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segunda-feira, 14 de agosto de 2017

O que acontece no cérebro masculino ao se tornar pai?

 


Mesmo que seja um filho muito desejado pelo pai de primeira viagem, o mundo das preocupações pode despertar e tem seu momento culminante entre a quarta e a sexta semana após o homem tomar conhecimento da notícia, de acordo com um estudo realizado na Austrália em mais de 200 casais.

As preocupações dos futuros papais giram em torno de três eixos: a relação de casal após o nascimento do filho, o trabalho e, claro, o sexo (e não mencionamos o caso de a criança não ser desejada, o que possivelmente faria com que as preocupações se transformassem em angústia). Além disso, como cada pessoa expressa o que a inquieta de uma forma diferente, não é de se estranhar que no começo da gravidez o homem se mostre mais distante e mais ensimesmado, com a cabeça girando. Não é que não queiram (em alguns casos pode ser que seja assim), mas simplesmente a química os leva a isso.

Durante a gravidez o mundo das preocupações continua, mas a química se encarrega de reduzir o interesse sexual em um momento em que a fecundação não é possível. Faz tudo isso através de dois hormônios, fundamentalmente: a testosterona e a prolactina. A testosterona é o hormônio rei do homem, que lhe traz força, domínio e agressividade. Quando a companheira está grávida, esse hormônio cai e tem seu nível mais baixo durante as três semanas anteriores ao parto, que chega até a 33% menos. A prolactina, pelo contrário, aumenta em até 20% no mesmo período de tempo.

Graças a ela o homem desenvolve novos instintos paternais como aguçar o ouvido quando o bebê chora e diminuir o instinto sexual durante os meses de gestação. É também a responsável pelo fato de alguns pais, especialmente os de primeira viagem, sofrerem a síndrome de Couvade ou “gravidez empática” e que aumentem de peso como se eles também estivessem grávidos (se isso aconteceu com você, pelo menos já tem a explicação: a prolactina). Passado algum tempo, os dois hormônios se reajustam, curiosamente, após a quarentena e quando o filho anda chegam ao seu nível original, como explica Louann Brizendine em seu livro “O Cérebro Masculino”.

A química do cérebro do homem também desperta o instinto protetor com seu filho e a sensação de satisfação. Quando o bebê sorri ao seu pai quando ele troca suas fraldas e lhe faz um carinho, o circuito de recompensa do homem é ativado, o faz sentir-se muito bem e, sobretudo, reforça seu laço de união com seu filho. Por isso, é muito importante que exista um contato diário do pai com seu filho e que a mulher o deixe ser parte do cuidado desde o primeiro momento, ainda que algumas pensem que seu companheiro não é competente na matéria e alguns prefiram se eximir de certas rotinas.

É muito importante que ocorra um contato diário do pai com seu filho e que a mulher lhe deixe ser parte desse cuidado desde o primeiro momento

Tudo isso tem vantagens muito consideráveis, uma delas para o pai, que o ajuda a fabricar oxitocina, o hormônio do prazer e que o faz sentir-se muito bem consigo mesmo. Também tem vantagens para a criança. O papel coprotagonista do pai ajuda o bebê a ganhar mais confiança em si mesmo. Igualmente, a forma de brincar do pai, que costuma desobedecer algumas regras e que é bem diferente da forma da mãe, é um estímulo à aprendizagem do filho. A vantagem do coprotagonismo durante os primeiros meses também vale para o casal. Ainda que um bebê seja um fator de estresse para uma relação (não vamos nos enganar), se o pai ao menos se envolver desde o começo e a mãe não criticar o que ele faz, os laços de casal se reforçam. Por tudo isso, vale a pena tentá-lo.

Definitivamente, nosso cérebro nos permitiu chegar até aqui como espécie. Por isso, não é de se estranhar que as reações químicas do homem comecem quando chega a notícia de sua paternidade e durem por toda a vida. O objetivo é a criança, mas o fato de ser pai também tem um benefício pessoal ao homem, que o ajuda a acessar novos registros emocionais onde existe mais carinho e maior proveito das pequenas recompensas.

 
Fonte: El Pais

Tribunal Popular condena Lava Jato em Curitiba

A decisão dos jurados foi unânime, e resultou na “condenação popular” das ações da operação
A decisão dos jurados foi unânime, e resultou na “condenação popular” das ações da operação - Gibran Mendes


A decisão dos jurados foi unânime, e resultou na “condenação popular” das ações do Poder Judiciário, da força-tarefa, da mídia comercial e do Ministério Público no âmbito da operação Lava Jato.

