ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65

ELEIÇÕES 2022: MOVIMENTO 65
CAMPANHA MOVIMENTO 65

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

TRANSVIVO: NÃO USO MAIS BIQUÍNI

Ano passado tomei uma decisão importante: não uso mais biquíni. A praia é o lugar em que as desigualdade de gênero ficam evidentes, como um Apartheid: pessoas com pênis usam sunga e pessoas com vagina usam biquíni. Sempre detestei biquíni mas nunca consegui expressar bem o porquê, mas era como se aqueles poucos centímetros quadrados me penetrassem a alma furando minha dignidade. Não tinha vocabulário para me defender, só tinha a raiva. Uma raiva que foi me consumindo e me separando das pessoas. Me isolei. Não conseguia explicar. Não tinha as palavras na minha boca, mas o mal-estar me consumia.
Achava as marcas de sol em mim uma grande derrota, uma cafonice sem fim. Quando me olhava no espelho, sentia vontade de vomitar por me achar tão idiota. De uns tempos pra cá, adotei a sunga. É muito mais confortável e não fere a minha alma. Não tem fio me cortando debaixo do sovaco e nem marquinha cafona. Mas tem outras coisas.
Tem o perigo de agressão constante, tem pessoas que não me convida mais para suas piscinas, tem expulsão. Quando fico de sunga e meu peito é lido como feminino, sendo proibido e criminalizado, faço um convite. Eu te convido a aceitar o SEU corpo e a me ajudar a aceitar o meu. Te convido a cooperar com a ocupação dos corpos trans nos espaços de convivência. Te convido a entender que peito e boceta são partes do corpo humano como outras qualquer. Te convido a respeitar os direitos das mulheres e te convido a mudar a seguinte realidade: o Brasil é o país que mais mata trans no mundo.
O verão pode ser bem barra pra quem sempre escutou que o próprio corpo é errado. A estação tem esse apelo de celebração corporal, mas como faz isso quem é ensinado a se odiar? Sim, porque o que mata a gente é o ódio e ele vem de todos os lados. Da sociedade, da escola, da família… E chega tão perto que entra na gente.
Me abrir aqui, nessa coluna, é um ato de amor próprio e aos meus iguais. Eu não acho justo que nessa época do ano, que é tão BIZARRAMENTE quente em nosso país, parte da população seja simplesmente proibida de ocupar as piscinas públicas e as praias. Quantos homens trans você já viu na praia? O que parece é que para ocupar esse espaço de mínimo frescor a gente precisa ser obrigado a se vestir e comportar como pessoas CISgêneras, o que não somos. É real, não nos identificamos com o gênero que nos obrigaram a viver. E gênero, meu amor, está no biquíni e na sunga.
Quero aproveitar esse espaço para agradecer a todas as pessoas que não me deixaram ser espancado nas praias cariocas, que cooperaram comigo, que sentaram perto, que me enviaram olhares de suporte. Em especial, agradeço às mulheres. Não teria a coragem de tirar a camiseta se não tivesse vocês por perto. E para quem não entendeu ainda, a imagem é a seguinte: tenho peito, vagina e uso sunga na praia. Sou homem trans e não quero morrer de calor. Só isso. Não quero chocar ninguém. Quero ir a praia, me divertir. Eu, Ariel Nobre, 28 anos, me autorizo a vestir roupas adequadas ao meu gênero em espaços públicos. #Transvivo ou morte!
Fonte: Revista Fórum

