ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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CAMPANHA MOVIMENTO 65

sábado, 30 de dezembro de 2017

HOJE (30) O CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC/RN COMPLETA 8 ANOS DE LUTAS - CONQUISTAS E VITORIAS! PARABÉNS!!!

No dia 30 de dezembro de 2009 no SESC LER de Ponta Negra - Natal/RN em Assembleia Geral nascia o CENTRO POTIGUAR DE CULTURA - CPC/RN!  Uma entidade cultural que veio para ficar!

Tendo como principal finalidades e objetivos LUTAR pelo resgate da CULTURA POTIGUAR e identificar novos talentos.  Já vários eventos realizados,  com debates, seminários, e encontros  realizados em Natal, Nova Cruz, Parelhas, Currais Novos, Mossoró, etc. 

Fortalecendo assim suas diretrizes.  Sabemos que tem muita  coisa a se fazer, mas o CPC/RN não medirá esforços para alcançar esses objetivos.

Graças a vários parceiros em sua maioria sindicatos, SINAI, SINTE, SINDHOTELEIROS, ADURN, ADUERN, SINDSAÚDE, SINTRACONM, SINTEST, APURN, BANCÁRIOS, FETARN, STRAF, SENALBA, COMERCIÁRIOS, SINDAGUA, CTB, CUT, CONLUTAS, INTERSINDICAL, FORÇA SINDICAL, entre outros sindicatos de outros estados e instituições públicas fizeram com que esses eventos fossem realizados. Mas a luta estar apenas começando, tem muito caminho a ser seguido.

Queremos agradecer aos nossos diretores/as que sempre estiveram juntos nas atividades do CPC/RN e que em 2018 seja repleto de mais e mais realizações.

PARABÉNS, CPC/RN!

PRESIDENTE DO CPC/RN PARTICIPARÁ DE PROGRAMA DE RÁDIO NAS EMISSORAS AGRESTE FM E CURIMATAÚ HOJE!

Hoje (30), Eduardo Vasconcelos, presidente do Centro Potiguar de Cultura - CPC/RN participará ao vivo no Programa a Voz do Trabalhador nas ondas da Rádio Curimataú, as 11 horas e em seguida participará por telefone no Programa Nação Nova Cruz nas ondas da Agreste FM!

Em ambas, Eduardo falará sobre as atividades do CPC/RN, pois hoje a entidade completa 8 anos de existência! Eduardo destacará os eventos ocorridos nos últimos anos, além dos projetos que será desencadeados em 2018.

Para Eduardo Vasconcelos o ano de 2018 será um de muita cautela, haja vista as mudanças que estão para vir, principalmente com as perdas de direitos garantidos dos trabalhadores e hoje o desgoverno Temer tentar usurpar esses direitos, além de uma agenda para 2018 e a eleição do CPC/RN. Fiquem atentos! CPC/RN, NOSSA FORÇA, NOSSA VOZ!

