ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

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CAMPANHA MOVIMENTO 65

segunda-feira, 18 de junho de 2018

20 de junho: Dia Nacional de Luta pela Data-base do Funcionalismo


"Todo o funcionalismo público do Dia Nacional de Luta pela Data-base do Funcionalismo, nesta quarta-feria (20) para derrubarmos os retrocessos promovidos pelo governo golpista, que retira todos as nossas conquistas mais importantes", diz João Paulo Ribeiro (JP), secretário do Serviço Púiblico da CTB.
Ele conta que todas as entidades que integram o Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Federais ( Fonasefe) devem orientar seus filiados a engrossar as fileiras da resistência. "As servidoras e os servidores cetebistas não fogem à luta e estarão nas ruas dizendo não aos golpistas. Dizendo que não pagaremos o pato do golpe contra a classe trabalhadora e os interesses nacionais". 
JP, que também é dirigente da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras, conta que está na pauta, desta quarta-feira, no Supremo Tribunal Federal o julgamento do Recurso Extraordinário (RE 565.089), sobre o direito constitucional de os servidores públicos receberem, obrigatoriamente, a reposição anual das perdas inflacionárias.o direito constitucional de os servidores públicos receberem, obrigatoriamente, a reposição anual das perdas inflacionárias.
"O Golpe de Estado de 2016, desde o início, atacou as conquistas e os direitos da classe trabalhadora, a começar pelo funcionalismo público e pelas áreas socais com a Emenda Constitucional 95", diz JP. A EC 95 congelou por 20 anos os investimentos nos serviços públicos e os salários das trabalhadoras e dos trabalhadores do serviço público.
Para ele, "isso prejudica toda a população porque tira a qualidade do atendimento, piorando as condições de trabalho e de vida dos servidores".
O inciso X, do artigo 7º da Constituição afirma que “a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices;”
Entenda o caso
Diferentemente dos trabalhadores da iniciativa privada, o funcionalismo público não tem direito à negociação salarial e à data-base anual, precisando em muitos momentos fazer greve para pressionar por negociação salarial. Atualmente, muitas categorias do funcionalismo estão sem negociação e sem a reposição inflacionária, diminuindo seu poder de compra, precarizando as condições de vida dos trabalhadores que carregam a máquina do estado nas costas.
O julgamento foi suspenso em 2014 por pedido de vista do ministro Dias Toffoli, já tendo sido computados os votos dos(as) ministros(as) Marco Aurélio (relator), Carmem Lucia e Luiz Fux, favoravelmente ao recurso. Já os ministros Gilmar Mendes, Rosa Weber, Roberto Barroso e Teori Zavascki – posteriormente substituído por Alexandre Morais, que não votará na quarta-feira (20) – foram contrários à garantia da data-base. A decisão, agora, será pelos votos dos ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski, Celso de Melo e Edson Fachin.
Qual o papel que o STF vai cumprir nesse momento, vai seguir de joelhos aos interesses do capital e sacrificar mais uma vez os trabalhadores do funcionalismo público ou irá fazer valer o texto da Constituição Federal?
Agora é hora de mobilização nas ruas para pressionarmos o restante dos ministros a votarem a favor dessa reivindicação justa dos trabalhadores do funcionalismo. É incrível que esse tema ainda tenha que ser julgado pelo STF. Não seria necessário, já que o texto da Constituição é categórico em garantir a revisão anual dos salários do funcionalismo.
Em reunião nessa quarta-feira, tanto o Fonasefe, como o Fonacate, que são os principais fóruns das entidades do funcionalismo federal, acordaram um calendário de mobilização com os seguintes eixos: em defesa dos serviços públicos; revogação da Emenda Constitucional 95 e pela data-base, já, para todo o funcionalismo.
É muito importante que os fóruns estaduais do funcionalismo possam organizar reuniões com urgência e construir esse calendário para a semana que vem.
Calendário de mobilização:
19/06 – Terça-feira
Ato em Brasília em dois momentos:
14h – Em frente ao MPOG
17h30 – Vigília em frente ao STF

