriarcal, romper com a desigualdade de gênero nas esferas de poder, seja no legislativo, executivo ou judiciário, é tarefa de muitas gerações. E embora o avanço feminino seja perceptível na sociedade brasileira, ainda há muito que evoluir para se alcançar a necessária paridade de direitos.
A roda de conversa entre duas parlamentares combativas e historicamente comprometidas com a defesa dos direitos e a luta pela emancipação da mulher pretende aprofundar esta reflexão e apontar caminhos para avançar. 
Serviço:
Mais Mulheres na Política
Local: sede da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB
Horário: 18h
Endereço: rua Cardoso de Almeida, 1843
Portal CTB 

Candidatos mais ricos saem na frente nas eleições de 2018

 

 

Sem um teto nominal (apenas proporcional) que limite as doações de pessoas físicas a partidos e candidatos, os mais ricos continuarão a ter chances maiores de elegerem seus candidatos nas eleições de outubro, mesmo com a proibição do financiamento empresarial das campanhas.

Com isso, as distorções na representação, em especial no Poder Legislativo, devem permanecer. O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) estima que quase não haverá mudança na composição do Congresso, e o índice de reeleição pode chegar a até 90%. 

De acordo com a minirreforma eleitoral aprovada em 2017, que define as regras para o próximo pleito, as doações por pessoas física são limitadas a 10% do rendimento bruto declarado do doador no ano anterior ao da eleição.

Segundo a Receita Federal, dos mais de 28 milhões de declarantes em 2017, os 0,09% que estão no topo da pirâmide – aqueles que ganham mais de 320 salários mínimos –, poderão doar em torno de R$ 760 mil ao seu candidato ou partido político. Enquanto isso, aqueles que ganham até dois salários mínimos, os 11,6% dos declarantes na base da pirâmide, poderão doar cada um R$ 854,00, em média.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), "o candidato poderá usar recursos próprios em sua campanha até o limite de gastos estabelecido para o cargo ao qual concorre”, podendo doar além dos limites de renda impostos ao eleitor. Essa regra favorece candidatos com alto poder econômico, como o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles e o ex-prefeito de São Paulo João Doria, garantindo a sobrerrepresentação dos mais ricos. 

"Já era previsível que uma reforma no sistema eleitoral feita pelo próprio Congresso não mudaria em quase nada a estrutura hoje imposta", avalia o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto. Segundo ele, é necessária a realização de uma reforma política feita com participação popular, por meio de uma Constituinte exclusiva.

De acordo com o Diap, terão mais chances de serem eleitos aqueles que já gozam de mandato parlamentar. "Além de terem acesso ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha, definido na reforma eleitoral, eles também têm acesso à renda parlamentar, uma estrutura de gabinete consolidada e uma série de recursos que facilitam a divulgação do seu trabalho”, afirma Neuriberg Dias, analista político da entidade.

Além dos detentores de mandato, terão mais chances de serem eleitos aqueles que dispõem de recursos próprios ou são vinculados a um determinado setor social e econômico. Por último, estão as pessoas desconhecidas, com poucos recursos e sem espaços no partido, aponta o analista.

Segundo o técnico do Dieese e doutor em Ciência Política pela USP Alexandre Sampaio Ferrazo, uma amostra de apenas mil pessoas das mais de 25 mil que declararam ganhar acima de 320 salários mínimos totalizaria um montante de doações aos seus candidatos que alcançaria, por exemplo, o total estimado de R$ 211 milhões que o PT deve receber pelo Fundo Especial de Financiamento de Campanha. 

"Temos ainda que levar em consideração que é muito difícil que uma pessoa que ganhe até dois salários mínimos tenha condições de doar qualquer quantia à campanha eleitoral de um candidato, levando em consideração a elevação de preços de produtos básicos como o gás de cozinha nos últimos dois anos. Sem falar na instabilidade empregatícia, agravada pela reforma trabalhista", complementa Ferrazo.