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

O que realmente disse o nosso Patrono, Paulo Freire


JOANNE MOTA 
Em dezembro de 2017, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado (CDH) recusou a sugestão de iniciativa popular (SUG 47/2017) de retirar de Paulo Freire o título de Patrono da Educação Brasileira (Lei 12.612). Segundo sua autora, Stefanny Papaiano, "Paulo Freire é considerado filósofo de esquerda e seu método de educação se baseia na luta de classes, o sócio construtivismo é a materialização do marxismo cultural, os resultados são catastróficos e tal método já demonstrou em todas as avaliações internacionais que é um fracasso retumbante". Para ela, "não é possivel manter como patrono da nossa educação o responsável pelo método que levou a educação brasileira para o buraco". Recebeu mais de 20 mil apoiadores.
Em contrapartida, a Contee e diversos intelectuais, pesquisadores, educadores, entidades do campo educacional e movimentos sociais divulgaram manifesto em defesa do legado do educador.
A relatora da matéria, senadora Fátima Bezerra (PT-RN), rejeitou a proposta e denunciou que ela "integra um movimento que, sob o pretexto de combater a doutrinação ideológica dos estudantes, busca abolir o pensamento crítico, a problematização da realidade e a alteridade. Não se trata de edificar uma escola sem partido, mas sim de edificar uma escola com partido único, ultraconservador no plano dos direitos humanos. Não se trata de evitar a doutrinação ideológica, mas de censurar o livre debate que permite o desmascaramento das ideologias oficiais ou hegemônicas, geradoras de opressões de variadas espécies". 
Vida dedicada à educação
Paulo Freire nasceu em Recife, em 1921, e dedicou sua vida à educação. Entre 1947 e 1954, trabalhou no Serviço Social da Indústria (SESI), com alfabetização de adultos. Alinhou-se aos que defendiam políticas desenvolvimentistas para o País. Coordenou o Programa Nacional de Alfabetização, no início dos anos 60. Por solicitação do Governo do Rio Grande do Norte, organizou a experiência de educação popular no município de Angicos, que objetivava alfabetizar trabalhadores em apenas 40 horas.
Com o golpe civil-militar de 1964, foi exilado, primeiro para a Bolívia e, logo em seguida, para o Chile, onde viveu até 1969. No Chile, participou de ações junto a trabalhadores rurais e publicou algumas de suas obras mais significativas, inclusive Pedagogia do Oprimido (1968), traduzida em mais de 20 idiomas. Na Europa, nos anos 70, trabalhou no Conselho Mundial das Igrejas, colaborou com movimentos sindicais e feministas, foi consultor de políticas educacionais em países da África libertados da condição colonial.
Em 1979 retornou ao Brasil e lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Participou de programas de pós-graduação e constituiu grupos de pesquisa que ampliaram e rearticularam o seu trabalho. Foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Entre 1989 e 1991, foi secretário Municipal de Educação de São Paulo, na gestão de Luíza Erundina (então, PT). Faleceu na capital paulista, em 1997.  Entre inúmeras honrarias, foi laureado com 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades espalhadas por todo o mundo, sendo Professor Emérito de cinco universidades. Foi agraciado com diversos títulos da comunidade internacional, como o prêmio da UNESCO de Educação para a Paz, em 1986.
Em recente pesquisa sobre trabalhos científicos, realizada pela London School of Economics, Paulo Freire foi considerado um dos pensadores mundialmente mais lidos e mais referenciados, sendo que Pedagogia do Oprimido está entre os três livros mais citados nas ciências sociais e entre os 100 livros mais pedidos e consultados por universidades de língua inglesa.
O que Paulo Freire realmente disse
Seguem algumas citações de escritos seus, em torno da educação, acompanhadas do nome da obra de onde foram extraídas para o interessado poder ir à fonte e verificar sua contextualização:
Devemos dizer aos alunos como pensamos e por quê. Meu papel não é ficar em silêncio. Tenho que convencer aos meus alunos de meu sonho, mas não conquistá-los para mais silêncio. Tenho que convencer aos meus alunos do meu sonho, mas não conquistá-los para meus planos pessoais. (Medo e ousadia, 1987)
O que não é possível na prática democrática, é que o professor ou a professora (...) imponha aos alunos sua ‘leitura de mundo’, em cujo marco situa o ensino do conteúdo. Combater o autoritarismo de direita ou de esquerda não me leva, contudo, à impossível neutralidade, que não é outra coisa senão a maneira manhosa com que se procura esconder a opção. (Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido, 1992) 
(...) o educando se torna realmente educando quando e na medida em que conhece ou vai conhecendo os conteúdos, os objetos cognoscíveis, e não na medida em que o educador vai depositando nele a descrição dos objetos e dos conteúdos. (Pedagogia da Esperança: um reencontro com a Pedagogia do Oprimido, 1992)
A alfabetização é um ato de conhecimento, de criação e não de memorização mecânica.
Os (as) alfabetizandos (as) são sujeitos de e no processo de alfabetização. A alfabetização deve partir do universo vocabular, pois os temas se retiram dele.
Compreender a cultura como criação humana, pois os homens e mulheres podem transformar através de suas ações.
O diálogo é o caminho que norteia a práxis alfabetizadora. 
Leitura e escrita não se dividem dicotomicamente, ao contrário, se complementam, e se são combinadas, o processo de aprendizagem fará aliança com a riqueza da oralidade dos (as) alfabetizandos (as). (abordando o Movimento de Cultura Popular -MCP-, em Cartas a Cristina, 1994)
É preciso deixar claro que a transgressão da eticidade jamais pode ser vista como virtude, mas como ruptura com a decência. O que quero dizer é o seguinte: que alguém se torne machista, racista, classista, sei lá o quê, mas se assuma como transgressor da natureza humana. Não me venha com justificativas genéticas, sociológicas ou históricas ou filosóficas para explicar a superioridade da branquitude sobre a negritude, dos homens sobre as mulheres, dos patrões sobre os empregados. Qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever, por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar. (Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, 1996).
É no inacabamento do ser que se sabe como tal que se baseia a educação como processo permanente. Mulheres e homens se convertem em educáveis à medida que se reconheçam como inacabados. Não foi a educação que fez educáveis aos homens e mulheres, mas sim a consciência de seu inacabamento que gerou sua educabilidade. (Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, 1996).
Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro caminho senão viver plenamente nossa opção. Encarná-la, diminuindo assim a distância entre o que dizemos e o que fazemos. (Pedagogia da Indignação - Cartas pedagógicas e outros escritos, 2000).
(...) a formação técnico-científica de que urgentemente precisamos é muito mais do que puro treinamento ou adestramento para o uso de procedimentos tecnológicos. No fundo, a educação de adultos hoje como a educação em geral não podem prescindir do exercício de pensar criticamente a própria técnica. O convívio com as técnicas a que não falte a vigilância ética implica uma reflexão radical, jamais cavilosa, sobre o ser humano, sobre sua presença no mundo e com o mundo. Filosofar, assim, se impõe não como puro encanto mas como espanto diante do mundo, diante das coisas, da História que precisa ser compreendida ao ser vivida no jogo em que, ao fazê-la, somos por ela feitos e refeitos. (Pedagogia da Indignação - Cartas pedagógicas e outros escritos, 2000)
Sem limites é impossível que a libertação se converta em liberdade e também é impossível para a autoridade realizar sua obrigação, que é precisamente estruturar limites (...) necessitamos de limites, e ao viver a necessidade de limites, também vivemos o respeito à liberdade e à necessidade de exercer autoridade. (O Caminho Se Faz Caminhando - Conversas Sobre Educação e Mudança Social, escrito com Myles Horton, 2003).
Por Carlos Pompe - jornalista da Contee (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino) 

Governadores repelem chantagem "criminosa" de Marun por Previdência

 


"Os governadores do Nordeste vêm manifestar profunda estranheza com declarações atribuídas ao Sr. Carlos Marun, ministro de articulação política. Segundo ele, a prática de atos jurídicos por parte da União seria condicionada a posições políticas dos governadores. Protestamos publicamente contra essa declaração e contra essa possibilidade e não hesitaremos em promover a responsabilidade política e jurídica dos agentes públicos envolvidos, caso a ameaça se confirme", diz um trecho do documento em que os governadores prometem acionar política e judicialmente os agentes públicos envolvidos, caso a "ameaça" de Marun se confirme.

Na semana passada, matéria publicada em um jornal de Sergipe dava conta de que em uma reunião com o governador Jackson Barreto, também do MDB, Marun teria condicionado o financiamento de R$ 560 milhões, junto à Caixa Econômica Federal, pleiteado pelo Estado, aos votos de parte da bancada na Câmara a favor da reforma da Previdência.

A chantagem condicionava a liberação do financiamento somente após a votação da reforma, marcada para depois do Carnaval. 
Em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo, o governador confirmou a informação. Jackson Barreto disse que saiu chocado da reunião.

“Marun me falou que há vários contratos com a Caixa, mas o governo só vai liberar após a votação da reforma. Achei uma coisa fora de propósito. Me deixou frustrado”, afirmou o governador.

Nesta terça (26), Marun admitiu a chantagem e disse que os governadores interessados em receber recursos federais ou financiamentos junto a bancos públicos terão de ajudar o governo Temer a aprovar a reforma na Previdência.

Na carta, assinada por governadores de nove Estados do Nordeste, os governadores pedem que Temer "reoriente" seus ministros para evitar práticas "criminosas".

"Vivemos em uma Federação, cláusula pétrea da Constituição, não se admitindo atos arbitrários para extrair alinhamentos políticos, algo possível somente na vigência de ditaduras cruéis. Esperamos que o presidente Michel Temer reoriente os seus auxiliares, a fim de coibir práticas inconstitucionais e criminosas", diz a carta.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), falou sobre o assunto nesta quarta-feira (27) e disse que se fosse Temer, "demitiria esse ministro hoje mesmo";

Em entrevista à rádio Tribuna Band News FM, Camilo disse: "Isso é uma vergonha. Resumindo: 'só libero teus empréstimos se orientar seus deputados a votarem a favor da previdência'. Já mandei recado, dizendo que não conte com governador Camilo". 


Do Portal Vermelho, com informações de agências

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Manuela: Neutralidade da internet foi um avanço e deve ser mantida

 
Segundo ela, a ação é um retrocesso e o Brasil deve resistir a tal medida. Ela também lembrou da importância do marco civil da internet.

Confira o vídeo:



Do Portal Vermelho

A luta pela universidade necessária

APUB Sindicato
 
 Diante do ataque atual, devemos escolher qual universidade queremos defender.


