quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021
Eduardo Cunha mostra que eles sabiam o que estava por vir com o golpe contra Dilma - Por Blog do Mello
Deputadas repudiam escolha de investigada no STF para presidir CCJ
Foto: Luis
Macedo/Câmara dos Deputados
A escolha da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF) pelo novo
presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para presidir a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa, revoltou parlamentares
da oposição. Kicis é alvo de investigação no inquérito sobre fake news, que
apura ataques a membros do Supremo Tribunal Federal (STF).
A líder do PCdoB na Câmara, deputada Perpétua Almeida (AC), afirmou que
a CCJ exige equilíbrio, qualidade impossível de encontrar em quem é da extrema
direita ideológica. “Não podemos ter na presidência da comissão mais importante
uma negacionista como Bia Kicis, quando o combate à pandemia será prioridade em
2021”, considerou.
Para ela, Constituição e Justiça não combinam com apologia a
torturadores, ataques ao Supremo e à democracia. “Bia Kicis depôs por mais de 2
horas, como testemunha, na investigação conduzida pelo ministro Alexandre
Moraes, do STF, que apura a participação de pessoas em atos antidemocráticos”,
disse.
A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) diz que não há compatibilidade. “É
inaceitável que uma parlamentar que prolifera fake news, que desrespeita e
debocha das normas de combate à Covid-19, que trabalha contra a democracia,
SENTE NA CADEIRA DE PRESIDENTE DA CCJ!!!!!!!!!”, escreveu no Twitter.
Feghali lembrou ainda fatos recentes envolvendo a parlamentar. “Não tem
arrego pra bolsonarista que ataca a democracia, ataca o STF, debocha da
máscara, incentivou aglomeração em Manaus que gerou crise do oxigênio.
Presidente da CCJ não!”, protestou.
—
(PL)
Fonte: PCdoB na Câmara
PCdoB enaltece legado de José Carlos Ruy
Em nota divulgada nesta terça-feira (2), a Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) lamenta a morte do jornalista José Carlos Ruy e enaltece o legado do militante que faleceu hoje, aos 70 anos. “O PCdoB perdeu um dos seus militantes mais valiosos e o Brasil um de seus fecundos intérpretes”.
Confira a íntegra da nota:
José Carlos Ruy faleceu, hoje, 2 de fevereiro aos 70 anos. O PCdoB perdeu um dos seus militantes mais valiosos e o Brasil um de seus fecundos intérpretes.
Aos seus familiares e amigos nossos sentimentos mais profundos.
Para nós, seus camaradas, foi um privilégio partilhar a militância em décadas de luta com um ser humano extraordinário, tão culto quanto simples, gentil e solidário.
Quanto ele nos enriqueceu! Quanto de ideias férteis à luta revolucionária ele criou!
O labor intelectual de José Carlos Ruy, à luz do marxismo, abarcou temas e campos diversos e sempre a partir do que era relevante para a luta de classes a cada circunstância política e histórica. Mas, pode se afirmar que o Brasil, sua história, sua formação econômica e social, suas classes sociais, seus grandes problemas e as reflexões de fundo para superá-los, foi seu grande objeto de pesquisa e estudo.
A par disso, estudou e escreveu como poucos sobre história do movimento operário e popular em nosso país, com destaque, à trajetória quase secular do Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Jornalista, escritor, homem de cultura vasta, nos deixa um acervo de livros, ensaios e artigos que seguirão impulsionando a jornada transformadora em nosso país.
José Carlos Ruy, presente!
Brasília, 2 de fevereiro de 2021
Comissão Executiva Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
Do Portal PCdoB
Flávio Dino: “Quanto mais nós estreitarmos, pior fica”
Foto: reprodução/Youtube
Em entrevista ao programa “República e Democracia”, da TVT, realizada na noite desta segunda-feira (1º/2) o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), falou, entre outros temas, sobre o enfrentamento à crise atual como fator fundamental para a formação de uma frente ampla para 2022, com o objetivo de superar a extrema-direita e reconstruir o país. “Quanto mais nós estreitarmos, pior fica”, declarou.
O governador destacou que hoje há uma “hierarquia de problemas a serem enfrentados”. Ele explicou que “desde o inconstitucional impeachment da presidenta Dilma, temos assistido a uma era de retrocessos e isso se agudizou nos anos mais recentes e ganhou contornos de dramaticidade com essa crise sanitária que leva a que irmãs e irmãos brasileiros estejam agonizando em hospitais e em casa em todo o país, sem assistência”.
Flávio Dino argumentou que “temos a agenda eleitoral do próximo ano que nos convoca, mas por sobre ela, para dar sentido a ela, temos a imprescindibilidade de atravessar essa luta com a população relativa à pandemia, que se articula de modo umbilical com a luta pela vacina e pela vacinação — que é nossa, porque se não fosse a nossa luta, disso que convencionamos chamar de Frente Ampla Democrática, não teríamos a vacina no Brasil até hoje. Refiro-me à esquerda política e setores do centro liberal que caminharam junto conosco para conseguir as vacinas, e isso é vital para superar a pandemia”.
Ele agregou ainda a importância de se garantir o sustento financeiro das famílias atingidas pela crise. “Temos a temática do auxílio emergencial, uma vez que sabemos que uma economia em que convivem estagnação e inflação é uma economia que mata não só simbolicamente, como literalmente, pela fome. Então, o auxílio emergencial é vital”. Por fim, destacou a questão democrática, “para que tenhamos liberdades políticas — e aqui eu me refiro não só ao campo partidário em sentido estrito, mas ao conjunto de organizações da sociedade civiil, a exemplo dos sindicatos que foram brutalmente tolhidos e podados pelas sucessivas reformas trabalhistas, e mesmo a imprensa, a liberdade de expressão, porque tudo isso está sob ameaça nessa era de retrocessos”.
O governador analisou que “não haverá a construção da unidade se não soubermos hierarquizar quais são as contradições principais, distinguindo-as das acessórias”. Ele também ressaltou a importância da amplitude neste momento. “Quanto mais nós estreitarmos, pior fica. Temos que ampliar, perseverar nesse caminho. Mesmo que a catequese tenha se revelado parcialmente frustrada com este blocamento da representação parlamentar da direita em torno do bolsonarismo (na Câmara), não significa que a tática esteja errada”.
O governador apontou que “devemos perseguir essa amplitude o máximo possível e, para isso, é preciso encontrar as bandeiras corretas e acho que as bandeiras corretas são as de 2021 porque elas se articulam com um horizonte mais largo”.
Participaram da entrevista o ex-ministro Tarso Genro, o secretário de Comunicação do Maranhão, Ricardo Capelli e a jornalista Sandra Bitencourt.
Assista a íntegra:
Por Priscila Lobregatte
Fonte: https://pcdob.org.br/