O evento, organizado pelo Coletivo Advogadas e Advogados pela Democracia (CAAD), aconteceu no Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil (Sitracon), em Curitiba. A cidade é a sede da força-tarefa da Lava Jato, e tornou-se símbolo das arbitrariedades e violações de direitos por parte do Poder Judiciário no Brasil. A data também é simbólica: 11 de agosto é o Dia do Advogado e da Advogada.

Juiz sem toga

Presidente do tribunal simulado, Marcelo Tadeu Lemos mencionou, na abertura do evento, a sindicância que foi aberta em seu estado, Alagoas, para apurar a participação dele no julgamento simbólico em Curitiba. Em seguida, listou as regras do Tribunal Popular da Lava Jato e explicou porque não usaria toga durante o evento.

"A toga tem uma simbologia de neutralidade, e a Lava Jato quebrou o mito da neutralidade judicial. Ficar sem toga é uma demonstração de que precisamos olhar com muito cuidado, com muita acuidade para a neutralidade judicial", declarou.

Um dos advogados criminalistas mais conhecidos do país, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, assumiu a defesa simbólica da Lava Jato e adotou o sarcasmo como estratégia no Tribunal Popular. Desde o início do julgamento, questionou a imparcialidade do juiz Marcelo Tadeu Lemos e chegou a propor a "primeira delação premiada espontânea da Lava Jato". A ideia era ironizar os vazamentos, a seletividade e a relação temerária entre a operação e a mídia comercial.

Quando teve o pedido de delação premiada negado, Kakay mostrou-se perplexo: "A minha cliente [operação Lava Jato] não está acostumada a lidar com o contraditório", afirmou, em tom provocativo, e arrancou risos das quase 200 pessoas presentes no auditório do sindicato.

Como representante da defesa, o advogado criminalista levantou a hipótese de que os juízes, delegados e procuradores que atuam na Lava Jato foram “seduzidos” pelo poder midiático, e que isso poderia ser usado como argumento para absolvê-los. Os jurados admitiram essa hipótese, mas foram unânimes ao responsabilizar a força-tarefa e o Judiciário pelas arbitrariedades da operação.

Acusação

Após o sorteio dos oito jurados populares, assumiu a palavra o ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão, responsável pela acusação. A linha argumentativa foi baseada em treze possíveis irregularidades da operação - que tem afetado, segundo ele, a dinâmica de separação dos três poderes. "O Ministério Público, reconhecido na Constituinte como um órgão que pudesse criar contrapeso a uma certa desproporção de poderes no Judiciário, converteu-se em uma metralhadora giratória, cuspindo balas para todos os lados, e ninguém a dominar o seu gatilho”, lamentou. “Ele confunde o princípio da independência funcional com a irresponsabilidade".

A maior parte das irregularidades citadas por Aragão está relacionada ao uso indiscriminado de delações premiadas, prisões preventivas e conduções coercitivas pela operação. O ex-ministro recusou qualquer comparação entre a Lava Jato e a operação Mãos Limpas, na Itália. Esse paralelo tem sido usado como forma de legitimar o uso de certos mecanismos em proporção inédita no Brasil, como a delação premiada. "O delator quer o conforto. Não é à toa que fala, preserva os seus bens, e volta ao conforto do lar. Essa é uma utilização completamente dissociada de sua finalidade histórica. Não dá para comparar esse uso, no universo brasileiro, com o universo italiano", analisou.

Eugênio Aragão também trouxe à tona o debate sobre a crise econômica e das instituições no Brasil, propiciada pela Lava Jato e por atores estrangeiros com interesse em explorar recursos naturais no Brasil. "A quem isso interessa?", questionou, em referência aos ataques jurídicos e midiáticos sofridos pela Petrobras, a maior empresa estatal da América Latina. Sobre a destruição de grandes empreiteiras privadas, o ex-ministro foi taxativo: "Uma indústria não é um patrimônio individual, apenas. É um patrimônio social, porque cria empregos, permite arrecadação de impostos, acumulação de experiência em tecnologia e coloca o Brasil no mercado global".