Como toda instituição, a universidade pública comporta vícios e virtudes. Pode ser local de mera repetição de saberes, reprodução de diferenças de classe e competição por posições ou recursos; porém, mais ainda, é lugar de criatividade, superação de desigualdades e rica colaboração científica e expressão artística.

Assim, diante do ataque atual, devemos escolher qual universidade queremos defender, qual pode ter uma função emancipadora e ser o lugar de produção de conhecimentos e formação cidadã. O desafio é enorme, pois mesmo defensores da ampliação de direitos nem sempre têm um projeto autêntico de universidade ou conhecem sua natureza específica. Não podemos apenas querer mais do mesmo; para servir a interesses mais elevados da ciência, da formação acadêmica e de nosso povo, a universidade tem que ser pensada para além de sua condição atual.

O discurso de ataque à universidade insiste que ela não é um bom negócio e que o Estado deve desobrigar-se do compromisso com seu financiamento, concentrando-se na educação básica. Ora, bom ou mau, a universidade simplesmente não pode ser um negócio. Ela tem uma dinâmica pela qual o aporte de recursos, caso destinados às suas atividades fins e bem controlados por instâncias autônomas, não se torna desperdício e, sem paradoxo, é também investimento na educação básica, que jamais poderá ter qualidade sem a pesquisa e o ensino de nível superior.

A muitos também parece absurdo conciliar excelência acadêmica e compromisso social. Mas esse é exatamente o cerne de um projeto de universidade necessária. Cabe-nos assim mostrar, com políticas e propostas, que uma inclusão efetiva eleva o nível de qualidade geral do sistema universitário e faz com que, enriquecido de povo, ele cresça no ensino, na pesquisa e na extensão, em novos talentos e conhecimentos.

Também é fundamental que os defensores da ampliação de direitos acreditem na importância da excelência acadêmica. Reacionários pensam ser o mérito um direito de classe, de raça ou de gênero, reduzindo a universidade a lugar de preservação de privilégios.

Para nós, ao contrário, o verdadeiro mérito prepondera, mas, não como um dado absoluto, e sempre anterior à universidade. A qualidade deve ser construída a cada dia, ao criarmos as melhores condições para a pesquisa científica e o ensino superior, mas também condições múltiplas para uma inclusão efetiva, aprofundando ações afirmativas, combatendo resquícios de discriminação institucionalizada e superando, enfim, as desigualdades pelo brilho mais forte e intenso de nossa gente. 



*Reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
*No Brasil de Fato

Flávio Dino mantém dianteira enquanto clã Sarney vê cenário adverso

  


De acordo com a Folha, o PT deverá apoiar Dino nas próximas eleições. “A decisão é do diretório, mas a tendência é apoiar Dino”, afirmou na matéria Rui Falcão, ex-presidente do PT. De acordo com a Folha, Roseana teria que reverter o apoio que Dino já tem, segundo o jornal, de 180 prefeitos de um total de 217 municípios do Maranhão.

Na sexta-feira (22), a TV Difusora divulgou mais uma pesquisa eleitoral com Flávio Dino liderando a corrida ao governo do Estado. O atual governador aparece com 60,13% dos votos enquanto Roseana Sarney soma 30,21%. “Agradeço o reconhecimento ao nosso trabalho sério, com esta ampla liderança em votos válidos”, afirmou Flávio Dino nas redes sociais. 

Saneamento básico e segurança pública

O Maranhão foi manchete nacional na Folha na quinta-feira (21) aparecendo como um dos estados que mais melhorou a condição das praias no período de 2016 e 2017. De um total de 21 praias (16 em São Luis) avaliadas, todas apresentaram 100% de aproveitamento em atingir boas condições no período de um ano. 

O forte investimento em saneamento básico e limpeza das praias e lagoas tem sido a marca da gestão de Flávio Dino. A segurança pública também tem olhar prioritário na gestão do atual governador. “A população ainda se lembra dos horrores de Pedrinhas”, afirmou durante balanço dos três anos de gestão.

Flávio Dino foi considerado o governador brasileiro mais atuante no twitter. “Estar na liderança desse ranking do Twitter significa transparência administrativa em tempo integral, por intermédio das redes sociais, caminho rápido e direto para a relação com a população”, afirmou.

Por outro lado, Dino tenta através das redes sociais driblar o monopólio da Comunicação que está concentrada nas mãos da família Sarney.



Do Portal Vermelho com informações da Folha de S.Paulo

Sob controle da Boeing, destino da Embraer é o da FNM

 
 


Em 1942 o governo do presidente Getúlio Vargas, sob a inspiração do então coronel Guedes Muniz, criou a Fabrica Nacional de Motores – FNM (FeNeMê) em Xerém, distrito de Duque de Caxias no Rio de Janeiro. A idéia era produzir motores de aviação para viabilizar a nascente indústria aeronáutica que era obrigada a importar os motores e com a guerra prolongada tornara-se artigo raro e caro.

A aliança entre Vargas e Roosevelt permitiu a viabilização da fábrica, juntamente com a Companhia Siderúrgica Nacional em troca da instalação de uma base em Natal, no Rio Grande do Norte.

Os primeiros motores produzidos pela FNM foram uma versão dos motores radiais Curtiss-Wright R-975 e equiparam um avião Vultee em 1946. É importante lembrar que o Brasil contava à época com a fábrica de aviões em Lagoa Santa, Minas Gerais onde foram montados os T 6, a Fábrica do Galeão, no Rio de Janeiro, que produziu os bombardeios bimotores Fock-Wulf B 52 e uma industria privada, a Companhia Aeronáutica Paulista, que produziu os famosos Paulistinhas. Portanto, produzir motores era essencial para a capacidade do país se defender e garantir sua soberania, especialmente num cenário internacional como da segunda guerra mundial.

Findo o conflito, nosso aliado tem grande sobra de material de guerra inclusive motores de aviação. Por outro lado, Getúlio Vargas já havia caído e com ele sua política nacionalista. O novo governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, de inspiração liberal eleito em 1946, optou por abandonar o esforço em dominar a produção de motores de aviação e comprar a preços módicos o estoque norte-americano.

Morreu aí a FNM produtora de motores de aeronaves. Hoje os aviões produzidos no Brasil importam seus motores de fábricas inglesas ou norte-americanas.

Mas as primorosas instalações da FNM em Duque de Caxias não foram fechadas. Guedes Muniz iniciou a produção de bens de consumo, máquinas agrícolas e finalmente caminhões. Primeiro fez uma associação com a Isotta Fraschini e posteriormente com a Alfa Romeo para a produção de caminhões pesados no Brasil.

