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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

ECONOMIA - Desemprego maior entre os jovens provoca maior perda de renda

 

Levantamento do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) aponta que  pessoas de 15 a 19 anos foram as que tiveram o maior recuo na renda entre 2015 e 2019, com uma queda de 24%, seguidas por aquelas que tinham entre 20 e 24 anos, cujos rendimentos caíram 11%. Agora, entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, esses grupos perderam 34,2% e 26% da renda, respectivamente.

A queda acentuada do rendimento dos jovens é explicada pelo fato de eles serem os mais atingidos pelo desemprego. No segundo trimestre, enquanto a taxa de desemprego no País chegou a 13,3%, entre a população de 18 a 24 anos, ela alcançou 29,7%.

O desemprego é historicamente mais alto entre os jovens. A questão é que essa distância entre a média do País e a registrada entre eles aumentou na crise de 2015/2016, nunca mais voltou ao patamar anterior e, na pandemia, disparou ainda mais.

Antes de 2015, a diferença da taxa de desemprego entre a população brasileira em geral e os jovens era de 8,3 pontos porcentuais. Em 2017, chegou a 14,2 pontos e, com a recuperação – ainda que lenta – da economia em 2018 e 2019, passou a diminuir. Mas a crise do coronavírus fez essa diferença alcançar 16,4 pontos porcentuais entre abril e junho de 2020. O problema é ainda maior quando se considera o chamado efeito cicatriz, isto é, um efeito de longo prazo na carreira dos jovens que entram no mercado de trabalho em meio a uma recessão .

O economista Lucas Assis, da consultoria Tendências, lembra que, globalmente, os jovens já têm uma dificuldade maior para se inserir no mercado devido a um problema de “assimetria informacional”, isto é, faltam informações para os empregadores sobre a produtividade de quem está no início da vida laboral.

“No Brasil, isso é mais grave por causa da baixa escolaridade. Jovens tendem a ter menos anos de estudo e concorrem com pessoas desempregadas de maior qualificação”, diz Assis.

Nordeste e segmentos mais pobres têm índices maiores de desemprego

O cenário é mais desolador para os jovens nordestinos e das classes mais pobres. A taxa de desemprego entre a população de 18 a 24 anos no Nordeste ficou em 34,5% no segundo trimestre. Nas classes D e E, chegou a 41,3%.

Além de a situação atual já ser bastante ruim, o futuro para o casal não é nada promissor. Estimativas da consultoria Tendências apontam para um crescimento fraco do Produto Interno Bruto (PIB) na próxima década, com uma média de 2,4% ao ano até 2029. O mercado de trabalho deverá responder de modo bastante gradual a isso, com a taxa de desemprego em dois dígitos pelo menos até 2029, quando deverá alcançar 10,3% – hoje está em 13,8%.

“O desemprego vai ficar mais alto no ano que vem, prevemos 15,7%, com pessoas que hoje estão fora do mercado começando a procurar ocupação. Para o mercado de trabalho dos jovens, não vislumbramos um cenário otimista”, diz Assis.

Se o cenário previsto pela Tendências se concretizar, os jovens brasileiros terão enfrentado, até o fim da próxima década, 15 anos de crise laboral, o que poderá marcar toda a trajetória profissional deles. Estudos apontam que as condições iniciais do mercado de trabalho podem interferir no salário e no emprego dos jovens durante toda sua vida. Assim, quanto maior o desemprego no começo da carreira, menor o rendimento futuro.

“O jovem, quando sai da escola, precisa experimentar várias ocupações para saber qual combina melhor com suas habilidades. Se entra no mercado de trabalho numa recessão, ele não tem essa possibilidade de experimentar ou fica desmotivado, perdendo conhecimento”, diz o economista Naercio Menezes Filho, professor do Insper.

O economista afirma ainda que estudos feitos na Inglaterra mostram que recessões no início da carreira profissional também aumentam a probabilidade de os jovens entrarem para o crime, além de reduzirem a produtividade do país. “Ou ele pode começar no crime ou ir trabalhar como entregador de aplicativo, que é o que tem hoje. Ele não vai alcançar a produtividade que teria nem a satisfação pessoal. Vai se acomodar em um nível mais baixo, com salário inferior. O país todo perde.”

O economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social, lembra que a crise dos anos 1980 no Brasil foi um dos fatores que levaram a taxa de criminalidade no País a patamares mais altos nos 15 anos seguintes. Segundo ele, o “efeito diploma” também pode perder sua eficácia. “Logo que alguém consegue um título, o ganho de renda costuma ser maior. Se se perde essa janela de oportunidade por causa da pandemia, é possível que não haja uma recuperação depois.”

Apesar do quadro desanimador para o jovem, há um fator da pandemia que pode ajudar essa faixa da população. A quarentena imposta pelo coronavírus tem acelerado a transformação digital das empresas e os jovens têm mais facilidade para lidar com essa nova economia. “Mesmo tendo sido mais afetados pela crise, eles dispõe de instrumentos para tentar se inserir dentro das novas tendências”, acrescenta Neri.

Fonte: Estadão

C/ vermelho.org.br

Bolsonaro quer a reeleição acima de tudo - Portal VERMELHO

A semana que se encerra é mais uma marcada pelas manobras do presidente Jair Bolsonaro para tentar se reeleger em 2022, mesmo que a porrete. Embora que, de dois meses para cá, o presidente deixou o porrete atrás da porta da sala e dele voltará a fazer uso toda vez que vez que lhe for necessário e adequado. Nesta semana, duas manobras se destacam como parte do projeto de reeleição: a indicação do desembargador Kássio Nunes ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a imagem publicitária do que seria uma cruzada presidencial para implantar um programa de renda aos mais pobres.

A indicação do desembargador Kássio Nunes não é unicamente de Bolsonaro, mas de um “coletivo” que abarca o presidente, ministros do STF, parlamentares, com destaque para presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Diante da hipótese de que seria indicado um pretendente “terrivelmente evangélico” ou um “companheiro de copo de cerveja”, a unção do nome do desembargador do TRF da 1ª Região foi recebido com alivio e mesmo elogios, como é caso das declarações de louvor do presidente da OAB-Federal, Felipe Santa Cruz.

Com essa manobra, Bolsonaro busca alargar e consolidar a base parlamentar que está construída do Congresso Nacional, tendo como núcleo setores do chamado Centrão. A vaga com a qual Bolsonaro seduziu Sergio Moro é agraciada a um juiz, tido na praça jurídica como garantiista, que no contexto, leia-se, não associado à Lava Jato. O presidente, que no verão passado fazia voo em helicóptero da Força Aérea, ladeado do ministro da Defesa, para saudar manifestações que pediam o fechamento do STF e do Congresso Nacional, com a indicação de Kássio Nunes busca apaziguar as relações com a Corte Suprema e estabelecer diálogo direto, ao menos com alguns de seus ministros.

A reeleição parece exigir, no cálculo que Bolsonaro passou a fazer, alguma normalidade institucional, ou o que é mais exato, uma melhor aparência de respeito às instituições. É um erro crasso, portanto, falar de “ Bolsonaro sem bolsonarismo”. Ou, às claras, Bolsonaro sem fascismo. O fascismo no seu projeto de poder faz manobras, recuos. É disso, portanto, que se trata.

O outro movimento que marcou a semana tem por objetivo preservar, a qualquer custo, a popularidade entre os segmentos sociais mais carentes. O resumo da ópera já se sabe. Bolsonaro, instado pela sociedade e pelo Congresso Nacional, acenou com R$ 200 de ajuda emergencial aos mais pobres lá no início da pandemia. O Congresso aprovou R$ 600 até setembro. Bolsonaro, por Medida Provisória, prorrogou até dezembro, reduzindo o valor para R$ 300. A oposição, as centrais sindicais e o movimento social lutam para que o benefício seja pago sem corte algum, até o final do ano. E, agora, todas as atenções se voltam para saber como ficará essa ajuda, que deverá ser necessária a partir de janeiro do ano novo, já que os efeitos das crise sanitária e econômica não deverão ser interrompidos no dia 31 de janeiro de 2020.

Apesar desses fatos, para a maior parte da população beneficiada o mérito é do presidente da República, até porque quem paga o auxílio é o governo. Isso turbinou a popularidade do presidente. Agora, no debate do orçamento do governo para 2021, Bolsonaro vende a imagem de um cavaleiro das Cruzadas, enfrentando o seu próprio ministro da Fazenda, o mercado, a grande mídia, os políticos, para implantar um novo programa, com alguns milhões de beneficiários a mais que o Bolsa Família e com um valor também superior ao que “Bolsa” paga.