Crítica da mídia

O Tribunal Popular da Lava Jato foi composto por dois júris. Um de caráter popular e outro, qualificado, formado por dez juristas e um jornalista - o escritor Fernando Morais, que analisou os problemas na relação entre o Judiciário e a mídia corporativa no Brasil.

“O golpe de Estado [de 2016] e a Lava Jato são irmãos siameses”, afirmou o jornalista. “A mídia que atuou pelo golpe, defende a Lava Jato e defende o que eles chamam de reforma, é a mesma que levou Getúlio [Vargas] ao suicídio em 1954. E é a mesma que apoiou dois golpes contra Juscelino Kubitschek, não queria deixar João Goulart assumir [a Presidência da República], e agora está vestida de tucano. Essa mídia não nos surpreende, e a perseguição ao Lula é simbólica. Ele aparece na capa das revistas semanais vestido de presidiário, com o rosto ensanguentado, porque a imprensa está a serviço de quem paga as contas no fim do mês. O resto é conversa para boi dormir. Liberdade de imprensa é liberdade de empresa”.

Vera Karam de Chueiri, diretora da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ressaltou que a operação, em um contexto de crise, restringiu o senso crítico no Brasil por admitir a excepcionalidade, a parcialidade e o arbítrio. “O que a Lava Jato demonstra é um enfrentamento da crise em que se aniquila o corrupto a qualquer preço, e de qualquer maneira, mas não aniquila a corrupção. Isso porque ela assume a excepcionalidade como regra. Ela cortou na carne e fez sangrar a nossa democracia constitucional”.

Entre os demais membros do júri qualificado, que votaram pela condenação da Lava Jato, estavam juristas como Beatriz Vargas Ramos, professora da área de Direito Penal na Universidade de Brasília (UnB), Marcello Lavenère, um dos advogados que liderou o processo de impeachment de Fernando Collor, e Claudia Maria Barbosa, professora de Direito Constitucional na Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Paraná. Os integrantes do júri popular também deram parecer favorável à condenação.

Lavenère, o último jurista a se pronunciar, estendeu os debates para a necessidade contínua de efetivação dos valores democráticos, para além de uma análise técnica da Lava Jato: “Estamos em meio a uma luta muito maior. A nossa democracia política, infelizmente, não assegurou a felicidade ao povo, não foi capaz de resgatar a democracia social”, disse. “A Lava Jato é uma manobra dedicada a desmontar o que parecia ser o início de uma construção, débil, com muitos defeitos, de um país mais justo, igualitário, com mais espírito brasileiro”.

Lava Jato em debate

Essa não foi a primeira vez que juristas se reuniram em Curitiba para discutir as consequências do avanço da operação Lava Jato. No dia 2 maio, o auditório do Sindicato dos Jornalistas (Sindijor) ficou lotado para uma aula pública. Uma semana depois, o debate aconteceu na Praça Tiradentes, também na região central. O primeiro debate sobre a operação na periferia da cidade aconteceu em 13 de junho, no loteamento Moradias 23 de Agosto.

As próximas mobilizações devem ser convocadas para a semana do dia 13 de setembro, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta ao Paraná para prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro em mais uma ação penal no âmbito da Lava Jato. 

De olho em 2018, Câmara acelera votação da reforma política


Aliás, a mais avançada é a que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77/03, que aprovou a criação de um fundo público para financiamento das eleições e o “distritão” para 2018 e 2020, seguido do modelo distrital misto a partir de 2022. As votações, no entanto, foram tumultuadas e a reunião acabou sendo encerrada por falta de quórum, numa sinalização da oposição e de parlamentares da própria base de Temer de insatisfação com algumas manobras para consolidar trechos do relatório que poderiam ter sido alterados, como a escolha do modelo distrital misto. 

Um destaque apresentado pelo PCdoB tentou mudar o texto, deixando o sistema atual, o proporcional, no lugar. Mas intransigência do presidente do colegiado, Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), impediu a votação nominal. Orlando Silva (PCdoB-SP) afirma que o resultado poderia ter sido diferente, caso Vieira Lima tivesse cumprido o acordo de colocar em votação nominal os temas mais importantes.

“Tenho certeza que o resultado seria diferente. Mas eles manobraram e impediram que a votação fosse manual. A base do governo atropelou, o que nos mostra que eles estão com medo”, avalia o parlamentar.