Aos poucos se tornou uma marca reconhecida em todos os cantos do país com caminhões adaptados às condições brasileiras e dominaram nossas estradas nas décadas de 1950 à 1970.

Além dos caminhões pesados, a fábrica produzia ônibus e em 1960 lançou um automóvel sedã bastante avançado, o FNM 2000 JK em homenagem ao presidente Juscelino Kubitschek. Era uma autêntica marca nacional – apelidada pelo povo de FeNeMê.

Apesar do fracasso inicial com a produção de motores aeronáuticos, por decisão governamental alinhada aos interesses geopolíticos dos Estados Unidos, a FNM firmou-se como um símbolo da industrialização brasileira concebida no ciclo Vargas – com forte ação do Estado: Petrobras, Companhia Siderúrgica Nacional, FNM e Vale do Rio Doce.

Veio o golpe militar de 1964 e colocou uma pá de cal na marca brasileira de automóveis, caminhões e ônibus. Em 1968, em negociação secreta, o governo de Costa e Silva transferiu o controle da FNM para a italiana Alfa Romeo – até então parceira tecnológica da empresa. A marca desapareceu em uma década.

Nunca mais o Brasil conseguiu consolidar uma marca própria competitiva no ramo automobilístico, apesar do esforço de gente como João Gurgel, Agrale e das fábricas de esportivos e utilitários. Hoje o mercado brasileiro é dividido entre multinacionais de várias origens – norte americanas, suecas, alemãs, japonesas, francesas, coreanas, francesas, chinesas....

O Brasil detém uma das três grandes indústrias de aviões do ocidente, até agora, fruto de uma visão cuja origem é a velha política nacionalista de Getúlio Vargas, implantada com o Brigadeiro Montenegro criado do CTA e ITA que permitiu a constituição do grupo de trabalho que resultou na produção do Bandeirante e da Embraer.

Se vingar esse negócio teremos mais uma FNM.

Luiz Carlos de Lima é Professor, ex-secretário de educação de São José dos Campos 



Portal GGN

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Reitor da UFPR critica perseguição da PF às universidades públicas

Reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca.
Reitor da UFPR, Ricardo Marcelo Fonseca.


Em entrevista ao Uol, o reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Ricardo Marcelo Fonseca, falou que há um estranhamento na utilização de conduções coercitivas e até prisões temporárias de reitores pela PF. 

Para ele, a cobertura midiática massiva sobre essas operações contribui ainda para uma demonização das universidades.

O último caso foi a condução coercitiva dos reitores, ex-reitores e professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) no dia 6 deste mês. Na ocasião, o reitor, prof. Jayme Ramirez, a vice-reitora, Sandra Goulart, o ex-reitor, professor Clélio Campolina, a ex-vice-reitora, Heloisa Starling, além de outros professores foram conduzidos coercitivamente. Lembrando que os advogados dos professores e reitores não tiveram acesso ao processo durante o dia da condução.

Anteriormente a esse caso, a Polícia Federal também deflagrou a operação Ouvidos Moucos, na Universidade Federal de Santa Catarina, quando prendeu preventivamente o ex-reitor Luiz Carlos Cancellier que cometeu suicídio dias após sua prisão. Antes de sua morte, o reitor já havia relatado a humilhação que passou ao ser conduzido pela PF sem antes ter sido intimado a depor.
Em dezembro de 2016, a PF deflagrou uma operação para investigar desvios de recursos em programas de incentivo à pesquisa na UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Já em fevereiro deste ano, a Polícia Federal deflagrou a operação Research para apurar um suposto esquema de desvio de R$ 7,3 milhões em bolsas e auxílios de pesquisa na UFPR. 

Em um ano, as universidades públicas estão na mira da Polícia Federal. Conduções coercitivas, falta de acesso aos documentos da investigação, acusações falhas e sem provas são algumas das lacunas nas operações que têm levado a uma difamação das instituições de ensino. Junto a isso, em novembro, o Banco Mundial sugeriu acabar com o ensino superior gratuito no Brasil. 
A sugestão do Banco Mundial é um retrocesso imenso diante do processo de democratização da universidade pública e dos avanços em educação, ciência e tecnologia no país. Tal sugestão segue caminho oposto da experiência de países desenvolvidos que privatizaram as universidades e voltaram atrás por conta do aumento do endividamento estudantil. 

Fora o teto dos gastos e os cortes incessantes que já vêm ocorrendo desde 2015.

Ou seja, há uma clara movimentação para a desqualificação do ensino público no país em que se unem as esferas política, policial, e financeira para o desmonte da educação gratuita e de qualidade no Brasil.

Diante desse contexto, o reitor da UFPR apontou que o seu desejo é “crer que isso não esteja ligado a um projeto de desvalorização consciente que se faça das universidades públicas, porque coincidentemente nós temos sido muito atacados, inclusive pelos meios de comunicação, com relação a uma suposta ineficiência, que seríamos muito caros como instituição pública. A prisão de um dirigente máximo de uma universidade é uma coisa que golpeia a instituição de uma maneira peculiar, digamos assim. A crise em que a UFSC entrou depois da prisão e mesmo antes do suicídio do reitor Cancellier bem demonstra isso. A instituição como que fica sem rumo, fica acéfala”, afirmou Ricardo Marcelo Fonseca em entrevista ao Uol.

Sobre as conduções coercitivas Ricardo ponderou: “Mas eu te digo que estranha muito, e essa é uma sensação que eu tenho de fato, que o artifício das conduções coercitivas e das prisões preventivas tenha se multiplicado aparentando uma certa banalização. E também acho que isso está ligado a uma correspondente desvalorização de direitos e garantias individuais, ligadas à liberdade de cada cidadão, que são conquistas civilizacionais e irrenunciáveis”, destacou o reitor.

Em nota divulgada no início desse mês, o reitor da UFPR já havia destacado que "em pouco menos de um ano, 4 das maiores universidades federais do Brasil (UFMG, UFRGS, UFSC e UFPR), sofreram impactantes operações policiais, com quantidade de agentes (geralmente também acompanhados de auditores de órgão de controle) suficientes para um conflito armado. Todas com imensa e desmedida repercussão midiática. Em alguns desses casos, com prisão ou condução coercitiva das autoridades máximas – no planos administrativo e simbólico – das instituições universitárias. Nunca se viu um cenário desses antes", diz a nota de Mendonça.



*Estagiária no Portal Vermelho

STF dá 15 dias para Temer responder a perguntas da PF sobre Portos

 



Além de Temer, são investigados no mesmo inquérito o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures e os empresários Antônio Celso Grecco e Ricardo Mesquita.