A AIDS DOS OUTROS…

Antes mesmo do resultado de exame que transformou minha história, eu tinha consciência que HIV é coisa séria. É sério para quem tem; é sério se sei da condição de alguém; é sério se está dentro de nossa casa, de nosso ciclo de amigos e de familiares. Talvez por isso, raramente o vírus está no centro das conversas. As pessoas preferem não falar sobre esse assunto “negativo” ou entendem que o problema é dos portadores.
LadoPositivo2Realmente é um assunto íntimo. No entanto, o outro lado dessa moeda se mostra quando uma pessoa sabidamente soropositiva sai de um local e a doença vira assunto entre os demais. É curioso como isso se manifesta de diferentes formas, inclusive com a criação de fantasias sobre a vida com o HIV. Se a pessoa é “esforçada”, a disposição para o trabalho se transforma em um exemplo de superação do vírus. Se troca constantemente de emprego, é porque essa situação abala o emocional. Se engordou, é por causa dos remédios. Se emagreceu, da doença.
Geralmente, essas histórias, esse cemitério de boas ou de más intenções, não reconhecem os sujeitos que são seus personagens. A notícia de que um conhecido e sua esposa estão doentes devido à infecção por HIV pegou muita gente da minha vizinhança de surpresa. Tenho visto vários “amigos do amigo de fulano” colocando o HIV no centro das fofocas, e de uma hora para outra todos parecem saber tanto sobre a doença que chego a ficar assustado.
Antes mesmo de se reconhecer como soropositivo, o sujeito convive com uma noção sobre o que isso significa. É uma coisa cruel porque parece que vivemos diante de uma experiência única do vírus. O saber científico diz que a SIDA destrói o nosso sistema imunológico e que nossos remédios servem para colocar o mal “para dormir”, sem que a doença se manifeste em nosso corpo. Politicamente, somos todos positivos, unidos por nosso sangue, a favor do mesmo laço vermelho. Porém, não vivemos o HIV da mesma forma. É claro que temos que nos homogeneizar e brigar com unhas e dentes contra a violência social, médica e simbólica, mas chegando em casa voltamos a ser “X” com os seus problemas. E no dia a dia, vai importar mais o que amigos, familiares e vizinhos estão pensando e falando (ou calando) sobre aquilo que vive (e mata) dentro de nós.
No dos outros é refresco. É fácil. Como se trata de uma marca social, de um fardo moral que identifica e estigmatiza pessoas, a chance de “crescer” sobre o outro é irresistível. Ter o que falar dos outros é sempre melhor, mas utilizar o drama alheio para esconder os seus é uma estratégia que me faz perguntar: quem será a nossa próxima vítima? Qual será a situação que vamos simplesmente supor que tenha levado à infecção?
Fazer esse tipo de fofoca é sempre um tiro no escuro. Quando ele acerta, é ponto pra AIDS, que vira problema geral. Há ainda muito o que aprender sobre essa condição, especialmente em termos de seu impacto social. E se um vírus é capaz de apagar individualidades, precisamos parar de colocar “a Aids dos outros” na roleta russa do próximo “doente”. Isso é preconceito sim, e dos piores.
Leia a Lado Positivo em quintas alternadas, aqui n’Os Entendidos. Para falar comigo, você pode escrever para poz@osentendidos.com.
Fonte: Revista Fórum

Cunha ri da cara dos brasileiros e pede que STF paralise inquérito até que deixe comando da Câmara

Os advogados do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), solicitaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que paralise o andamento de um dos inquéritos abertos em decorrência da Operação Lava Jato até que o parlamentar deixe o comando da Casa. Seu mandato na presidência vai até fevereiro de 2017. As informações são da Folha de S. Paulo.

O pedido foi protocolado no último dia 18 de dezembro no inquérito que tramita sob segredo de Justiça com a relatoria do ministro Teori Zavascki. De acordo com a reportagem, o documento deverá ser encaminhado para manifestação da Procuradoria-Geral da República, avaliado pelo ministro Teori e então submetido ao plenário do STF para uma decisão colegiada.

O argumento da defesa de Cunha é de que  o Supremo aplique "por analogia" o parágrafo 4º do artigo 86 da Constituição, segundo o qual o ocupante do cargo de presidente da República não pode ser responsabilizado, na vigência de seu mandato, por atos estranhos ao exercício de suas funções. Os advogados citam que Cunha é "o terceiro na linha da sucessão presidencial, na hipótese de impedimento ou vacância dos cargos de presidente e de vice-presidente da República".

Em denúncia protocolada em agosto passado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusa Cunha de ter recebido US$ 5 milhões em propina após o fechamento de contratos entre a Petrobras e empresa coreana Samsung Heavy Industries para fornecimento de navios-sondas.

Fonte: Amigos do Presidente Lula

Contraponto 18.624 - "Marina mostra os dois lados de sua face: a traição à democracia e o golpe"

Marina Silva
Por Davis Sena Filho

Marina Silva pensa que engana as pessoas ou que todo mundo nasceu ontem. Contudo, ela, ao que parece, deixou de ser “sonhática”, apesar de sonhar com um golpe contra uma presidente legalmente e democraticamente eleita. Manipuladora e camaleônica, Marina disfarça suas intenção golpista e conspira... com Aécio Neves, a quem ela apoiou no segundo turno contra Dilma Rousseff, do PT, que o derrotou nas eleições de outubro de 2014.

Marina Silva agora se autodefine como “sustentabilista progressista”, o que, definitivamente, não se sabe o que significa estas duas palavras juntas e o que ela quis dizer com isto, como sempre. Marina é a rainha do blábláblá sem conteúdo, fato este que não surpreende ninguém, nem mesmo a direita, cuja preocupação ideológica e política se resume a encher seus bolsos e explorar ao máximo os trabalhadores, razões principais de sua riqueza e de seu poder financeiro e armado em todas as épocas da humanidade.

