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sábado, 17 de dezembro de 2022

Deputados do PCdoB celebram diplomação de Lula pelo TSE


O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, foram diplomados na última segunda-feira (12) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A diplomação oficializa o resultado das urnas e é condição formal para que o presidente eleito e o vice tomem posse em 1º de janeiro – que é quando o mandato começa.

Em discurso emocionado, Lula afirmou que o povo reconquistou a democracia e chorou ao lembrar críticas que sofreu por não ter diploma universitário.

“Os inimigos da democracia lançaram dúvidas sobre as urnas, cuja confiabilidade é reconhecida há muito tempo por todo o mundo. Ameaçaram as instituições, criaram obstáculos de última hora para que eleitores fossem impedidos de chegar a seus locais de votação, tentaram comprar o voto dos eleitores com falsas promessas de dinheiro farto desviado do orçamento público”, afirmou.

O presidente eleito lembrou que, quando se esperava um debate político democrático nas eleições, “a nação foi envenenada com mentiras produzidas no submundo das redes sociais”.

A cerimônia no plenário do TSE contou com a presença de autoridades, representantes diplomáticos, apoiadores e aliados da chapa eleita, entre eles vários deputados da Bancada comunista na Câmara dos Deputados.

Para o líder do PCdoB, deputado Renildo Calheiros (PE), o povo se manifestou democraticamente elegendo Lula, que agora vai precisar de “muito trabalho e um pouco de paciência, porque nós vamos precisar reconstruir o Brasil e remontar os serviços públicos”.

“É um dia de muita alegria. Um dia em que a gente dá um grande passo na luta contra o fascismo brasileiro. Se cada dia que passa é ainda um dia de sofrimento, de dificuldades, corte de verbas e desmonte do Estado brasileiro, por outro lado a gente sabe que é um dia a menos no desgoverno de Bolsonaro. Lula vai receber o país em condições muito difíceis”, disse.

Em suas redes sociais, a deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) registrou que, ao receber o diploma para governar o Brasil pela terceira vez, Lula destacou que esse documento “é do povo brasileiro”, que reconquistou o direito a viver em uma democracia.

“Um momento importante que marca o encerramento do processo eleitoral, consolidando essa vitória tão importante para o povo Brasileiro! A civilização venceu a barbárie! Vamos reconstruir o Brasil!”, escreveu no Twitter.

A deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC) frisou que o Brasil “volta à civilização” com a eleição de Lula. “Hoje é a diplomação do presidente que foi eleito com a maior votação da história e bateu o próprio recorde com 60,3 milhões de votos”, sublinhou. “Viva a DEMOCRACIA!”.

Em mensagem no Twitter, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) se referiu à diplomação como um “MOMENTO HISTÓRICO!”. Ele completou: “Em discurso forte, @LulaOficial fala que venceu graças à frente ampla formada em defesa da democracia contra um projeto de destruição nacional”.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) registrou que Lula “se emociona e chora ao citar que o povo brasileiro elegeu pela 3ª vez um homem sem diploma ao título de Presidente do Brasil”.

Na mesma linha, o deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) observou: “Hoje pela terceira vez @LulaOficial recebe o mais importante diploma, aquele que é entregue pelo povo através do TSE @TSEjusbr. Viva a democracia! Parabéns, @LulaOficial e @geraldoalckmin”, tuitou.

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA) disse que a emoção do presidente eleito “é contagiante”. “De um homem que lutou muito e lutará ainda mais pelos brasileiros”.

Diplomação

Lula e Alckmin foram eleitos pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV) com o apoio do PSB, PSOL, Rede, Solidariedade, Pros, Avante e Agir.

A entrega dos diplomas ocorre depois de terminado o pleito, apurados os votos e passados os prazos de questionamento e de processamento do resultado das eleições.

Segundo o TSE, por meio da diplomação, a Justiça Eleitoral declara que o candidato eleito está apto para a posse, que é o ato público pelo qual ele assume oficialmente o mandato.

Fonte: PCdoB na Câmara

Fortalecer o PCdoB e as tarefas da reconstrução do Brasil

Na avaliação dos dirigentes do partido o resultado eleitoral do partido foi importante, mas insuficiente diante dos profundos desafios colocados para a luta política no Brasil. Presidenta do Partido, Luciana Santos ressaltou que o resultado eleitoral do Partido precisa ser mais profundamente avaliado no cenário de ascenso das forças fascistas, de extrema-direita, que há quatro anos, pelo menos, elegeram como inimigo preferencial os comunistas.