20/06 – Quarta-feira
Em Brasília ato em frente ao Supremo Tribunal Federal à partir das 14h00 acompanhado de ato nos estados, nos tribunais e justiça federal.
Portal CTB com CSPB e Fasubra Sindical

Petrobras e Eletrobras em debate na semana do Congresso Nacional

 
Ana Volpe/Agência Senado

A venda dos direitos de exploração de petróleo do pré-sal (PL 8.939/17) e a votação da urgência para o projeto que autoriza a venda de 6 distribuidoras da energia no Norte e no Nordeste (PL 10.332/18) são os destaques.


De terça (19) a quinta-feira (21), o plenário da Câmara dos Deputados poderá votar o texto de autoria do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que permite a entrega de até 70% do pré-sal a outra petroleira. Na proposta há uma exigência para a manutenção de participação mínima da Petrobras no consórcio. 

Depois de apreciada pelos parlamentares, será necessária autorização da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para efetivar a negociação.

Outras propostas ligadas ao setor de combustíveis devem ser analisadas nesta semana. No Congresso Nacional, pode ser instalada a comissão mista que trata da redução do preço do diesel na refinaria (Medida Provisória 838/18). O subsídio será de R$ 0,30 por litro até 31 de dezembro. O colegiado que estudará a MP 838 reúne-se na terça-feira (19) para eleição do presidente e apreciação do Plano de Trabalho. 

Com a assinatura de 29 senadores, a iniciativa das senadoras Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lídice da Mata (PSB-BA) que pretende abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a política de preços da Petrobras deve ser lida em plenário. A CPI quer explicações do governo federal sobre a atuação do ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, na gestão da estatal. 

Segundo a líder do PCdoB no Senado, Parente deixou as refinarias da Petrobras ociosas em mais de 25%. “Como Temer, esse senhor é muito eficiente! Para o mercado e não para o povo”, ressaltou.

O projeto que permite a venda de etanol diretamente do produtor aos postos de combustíveis tem previsão de análise no Senado. O texto teve o pedido de urgência aprovado na última terça-feira (12) e seu objetivo é aumentar a concorrência no mercado de combustíveis e, consequentemente, baixar o preço para o consumidor. Se aprovado, o PDS 61/18 ainda terá que passar pela Câmara dos Deputados.

E a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado deve votar o projeto que destina parte dos royalties do petróleo para prevenção de desastres naturais e ao socorro das populações atingidas por esses fenômenos (PLS 227/11). 

Eletrobras

Nesta semana, a Casa pode votar a urgência para o PL 10.332/18, que autoriza a venda de 6 distribuidoras da Eletrobras no Norte e no Nordeste. O projeto incorpora alguns pontos da MP 814/17, que mudava a legislação do sistema elétrico nacional, mas que perdeu validade por falta de consenso. Após aprovado pela Câmara, o projeto segue ao exame do Senado.

Com pressa para concretizar a privatização da Eletrobras antes de desocupar o Palácio do Planalto, o governo Michel Temer publicou, na última sexta-feira (15), edital de venda das distribuidoras estaduais de energia administradas pela empresa. A licitação está marcada para o dia 26 de julho, mas depende da aprovação do Congresso Nacional e dos acionistas da Eletrobras.

Comissão geral

A Câmara dos Deputados promove, na terça-feira (19), a partir das 9h30, comissão geral para discutir a propagação das chamadas fake news (notícias falsas). Na semana passada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux declarou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá estratégias para combater esse tipo de prática durante as eleições de 2018. Segundo ele, podem ser utilizadas as áreas de inteligência do TSE com apoio dos profissionais de comunicação e a definição de acordos com partidos políticos. 

As medidas estudadas não apenas pela justiça eleitoral para o próximo período de campanhas partidárias, mas em constante discussão na sociedade, preocupam entidades de defesa da liberdade de expressão. 