A verdade é que Marina é um redemoinho cognitivo, porque fala muito e não diz nada com coisa nenhuma. Realmente, não se compreende, por exemplo, quando a política, que foi filiada ao PT, ao PV e ao PSB abre a boca para dizer que é “sonhática”, quando, na verdade, Marina foi cooptada pela direita, alia-se aos conservadores, bem como os apoia, não somente no discurso, mas de forma prática, como ocorreu quando firmou parceria com Aécio Neves, no segundo turno, quando Marina, definitivamente abandonou a esquerda e adentrou o campo da direita e neste espectro continua e, certamente, não sairá mais.

A diva do Itaú, da Natura e dos coxinhas de direita, que se consideram “diferentes” e “descolados”, como se tivessem “grife” e, com efeito, “chiques”, por apoiarem e votarem em Marina, aquela que na Rio + 20 e na COP-21 foi superada, porque o Governo Dilma cumpriu as metas estabelecidas pela comunidade internacional, no que concerne à preservação da biodiversidade, ao combate à poluição, à preservação das florestas, matas e rios, bem como sacramentou acordos com produtores rurais, os donos do agronegócio, no sentido de eles preservarem os ecossistemas de suas fazendas, as nascentes de rios e lagos, além das matas ciliares.

O Brasil é reconhecido e Marina jamais pensou que suas propostas seriam superadas, até porque quando ministra do Meio Ambiente do presidente Lula sua administração foi um fracasso retumbante, pois dedicado a atender às ONGs com as quais Marina se relaciona e tem influência, bem como sua atuação se dedicou à retórica ao invés de ser prática, fato que não ocorreu com seu sucessor, o deputado Carlos Minc, que em um pouco mais de um ano à frente do MMA obteve resultados mais expressivos do que Marina em seis anos. São números, índices, fatos e realidades.

Marina se associa ao golpe e, junto a Aécio, considera mais viável que o golpismo aconteça pelo TSE e não mais pelo Congresso, que, certamente, na Casa de Leis sua morte está sacramentada. E Marina sabe disso, como todo mundo. Para o bem da verdade, quem vai ser destituído do poder e depois processado vai ser o atual presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha, acusado de sonegação, dentre outros crimes. Deve-se deixar claro que Cunhateve e tem ainda o apoio da grande mídia de negócios privados e de lideranças políticas do PSDB, DEM, SDD e PPS, além de outros partidos que se comportam como vagões do trem do golpe.

Marina sabe que o golpe vai ser derrotado, mas seu inconformismo e rancores políticos e pessoais contra Dilma Rousseff a transformam em uma política de estatura anã, o que a leva a se juntar ao coro dos golpistas derrotados no ano eleitoral de 2014. A verde que não é verde se transforma em uma loba de matilha prestes a perder seu território, que é o território do murmurinho, da fofoca, da política mal engendrada em maledicência e falta de juízo quanto aos interesses do Brasil, do seu povo, sem se importar ainda com a estabilidade institucional e democrática.

O impeachment nos termos apresentados pela oposição de direita é golpe, sim! E a oposição conservadora, sendo que setores dela chegam a ser fascistas, sabe que está a lutar por um golpe contra uma presidente democraticamente e legalmente constituída. A direita golpista é tão irresponsável que sabe, compreende e não se importa, porque, na verdade, nunca se importou com o Brasil, mas, sim, com seus interesses pecuniários, monetários, financeiros e econômicos, ou seja, com seu próprio bolso. Esta realidade acontece desde 1500, quando Pedro Álvares Cabral aportou na Bahia.

Marina pulou o muro e apoia o golpe. Ela corre para os braços da direita, deslumbra-se, e, equivocadamente, pensa que a casa grande, que sempre abriu suas portas à escravidão, está a recebê-la. Enganos dos enganos, a burguesia, aquele que “fede e quer ficar rica”, conforme a música de Cazuza, apenas se aproveita de situações, como ter em sua bancada pessoas ideologicamente e politicamente fracas, a exemplo de Marina Silva, Marta Suplicy e Roberto Freire, este um ex-comunista que se transformou em uma pantomima de si mesmo.

Marina apaga fogo com gasolina ao afirmar ao conservador jornal de índole golpista, Folha de S. Paulo, que “há evidências fortes de que o dinheiro de toda essa corrupção generalizada, institucionalizada, continuada, alimentou a campanha do PT”. Se isso fica comprovado, eu repito, comprovado, a chapa deve ser cassada. No meu entendimento, o processo no TSE deve ser agilizado”.