 Fonte: RBA

Manuela à UJS: Ocupar a política, para transformar a política

Foto @kboughoff / UJS

Do alto de uma cadeira, bem no meio dos milhares de militantes que acompanham o 19º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista (UJS), a pré-candidata à Presidência da República, Manuela d’Ávila, destacou a importância da entidade na sua trajetória. Vestindo a camiseta que é marca de sua pré-campanha - em que se lê “lute como uma garota” -, ela exaltou a rebeldia da juventude como motor de transformação e defendeu que os jovens ocupem espaços de poder para mudar a política.

A pré-candidata participou, na noite deste sábado (14), de um ato político durante o Congresso da UJS, que acontece no Instituto Federal de São Paulo (IFSP). Na hora de seu discurso, Manuela desceu do palco e caminhou até o centro do ginásio onde ocorreu a atividade. 

Ela começou sua fala contando que recebeu uma crítica, pelo fato de sua camiseta não dizer “lute como uma mulher.” Segundo a deputada estadual, contudo, o seu maior esforço é para “seguir lutando como a garota que nós fomos um dia”. “Nesse 2018 compeltam-se 20 anos do dia em que eu estava em sala de aula e uma outra menina, a Lúcia, se aproximou com um xerox de uma ficha de filiação à UJS e eu fiz uma opção, como uma garota, de lutar por coisas que são as mais importantes”, disse. 

E apontou que a entidade foi a escola onde aprendeu sobre o socialismo e o Brasil. “A UJS me ensinou que lutamos como garotas socialistas quando não nos conformamos com a ideia de que existe um homem ou uma mulher melhor que outro homem ou outra mulher. Ou com a ideia de que existe um jovem que pode viver e outro que não. Foi a UJS que me ensinou que lutamos porque não nos conformamos com o fato de que há crianças como a minha filha e há outras que não têm acesso a nada. Foi a UJS que me ensinou que lutamos como uma garota quando nos apaixonamos por esse país”, afirmou.

Para ela, a frase de sua camiseta vai além da ideia de que ela luta desde o lugar de fala de uma mulher. “Estamos dizendo que trazemos algo que, muitas vezes, é visto como defeito, mas é a maior qualidade da juventude, que é a rebeldia, a inconformidade, a convicção de que a realidade pode e deve ser transformada. Isso é lutar como uma garota”.

A pré-candidata ressaltou que cada militante tem um papel a cumprir, mas que a luta coletiva é ainda mais importante. “Nós, juntos, quando ocupamos a politica, podemos transformar a política. Se a gente junta as garotas e garotos que somos, com a inconformidade com os problemas e a certeza de que podemos mudar os rumos do país, podemos construir um socialismo brasileiro, com a cara desse povo, podemos transformar. Ser militante da UJS é dizer que acreditamos na juventude, na união e no socialismo”. 

Manuela rebateu ainda a ideia de que jovens não gostam de política. “A gente não gosta de qual política? A política feita pela própria elite, em que todo mundo que ocupa a política é homem, branco e tem entre 50 e 60 anos? A gente não gosta dessa política mesmo. Mas a gente não gosta dessa e abandona toda a política? Ou a gente não gosta dessa e ocupa para transformar? A gente decidiu ocupar para transformar”, colocou.

Na sua avaliação, não há contradição entre a luta institucional e a luta dos movimentos sociais. “Para a gente, mandato é instrumento da luta de transformação, que a gente da UJS aprende na rua. A gente é UJS em qualquer espaço. Não interessa se é na UNE, na Presidência ou no movimento negro, LGBT. A UJS nos diz que é urgente amar o Brasil, é urgente construir o socialismoa para que a gente tenha dias de justiça social”, declarou.

Manuela citou um trecho da música “Bola de meia, bola de gude”, de Milton Nascimento, para falar do papel que cumpre a juventude. “Vocês nos dão a mão nos mais difíceis momentos. A gente foi lá, lutou contra neoliberalismo, denunciou privatização, veio Lula, Dilma, Reuni, Prouni, cotas, ‘Minha casa, minha vida’, soberania nacional, brasilidade, autoestima. Aí depois golpe, misoginia, ódio, ódio de classe, crescimento do fascismo. Aí a gente olha pra vocês e vocês nos dão as mãos e nos lembram das coisas belas”, disse. 