Em entrevista concedida ao site Brasil de Fato, na última quinta-feira (14), a coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Renata Mielli, demonstrou cautela e pediu profundidade no debate sobre a veiculação de notícias manipuladas, com erros de apuração ou até mesmo com informações imprecisas. 

Segundo Mielli, o que mudou foi a velocidade com que se espalham os conteúdos com as novas plataformas de mídia. “Em função disso, surgiu um novo mercado, que é o mercado das agências de checagens de notícias. E essas agências estão se propondo a, diante de uma comoção em torno dos problemas que envolvem a circulação de notícias falsas, combatê-las. Então você tem empresas privadas classificando notícias produzidas como verdadeiras, falsas, imprecisas, exageradas, distorcidas, com critérios que também podem ser muito subjetivos”, afirmou.

Memória, Verdade e Justiça

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara instala, na terça-feira (19), às 9h30 os trabalhos da Subcomissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça. Haverá eleição do presidente do colegiado.

Mais proposições em debate

Consta ainda na pauta, entre outros, os projetos de lei que cria o marco regulatório do transporte de cargas; o que institui o Cadastro Positivo (PLP 44/17); a regulamentação da lei do lobby (PL 1.202/07); e o PL 2.724/15, que aumenta a participação do capital estrangeiro com direito a voto nas empresas de transporte aéreo.

Plenário do Senado Federal vota MP da Segurança Pública

O plenário da Casa vota, na terça-feira (19), o projeto de lei de conversão (PLV) 16/18, que cria o Ministério Extraordinário da Segurança Pública. O texto traz sugestões apresentadas por senadores e deputados à MP 821/18, que tranca a pauta de votações.

De acordo com o projeto, cabe ao Ministério da Segurança Pública coordenar a integração com os outros entes federativos (Distrito Federal, estados e municípios), além de planejar e administrar a política penitenciária nacional. O órgão foi criado a partir da divisão do Ministério da Justiça.

O relator da MP 821/18 é o senador Dário Berger (MDB-SC). Ele alterou o texto original para tornar o novo órgão com natureza permanente. A matéria estabelece que o ministério deve se articular com entidades de coordenação das atividades de segurança pública. Também pode propor a esses órgãos planos e programas integrados de segurança pública, desenvolvendo uma estratégia comum por meio de gestão tecnológica para troca de informações.

Todos os órgãos federais de policiamento ficam sob o comando do novo ministério: policias federal, rodoviária federal e ferroviária federal. A organização e a manutenção das polícias do Distrito Federal também ficarão com a nova pasta. O ministério também terá as funções de defesa dos bens da União, ouvidoria das polícias federais e política de organização e fiscalização das guardas portuárias.


Fonte: PCdoB na Câmara, com informações da Agência Câmara e Brasil de Fato

Venda da Caixa prejudica financiamento da casa própria a baixo custo

Empresa 100% pública, Caixa está sendo preparada para privatização, segundo anúncio do governo.
Foto: Agência Brasil/Arquivo
Empresa 100% pública, Caixa está sendo preparada para privatização, segundo anúncio do governo.
Após anúncio recente do ex-ministro da Fazenda e pré-candidato a presidente Henrique Meirelles (MDB) de que o banco está sendo preparado para a privatização, durante sabatina com jornalistas no último dia 6, especialistas e trabalhadores manifestam preocupação com a iniciativa do governo.

O economista Roberto Piscitelli, professor da Faculdade de Economia da Universidade de Brasília (UnB), destaca que a venda do banco tende a provocar um efeito em cadeia em diferentes áreas.

"Abrir mão disso, privatizar a Caixa, significa que o governo vai ser um mero regulador, se tanto for, das ações realizadas pelo mercado dentro de uma ótica privatista, portanto, adeus aos programas sociais", alerta.

Entre outras coisas, a CEF é responsável pela gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), pelo seguro-desemprego e tem papel importante no financiamento de programas sociais federais, como o Fies, o Minha Casa Minha Vida e o Bolsa Família, que atende a 13 milhões de pessoas em todo país.

