ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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sábado, 9 de abril de 2016

Quando o info-entretenimento oculta um mau jornalismo


O dia em que um representante da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo lembrou a um apresentador do noticiário matutino da maior rede de TV brasileira que existe telejornalismo informativo
Por Débora Cristine Rocha, no Observatório da Imprensa
O apresentador do Bom Dia São Paulo entrevista ao vivo o representante da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), que administra o trânsito no município de São Paulo. O entrevistado afirma que o índice de congestionamento na cidade diminuiu. Mas o apresentador rebate e usa o seguinte argumento: “É a minha opinião, eu acho que não diminuiu e cada um tem a sua opinião.” Segue dizendo que a resposta da CET é a opinião da CET, muita gente tem outra opinião.
Aí acontece algo do outro mundo. O entrevistado toma a palavra novamente e diz que não se trata de opinião, não. A CET tem dados que mostram a diminuição dos índices de congestionamento na cidade de São Paulo. Há medições. Os números resultantes destas medições foram obtidos por uma empresa de fora do Brasil por meio de GPS. Explica como o trabalho é feito e arremata: “Então, não é uma questão de opinião.”
Ora, ora. O entrevistado acaba de lembrar a um apresentador do noticiário matutino da maior rede de TV brasileira que existe telejornalismo informativo. Ora, ora. O entrevistado acaba de lembrar a um jornalista que telejornalismo informativo se faz com informações, dados, medições de GPS e coisas do tipo. Numa palavra, com objetividade. Ora, ora. O entrevistado abre um sorriso de orelha a orelha no ar e diz textualmente: “Não é uma questão de opinião.” O cara está feliz, ele sabe do que está falando, domina o assunto e enfrenta o jornalista  com a maior tranquilidade.
Pois é, apresentar telejornal preparado apenas com a própria opinião, aliás sem embasamento, dá nisso. Qual seria a saída? No telejornalismo informativo clássico, uma saída seria confrontar a fonte especializada com outra fonte especializada. E sempre fazer a lição de casa para não deixar uma única fonte, ainda mais oficial, falar sozinha no ar.
Info-entretenimento mascara a falta de profissionalismo
A gente aprende como levantar outras fontes, fontes especializadas independentes sobre o mesmo assunto, nos primeiros passos de qualquer curso de telejornalismo sério. Mas o que acontece é que estamos deixando de lado as regras básicas de como fazer o bom telejornalismo, e também o bom jornalismo em geral, porque queremos ficar próximos do entretenimento.
Só que desconfio deste argumento fácil. Porque até para fazer entretenimento é preciso fazer um trabalho sério. Ou alguém vai dizer que o entretenimento também não é uma indústria? Olha que Walt Disney vai se revirar no túmulo.
Acontece que o info-entretenimento é uma palavra que está sendo usada para, na verdade, mascarar a falta de profissionalismo. E isso desqualifica não apenas o jornalismo, mas também o sério mundo do entretenimento, que movimenta bilhões de dólares todos os anos.
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Débora Cristine Rocha é jornalista, professora doutora em Comunicação e Semiótica, docente da Universidade Anhembi Morumbi
Foto de capa: Reprodução
Fonte: Revista Fórum

PSOL, PT e PDT apresentam votos em separado pelo arquivamento de impeachment

Os autores dos relatórios alternativos admitiram que a medida é muito mais política do que prática. “Apresentamos o nosso voto para marcar posição e para ficar nos anais da Casa nossa posição contrária”, disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). Na avaliação dos partidos contrários ao parecer do relator do processo, não há razões para imputar crime de responsabilidade à Dilma
Por Paulo Victor Chagas e Ivan Richard, da Agência Brasil
Contrários ao parecer favorável ao impeachment apresentado pelo deputado Jovair Arantes (PTB-GO), representantes do PT, PDT e PSOL apresentaram hoje (9) votos em separado à comissão especial que analisa o pedido de impedimento da presidenta Dilma Rousseff.
Os votos em separado, no entanto, só passarão a ter significado prático se o parecer do relator Jovair Arantes for rejeitado pelos deputados. Os autores dos relatórios alternativos admitiram que a medida é muito mais política do que prática. “Apresentamos o nosso voto para marcar posição e para ficar nos anais da Casa nossa posição contrária”, disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).
Na avaliação dos partidos contrários ao parecer do relator do processo, não há razões para imputar crime de responsabilidade à Dilma. Eles criticam a denúncia apresentada pelos juristas Miguel Reale Junior, Janaína Paschoal e Hélio Bicudo.
PDT
No voto em separado do PDT, o deputado Weverton Rocha (MA), argumenta que a abertura de crédito suplementar “possui expressa previsão legal e constitucional”. “Analisando-se a situação concreta, percebe-se que a presidente agiu em estrito cumprimento do dever legal ao editar os decretos para atender despesas urgentes e essenciais, conduta que se exigiria do ocupante do cargo nas situações que se apresentaram”, disse.