Após a abertura do inquérito, em setembro, a Rodrimar S/A declarou que nunca recebeu qualquer privilégio do Poder Público e que o Decreto dos Portos atendeu a uma reivindicação de todo o setor de terminais portuários do país. “Ressalte-se que não foi uma reivindicação da Rodrimar, mas de todo o setor. Os pleitos, no entanto, não foram totalmente contemplados no decreto, que abriu a possibilidade de regularizar a situação de cerca de uma centena de concessões em todo o país”.

Em outubro, o Palácio do Planalto afirmou que o Decreto dos Portos foi assinado após “longo processo de negociação" entre o governo e o setor portuário e informou que Temer irá prestar todos os esclarecimentos necessários. 


Fonte: Agência Brasil

Temer cobra coragem de deputados, enquanto bate quase 100% de rejeição


Agência Brasil
 
 


Já a pesquisa do Estadão/Ipsos, os dados foram ainda mais negativos. Temer bateu mais um recorde é reprovado por 97% dos brasileiros.

Na pesquisa divulgada pela CNI, nesta quarta-feira (20), a taxa de ruim ou péssimo é de 74%. E apenas 6% avaliam o governo Temer como ótimo ou bom. Outros 19% consideram o governo regular.

O gerente executivo de pesquisa e competitividade da CNI - entidade que colocou empresários para pressionar parlamentares a votar a reforma -, Renato da Fonseca, tentou amenizar e dar um colorido aos dados de rejeição ao golpista. Disse que houve uma "leve melhora nos indicadores de popularidade".

O que ele classifica como "leve", de fato, não tem peso na pesquisa, apesar da grande mídia tentar fazer manchete com esse dado. A impopularidade de Temer oscila dentro da margem de erro da pesquisa, portanto, o que chamam de "melhora" está dentro da margem negativa.

Na pesquisa divulgada nesta quarta, a taxa de ruim ou péssimo é de 74%. No levantamento de setembro, esse percentual foi de 77%, sendo o pior resultado desde o fim da ditadura. Ou seja, Temer foi lançado ao purgatório e lá permanece.

Vale destacar que o percentual dos entrevistados que disseram não saber avaliar o governo ou não quiseram responder foi de 2%.

No levantamento do Ipsos, a rejeição ao golpe de Temer e seus aliados é evidente. Todos os presidenciáveis alinhados no espectro golpistas também sofrem com a rejeição: o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem 72% de rejeição, enquanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, amarga 73% e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tem 72%.

Reprovação de Temer é maior entre mulheres 

Ao analisar a pesquisa da CNI pelo viés de gênero, Temer tem maior reprovação entre mulheres, que são as primeiras e sentir os efeitos da agenda de reformas e medidas econômicas. Segundo o levantamento, entre os entrevistados do sexo masculino, 69% consideram a gestão do peemedebista ruim ou péssima. Já entre as consultadas, esse índice foi de 76%.

Para 22% dos homens ouvidos pelo Ibope, o governo é regular --para as mulheres, 16%.

A CNI/Ibope também disse que a pesquisa indicou uma "melhora" na confiança no presidente, de 6%, em setembro, para 9%, em dezembro. Mas novamente, o índice está dentro da margem de erro.

A mesma tendência se verifica na taxa percentual dos que não confiam em Temer, que era de 92% na última pesquisa, agora é de 90%. Novamente, 2% não sabem ou não responderam.

Quando comparado o governo Temer com o governo da presidenta Dilma Rousseff, que enfrentou o ataque midiático diário, Temer sai na pior.

De acordo com a pesquisa, 59% acham o governo Temer pior que o governo Dilma, mesmo percentual da pesquisa de setembro. 

Perspectiva

A pesquisa também aponta que o pessimismo é um dos legados deste governo. Os que acreditam que a perspectiva é ruim ou péssima, somam 69% dos entrevistados.

O índice de quem acha que os últimos doze meses da gestão será regular é de 20%. Já a taxa de ótimo e bom oscilou entre 6% e 7% -- tendo a taxa dos que não responderam ou não sabem se mantido em 5% nas duas pesquisas.  



Do Portal Vermelho, Dayane Santos com informações de agências

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

CUT/Vox: 60% dos trabalhadores reprovam ‘legalização do bico’

 
Foto: Márcio Anastácio

Em vigor desde o dia 11 de novembro, o contrato de trabalho intermitente, ou o chamado ‘bico’, uma das formas mais precárias de contratação prevista na nova Lei Trabalhista, é reprovado por 60% dos trabalhadores e trabalhadoras em todo o País, aponta a última rodada da pesquisa CUT/Vox, realizada entre os dias 9 e 12 de dezembro, e que entrevistou 2.000 pessoas, em 118 municípios de todos os estados e do Distrito Federal.

Para 51% dos entrevistados, essa nova possibilidade de contrato de trabalho é boa somente para os patrões. A região em que os trabalhadores mais reprovam o contrato de trabalho intermitente é o Sudeste, com 68%, seguido pelo Nordeste, em que 65% disseram não aprovar.

A possibilidade de contratar um trabalhador por apenas alguns dias ou horas no mês - sem carteira assinada e nenhum direito trabalhista - tem alto índice de rejeição em todas as faixas de renda e escolaridade.

64% dos que ganham de dois até cinco salários mínimos reprovam o contrato intermitente, seguidos por 62% dos que ganham até 2 salários mínimo (SM), e 51% mais de 5 SM. Dos entrevistados que possuem ensino médio completo, 62% desaprovam, seguidos por 61% com ensino fundamental e 55% com ensino superior.

Para Graça Costa, secretária de Relações de Trabalho da CUT, esses números, apesar de altos, tendem a crescer, pois nem todos os trabalhadores e trabalhadoras têm o exato conhecimento do impacto e do alcance da precarização que o trabalho intermitente pode causar no mercado de trabalho.

“Essa reforma Trabalhista, que legalizou a fraude e as formas precárias de contratação, é resultado de um projeto que estava engavetado na Câmara dos Deputados e eles aprovaram a ‘toque de caixa’ sem qualquer debate com a sociedade, então muitas perversidades, como o trabalho intermitente, não é de conhecimento ainda de todos”, explica.

Segundo Graça, em nenhum país do mundo a legislação trabalhista foi alterada em tão pouco tempo como ocorreu recentemente no Brasil. Ela lembra que, apenas três dias depois de aprovada a nova Lei Trabalhista, o governo encaminhou a Medida Provisória 808, com alterações à recém-aprovada lei e que hoje possui 967 emendas ao texto, um recorde histórico.

“Esse é apenas um exemplo de como este governo e seus aliados estão descompensados, perderam completamente a vergonha”, critica Graça.

Ela denuncia que a MP e as centenas de emendas podem “abrir a porteira para uma segunda reforma Trabalhista, cuja dimensão é desconhecida do conjunto dos trabalhadores e trabalhadoras”. A maioria das emendas (142), segundo Graça, diz respeito ao trabalho intermitente.