Piscitelli ressalta que o banco cumpre um papel social ao financiar habitações de baixo custo, política que não está no escopo de atuação da rede privada.

Mercado viciado

O professor aponta ainda que a privatização traz como perspectiva o aumento da concentração bancária no país. Um relatório apresentado este mês pelo Banco Central mostra que o Brasil tem um dos mercados mais concentrados do mundo, com 82% dos ativos controlados pelos cinco maiores bancos – CEF, Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander. O levantamento se baseia em dados de 2016. 

Segundo Piscitelli, a venda da Caixa tende a deixar o mercado imobiliário brasileiro mais vulnerável às políticas de lucro da rede privada.

"Consequentemente, [vai gerar] maior dificuldade de acesso ao crédito e ao licenciamento de crédito mais barato pra setores prioritários ou segmentos com menos proteção social", diz.

Nos últimos dois anos, após o golpe de 2016, a política atual da CEF já vem caminhado em outro sentido. Segundo dados do Banco Central, entre 25 de maio e 1º de junho deste ano, a Caixa registrou a taxa de juros mais alta (2,02%) para crédito pessoal consignado no comparativo com os outros quatro maiores bancos do país. 

A ex-presidenta da empresa Maria Fernanda Coelho destaca que os demais bancos públicos têm apresentado comportamento semelhante. Maior rigidez na renegociação de dívidas e tarifas acima da inflação estão entre os destaques. Na avaliação da ex-dirigente, a política inverte o papel dos bancos públicos na economia. 

"Em vez de terem uma atuação anticíclica, [eles] estão tendo uma atuação pró-cíclica, ou seja, aprofundam a crise", ressalta.

Pior para os trabalhadores

A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira Leite, acrescenta que o projeto de privatização tem prejudicado também os funcionários dos bancos públicos e o serviço prestado à população.

Dados do Banco Central apontam que, entre dezembro de 2015 e abril deste ano, o Banco do Brasil e a CEF, juntos, fecharam ao todo 693 agências pelo país. Além disso, o número de empregados caiu 11% no período, por meio de Programas de Demissão Voluntária (PDV) e outras medidas. 

"Esse desmonte todo afeta a sociedade de maneira geral e os trabalhadores, em particular, por conta do medo da privatização, do receio de perder os empregos, da sobrecarga de trabalho. Tem agência onde eles não conseguem sequer sair pra almoçar", protesta Juvandia .


Por Cristiane Sampaio, no Brasil de Fato

Especial Karl Marx – 200 anos


“Os filósofos não têm feito senão interpretar o mundo de diferentes maneiras; o que importa é transformá-lo”. Assim era que Karl Marx (1818-1883) diferenciava a filosofia materialista dialética da filosofia clássica. Passados os anos, o marxismo segue como o mais completo e profundo guia teórico e prática para ação dos movimentos revolucionários dos trabalhadores em todo o mundo.
Em homenagem aos 200 anos do nascimento do maior gênio de todos os tempos, A Verdade publica uma sessão especial com artigos sobre a vida e obra de Marx, o homem que foi e continua sendo “o mais odiado e caluniado pela burguesia”, e que por isso mesmo “morreu venerado e querido, chorado por milhões de trabalhadores da causa revolucionária. Seu nome viverá através dos séculos e, com ele, sua obra” (F. Engels).
Biografia de Karl Marx, o maior pensador da humanidade
Biografia de Friedrich Engels: “Nele, teoria e prática se fundiram num todo único”
A Primeira Internacional: Proletários de todos os países, uni-vos!
Cinema: O Jovem Karl Marx
A jornada de trabalho – Karl Marx
O Socialismo Científico – Parte I
O Socialismo Científico – Parte II
O que é o marxismo-leninismo?
Como estudar a filosofia marxista?
Hegel, Marx e o método dialético
Livros marxistas das Edições Manoel Lisboa
Obras de Karl Marx e Friedrich Engels na internet
Fonte: http://averdade.org.br/2018/02/especial-karl-marx-200-anos/