Fonte: PCdoB

Nem-nem: cerca de 15% dos jovens nem estudam, nem trabalham no Brasil - por Bárbara Luz

Motivos e a quantidade de jovens nesta situação variam conforme a renda familiar.

Dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta sexta-feira (16) mostra que cerca de 15% dos jovens entre 15 e 29 anos, o equivalente a 7,6 milhões de brasileiros, eram “nem-nem-nem” em 2021, ou seja, não frequentavam a escola, não trabalhavam e não estavam procurando emprego.

O Dieese excluiu da conta jovens que não estavam estudando nem trabalhando, mas procuravam emprego, do contrário a conta aumentaria: cerca de 12,7 milhões de brasileiros (26% do total de jovens entre 15 e 29 anos). Destes, parcela relevante estava em busca de trabalho: 5,1 milhões de pessoas, o equivalente a 40% dos ‘nem-nem’ e 10% de todos os jovens entre 15 e 29 anos.

Esse fato é observado apesar da retomada das atividades econômicas. O estudo mostra que a dificuldade de inserção no mercado de trabalho é maior entre os jovens de renda mais baixa.

O estudo aponta ainda, com base no levantamento feito com dados da Pnad Contínua – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2021, que os motivos e a quantidade de jovens que eram “nem-nem-nem” variam conforme renda familiar.

No caso dos jovens mais pobres, o percentual nessa condição chega a 24%, e os principais motivo são o trabalho doméstico, cuidar de familiares, problemas de saúde e gravidez. Entre os mais ricos, a proporção é de 6% e a principal justificativa era o estudo em outros cursos, como pré-vestibulares ou para concursos.

O número de jovens que não estudam muda de acordo com a faixa etária (entre os que têm entre 15 e 18 anos, por exemplo, a maior parte frequenta a escola de ensino regular, principalmente o ensino médio). “Depois, a situação predominante é a participação no mercado de trabalho, com uma ocupação efetiva ou à procura de uma”, diz pesquisa.

Baixa renda

Considerando todos os jovens de baixa renda (cerca de 19,9 milhões), aproximadamente 24% (4,8 milhões) não frequentavam a escola, não trabalhavam e não estavam em busca de trabalho, sobretudo a partir dos 20 anos de idade. Essa proporção era praticamente a mesma daqueles que não frequentavam a escola, mas estavam trabalhando (23%).

Destaca-se ainda o percentual de baixa renda que, embora não estivesse frequentando escola nem trabalhando, procurava trabalho (16%).

Alta renda

A pesquisa mostra também que os jovens de famílias de alta renda tinham menos dificuldade de inserção no mercado de trabalho. A maioria trabalhava em 2021 e uma parcela ínfima buscava trabalho. Além disso, cerca de 23% conseguiam frequentar a escola e trabalhar ou fazer estágio de ensino superior.

Já o percentual de jovens de alta renda que não frequentava escola, não trabalhava e não buscava trabalho era bem pequena, exceto entre aqueles com 18 ou 19 anos de idade. Os dados sugerem que essa parcela não estava frequentando ensino regular, que é a categoria pesquisada pelo IBGE, mas outros cursos, como os pré-vestibulares.

Diferença de classe

Em relação aos jovens que não frequentavam escola nem tinham trabalho e também não buscavam ocupação, os principais motivos alegados para a não procura eram: 36% a necessidade de cuidar dos afazeres domésticos, do(s) filho(s) ou de outro(s) parente(s); 14% problemas de saúde ou gravidez; 12% o fato de estarem estudando.

Mas há diferenças em relação à renda (e ao sexo): 40% dos jovens de baixa renda afirmam ter a necessidade de cuidar dos afazeres domésticos, do(s) filho(s) ou de outro(s) parente(s). O Dieese destaca que “essa tarefa, em geral, é realizada principalmente pelas mulheres, o que confere à questão não só recorte socioeconômico, mas também de gênero”. Já entre os jovens de alta renda, a principal resposta para não procurar trabalho foi o fato de estarem estudando (55%).

“Há enorme disparidade nas situações da juventude que não frequenta escola, não trabalha e não busca trabalho, quando se leva em conta a renda familiar. Enquanto os mais ricos se preparavam para ingressar no ensino superior, em momento etário bem específico, entre os mais pobres, uma proporção menor tinha essa perspectiva, com um grupo relevante, formado principalmente por mulheres, obrigado a cuidar dos afazeres domésticos e de pessoas da família”, afirma o Dieese no estudo.

Fonte: Dieese