“Não sabemos se isso é bom ou ruim”, diz a secretária de relações do Trabalho da CUT, ao esclarecer que a análise prévia das emendas feita pela assessoria técnica da Central já constatou que 200 delas têm origem na Confederação Nacional da Agricultura (CNA). “Pode ser um desastre maior ainda para a classe trabalhadora”, completa.

Resistência e luta contra a nova Lei Trabalhista

O presidente da CUT, Vagner Freitas, explica que, apesar do desmonte de direitos que representa a reforma e os ataques que ainda podem ocorrer, os sindicatos cutistas estão na luta para impedir que a nova Lei Trabalhista retire direitos consolidados e crie um mercado de trabalho baseado na ‘institucionalização do bico’.

“É possível resistirmos aos ataques e é o que estamos fazendo. A reforma Trabalhista vai se concretizar na mesa de negociação e os nossos sindicatos estão resistindo”, explica o dirigente.

Vagner se refere às negociações coletivas acordadas pelos sindicatos, sobretudo no último período, quando a nova legislação entrou em vigor.

Segundo levantamento do Dieese, do total de 366 reajustes analisados no segundo semestre deste ano, 221 ficaram acima da inflação, 109 conseguiram apenas a reposição do índice inflacionário, e somente 36 ficaram abaixo. “Esse resultado é fruto da resistência organizada dos trabalhadores e trabalhadoras nos seus sindicatos”, reforça Vagner.

Outro exemplo de resistência citado pelo presidente da CUT é a batalha jurídica em torno de pontos inconstitucionais da nova Lei Trabalhista. “Nós vamos disputar em todas as frentes e provar que o desmonte trabalhista fere direitos consagrados na Constituição e nas Convenções Internacionais sobre o mundo do trabalho”.

A fala de Vagner vai ao encontro da análise feita por diversos especialistas do Direito e da recente declaração da nova presidente do TRT-4, a desembargadora Vânia Cunha Mattos, que, ao assumir o comando, declarou: “a Constituição de 1988 introduziu um sistema de garantias e direitos individuais e sociais, com primazia dos valores imanentes ao trabalho. E sob esse prisma será interpretada a nova legislação, para que não se restabeleçam práticas de dominação em que o capital seja capaz de predominar sobre o trabalho, ou que sistemas muito próximos da escravidão sejam tolerados.”

Quem votou, não volta! 

Tanto o presidente da CUT, Vagner Freitas, quanto a secretária de Relações do Trabalho, Graça Costa, resgataram a última pesquisa da CUT/Vox, realizada entre os dias 27 e 31 de outubro, que mostra a rejeição dos trabalhadores brasileiros aos parlamentares que votaram a favor do fim da CLT, para ressaltar a importância de os trabalhadores continuarem mobilizados durante o recesso parlamentar.

Segundo a pesquisa, 79% dos trabalhadores não votarão em deputados que aprovaram a reforma Trabalhista.

“Este é o momento em que os deputados retornam para os seus estados e visitam suas bases eleitorais, por isso é fundamental nos mantermos organizados nos estados neste período, principalmente porque ano que vem é um ano eleitoral e já avisamos que ‘quem votar, não vota’”, alertam os dirigentes, em referência tanto à reforma Trabalhista quanto à da Previdência, que ainda tramita na Câmara dos Deputados e não foi colocada em votação por falta de votos. 



CUT

Pós-graduandas têm direito à licença maternidade; Lei foi sancionada

 
Foto: PCdoB na Câmara
 


Referência na defesa dos direitos das mulheres brasileiras, a deputada Alice acompanhou o trâmite até a aprovação nas duas casas legislativas. “Essa lei prova que a luta vale a pena. É uma vitória não apenas para as mulheres, mas para todos os brasileiros. Quero parabenizar a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), que foi a grande inspiradora desta proposta, e a todas as mulheres pós-graduandas brasileiras, que são parte da inteligência nacional”, afirma Alice.

O texto do projeto foi construído a partir da realização de audiência pública, na Comissão de Educação, com a presença da ANPG, que apresentou sua pauta de reivindicações e um dos temas colocados foi a questão da licença maternidade. Para a presidenta da entidade, Tamara Naiz, a proposta de Alice é um grande avanço, pois é inadmissível que ainda em 2017 uma mulher tenha que escolher entre ser mãe ou pesquisadora.

“As mulheres brasileiras têm sido fundamentais para o desenvolvimento científico do país, hoje realizamos metade da pesquisa praticada, mas nós ainda temos que conviver com todo tipo de entrave à vida acadêmica. Ficamos felizes de encontrar pelo nosso caminho parlamentares comprometidas como Alice Portugal, aliada na luta para garantir mecanismos de proteção para que as mulheres alcancem o exercício pleno dos seus direitos em um ambiente seguro”, afirma Tamara.

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) prevê a possibilidade de extensão da bolsa de estudos por quatro meses para pós-graduandas gestantes, mas isso é feito por meio da Portaria nº 248. A proposta de Alice buscou institucionalizar esta portaria em lei federal. “Creio que é medida justa e mais do que pertinente para salvaguardar os direitos das mulheres bolsistas da pós-graduação brasileira”, justifica Alice.



Com informações da Assessoria da deputada Alice Portugal

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

PCdoB: Projeto eleitoral está ligado à luta de resistência

 


O PCdoB critica o campo político conservador, que acusa de estar "tramando contra as eleições de 2018" e para "excluir arbitrariamente o ex-presidente Lula da disputa presidencial". 

De acordo com o partido, é parte da luta em defesa de um novo ciclo político o fortalecimento da esquerda brasileira e, por consequência, do próprio PCdoB. Nesse sentido, o objetivo essencial dos comunistas é superar a cláusula de desempenho na votação à Câmara dos Deputados, assegurando a permanência do partido nas duas Casas do Congresso Nacional e demais Casas Legislativas. 

Segundo o texto, os objetivos centrais do projeto eleitoral do PcdoB são fortalecer a pré-candidatura de Manuela à Presidência da República; reeleger Flávio Dino ao governo do Maranhão; eleger deputados federais no máximo de Estados, com a reeleição dos atuais detentores de mandatos e de novos parlamentares e ultrapassar 1,5% dos votos válidos nacionalmente; reeleger os atuais 28 deputados estaduais e ampliar essa bancada.

"O PCdoB reafirma sua confiança nas tradições democráticas, na capacidade de luta e discernimento do povo brasileiro, e tendo a pré-candidatura de Manuela D’Ávila como um fato novo e empolgante da grande disputa presidencial que se aproxima, salienta, mais uma vez, que a vitória é possível, às forças democráticas, populares e patrióticas", diz a resolução.