No fim, ela fez um agradecimento à UJS, afirmando que foi seu tempo como militante na entidade que lhe permitiu hoje ser pré-candidata à Presidência. “Vocês permitiram que eu me encontrasse com o povo brasileiro, com a luta pelo mais belo, pelo mais justo e o melhor do mundo, com os heróis do nosso povo, permitiram que eu tivesse força para lutar contra o liberalismo, para ver muito sonhos serem realizados, e que eu tivesse a certeza de que é possível construir um país mais justo”, concluiu.

Durante o ato, que foi acompanhado por delegados de todo o país e também por convidados de outros países, como Síria, Chile, Portugal e Argentina, o vice-presidente do PCdoB, Walter Sorrentino, falou ainda sobre a crise do capitaismo e o momento de regressão, concentração de renda e elevação da pobreza pelo qual passa o mundo. E destacou que há alternativa ao regime do capital. 

Ao encerrar sua fala, Sorrentino celebrou o que, para ele, é o maior sentido de ser vanguarda nos dias de hoje, que é à capacidade de renovar as gerações de lutadores e dirigentes do povo brasileiro. 
Luíza Bezerra, secretária da Juventude da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), destacou a difícil situação do jovem no mercado de trabalho brasileiro. “A juventude ao lado da classe trabalhadora vai conseguir superar esse momento, e isso só se faz através da política”, apontou. 

Já o presdiente da CTB, Adilson Araújo, citou a necessidade de a esquerda lutar por uma convergência programática e promover mobilizações. “É fundamental enxergar que ocupar o poder pressupõe ocupar as ruas, quebrar o estigma da criminalização da política, disputar o voto de um povo que está descrente. Precisamos apresentar uma persepctiva. A Manuela é a voz da alternativa, do socialismo”, defendeu. 

O diretor do IFSP, Luís Cláusio de Matos também mencionou a importância de lutar contra a campanha de descrédito da política. “A gente sabe que está em curso um golpe no país. E o golpe não e só tirar a presidenta e vender nossas estatais. Querem que a gente acredite que todo político é corrupto, que a política não presta e que devemos ignorar isso. Fico feliz de ver a juventude unida, porque o que querem é que a gente fique descrente e abandone nossos ideias. E aí eles vão poder fazer o que quiserem. Por isso, não desistam nunca”, pediu.

O presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas, Pedro Górki, falou sobre a resistência da juventude. Segundo ele, os jovens não aceitam mais a miséria, a fome, a exclusão, a educação sucateada e o desemprego. “Se forem fechar e sucater as escolas, nós vamos ocupar. No momento em que vendem nosso patrimônio, nossa resposta é ocupar todos os espaços de poder. Essa juventude não aceita um país que não seja para todos”, afirmou. 

Marianna Dias, presidenta da UNE, destacou a destruição que o atual governo promove no país e também mencionou a unidade das esquerdas. “Quando dizemos que queremos ocupar o poder, é para que essa destruição não continue. Eles precisam saber que daqui vai sair resistência, daqui vão sair jovens preparados. Quando a gente vê Manuela, a gente se inspira. Uma mulher que se dedica à luta política e que não tem vergonha de dizer que não será impeditivo para a esquerda se unir. E a esquerda precisa se unir porque depende dela um projeto de país mais justo”. 

A presidenta da UJS, Carina Vitral, falou que o golpe coloca a conta da crise nas costas dos trabalhjadores, das mulheres e dos jovens. “A situação não está fácil, a gente se envergonha vendo o Congresso comprometido com interesses econômico,s ao invés de com os interesses do povo. A solução é ocupar. Vamos tomar os espaços de poder, pegar a caneta na mão, e tomar os rumos do nosso país. Vamos ocupar a opolítica, porque a política é a única esperança. A nossa geração, que luta e ocupa, precisa chegar lá para fazer diferente”, concluiu.

Veja a íntegra do ato politico
Fonte: VERMELHO