No distrital misto, o eleitor vota duas vezes – em um candidato do distrito e no partido. Metade das cadeiras vai para os mais votados do distrito e a outra será preenchida pelos partidos na forma de lista preordenada. Segundo Orlando Silva, esse é um modelo excludente e transformará o Parlamento em “paróquias regionais”.

“Em todos os países em que foi implantado, o distrital misto foi utilizado para esmagar as minorias. Ele serve para desqualificar o debate nacional. O Congresso vai virar uma paróquia, vai debater só temas corporativos”, diz.

Fim das coligações

Já a PEC 282/16, que analisa o fim das coligações e a instituição da cláusula de desempenho, foi adiada. Um pedido de vista coletivo após leitura do relatório deixou a deliberação sobre o tema para a próxima semana. A expectativa era votar o relatório na quinta-feira (17), mas a relatora da matéria, Shéridan (PSDB-RR), tenta antecipar a análise do texto.

A parlamentar propôs algumas mudanças no texto que veio do Senado, o que significa que após duas votações na Câmara, ainda terá que voltar para novas deliberações dos senadores.

“A PEC aprovada lá apontava para uma transição muito abrupta, sem levar em consideração a complexidade do atual sistema e a necessidade de conferir aos partidos médios e pequenos um maior intervalo de tempo para a adaptação ao novo sistema. Diante disso, estou propondo em meu substitutivo uma transição até 2026, de modo que a cláusula de desempenho permanente somente seja aplicada a partir de 2030”, explica a tucana em seu parecer.

O texto original previa que só teria acesso ao fundo e ao tempo de rádio e TV a legenda que, em 2018, garantisse 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara em pelo menos 14 estados, sendo 2% de votos válidos em cada um deles. A partir de 2020, o corte subiria para 3% dos votos em 14 estados. Já o substitutivo de Shéridan dilui as regras.

Adicionar legenda
De acordo com o texto, na legislatura às eleições de 2018, os partidos precisam garantir 1,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 9 estados, com no mínimo 1% de votos válidos em cada um deles; ou eleger pelo menos 9 deputados distribuídos em 9 estados. Já na legislatura seguinte às eleições de 2022, o percentual de votos válidos iria para 2%, distribuídos em pelo menos 9 estados, com no mínimo 1% de votos válidos em cada um deles; ou eleição de pelo menos 12 deputados distribuídos em pelo menos 9 estados. Após 2026, 2,5% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 9 estados, com no mínimo 1,5% dos votos válidos em cada um deles; ou tiverem elegido pelo menos 15 deputados distribuídos em 9 estados. E só após 2030, 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 9 estados, com no mínimo 2% dos votos válidos em cada um deles; ou tiverem elegido pelo menos 18 deputados distribuídos em 9 estados.



A mudança fez com que a bancada do PCdoB concordasse com a votação. Até então, a legenda era uma das que lutava para impedir o avanço da proposta, pois entendia que seria o fim dos partidos menores, mas que possuem sustentação em programa de ideias.

“Sempre resistimos à cláusula de barreira, mas concordamos com 1,5% em 2020. Também temos clareza que estamos mudando a questão das coligações, podendo avançar como o Uruguai para um sistema federativo”, afirma a líder do PCdoB, Alice Portugal (BA).


Do PCdoB na Câmara

Morre Carlos Araújo, ex-marido da presidenta Dilma Rousseff

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Dilma e Carlos Araújo tiveram juntos uma filha, Paula Rousseff de Araújo (foto)

Carlos Franklin Paixão Araújo, codinome Max nos tempos da ditadura, ex-marido da presidenta Dilma Rousseff, faleceu na manhã de hoje no Hospital São Francisco, Santa Casa de Misericórdia., de Porto Alegre, onde estava internado desde o dia 26 de julho.
Carlos Araújo foi deputado estadual em Porto Alegre, pelo PDT, partido que ajudou a fundar. E em 1988 foi candidato a prefeito na cidade, quando viu eleito o petista Olívio Dutra.
Ambos sempre foram companheiros de militância e Araújo se mostrou de uma fidelidade canina durante o mandato de sua ex-esposa.
Carlos Araújo foi durante toda a trajetória de Dilma talvez a pessoa cujas opiniões políticas Dilma mais ouvia e respeitava.
https://www.revistaforum.com.br/blogdorovai/2017/08/12/morre-carlos-araujo-ex-marido-da-presidenta-dilma-rousseff/