O partido encerra o documento fazendo um convite público às lideranças progressistas para que se filiem ao PCdoB "tanto para serem candidatos e candidatas quanto para fortaleceram a histórica legenda dos comunistas". Confira abaixo a íntegra:


O Projeto Eleitoral 2018 do PCdoB ligado à luta de resistência

A menos de dez meses das eleições de 2018, acirra-se a luta política e social no país. O governo ilegítimo de Michel Temer, as forças conservadoras, setores reacionários das corporações do Estado, o monopólio midiático e grandes grupos econômicos e financeiros, sem terem segurança de que vencerão as eleições, tramam contra a realização do pleito e seguem pisoteando o Estado Democrático de Direito. Embora enfrentem dissensos quanto a candidaturas, estão coesos na agenda contra a classe trabalhadora e a Nação, como é caso da tentativa de, a qualquer preço, eliminar os direitos do povo com a contrarreforma da Previdência Social.

É nesse ambiente de lutas que se avizinham as eleições marcadas para 2018, um confronto político e social de grande envergadura cujo resultado será decisivo para definir qual caminho o país seguirá em face da encruzilhada com a qual se depara. Ou o Brasil seguirá na rota – imposta pelo governo golpista de Michel Temer – de implantar um regime entreguista, ultraliberal e autoritário; ou retomará o caminho da democracia, da soberania nacional, do desenvolvimento e do progresso social.

Diante de tal cenário, impõe-se ao PCdoB e demais forças populares e progressistas uma conduta de urgência para reforçar a resistência democrática, popular e patriótica. A pré-campanha eleitoral já em curso deve combinar as mobilizações de rua, o debate de ideias em todos espaços possíveis de comunicação, nas redes sociais, no parlamento, nas entidades dos trabalhadores e dos empresários, nos movimentos sociais.

Fato novo e mobilizador: a pré-candidatura de Manuela D’ Ávila

Todo esse trabalho deve desembocar no debate programático de saídas para o país, para direcionar todas as energias para que a Nação e o povo vençam essas eleições. Neste sentido é que o PCdoB lançou a pré-candidatura de Manuela D’Ávila à Presidência da República.

Manuela realiza diversificada agenda no país. Por onde anda e nas redes sociais e entrevistas que tem concedido, vai se revelando um fato novo e mobilizador, pela credibilidade de sua história, pelo seu perfil de uma mulher jovem, com experiência e capacidade de realização, e pelas ideias que dissemina centradas na necessidade de o país empreender um novo projeto nacional de desenvolvimento. Sua pré-campanha, embora recente, já dá sinais que pode ir ocupando espaços crescentes na disputa.

Manuela tem expressado a sua convicção e a de seu Partido, o PCdoB, de que, apesar das adversidades, o povo poderá dar um basta a essa situação de crise e de retrocessos à qual o país foi empurrado pelo golpe de Estado de agosto de 2016. Embora haja uma crise de confiança na sociedade quanto às saídas e alternativas, criando um certo vazio político, é grande a vontade de amplas forças da Nação e da classe trabalhadora para retirar o país da crise e encaminhá-lo a um novo ciclo de prosperidade econômica e progresso social. Ademais, o governo ilegítimo de Temer é rechaçado pela ampla maioria da sociedade, a prometida e alardeada retomada da economia se revela fraca, é grande o desemprego, e as forças conservadoras e reacionárias enfrentam divisões e não encontraram ainda uma candidatura competitiva.

Receoso de ser derrotado, o campo político conservador continua tramando contra as eleições de 2018. Abertamente, engatilha fórmulas casuísticas, como o parlamentarismo e o “semipresidencialismo”. Prossegue, também, determinado a excluir arbitrariamente o ex-presidente Lula da disputa presidencial. Agora mesmo, a toque de caixa, numa velocidade muito desproporcional à de outros processos, foi marcado para 24 de janeiro próximo o julgamento em segunda instância do ex-presidente Lula.

O PCdoB reitera a necessidade de as forças populares e democráticas defenderem as eleições de 2018, com o pleno respeito à soberania do voto popular. Rechaça tanto o parlamentarismo quanto o “semipresidencialismo”. De igual modo, uma vez mais, o Partido manifesta sua solidariedade ao ex-presidente Lula; acusa que os processos movidos contra ele desrespeitaram o Estado Democrático de Direito; e resolutamente defende o direito de o ex-presidente se candidatar.

O PCdoB e sua pré-candidata Manuela D’Ávila fazem um chamamento às forças democráticas, populares e patrióticas, ao conjunto da esquerda brasileira, no sentido de que – mesmo com mais de uma candidatura presidencial no primeiro turno das eleições – deve prevalecer a orientação política de se construir um movimento de Frente Ampla em torno de um novo projeto nacional de desenvolvimento, que reúna vastos setores políticos, sociais, econômicos e culturais, com força capaz de constituir uma nova maioria política e social que vença as eleições e encaminhe o país a um novo ciclo político.

PCdoB: Superar a cláusula de desempenho

É parte dessa grande luta, quando emerge um novo ciclo político no país, garantir o fortalecimento político-eleitoral da esquerda brasileira. E não há esquerda forte sem um PCdoB igualmente forte. Desse modo, o Projeto Eleitoral do PCdoB 2018 entra na ordem do dia em caráter de prioridade política para ultimar as definições de objetivos e metas, táticas eleitorais, alianças e candidaturas, com a pré-campanha e o planejamento das bases da campanha desde já.

Em face das mudanças da Reforma Política, o objetivo essencial dos comunistas é superar a antidemocrática cláusula de desempenho na votação à Câmara dos Deputados, assegurando sua permanência, enquanto partido, nas duas Casas do Congresso Nacional e demais Casas Legislativas. A cláusula de desempenho fixada para 2018 estabelece a exigência de 1,5% dos votos válidos nacionalmente para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos 9 unidades da Federação, com um mínimo de 1% em cada uma delas. Outro modo, para superá-la é a eleição de 9 deputados (as) federais em nove Estados.

Objetivos centrais do projeto eleitoral dos comunistas

Em consequência, os resultados do Projeto Eleitoral 2018 têm caráter estratégico para o PCdoB, nos marcos da disputa política instalada no país, mas se projetam também como início de nova jornada de acumulação eleitoral do PCdoB com vistas às futuras táticas que se farão necessárias para 2020 e 2022, face ao fim das coligações e a entrada em vigor da cláusula de desempenho de 2% em 2022.

Os objetivos prioritários do Projeto Eleitoral do PCdoB que interagem e se impulsionam mutuamente são: fortalecer crescentemente a pré-candidatura de Manuela à Presidência da República; reeleger Flávio Dino ao governo do Maranhão; eleger deputados(as) federais no máximo de Estados, com a reeleição dos atuais detentores (as) de mandatos e de novos (as) parlamentares e ultrapassar 1,5% dos votos válidos nacionalmente; reeleger os (as) atuais 28 deputados estaduais e ampliar essa bancada, disputando sempre que possível eleger em chapa própria.