O parlamentar pedetista argumenta também que, em relação às operações feitas no âmbito do Plano Safra, não ficou, segundo ele, caracterizada conduta omissiva ou comissiva da presidenta.
“É inadmissível que em um regime presidencialista, sob a égide de um Estado Democrático, situações episódicas de impopularidade do governante possam ensejar a perda de seu mandato. A denúncia está sendo processada com claras e indiscutíveis violações aos princípios constitucionais, especialmente ao devido processo legal”, diz o voto em separado do PDT.
PT
De acordo com o deputado Paulo Teixeira (PT-SP), o voto em separado apresentado pelo partido “desconstrói” todas as teses da denúncia e “deixa claro que não houve crime de responsabilidade”. Ao usar a palavra na comissão do impeachment, o petista disse que o relatório de Jovair Arantes “carece de justa causa”. Ele alertou para o risco de a destituição de Dilma gerar “jurisprudência irresponsável” em outras administrações do Poder Executivo estadual e municipal.

“Se há alguma irresponsabilidade que fora cometida, é da autoria do deputado Jovair Arantes, irresponsabilidade em oferecer para o Brasil um relatório inepto sem nenhuma condição jurídica de sobrevivência. A consciência política e jurídica haverá de derrotá-lo nesta comissão e posteriormente no plenário”, disse Paulo Teixeira, destacando ainda a “honestidade” da presidenta.
PSOL
Enumerando críticas à política econômica do governo Dilma, citando casos de corrupção de parlamentares e condenando o que chama de “disputa pelo poder”, o voto separado do PSOL diz que não há “fato objetivo doloso” que incrimine a presidenta.

De acordo com o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), a apresentação do voto registrará na história a discordância do partido com o processo. O documento busca demonstrar semelhanças entre as pautas econômicas da presidenta Dilma Rousseff e do vice Michel Temer, cuja pauta é “regressiva” e representa “retrocesso” e aponta “insuficiência jurídica” no pedido de impeachment.
No voto, o partido recorre a teses econômicas e condena a maneira “ilegítima” pela qual o instrumento do impeachment está sendo utilizado por interesses com o objetivo de repactuar “elites econômicas e políticas”, para quem Dilma deixou de ser funcional. “Nesse canhestro pedido de impeachment não há menção a corrupção, com a qual parte significativa do Congresso que a julgará tem intimidade”, dizem os deputados do PSOL no documento.
Mérito
Quanto ao mérito da denúncia do impeachment, a legenda socialista diz que os decretos de suplementação orçamentária e as chamadas pedaladas fiscais não caracterizam “objetivamente crime de responsabilidade”. De acordo com o texto, a “verdadeira pedalada” do governo foi destinar a maior parte do orçamento ao setor financeiro privado.

“Estranho que os defensores do impeachment, tão ávidos para cobrar o cumprimento de metas de superávit primário – ou seja, o corte de gastos sociais para o pagamento da questionável dívida pública – não tenham o mesmo empenho em criticar o gasto absurdo com juros e amortizações dessa dívida. A pedalada da dívida pública, feita tanto pelo PSDB/DEM como também pelo PT, enche os bolsos dos banqueiros e grandes investidores”, diz o documento.
O texto convoca ainda os contrários ao impeachment a se unirem e alerta que “mudar de governo não muda a realidade”. “As forças que reagem ao impeachment de Dilma, em defesa não de seu péssimo governo, mas da democracia, precisam se manter articuladas”, diz.
Foto de capa: Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados
Com Revista Fórum

BRASIL: Chico Buarque, artistas e intelectuais convocam ato contra o golpe

Chico Buarque e Wagner Moura convocam ato contra o golpe O ator Wagner Moura, o teólogo Leonardo Boff, o compositor Chico Buarque e os jornalistas Fernando Morais e Eric Nepomuceno, entre outros intelectuais participarão de um ato de repúdio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff na próxima segunda-feira (11), às 17h, no Rio de Janeiro. 


reprodução you tube
 
 
Um manifesto assinado pelos artistas convoca para um ato em defesa da democracia, no dia em que está prevista a votação do processo de cassação do mandato da presidente na Comissão do Impeachment da Câmara.
 
Também deverão participar os compositores João Bosco e Aldir Blanc, os atores Paulo José, Marieta Severo e José de Abreu. O manifesto não é necessariamente a favor do governo e sim em defesa do mandato da atual presidente. Eles consideram o impeachment como “golpe”.
 