Não é uma graça a Marina? Só o PT? E o ex-partido dela, o PSB, outra agremiação que se bandeou para a direita? Até hoje o PSB não explicou a quem pertence o avião que caiu em São Paulo e matou o candidato do partido, Eduardo Campos (Alô, Polícia Federal e MP!). Além disso, como um avião de milhões de dólares não tem dono? Marina voava nele, bem como sabemos que o PSB ainda não explicou de forma incontestável de onde vinha o dinheiro para sua campanha milionária.

Além disso, todo mundo sabe, inclusive os coxinhas analfabetos políticos vestidos, ridiculamente, com camisas de Seleção Brasileira, que leem a Folha, a Veja e são espectadores passivos do Jornal Nacional e da Globo News, que o PSDB, o DEM, o PPS o SDD, dentre outras siglas partidárias, receberam dinheiro das mesmas empresas (não somente as construtoras) que financiaram o PT, sendo que, conforme o TSE, o PSDB dos tucanos derrotados e por isto transformados em golpistas receberam mais dinheiro para financiar suas campanhas do que os petistas.

Então vamos às duas perguntas que teimam em não se calar: Por que Marina Silva, em seu eterno e confuso blábláblá, não questiona o PSB e “seu” avião de luxo, sem dono, no qual ela voava lépida e fagueira? Por que a proba Marina não questiona as campanhas milionárias do PSDB, de seu aliado Aécio Neves e do DEM, o pior partido do mundo, filhote da ditadura militar e da UDN?

Não. De jeito nenhum. Seu alvo é o PT, partido onde Marina teve todas as oportunidades para ocupar cargos de expressão estadual e nacional. Todavia, neste momento, Marina Silva se torna hipocritamente e cinicamente seletiva, ao tempo que também parece sofrer de uma forte amnésia quando se trata de observar os erros e talvez os crimes eleitorais da oposição de direita da qual ela faz parte com muito orgulho, além de ser tutelada pelas ONGs internacionais e fazer parcerias com a Natura e o Itaú, financiadores de sua rica campanha eleitoral.

Marina trabalha contra o Brasil e seu poderoso agronegócio, um dos cinco mais importantes e fortes do mundo. O Brasil não é a sétima economia à toa, e não se reduz apenas à produção rural diversificada e gigantesca. O Brasil é o País poderoso que é porque se fez assim em quase todos os segmentos da economia. É por isto que a direita está desesperada e temos políticos cooptados como a Marina Silva, que no Acre, sua terra, perdeu as eleições para Dilma Rousseff e Aécio Neves. “Quem a conhece não a compra” — como diz apropriadamente o ditado popular.

Marina, que tem alma tucana, até agora não abriu o bico para falar da Samarco (a Vale privatizada), que transformou um rio inteiro, o Rio Doce, em um mar de lama. O maior desastre ambiental da história do Brasil. A “Sonhática” viu agora, de forma real, o pesadelo das privatizações e como empresários gananciosos e sem quaisquer compromissos com os interesses da sociedade se comportam e se conduzem para se locupletarem em nome de seus bolsos e cofres cheios de dinheiro.

Ah, se a Samarco (Vale) fosse empresa pública! Coitada da Dilma, do Governo do PT e até do Lula, que não está no poder. A imprensa corporativa e alienígena transformaria sua vida em um inferno ainda mais abrasador do que já é, além de vociferar para privatizar o que restou do patrimônio público brasileiro, porque o negócio é manter o Brasil como eterno País subalterno e subserviente aos ditames dos países ricos.

É desse jeitinho tosco e tacanho que funciona a cabeça colonizada, complexada e provinciana das “elites” tupiniquins. Ou seja, sempre na rabeira do que elas consideram serem suas cortes, e, consequentemente, a se beneficiarem com as migalhas “doadas” pela plutocracia internacional ao preço do subdesenvolvimento do Brasil e da pobreza do povo brasileiro.
Enquanto isso a Rede Sustentabilidade de Marina, o partido que não conseguiu se regulamentar junto ao TSE na época das eleições por incompetência, começa a agir em prol do golpe contra uma mandatária que não cometeu crimes de responsabilidade e que até agora não conseguiu governar em paz, porque a oposição há mais de um ano se recusa a descer do palanque. Trata-se do terceiro turno, que não existe. Surreal!


Marina disse à Folha que Dilma e Temer são a mesma face da moeda, o que não é a verdade. A ex-Sonhática e agora “Sustentabilista Progressista” mostra os dois lados de sua própria face: a traição à democracia, o golpe e sua cooptação total pela direita. A verdade é a seguinte: Marina Silva é golpista. Foi o que lhe restou para agradar a casa grande e quiçá, um dia, ser sua candidata a presidente. É isso aí.

Fonte: ContrapontoPIG