Além do Maranhão, nas demais eleições majoritárias – (governador (a), vice-governador(a) e senador(a))—, o PCdoB apresentará candidaturas desde que esse movimento não comprometa ou disperse energia dos seus objetivos centrais. O lançamento de candidaturas a estes postos deverá ser arbitrado em conjunto com a direção nacional.

Ampliam-se as opções da tática eleitoral

O Partido deve se apoiar na sua rica experiência neste terreno de disputa. Deverá ter alianças majoritárias variadas e flexíveis à eleição de governadores (as) e senadores (as), no âmbito ou não da coligação nacional a Presidente (a) da República, tendo por norte garantir o êxito de seu projeto eleitoral.

Mas, para além de seu acervo de experiências, o Partido é chamado a usufruir de quatro fatores novos e singulares, abaixo destacados, que ampliam os componentes e as opções de sua tática eleitoral. 

Primeiro. A pré-candidatura de Manuela D’Ávila, que dá protagonismo ao Partido na grande disputa à Presidência da República, projeta a legenda, dá visibilidade às propostas e reforça a identidade do Partido, servirá de apoio às campanhas que compõem o projeto eleitoral dos comunistas como um todo. A pré-campanha de Manuela, por sua vez, também se reforça, se capilariza, ganhará crescente competividade, ao ser abraçada com entusiasmo pelo conjunto das candidaturas comunistas.

Segundo. O fim da regra do quociente eleitoral para uma legenda participar da disputa das sobras eleitorais possibilita ao Partido mais audácia na construção de chapas próprias à Câmara dos Deputados e às Assembleias Legislativas.

Terceiro. O prazo de filiação estendido até 6 de abril permite ao Partido prosseguir e intensificar o trabalho de trazer novas lideranças para serem candidatos e candidatas, até mesmo em caráter democrático, para ajudar o PCdoB a superar a cláusula de desempenho. É imperativo ao Partido disputar ativamente essas novas filiações até o prazo estipulado, tarefa que deve ser assumida exemplarmente por todos, especialmente por suas principais lideranças, inclusive candidatos e candidatas.

Quarto. Serão as primeiras eleições com Fundo Especial de Financiamento de Campanha, vedada a contribuição financeira empresarial. Essa é uma vitória das forças progressistas para a qual o PCdoB se empenhou muito. Entretanto, tais recursos serão insuficientes para os objetivos propostos. Será um grande desafio político angariar recursos financeiros por ações do coletivo militante, apoiadores e eleitores desde já – quando a doações ao PCdoB – e a partir de 15 de maio diretamente para o fundo eleitoral de campanha.

Diretrizes para a dura disputa à Câmara dos Deputados

Por definir a cota do Fundo Partidário e se constituir no mais importante espaço de atuação institucional legislativa do país, todos os partidos políticos, classes sociais e o poder econômico-financeiro concentram grande parte de suas energias na eleição de mandatos à Câmara dos Deputados. Como já ressaltado, eleger deputados e deputadas federais é o foco prioritário do projeto eleitoral do PCdoB.

O Partido deverá apresentar nomes à disputa em todos os estados e no Distrito Federal visando a ampliar a bancada atual e fazer o máximo de votos. A tática será, como sempre, versátil e flexível, levando em conta do exame detalhado do quadro em cada unidade da Federação.

Conforme a situação, deverá ser examinada a tática de chapa própria ou ampla de candidatos (as) a deputado (a) federal, em apoio ao objetivo de conquistar cadeiras e de superar a cláusula de desempenho; ou estabelecer coligações proporcionais competitivas, aferindo o nível da disputa para definir se haverá concentração de candidaturas ou número maior de candidatos visando a ampliar a porcentagem de votação sem comprometer a vaga perseguida.

Quanto às candidaturas aos parlamentos estaduais, tendo por meta a conquista efetiva de cadeiras, deve-se buscar alcançar o quociente eleitoral com chapas próprias sempre que possível; ou chapas amplas que nos permitam elevar a votação e lançar lideranças para 2020; ou, ainda, concentração de candidaturas com apoio de chapa própria ou ampla a deputados (as) federais.

A distribuição dos recursos do Fundo Eleitoral destinados ao PCdoB será deliberada pela Comissão Política Nacional e em seguida pela Comitê Central, a partir de proposta formulada pelo Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE). Irão balizar tal distribuição critérios derivados dos objetivos prioritários do Projeto Eleitoral do Partido.

A direção nacional promoverá, já no início de 2018, encaminhamentos e formulações para os programas de campanha; a legislação de publicidade e comunicação; para arrecadação, utilização e prestação de contas de recursos financeiros na pré-campanha e campanha eleitoral. E, como prioridade mais imediata, as novas potencialidades das redes sociais nas campanhas, em ligação com a pré-candidatura presidencial de Manuela D´Ávila.

O Grupo de Trabalho Eleitoral permanente do Comitê Central articulará em comum com todos os Comitês Estaduais e o do Distrito Federal as metas e táticas eleitorais do PCdoB.

Campanha criativa, combativa e entusiástica

A campanha dos comunistas se realizará, tal e qual na pré-campanha, associada às mobilizações em defesa dos direitos do povo, como é caso agora das jornadas e ações contra a antirreforma da Previdência, contra a entrega criminosa do patrimônio nacional, pela restauração da democracia e defesa do Estado Democrático de Direito.

Uma campanha entusiástica, criativa, sustentada pelo bravo coletivo militante organizado nas bases, apoiada nas energias do eleitorado partidário e direcionada a buscar o apoio de personalidades, lideranças, de amplos setores políticos, sociais, econômicos e culturais.

O voto será fruto de uma campanha que associe debate e resistência, na mobilização popular, intenso e amplo diálogo com o eleitorado com a mensagem de que é possível retirar o país da crise e construir um futuro de prosperidade para o Brasil e de vida digna para o povo.

O PCdoB reafirma sua confiança nas tradições democráticas, na capacidade de luta e discernimento do povo brasileiro, e tendo a pré-candidatura de Manuela D’Ávila como um fato novo e empolgante da grande disputa presidencial que se aproxima, salienta, mais uma vez, que a vitória é possível, às forças democráticas, populares e patrióticas.

Finalmente, expressa a confiança no êxito do Projeto Eleitoral dos comunistas. Neste sentido, faz um convite público às lideranças progressistas a nos honrarem com a filiação tanto para serem candidatos e candidatas quanto para fortaleceram a histórica legenda dos comunistas.

São Paulo, 18 de dezembro de 2017
A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil-PCdoB