“Muitos de nós vivemos, aqui e em outros países, o fim da democracia. Todos nós, de todas as gerações, vivemos a reconquista dessa democracia. Defendemos e defenderemos, sempre, o direito à crítica, por mais contundente que seja, ao governo – a este e a qualquer outro. Mas, acima de tudo, defendemos e defenderemos a democracia reconquistada. Que isso que tentam agora os ressentidos da derrota e os aventureiros do desastre (o impeachment) não custe o futuro dos nossos filhos e netos”.

Leia abaixo o texto completo:
 
 
 “Com este manifesto estamos convocando a todos para um ato unitário em defesa da democracia. Será na próxima segunda-feira, dia 11 de abril, às cinco da tarde, na fundição progresso, na Lapa, Rio de Janeiro.
 
O que vivemos hoje no brasil é uma clara ameaça ao que foi conquistado a duras penas: a democracia. uma democracia ainda incompleta, é verdade, mas que soube, nos últimos anos, avançar de maneira decidida na luta contra as desigualdades e injustiças, na conquista de mais espaço de liberdade, na eterna tentativa de transformar este nosso país na casa de todos e não na dos poucos privilegiados de sempre.
 
Nós, trabalhadores das artes e da cultura em seus mais diversos segmentos de expressão, estamos unidos na defesa dessa democracia.
 
Da mesma forma que as artes e a cultura do nosso país se expressam em sua plena – e rica, e enriquecedora – diversidade, nós também integramos as mais diversas opções ideológicas, políticas, eleitorais.
 
Mas nos une, acima de tudo, a defesa do bem maior: a democracia. o respeito à vontade da maioria. o respeito à diversidade de opiniões.
 
Entendemos claramente que o recurso que permite a instauração do impedimento presidencial – isso que em português castiço é chamado de ‘impeachment’ – integra a constituição cidadã de 1988.
 
E é precisamente por isso, pelo respeito à constituição, escudo maior da democracia, que seu uso indevido e irresponsável se constitui em um golpe branco, um golpe institucional, mas sempre um golpe. quando não há base alguma para a sua aplicação, o que existe é um golpe de estado.
 
Muitos de nós vivemos, aqui e em outros países, o fim da democracia.
 
Todos nós, de todas as gerações, vivemos a reconquista dessa democracia.
 
Defendemos e defenderemos, sempre, o direito à crítica, por mais contundente que seja, ao governo – a este e a qualquer outro.
 
Mas, acima de tudo, defendemos e defenderemos a democracia reconquistada. uma democracia, vale reiterar, que precisa avançar, e muito. que não seja apenas o direito de votar, mas de participar, abranger, enfim, uma democracia completa, sem fim. em que cada um possa reivindicar o direito à terra, ao meio-ambiente, à vida. à dignidade.
Ela custou muita luta, sacrifício e vidas. custou esperanças e desesperanças.
 
Que isso que tentam agora os ressentidos da derrota e os aventureiros do desastre não custe o futuro dos nossos filhos e netos.
Estamos reunidos para defender o presente. para espantar o passado. Para merecer o futuro. Para construir esse futuro. Para merecer o tempo que nos foi dado para viver.
 
Leonardo Boff
Chico Buarque de Hollanda
Wagner Moura
Fernando Morais
Eric Nepomuceno”
 
Fonte: Paraná Portal

BRASIL: Tereza Cruvinel: Enquanto o Brasil dormia...

Enquanto os brasileiros dormiam, a comissão do impeachment debatia o futuro do pais, num momento gravíssimo de nossa curta história democrática pós-ditadura. Por que ao longo da noite, privando a maioria de acompanhar o debate?


Foto: Richard Silva/PCdoB na Câmara
 
 

Em verdade, até às 4 e meia da manhã, o que se viu foi uma sucessão de falas de deputados com posição já definida, embora um fantasma tenha assombrado algumas consciências: o julgamento de Dilma será essencialmente político ou os deputados devem se ater aos aspectos jurídicos, à consistência das acusações constantes do processo? Deve ela ser condenada pelo “conjunto da obra” ou devem os deputados ater-se à denúncia que está sendo examinada, decidindo pela sua consistência jurídica e não pelas conveniências políticas?