Além dessas duas manobras, Bolsonaro, nesta semana, em São José do Egito, cidade do sertão de Pernambuco, disse que apoiará. nas eleições municipais em curso, candidaturas que tenham “ Deus no coração”. Lema dos integralistas, alcunha que o fascismo recebeu no Brasil quando, no século passado, o nazifascismo levou o mundo à desgraça da guerra.

Fonte: Portal VERMELHO (vermelho.org.br)

Comunismo e Socialismo - Refletir com a História





Imagens do Google

1 – Mas o que é mesmo o COMUNISMO?

Comecemos do começo. A palavra ‘comunismo’ vem do francês ‘communisme’, desenvolvido a partir do latim ‘communis’ (comum) em associação com o sufixo ‘isme’, que surgiu no século XII. Semanticamente, ‘communis’ pode ser traduzido como "de ou para a comunidade", enquanto ‘isme’ é um sufixo que indica a abstração em um estado, condição, ação ou doutrina. O comunismo pode ser interpretado como "o estado de ser de ou para a comunidade".

2 – E quando se começou a usar comumente a palavra COMUNISMO?

Um dos primeiros usos da palavra em seu sentido moderno está em uma carta enviada por Victor d'Hupay a Restif de la Bretonne por volta de 1785, na qual d'Hupay se descreve como um “autor comunista”. Victor d'Hupay era um escritor e filósofo francês, que defendia a vida comunitária.
Anos mais tarde, Restif de la Bretonne, que era novelista, usaria o termo com freqüência em seus escritos e foi o primeiro a descrever o comunismo como uma forma de governo. A John Goodwyn Barmby, um “socialista utópico”, é creditado com o primeiro uso do termo em inglês, por volta de 1840.

3 – O COMUNISMO é contra o ser humano?

De maneira nenhuma. A ideia de uma sociedade igualitária e sem classes surgiu pela primeira vez na Grécia Antiga. O movimento Mazdak do século V na Pérsia (atual Irã) foi descrito como "comunista" por desafiar os enormes privilégios das classes nobres e do clero; por criticar a instituição da propriedade privada; e por se esforçar para criar uma sociedade igualitária. Em um momento ou outro, várias pequenas comunidades comunistas existiram, geralmente sob a inspiração das Escrituras. Na Igreja Cristã medieval, algumas comunidades monásticas e ordens religiosas compartilhavam suas terras e outras propriedades.

O pensamento comunista também remonta às obras do escritor inglês do século XVI, Thomas More. Em seu tratado Utopia, de 1516, More retratou uma sociedade baseada na propriedade comum da propriedade, cujos governantes a administravam por meio da aplicação da razão. No século XVII, o pensamento comunista emergiu novamente na Inglaterra, onde um grupo religioso puritano conhecido como Coveiros defendeu a abolição da propriedade privada da terra.  Em seu “Cromwell and Communism” de 1895, Eduard Bernstein argumentou que vários grupos durante a Guerra Civil Inglesa (especialmente os Diggers) adotaram ideais comunistas e agrários claros e que a atitude de Oliver Cromwell em relação a esses grupos era, na melhor das hipóteses, ambivalente e freqüentemente hostil. As críticas à ideia de propriedade privada continuaram na Idade do Iluminismo do século 18 por pensadores como Jean-Jacques Rousseau na França. Após a agitação da Revolução Francesa, o comunismo mais tarde emergiu como uma doutrina política.

No início do século XIX, vários reformadores sociais fundaram comunidades baseadas na propriedade comum. Ao contrário de muitas comunidades comunistas anteriores, eles substituíram a ênfase religiosa por uma base racional e filantrópica. Notáveis entre eles foram Robert Owen, que fundou New Harmony, Indiana, em 1825; e Charles Fourier, cujos seguidores organizaram outros assentamentos nos Estados Unidos, como Brook Farm em 1841.

Portanto a ideia de COMUNISMO não é nova e sempre baseou-se na divisão da riqueza produzida por muitos e apropriada por poucos.

4 – Então COMUNISMO é igual a ASSOCIAÇÃO IGUALITÁRIA?