Poucos falaram disso. Paulo Pimenta (PT-PR) fez a primeira tentativa pela bancada governista, lembrando que no dia 24 de novembro, os líderes da oposição se sucederam na tribuna pedindo o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, devia ser afastado. Mas na semana seguinte, quando os três petistas do Conselho de Ética anunciaram que votariam pela abertura de processo contra Cunha, ele abriu o processo de impeachment e a oposição voltou a seus braços. Destrinchou a “engrenagem do golpe”, destacando o papel da Fiesp, da mídia, da Lava Jato e outros atores que turbinam o processo. Dilma, recordou, é acusada por ter assinado seis decretos remanejando recursos para órgãos que precisavam dos recursos. Baseou-se em pareceres de técnicos atestando a necessidade e a legalidade dos atos. Tais pareceres atestam a ausência de dolo (intenção) e sem dolo não há crime de responsabilidade. Arlindo Chinaglia também se esforçou para manter o foco na questão das pedaladas e dos decretos, lembrando que Fernando Henrique não foi, corretamente, acusado de crime de responsabilidade por ter se valido do mesmo recurso em 2001. Inutilmente. A sessão estava começando e não havia ainda interesse pelo debate jurídico.

A noite avançou e este interesse não se manifestou. Os da oposição gastaram seu tempo falando principalmente do que não está no processo: de Lula e seu governo, do colapso moral do PT, do financiamento de suas campanhas, da corrupção na Petrobrás, do heroísmo de Moro e da Lava Jato, da crise econômica, do estilo Dilma, de tudo o que os incomoda no que chamaram “conjunto da obra”. Sobraram adjetivos pesados mas faltaram análises sobre a existência de crime de responsabilidade nas pedaladas fiscais e nos decretos de suplementação orçamentária sem autorização do Congresso. E é disso que Dilma é acusada. Os governistas, e não apenas os do PT, esforçaram-se em vão para colocar o debate nos trilhos. Foi o que fez o líder do PMDB, Leonardo, o 42º orador, que falou às 3 horas da manhã, não como líder, mas como deputado. Ou, antes dele, José Mentor (PT-SP).

Picciani, com o cuidado exigido de quem fala como minoria em seu partido, lembrou a seus pares que a decisão que vão tomar, na comissão e depois no plenário, será julgada não apenas no presente mas também pela História que será escrita no futuro. “Examinei o processo e firmei a convicção de que a presidente não cometeu crime de responsabilidade. Devemos nos perguntar se o que chamam de “conjunto da obra” preenche a lacuna legal para que o voto popular seja violado neste momento. Devemos ir adiante? Creio que será um erro. Ainda que ele não seja reconhecido agora o será no futuro”.

Em breve, disse ele, “vamos ter o desfecho da crise e todos seremos responsáveis pelo dia seguinte. Chegamos a esta situação porque quem ganhou a eleição não teve humildade para reconhecer a divisão do país e buscar a conciliação. E quem perdeu, não aceitou, resolver contestar, pensando em suas ambições e não na situação do país. Esta página sim, terá que ser virada, pois o Brasil precisa andar para a frente”, disse Picciani.

O petista Mentor foi dos poucos governistas que conseguiu ser pelo menos ouvido. Recordou com números que houve pedaladas fiscais em 2001, em 2006 e em 2009. “Mas o TCU não entendeu que houve crime e aprovou as contas. Agora, mudou de entendimento, e isso pode valer para a frente. Não para trás, pois a lei não pode retroagir e isso é elementar”. Os decretos sem autorização do Congresso, lembrou, sempre foram previstos na lei orçamentária. Sempre foram editados. Ah, dizem alguns, mas os de Dilma comprometeram o superávit primário...Mas o governo pediu em agosto a mudança no superávit. A oposição é que, obstruindo as votações até dezembro, impediu que a meta fosse alterada”. Mas isso ninguém estava interessado em discutir.

A noite seguiu, alternando insultos eloquentes da oposição e argumentos dos governistas abafados pelas conversas paralelas. Mesmo assim, lá pelas tantas o deputado Marcelo Aro (PHS-MG) admitiu que faltam 37 votos para os 342 necessários à consumação do golpe revestido de legalidade. As “pedaladas”, ele teve a coragem de afirmar, foram feitas para “financiar campanhas eleitorais e corrupção”, embora até seus colegas de oposição tenham reconhecido que o governo deixou para a CEF e o BB o pagamento de despesas sociais (depois reembolsadas, com juros). Logo depois, invocando também o “conjunto da obra”, Sostenes Cavalcanti (DEM-RJ) defendeu “cadeia coletiva” para todo mundo do governo.

A sessão que poucos viram acabou assim. A oposição fez sua catarse, dizendo todos os desaforos que tinha a dizer. Os governistas falando para ouvidos moucos.

Na segunda-feira haverá a votação. É provável que o parecer de Jovair Arantes seja aprovado, mas por uma margem apertada de votos. “E isso será sinal de que eles não têm votos para ganhar no plenário”, vaticina a deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ).

Veremos.


*Tereza Cruvinel é jornalista e colunista do Brasil 247 

Com Portal Vermelho