Não, o termo ‘comunismo’ sofreu uma mudança no seu entendimento a partir do desenvolvimento da Revolução Industrial, que começa na Inglaterra em 1760. As profundas desigualdades surgidas com o decorrer dos anos, com a miséria e fome dos operários fabris fizeram com que os críticos socialistas culpassem o capitalismo pela miséria do proletariado - uma nova classe de operários urbanos que trabalhavam em condições freqüentemente perigosas. Em primeiro lugar entre esses críticos estavam Karl Marx e Friedrich Engels. Em 1848, Marx e Engels ofereceram uma nova definição de comunismo e popularizaram o termo em seu famoso panfleto “O Manifesto Comunista”.

5 – E o que passou a significar COMUNISMO?

Basicamente é um MODO DE PRODUÇÃO, que é a forma de como se organiza uma sociedade a partir de suas relações de produção, ou seja, como se produzem e comercializam as coisas; e as relações sociais, ou seja, como as pessoas se relacionam entre sí. Atualmente vivemos no MODO DE PRODUÇÃO capitalista.

6 – O COMUNISMO é contra a PROPRIEDADE PRIVADA?

Mas, no capitalismo, o que é PROPRIEDADE PRIVADA? Milhões não tem direito a nenhum tipo de propriedade. Vivem na miséria, na pobreza e sem direito a sequer ter moradia. Quem comanda o sistema? Um punhado de pessoas ou famílias, que controlam quase tudo e, portanto, tem poderes sobre as pessoas.

No COMUNISMO é dada a LIBERDADE de qualquer pessoa produzir e/ou comercializar o que quiser, ficando a SOCIEDADE responsável por controlar a PRODUÇÃO dos principais setores da economia. Esse CONTROLE SOCIAL fará com que a PRODUÇÃO seja PLANEJADA, evitando a escassez e as oscilações de valores das mercadorias.

O termo PROPRIEDADE PRIVADA, fruto de LEIS escritas pelas elites, não terão mais sentido que tem hoje, pois o “privado” passará a colaborar para o “coletivo” e, dessa forma, se fortalecer.

7 – O COMUNISMO é contra a RELIGIÃO?

O Modo de Produção COMUNISTA nada tem a ver com RELIGIÃO. A discussão sobre a RELIGIÃO está no âmbito da Sociologia, Filosofia e Ciência Política. Não há uma ligação direta entre COMUNISMO e RELIGIÃO.

8 – O COMUNISMO é a favor das DITADURAS?

Não se deve confundir MODO DE PRODUÇÃO e SISTEMA DE GOVERNO. Um SISTEMA DE GOVERNO deve ser visto como um processo histórico que depende muito de como se desenvolveu a economia, política e cultura de um povo. Não há nenhuma relação entre COMUNISMO e DITADURA.

9 – Mas os governos COMUNISTAS eram todos DITADURAS!

Primeiro que todas as experiências do século XX foram SOCIALISTAS e construídas condicionadas pela existência de uma polarização IDEOLÓGICA, que criou a BIPOLARIDADE. Segundo, que as experiências SOCIALISTAS, com suas características próprias, deram origem a POLÍTICAS SOCIAIS, que foram apresentadas pelos países capitalistas.

10 – Então SOCIALISMO é diferente de COMUNISMO?

Sim. O SOCIALISMO é um sistema político e social vigente que pretende construir as bases econômicas e sociais para o COMUNISMO. Portanto é um sistema que vai se aproveitando das condições econômicas e sociais favoráveis para desenvolver novas formas de organização da PRODUÇÃO e da COMERCIALIZAÇÃO.

11 – E num PARTIDO COMUNISTA só tem COMUNISTA?

Não. O termo “partido comunista” foi cunhado em 1919, pelo então Partido Operário Social-Democrata Russo (bolchevique), que governava de forma revolucionária a Rússia, para se diferenciar dos diversos partidos socialistas que existiam na Europa e que, segundo os russos, não pretendiam mudar os sistemas políticos vigentes.

O PARTIDO COMUNISTA, sendo um PARTIDO, pode e deve agregar quem quer que esteja disposto a seguir a linha do PARTIDO, que defende, no caso do PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL, um país “justo e soberano” e políticas sociais que defendam os pobres. Desde que foi fundado, em 1922, o PCdoB vem defendendo o interesse dos trabalhadores e hoje assume a defesa da Nação brasileira.